segunda-feira, 30 de março de 2020

Um Tabloide com Magali flagrando os seus amigos com comida

Uma tirinha muito legal de exatos 30 anos com a Magali flagrando seus amigos escondendo comida na boca. Foi publicada em 'Magali Nº 19' (Ed. Globo, Março/ 1990).

Magali encontra seus amigos com boca cheia e escondendo alguma guloseima para ela não comer. Magali conseguiu pegar o sorvete do Cebolinha, a melancia do Jeremias e o bolo do Cascão. Quando ela flagra a Mônica com boca cheia, acaba pegando caxumba e ficando doente de cama por causa disso.

Eu gostava de mostrarem os personagens egoístas, tanto a Magali escondendo comida dos seus amigos, quanto eles regulando comida para ela sabendo da sua fama de comilona, como foi nesse tabloide. O final também incorreto e bem inesperado para a Magali, já que ela não contava que a Mônica estava com caxumba e acabou pegando também. Na verdade, a Mônica por estar com doença contagiosa tinha que estar em casa e, não na rua, mas para fazer graça na história, aí foi preciso para Magali se dar mal e aprender que não deve devorar as comidas dos amigos sem eles terem oferecido.

Geralmente em histórias assim quem regulava a comida se davam mal e nesse caso tanto os seus amigos estavam errados de esconder comida da Magali assim como ela devorar tudo sem permissão deles. Impublicável. Os traços bem caprichados, como sempre na época. A seguir, mostro essa história completa.


sexta-feira, 27 de março de 2020

Pipa: HQ "Igual à Xuxa!"


No dia do aniversário da Xuxa, compartilho uma história de quando a Pipa ficou com ciúmes do Zecão por ser fã da Xuxa e ainda ele teve uma lição da Xuxa por ter humilhado a Pipa. Com 8 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 4' (Ed. Globo, 1987).

Capa de 'Mônica Nº 4' (Ed. Globo, 1987)

Nela, Pipa vê o Zecão suspirando lendo revista e pergunta se o preço da gasolina subiu. Ele estava olhando a Xuxa na revista, sua musa, fala que é linda, um tesouro, elogia rosto, corpo. Pipa fica com ciúme, fala que a Xuxa é bem feinha, toma a revista dele e liga a televisão para ver se ele esfria a cabeça. Na TV estava passando o "Xou da Xuxa" e Zecão volta a suspirar, falando que a Xuxa é a garota que todo cara quer namorar. Pipa fica furiosa, manda o Zecão ficar com ela e termina o namoro entre eles, indo embora batendo forte a porta da casa dele.


Na rua, Pipa não se conforma o Zecão preferir a boboca da Xuxa, diz que ela tem mais qualidades que a Xuxa, mas quando se olha no espelho reconhece que a Xuxa era mais bonita e ao tentar fazer maria-chiquinha no cabelo tem ideia de se vestir como a Xuxa para agradar o Zecão.

Pipá vai na casa dele vestida de Xuxa e ele dar gargalhadas e fala que está parecendo uma maluca com os rabichos, mas que seria bom que fosse igual à ela. Pipa vai embora chorando com a ofensa do Zecão, achando que fez papel de boba e confirma que o Zecão a acha feia.


No caminho, encontra uma mulher com problemas no carro e quando vê era a Xuxa em pessoa. Ela estava voltando da gravação do programa e o carro pifou. Pipa fala para irem na casa dela para telefonar para uma oficina. Já na casa da Pipa, elas tomam café e Pipa comenta que a Xuxa é legal, mas que há meia hora atrás queria trucidá-la. Depois de contar toda a história do Zecão, Xuxa fala que o namorado é um cabeçudo, não devia tratar assim e mereceria uma lição.

Pipa vai preparar uns canapés para elas e nessa hora a campainha toca. Era o Zecão querendo fazer as pazes por ter sido injusto com a Pipa. Xuxa atende a campainha e ele se espanta, pensando que era a Pipa que fez plástica para ficar igual à Xuxa. Ela resolve entrar na onda e se passa como a Pipa que se transformou em Xuxa.


Zecão fala que ficou linda e a leva à rua para mostrar a todo mundo que ficou bonita. Zecão encontro Rolo e seus outros amigos conversando e mostra a Xuxa .Eles se espantam e Zecão fala que não era a Xuxa,e, sim a Pipa depois de um trato geral. Eles acham a "Pipa" uma gata e ficam só olhando apaixonados por ela. Zecão vê, fica com ciúme e fala que já sabem da novidade e vão embora.

Rolo pede para conversarem com ela mais um pouco e perguntam se ela aceita um sorvete. Zecão fala que vão embora e chama a Xuxa de benzinho. Ela diz que não é para chamá-la de benzinho, que agora que ficou bonita merece um namorado à altura como o Fábio Junior e nenhum deles serve. Zecão estranha o comportamento dela e pergunta cadê a namorada, meiga e apaixona que ele conhece. Ela diz que não se parecia nada com a Xuxa e agora era tarde.


Zecão fica desesperado e diz que não quer que ela se pareça mais com a Xuxa e quer a sua Pipa de volta. Pipa verdadeira aparece perguntando o que aconteceu e ele a abraça, reconhecendo que a outra não era ela e que a Pipa continua a mesma e só agora percebe como é feliz.

Xuxa fala para Pipa que fez uma brincadeira com o Zecão e fica na casa da Pipa esperando o mecânico enquanto o casal passeia. Zecão faz declaração que a Pipa é linda como está e manda prometer não mudar nunca. Em seguida pergunta quem era a moça tão parecida com a Xuxa. Pipa responde que era a própria Xuxa. Zecão se surpreende e desmaia por saber que estava conversando com a Xuxa e Pipa fala com os leitores que um dia o Zecão aprende a lição, terminando assim.


Muito engraçada essa história,  também eram bem divertidos os ciúmes da Pipa com o Zecão. Dessa vez foi ciúme com a Xuxa, quem o Zecão era fã declarado. Por ele ter humilhado a Pipa, a própria Xuxa deu uma lição nele se passando pela Pipa que fez uma plástica para ficar igual à Xuxa. O Zecão aprendeu a lição em parte, valorizou a Pipa, mas não deixou de ser fã da Xuxa por causa disso.


Foi engraçado ver a Xuxa em cena com problemas no carro quebrado, dar lição no Zecão, a cara qe o Rolo e os amigos fizeram ao verem a Xuxa, a Pipa vestida de Xuxa, o Zecão achar a Pipa maluca por conta disso, mas em contrapartida deu pena dela da humilhação dele, mereciam terminar de vez o namoro. Ele mereceu o castigo da Xuxa, mas foi ingênuo ele pensar que a Pipa conseguiu se transformar em Xuxa em tão pouco tempo, no mesmo dia. Absurdos de histórias em quadrinhos que sempre são bons. No final pode até imaginar a continuação, se ele voltou para casa da Pipa para conversar com a Xuxa, pegar autógrafo dela, essas coisas.

Zecão ainda teve outra história admirando a Xuxa, vendo programa dela, em 'Cebolinha Nº 18' de 1988, confirmando que ele era fã dela, mas nem tanto por causa do programa infantil e, sim, para admirar o corpo e as pernas dela no "Xou da Xuxa".  Não acho tão incorreta, acho que davam para pelo menos republicarem, só que teria alteração da palavra "Droga!" dita pela Xuxa com o carro pifado e também mudariam o nome dela durante a história.


Os nomes da Xuxa e Fábio Junior não foram parodiados dessa vez. Na Editora Abril nem sempre os nomes dos artistas eram parodiados, ficou mais frequente na Globo a partir dos anos 1990. Quando parodiavam, colocavam nomes como Chucha, Xoxa, Catuxa, entre outros. Em tempo, teve paródia do nome da Revista "Contigo", colocando Revista "Comigo".

Eu gostava quando tinham artistas contracenando com personagens, eram boas interações e Xuxa teve frequências marcantes nos gibis, foi a artista que mais apareceu e até mais citada nas histórias. A Xuxa passou a aparecer nos gibis a partir de 1983, sendo mais frequente a partir de 1985 e durante os anos 1990. Normalmente aparições eram nos programa dela o algum envolvimento com o programas, sobretudo "Xou da Xuxa", mas dessa vez ela teve uma trama própria fora do ritmo de gravação.


Traços lindos, bem típicos dos anos 1980,. saudades da Turma da Tina com desenhos assim, com direito ao Zecão com nariz bem grande, sem frescura. E  a Xuxa foi bem desenhada também, isso foi antes de ela ganhar gibi próprio pela Editora Globo entre 1988 e 1993, mas nos gibis da Turma da Mônica ela era sempre desenhada diferente no estilo da MSP mesmo e de acordo com cada desenhista. As cores com tons de pele mais rosados característicos das primeiras edições da Globo de 1987. 

terça-feira, 24 de março de 2020

Cebolinha e Cascão: HQ "Atrás da cortina"

Em março de 1990, há exatos 30 anos, foi lançada a história "Atrás da cortina", quando o Cascão foi dormir na casa do Cebolinha e achou que tinha um monstro atrás da cortina do quarto. Com 11 páginas, foi história de abertura de 'Cebolinha Nº 39' (Ed, Globo, 1990).

Capa de 'Cebolinha Nº 39' (Ed. Globo, 1990)
Começa com o Cascão comentando que achou legal o Cebolinha ter convidado para dormir na casa dele e Cebolinha fala que foi ele quem se convidou. Cascão se defende falando que ficou tarde e que seria perigoso voltar sozinho para a casa e ter monstros no caminho. 


Cebolinha fala que Cascão está vendo muito filme de terror e lamenta que a colcha de cama e pijama que emprestou nunca serão mais os mesmos com o mal cheiro do Cascão, que responde que não precisa agradecer, que amigos são para essas coisas. Eles vão dormir e Cascão ouve um barulho, fica apavorado e chama o Cebolinha, que diz que deve ser só o vento. Quando fecham os olhos, vem um barulho mais forte, deixando Cascão apavorado. quando na cama. Cebolinha reclama que está descobrindo todo.


Vem o barulho de novo, como se o monstro tivesse batendo na janela para entrar e Cascão vai para o colo do Cebolinha, que fala que era só o vento sacudindo a janela e que pensava que Cascão só tinha medo de água. Cascão responde que tem que ser versátil. Cascão pergunta se eles podem dormir com os pais e Cebolinha dá bronca que, além de atrapalhar o sono dele, quer ainda atrapalhar os pais. Cascão fala que não dorme mais na casa deles e tentam dormir de novo. 


Cascão ouve mais uma vez barulho alto e batidas na janela. Depois que para, vê um volume na cortina e aí se desespera, sacode o Cebolinha avisando que o monstro conseguiu entrar, está atrás da cortina e só está esperando eles dormirem para devorá-los. Cebolinha fala que pode ser muitas coisas, como travesseiro ou caixa, que é deixar para lá e irem dormir. Cascão não vai dormir com medo do monstro pegá-lo e Cebolinha tenta dormir de novo, só que vira para um lado, para o outro e não consegue, cismado com a cortina


Cebolinha manda o Cascão ir lá ver e começa a confusão de quem vai. Cascão fala que não porque é visita, Cebolinha fala que foi o Cascão quem começou a história, Cascão diz que foi o Cebolinha quem o convidou para dormir no quarto cheio de monstros. 


Cebolinha rebate que não convidou e não tem monstros lá e Cascão pergunta por que ele não vai lá para ver. Cebolinha responde que não quer e Cascão falando que é medroso. Os dois começam a brigar, se atracando, xingando um e outro, brigam se rolando pelo quarto e param até na parede derrubando a cortina.


Eles ficam ao lado do volume na cortina e tampam os olhos, estranham o monstro não atacá-los de uma vez. Cebolinha abre um olho e quando puxa a cortina era só um joão-bobo que tinha esquecido lá. Eles dão gargalhadas, fingem que já sabiam de tudo e finalmente vão dormir mesmo.


No final, surgem vozes embaixo da cama e eram monstros falando que finalmente dormiram, pensavam que não iam ficar quietos e que agora podem dormir também, ou seja, realmente tinham monstros no quarto, só que não na cortina, e, sim, embaixo da cama.


História muito engraçada. Foi toda ambientada no quarto do Cebolinha com Cascão pensando que tinha monstro atrás da cortina lá no quarto. Muito legal ver o seu medo de encontrar um monstro lá e acordar o Cebolinha toda hora por casa disso até fazer acreditar também que tinha monstro lá. Bom ver tiradas como Cascão se convidar por conta própria para dormir com o Cebolinha, achar bom que as cobertas e o pijama do Cebolinha iam ficar com mal cheiro com ele lá, ele era versátil por ter medo de água e monstros ao mesmo tempo, entre outras.


O final ficou muito bom dos leitores descobrirem que realmente tinham monstros embaixo da cama sem os meninos saberem, alimentando a fantasia das crianças. Inspirada em fato de pais assustarem crianças inventando que tem monstros embaixo da cama e se não dormir os monstros vão pegá-las. Hoje considerada errada essa psicologia já que a criança ficaria com medo e aí que não dormiria mesmo. 


Tudo indica que foi escrita por Rosana Munhoz, tem todo jeito de ser dela, mas nada confirmado que seja realmente, As partes incorretas seriam as palavras "droga!" e "azar", que foram banidas nos gibis atuais, geralmente mudadas por bolas!" e "má sorte", respectivamente, além da briga feia dos meninos não ser bem vinda por causa de violência. Depois dessa, teve outra história envolvendo Cascão dormindo com o Cebolinha, em 'Gibizinho do Cebolinha Nº 9', de 1992, sendo que na ocasião com Cebolinha achar ruim dormir com o mal cheiro do Cascão.


Traços lindos e bem caprichados que davam gosto de ver. Quadrinhos dessa vez ficaram dispostos com com 6 quadros na página ao invés de 8, uns gostam assim, outros não por acharem que a história ocupa mais páginas do que deveria. Destaque também para alguns quadrinhos com iluminação diferente, mais escuros pra simbolizar que eles estão na escuridão total. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

sábado, 21 de março de 2020

Tirinha Nº 69: Aniversário da Mônica

Dia 21 de março, aniversário da Mônica e em uma homenagem compartilho uma tirinha muito legal em que o Cascão vê meninos e um bolo voando enquanto ia para a festa da Mônica e quando chega lá descobre que o sopro da Mônica ao assoprar as velinhas foi tão forte que fez o bolo e os convidados voarem pelo bairro.

Essa tirinha podia ter saído em um gibi da Mônica, mas pelo visto como o Cascão apareceu em todos os quadrinhos, aí preferiram colocar em gibi dele. Na época os personagens não tinha data de fixa de aniversário, embora a Mônica teve algumas histórias de aniversários em gibis de março da Editora Abril entre 1983 a 1985, mas depois deixaram de lado nos primeiros anos da Globo e retornando só a partir de 1994. Então, em 1991 a Mônica fez aniversário em setembro. 

Feliz aniversário, Mônica!

Tirinha publicada em 'Cascão Nº 123' (Ed. Globo, 1991).

segunda-feira, 16 de março de 2020

Chico Bento: HQ "O menino que morava na árvore"

Mostro uma história em que o Chico Bento resolveu morar na goiabeira do Nhô Lau para não levar tiros de sal. Com 9 páginas, foi história de abertura de 'Chico Bento Nº 39' (Ed. Globo, 1988).

Capa de 'Chico Bento Nº 39' (Ed. Globo, 1988)

Começa saindo vozes em uma goiabeira e o narrador pergunta se goiaba fala. Quando se aproxima, vemos que eram Chico Bento e Zé Lelé na goiabeira do Nhô Lau com Zé Lelé comentando que estão com vida mansa até o Nhô Lau aparecer. Chico diz que fareja o Nhô Lau a meia légua de distância e quando o barrigudo descobrir, eles já detonaram a goiabeira.


Enquanto fala, Nhô Lau já estava lá e ouvindo tudo . Quando os meninos veem ficam assustados, Zé Lelé sai da goiabeira e Nhô Lau dá tiros na bunda dele e se esconde em uma moita perto. Já o Chico fica na árvore, Nhô Lau manda descer de lá e Chico diz que vai ficar, pois a vista é bonita e o galho é confortável. Ele ainda lembra que se Nhô Lau atirar, vai estropiar toda a goiabeira e se ele subir lá vai quebrar tudo com o peso dele.


Nhô Lau tenta subir, mas não consegue, se cansa logo por causa do peso. Nhô Lau avisa que uma hora ele vai descer, não precisa ficar esperando e deixa o cachorro Lobo de guarda em frente à árvore, que assim que o Chico resolva esticar as pernas o Lobo vai dar a lição que merece. Zé Lelé ouve tudo na moita e pergunta para o Chico o que ele vai fazer. Chico diz que nada, o Nhô Lau não vai ficar vigiando o tempo todo e uma hora o cachorro dorme.


Chega a noite, o cachorro Lobo está acordado de vigia, dá sono no Chico e acaba dormindo na goiabeira. Amanhece e Chico acordo com o barulho dos passarinhos fazendo ninho no seu chapéu. Ele pensa que está no seu quarto, mas logo lembra que estava na goiabeira do Nhô Lau e resolve descer, pensando que o cachorro estava dormindo. Chico põe o pé no trabuco do Nhô Lau e volta ligeiro para o alto da goiabeira.

Chico fala que não vai descer , lá está bom e pede para o Zé Lelé para avisar aos pais que ele vai morar lá goiabeira. Chico fala que vai tomar café da manhã com as goiabas fresquinhas e Nhô Lau fica uma fera, avisando que vai aproveitando enquanto pode.


De repente começa a maior confusão, chegam jornalistas, os pais do Chico e o Zé Lelé, que avisou a imprensa sobre o Chico morar na árvore. Jornalistas foram entrevistar o Chico, todos querendo saber tudo sobre o menino que morava na goiabeira, por que resolveu morar lá, se é por causa da alta do aluguel, se é em defesa da Ecologia e se o "homem do trabuco" estava querendo derrubar a árvore. Chico fala que era o homem do trabuco que queria derrubá-lo enquanto os pais pedem para o filho sair de lá, que é muito pequeno para morar sozinho.


Em seguida chega um candidato a prefeito de Vila Abobrinha e fala que o Chico será o símbolo da campanha dele e que a luta dele também será do verde: do verde das goiabeiras, da padarias, das notas de quinhentos e do mar. E fala para o Chico não se preocupar com o bruto do Nhô Lau, que se tocar em um fio de cabelo dele vai se arrepender e a goiabeira é um patrimônio histórico e não resta outra alternativa do Nhô Lau sair de lá.


Zé Lelé comemora a vitória do Chico e jornalista pergunta o que o Chico tem a dizer pra dar início à grande campanha pela natureza. De repente, Chico desce da goiabeira, deixando todos surpresos e jornalista falando que vai arruinar tudo se for embora. Ele continua caminhando e não volta pra lá, deixando o candidato a prefeito furioso e os jornalistas vão procurar outro símbolo para a campanha da natureza. No final, Zé Lelé pergunta por que o Chico desistiu da campanha da natureza, ia ficar rico e famoso e Chico diz que não abe, deve ser por força da natureza mesmo, com ele em uma casinha de banheiro público para atender sua necessidade de xixi e cocô.


Muito boa essa história com o Chico Bento tendo que se virar para não levar tiro de sal do Nhô Lau ou ser mordido por cachorro após roubar mais uma vez as goiabas, precisando até morar na árvore e não contavam com a imprensa e candidato a prefeito defendendo o Chico pensando que ele estava lá por causa da campanha da natureza. Muito divertido ver o Nhô Lau brabo com o Chico roubando as goiabas, Chico desafiando o Nhô Lau, os jornalistas e políticos invadindo, Chico desistir de ser rico por força maior de fazer xixi e cocô e até o narrador pensando que a goiabeira falava foi engraçado. A presença do prefeito foi uma crítica de mostrar políticos interessados em se aproveitar dos problemas do povo e fazer de conta que está se solidarizando e que vai resolver só para fazer campanha eleitoral pra ter voto.


Foram poucas histórias de abertura com o Nhô Lau na época, preferiam mais como histórias de miolo. Passou a ter mais histórias de abertura quando deixaram o Nhô Lau como comerciante da região para mudar um pouco as suas histórias e não ser só para dar tiros de sal nos meninos e, de quebra, atender o politicamente correto. Completamente impublicável justamente por essa ideia central do Chico roubar goiabas e morar na árvore para não levar tiro de sal do Nhô Lau, além do Chico fazer piadas com o Nhô Lau barrigudo e seu peso. A palavra roubar também é proibida nos gibis novos, ao invés de falarem que os personagens roubam goiabas, mudam para pegar goiaba, isso quando tem história assim, pois são evitadas ao máximo.


Traços sensacionais, tudo indica com arte-final do Alvin Lacerda. Bom ver o Nhô Lau bem gordo já que atualmente colocam o personagem magro. Interessante que em um quadrinho erradamente colocaram um dente pra fora nele igual ao Chico Bento. A capa dessa vez fez alusão à história de abertura, coia rara na Editora Globo, mas ainda assim teve piadinha em cima da história colocando Chico com travesseiro e com rádio para ficar mais engraçado.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Capa da Semana: Mônica Nº 57

Uma capa bem divertida com Mônica e Cebolinha jogando tênis e como a força da Mônica é tão grande, o arremesso da bola vai parar na boca do Cebolinha, que fica muito brabo. Legal também as roupas deles próprias de jogo de tênis.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 57' (Ed. Globo, Setembro/ 1991).


terça-feira, 10 de março de 2020

Tirinha Nº 68: Cebolinha

Nessa tirinha, o Cebolinha até tentou ser cavalheiro com a Mônica colocando a sua camisa na poça d'água para ela passar, mas quando viu uma menina bonita  em outra poça, tratou de tirar a camisa com a Mônica passando para colocar na poça da outra menina, fazendo a Mônica cair feio na água. Muito engraçada.

Tirinha publicada originalmente em 'Cebolinha Nº 77' (Ed. Abril, 1979).


sábado, 7 de março de 2020

Turma da Mônica: HQ "Sujolândia"

Mostro uma história em que o Capitão Feio criou um parque todo imundo com a sua cara no lugar do Parque da Mônica. Com 17 páginas, foi publicada em 'Parque da Mônica Nº 26' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Parque da Mônica Nº 26' (Ed. Globo, 1995)

Começa com a Turma indo ao Parque da Mônica e tem a surpresa de ver o Parque todo sujo em aspecto de ruínas e até pensam se o pai da Mônica não errou o caminho. Cascão adora o Parque sujo daquele jeito e até parabeniza a Mônica pela ideia. Logo descobrem que foi o Capitão Feio que fez aquilo com o Parque da Mônica.


Capitão Feio fala que o parque agora é dele e tem o nome de "Sujolândia" e eles são convidados. Quando entram, um monstrinho de sujeira manda o Capitão Feio mostrar o crachá e Capitão Feio o chama de estúpido e dá bronca que é o patrão dele. Ainda assim o monstrinho pergunta pelo crachá, Capitão Feio diz que não tem e aí tem que pagar e fala palavrões e o monstrinho avisa que falar palavrão é feio.


Mônica fala para os seus amigos que precisam descobrir o que aconteceu, quando o Capitão Feio fala que não está acontecendo nada, mas vai acontecer e jogam a turma no brinquedo da rampa da imundice, deixando a turma toda suja ao sair da rampa. Depois eles visitam a "Casa do Feio", tinha tanto pó que eles saíram tossindo e como o Capitão Feio achou que eles tossiram pouco, manda para o monstrinho de sujeira de providenciar mais pó lá.


Em seguida, vão aos ciclopoluidores e Cascão acha legal por estar se divertindo. Nos ciclopoluidores ganhava quem conseguisse fazer mais fumaça e o Cebolinha ganhou por ter ficado coberto de fumaça. Cascão comenta que foi divertido e Cebolinha pergunta se ele é mesmo o Cascão e não o Do Contra. Aí, dá fome na Magali e eles são levadas na "Praça do Fedegoso", que era o nome do Monstro de Sujeira cozinheiro do Capitão Feio. Quando ele fala que tem pizza de barro, suco de argila e hambúrguer de pedra com pão amanhecido no cardápio, Magali perde a fome.


Capitão Feio fala que eles ainda tem que ver a "Casa do Porco" e "Esgoto do Imundinho". Mônica pergunta de onde o Capitão Feio tirou as ideias dos brinquedos, que se parecem muito com os do Parque da Mônica. Capitão Feio diz que tirou do Mauricio de Sousa. Viajou no tempo através de uma máquina do tempo e roubou todos os projetos do Parque que ainda não tinha sido construído e prendeu o Mauricio no banheiro. Aí ele criou os brinquedos, incluindo o cinema 3F, de fétido, feioso, fuleiro.


A intenção era para dominar o mundo, com Mauricio preso no passado, não existe o Parque no futuro. Ainda viajou mais ainda, na época que a turma não foi criada e prendeu o Mauricio de novo no banheiro. Se o Mauricio não criassem os personagens, eles deixariam de existir, e sem eles para atrapalhar, dominaria o mundo em poucos quadrinhos. Enquanto contava, Cascão e Magali estavam começando a sumir.


Capitão Feio vai brincar no "Carrossel do Porcácio" e Mônica lembra que ele também é personagem do Mauricio e Capitão Feio implora para Mônica ajudar para ele não sumir também. Eles vão ao "Teatro do Feioso"e ele pergunta a um dos monstrinhos onde estava a máquina. O monstrinho fala que ninguém triou foto e capitão Feio fala que era máquina do tempo. O monstrinho fala que estava lá atrás e, assim ele , Mônica e Cebolinha viajam até o ano de 1961.


Eles tiram o Mauricio do banheiro. Capitão Feio fica feliz que encontraram e Mauricio estranha ter falado "nós", já que Mônica e Cebolinha haviam sumido. Capitão Feio se pergunta onde tá a "baixinha dentuça" e "troca-leras de cabelos espetados" e volta desesperado para a máquina do tempo para ver o que aconteceu de errado. Quando se vai, Mauricio tem a visita de seu amigo com cabelos espetados e da sua filha Mônica e acaba criando os personagens.


Capitão Feio volta para 1995 e encontra o Parque da Mônica de volta normal. Vê a Mônica e fala que andava tão sumida e ao ver o resto da turma fica feliz também e comenta que voltou no tempo a tempo de consertar tudo e tudo voltou ao normal como se nada tivesse acontecido. A turma corre e coloca uma camisa de força emprestada do Louco e Capitão Feio é levado para o manicômio tratado como um louco. Mônica e Cebolinha veem uma máquina do tempo no Parque e pensam que foi criada pelo Franjinha.


No final, Capitão Feio está no "Manicômio para Loucos Engraçados", e o enfermeiro avisa que era hora do passeio. Capitão Feio pergunta para onde eles vão e o enfermeiro fala que seria no parque. Seria um parque comum, mas Capitão Feio pensou que era o Parque da Mônica e, assim, se desespera e foge do manicômio quebrando a parede, com tanto trauma do Parque da Mônica.


História legal mostrando um Parque do Capitão Feio no lugar do Parque da Mônica após ele viajar no tempo para impedir a construção do Parque da Mônica e dos personagens. Seria tudo perfeito se ele não fosse também personagem do Mauricio e acabaria sumindo também que nem os outros. Histórias com máquina do tempo e metalinguagem sempre eram bem envolventes.


Não era só Franjinha que criava invenções nas histórias, geralmente tinham outros cientistas e vilões também criavam seus inventos de acordo com seus objetivos. Assim, tanto vilões fixos como Capitão Feio, Doutor Olimpo, entre outros, assim como vilões que apareceram em só uma história podiam criar.


O Parque da Mônica original acabou só aparecendo no final da história por causa disso. Legal ver o Cascão adorando os brinquedos sujos e até se divertindo, hoje em dia ele ia ser contra que nem os outros personagens. Teve monstrinho de sujeira que até teve nome dessa vez, era raro terem nome, ainda mais que eram muitos. Hoje em dia, costumam colocar só uns 3 monstrinhos nas histórias, quem sabe pra ter menos trabalho de desenhar. Como tem apologia à sujeira, personagens ficando sujos com os brinquedos e ter cenas com palavrão e Capitão Feio com arma na mão para prender Mauricio no banheiro não fariam de novo atualmente.


Foi bom também ver o amigo do Mauricio e a Mônica filha do Mauricio retratados como inspiração de criação. A história não seguiu exatamente como aconteceu na vida real, já que Mônica e Cebolinha não foram criados juntos e nem foi em 1961. Cebolinha foi criado em 1960 e Mônica em 1963, vale pela lembrança dos primórdios da MSP para gente ter ideia em quem o Mauricio se inspirou para criar os personagens.


Achei que podia também ter mostrado o Capitão Feio tirando o Mauricio do banheiro no início dos anos 90, mostrou apenas voltando aos anos 60, pois ficou preocupado em deixar de existir. Fica subtendido que quando o Mauricio de 1961 estava criando os personagens, o Capitão Feio estava no inicio dos anos 90, antes de voltar para 1995.


Quase todos brinquedos que o Capitão Feio criou na "Sujolândia" foram baseados nos brinquedos do Parque da Mônica só que com apologia à sujeira, até que o Parque podia ter tido um brinquedo com nome dele, logicamente sem precisar sujar ninguém, mas tendo referência ao nome dele. Os traços muito bons também, bem típicos dos anos 90 e na postagem coloquei a história completa.