Anjinho estava preparando uma cama no Céu para a chegada de um novo anjinho e pergunta quem seria. O Anjo Encarregado mostra que é um moleque bem levado e Anjinho se assusta quando vê no computador que era o Cebolinha. Anjinho fala que não pode fazer isso com ele, ainda é tão criança e o Anjo Encarregado fala que são ordens superiores, não terá dor nem sofrimento, chegou a hora dele e só falta programar um acidente qualquer e estará entre eles.
Nisso, Cebolinha tenta dar nó nas orelhas do Sansão e Mônica o flagra. Ao bater nele, pensamos que ele ia morrer com a surra dela, mas Anjinho surge e apanha no lugar. Depois, Cebolinha corre, falando que o Anjinho é um anjo mesmo porque apareceu na hora certa. Distraído, não vê que estava à beira de um precipício. Acaba caindo, mas Anjinho salva a tempo.
Anjinho avisa que Cebolinha tem que tomar cuidado, mas não pode falar agora porque estão sendo observados. Cebolinha pensa que são pelo leitor. Anjinho fala que é alguém lá em cima, quando vê um cofre caindo do Céu e empurra o Cebolinha e é o Anjinho que fica embaixo do cofre. Cebolinha acha que está ficando perigoso e corre.
Quando Anjinho sai do cofre, nota que Cebolinha sumiu e o Anjo Encarregado lá no Céu fala que o que tiver que ser, será, mais cedo ou mais tarde o pegará. Anjinho vai procurar o Cebolinha e encontra deitado em frente a uma árvore. Anjinho pensa que ele havia morrido, mas estava só dormindo. Ele dá gargalhada e Cebolinha pensa que está maluco.
Cebolinha tenta ir embora e Anjinho vai atrás. Nessa hora, Cebolinha é atingido inesperadamente por um raio e morre. Anjinho começa a chorar muito com o corpo do Cebolinha no seu colo e nessa hora surge a mão de Deus e faz ressuscitar o Cebolinha. Ele acorda sem lembrar o que aconteceu e Anjinho diz que foi nada.
Anjinho volta para o Céu todo feliz. O Anjo Encarregado fala que Anjinho conseguiu deixar Cebolinha viver e Anjinho responde que foi graças a Deus. No final, o Anjo Encarregado diz que deu sono essa mudança de ordens e como a cama que montaram para receber o Cebolinha estava vazia, o Anjo acaba dormindo nela, deixando Anjinho indignado, não acha justo porque foi ele que trabalhou mais na construção dela do que o Anjo.
Muito legal essa história com Anjinho fazendo de tudo para o Cebolinha não morrer. A princípio acabou não conseguindo, mas Deus ficou com pena e acabou ressuscitando o Cebolinha. Foi bom ver cama e computador no Céu feitos de nuvens, as tentativas frustadas do Anjo Encarregado matar o Cebolinha com os acidentes até que finalmente consegue e também a parte do Anjinho encontrá-lo dormindo na árvore e pensar que tinha morrido e emocionante o Anjinho chorando com o corpo do Cebolinha no seu colo, mas felizmente tudo se resolveu logo, ele ficou morto só alguns segundos. Interessante que no ano que Cebolinha completou 30 anos de criação acabou morrendo.
Eles sempre tiveram cuidado das coelhadas da Mônica não matar ninguém, apenas machucar. No máximo ter histórias de planos infalíveis com os meninos se passarem de mortos para pesar a consciência dela, como teve em "O plano sangrento" (Mônica Nº 89 - Ed. Globo, 1994) e outras histórias. Normalmente quando personagens caíam em precipícios ou caía um cofre ou coisa pesada na cabeça dos personagens ou quando caiam em buraco, eles não morriam, só ficavam machucados e era tratado como humor pastelão, atualmente não deixam personagens nessas situações, mesmo só se machucando.
Dessa vez não foi a Dona Morte que quis matar e ressuscitar alguém com sua foice, foi o Anjo Encarregado que tentava matar o Cebolinha programando algum acidente no computador celestial e depois Deus que o ressuscitou. Pelo visto não quiseram inova rum pouco e não ter um crossover com a Dona Morte, ou seja, quiseram algo diferente, mas ficou bom assim mesmo. Esse Anjo Encarregado só apareceu nessa história.
MSP de vez em quando gostavam de matar os personagens. O Cebolinha nessa história ficou morto por alguns segundos e já morreu depois em "Ghost de Cebolinha" (Cebolinha Nº 83 - Ed. Globo, 1993) e fora outros personagens que também morreram como o Cascão uma vez ("Cascão no Céu" - Cebolinha Nº 105 - Ed. Abril, 1981), Chico Bento algumas vezes, como em "Vivinho da silva" (Chico Bento Nº 92 - Ed. Globo, 1990), em "Do Outro lado da vida" (Chico Bento Nº 138 - Ed. Globo, 1992), e outras, e até o cachorro do Chico ("Chico Bento e o velho cão" - Mônica Nº 38 - Ed. Globo, 1990) já morreu. Hoje em dia não fazem mais histórias de mortes de personagens principais para não traumatizar as crianças.
Traços muito bem desenhados que davam gosto de ver. Destaque para a capa com referência ao "Estatuto da Criança e do Adolescente" que tinha sido criado recentemente até então e também está completando 30 anos agora em 2020. Falei mais detalhes desas capas comemorativas do ECA nesse post AQUI. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.
Na verdade em 1990 ele ainda não tinha data de aniversário fixo, fazia aniversário em qualquer mês, só em 1994 que passou a ser fixo em outubro. Na época só se sabia que ele foi criado em 1960, mas sem saber o mês da primeira tirinha com ele.
ResponderExcluirEles criaram vários especiais em homenagem aos 60 anos do Cebolinha esse mês, só achei desnecessário o Especial de Dia das Bruxas de capa dura, bem caro e só histórias recentes da Panini, vendo pela sinopse. Não duvido que tenha também um Almanaque Temático de Aniversário do Cebolinha, eles adoram Temáticos de aniversários.
Lembrei agora de uma HQ em que Chico Bento morre,mas não por apenas poucos segundos.Não sabia que estava falecido e ficou "vagando" sem perceber,até que apareceu um homem que lhe disse que ambos seriam levados ao céu,mas o "pai" mudou de ideia.
ResponderExcluirTambém não apareceu a Dona Morte.
E,se não me engano,o primeiro quadro,que geralmente é o maior de todos,ocupando metade da página,ocupou-a toda.
Sim, é a "Do outro lado da vida" de Chico Bento Nº 138 de 1992. O Chico é o que mais morreu e quem teve mais tentativa de quase morrer.
ExcluirFalando em quase morrer,me lembrei de uma HQ ótima dele,roteiro top:"O Anticompomputador"!
ExcluirEram duas máquinas enormes que tinham vida própria e materializaram o Chico na presença deles.Os traços são típicos da Rosana.
Essa é da Editora Abril, muito boa mesmo.
ExcluirA conheci num almanaque,da Globo.
ExcluirSim, foi republicada na Globo.
ExcluirA Mônica nunca morreu, ou já?
ResponderExcluirO Anjinho foi contra a regra do jogo, será que Deus ressuscitou o Cebolinha por pena do Anjinho? Se o moleque estivesse nas listas do Inferno ou do Purgatório até faria sentido a relutância do amigo em tentar impedir sua passagem, como ia para o Céu os outros que iam ficar na saudade, não o Anjinho.
Acho que o Anjinho foi muito velhaco, não queria de modo algum o Cebolinha angelical tirando seu sossego com mais frequência, ele vivo incomoda de vez em quando, o Anjinho foi muito esperto, isso sim, conseguiu virar o jogo motivado pelo risco de perder seu sossego.
Mônica meio que morreu no final de "Ghost de Cebolinha". Como foi no último quadrinho fica a dúvida se morreu mesmo ou não e como foi que se livrou já que no mesmo gibi estava viva normalmente.
ExcluirDeus pode ter ficado com pena de ser uma criança morrido e aí resolveu da ruma nova chance. Anjinho ficou triste por conta da amizade que eles tinham, mas se ele morresse Cebolinha ficaria a seu lado e de vezem quando ia aprontar lá no Céu, tirando sossego do Anjinho, e isso ele e livrou, sim.
Anjinho é profissional, conseguiu atrair a atenção do Todo Poderoso para a situação e revertê-la, de bobo só tem a cara e o jeito de voar, é uma criança adulta. Antes o manso encarregado dormindo na cama confeccionada pelo Anjinho do que o xarope do Cebolinha, o piso celestial parece ser confortável também. No Céu, até se dar mal não parece ruim.
ExcluirBem assim mesmo rs
ExcluirMarcos, um personagem da envergadura do Anjinho poderia ter um nome mais original, o nome não é mau, porém, não está à altura do personagem. Mauricio deveria ter feito com ele o que fez com o coelho de pelúcia e o gato angorá, as participações dos leitores resultaram em excelentes nomes, sem contar que Mauricio também era ótimo em nomes.
ExcluirFica um nome vazio, bem comum. O mesmo para Astronauta. Mas foi Mauricio quem batizou ainda nas tiras de jornais, aí não dava pra mudar. Só Penadinho que ele mudou, se chamava Fantasminha no início, mas a mudança foi ainda nos anos 1960. Se não tivesse mudado naquela época, aí já era.
ExcluirInteressante, não sabia do Penadinho, ainda bem que foi dado jeito logo. Lembrou bem, Astronauta também é outro que poderia ter um nome mais à altura, no caso do Anjinho talvez Mauricio de Sousa até pensou em mudar e foi protelando até o nome enraizar. Os nomes não são ruins, são simplórios. Mudaram tardiamente o nome do Lobisomem para "Lobi", apesar do primeiro ser nada original prefiro o original, ou seja, o segundo nome soa fraco aos meus ouvidos e olhos (fonética e grafia).
ExcluirTodos são nomes bem comuns, Mereciam nomes melhores, mas por ficarem marcados, não dá pra mudar mais. O Lobi de Lobisomem pelo menos é só uma abreviação. Outro que podiam ter mudado também era Capitão Feio, nunca gostei desse nome. Capitão Sujo ou Sujão, por exemplo. seria melhor.
ExcluirPermita-me discordar, Marcos, sei que gosto não se discute, esse nome considero genial, o foco está na feiura que a sujeira proporciona, entende?
ExcluirMarcos, atinei para mais uma questão nesta história:
Do precipício e do cofre fazem sentido os salvamentos, Cebolinha poderia morrer pelas mãos da Mônica? Dando a cara a tapas e socos Anjinho livrou a Mônica do remorso e da pecha de assassina. Interessante como uma simples história mais voltada para o público infantil tenha lá suas complexidades implícitas como o Anjinho querer a todo custo livrar o amigo da morte motivado em manter seu sossego no ambiente celestial e a questão da dentuça se livrar de um tremendo fardo.
Se matasse com a coelhada, ela seria assassina, por isso nunca fizeram isso de fato, no máximo meninos fingirem de morto ou como nessa vez o Anjinho fazer ela ter se livrado disso.
ExcluirSeria também homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Quando o anjo disse que não haveria dor nem tristeza se referia somente ao alvo, pois a família iria ficar desolada. A história não é simples como aparenta.
ExcluirDestaco que nesta história tiveram o cuidado de não faltarem com as auréolas em alguns quadrinhos como ocorria de vez em quando, apenas no terceiro quadrinho a auréola do encarregado está ocultada pelo balão de fala do mesmo, o que não é erro nem esquecimento.
ExcluirHistórias onde o Anjinho e outros anjos aparecem sem auréolas durante todo o decorrer, também não são erros ou esquecimentos, pois anjos podem ocultá-la(o)s quando querem ou necessitam, o que pode ser considerado uma coisa ou outra são histórias onde os halos resplendorosos ficam numa de aparecem-desaparecem.
Poderia ser esquecimento, mas nessa condição pelo menos não fica tão errado apesar do esquecimento.
ExcluirQuando os balões as cobrem ou até mesmo as linhas que delimitam os quadrinhos fazem isso, tem nada de errado, perfeitamente normal, me refiro à história "Soprou, ficou" por exemplo, onde Anjinho aparece com e sem auréola e sem obstruções como os exemplos que citei, denotando que a revisão foi falha.
ExcluirVerdade. Em "Soprou, ficou" foi bem falhas nisso, não revisaram direito.
ExcluirÓtima revista, está comigo aqui há 30 anos e em ótimo estado de conservação. Gostei bastante destas alusões das capas ao ECA nos gibis de outubro de 1990. Em relação ao novo gibi do Cebolinha comemorativo deste mês, sugiro ao Marcos adquirir e fazer uma resenha aqui. Achei bem legal as referências às 60 histórias do Cebolinha na história de abertura. Já as outras histórias, em geral, foram boas também. Felizmente, não tiveram em nenhuma das histórias as caretas e expressões exageradas que estavam utilizando ultimamente, o que melhorou bastante a qualidade dos desenhos desta nova revista.
ResponderExcluirMuito boa essa revista, uma história melhor que a outra e essas capas com referência ao ECA ficaram muito bonitas. Ainda tinham historinhas de 1 ou 2 páginas referentes a isso.
ExcluirComprei Cebolinha desse mês, ainda não li, mas apesar de nessa edição não ter caretas, mas tem muitos traços digitalizados muito ruins. Aí ainda nesse mês crio postagem do que achei da revista.
Sobre os traços digitalizados, nem vou entrar no mérito, pois, pelo jeito, daqui pra frente, será assim. Só de não ter caretas e expressões exageradas, já melhorou bem.
ExcluirÉ, não ter caretas pelo menos nessa revista já é alguma coisa, mas dizer que vai ser abolido de vez é difícil dizer, ainda mais em histórias do Emerson acho difícil tirarem.
ExcluirEssa história é muito boa, sempre achava engraçado os personagens fazendo de tudo para o outro no se machucar.E essa história de que histórias em que os personagens morrem é muita bobagem,esse povo do politicamente correto inventa cada coisa.
ResponderExcluirEram boas histórias assim. E de fato nada a ver não ter mais histórias com personagens morrendo de vez em quando, se preocupam com muita coisa a toa.
ExcluirAlguém sabe em que revista da mônica os personagens pararam de ser pontiagudos? 1977?
ResponderExcluirEm 1977 já estava mudando, mas ainda eram pontiagudos um pouco. Ficou mais evidente em pararem de ser pontiagudos em 1978.
ExcluirPergunta e resposta de vocês me fizeram lembrar de duas curiosidades envolvendo produtos com a Turma da Mônica, me lembro que em plenos 1982 e 83 tanto (xampu) Shampoo da Mônica quanto (massa de tomate) Extrato de Tomate Elefante traziam artes de meados dos anos 1970, achava linda aquela Mônica de traços pontudos segurando uma espécie de margarida amarela ou branca, deve ter sido desenhada para a linha infantil de higiene pessoal da Phebo por volta de 1976, Jotalhão desse tempo não era pontudo, era mais retão, depois se firmou com traços sinuosos. Tenho certeza de que vi esses produtos com esses traços tanto no CB e Disco (Casas da Banha, extinta rede varejista gigante, Disco idem) quanto em pequenos armazéns e mercearias. A MSP não atualizou os desenhos tanto da Cica quanto da Phebo devido à virada de década, como havia dito antes, me atenho a detalhes ínfimos.
ExcluirE olha que eu postei antes desse anúncio. É tudo tão previsível nesses Temáticos que não era difícil imaginar. Ou seja, mais um almanaque chato cansativo de aniversário, eles adoram Temático de Aniversários, toda hora tem um.
ResponderExcluirEu li também, achei mais ou menos, esses desenhos estragam também, ficaram esquisitos aquelas deformações.
ResponderExcluirEssa edição traz também a história onde o Cebolinha fica sorrindo devido a uma frase que ele leu sobre 'sorrir que avida sorrirá pra entender'. Claro, ninguém consegue entender, muito menos a Mônica que já acha ser um plano contra ela e no lugar de escutar, desce o braço no Cebolinha. Esta merecia que o Cebolinha contasse tudo pra dona Luíza.
ResponderExcluirMuito legal essa história, nem o Franjinha, que era mais culto, não conseguiu entender o Cebolinha. Não seria ruim se ele contasse para mãe da Mônica.
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