quinta-feira, 28 de março de 2024

Os 30 anos do Monicão

O Monicão comemora 30 anos de criação agora em 2024 e em homenagem conto tudo sobre o cachorro da Mônica e mostro algumas histórias dele ao longo dos anos.

Monicão foi criado em março de 1994 para ser o cachorro oficial da Mônica. Antes, todos os personagens principais tinham um bichinho de estimação, menos ela. Apesar do Sansão ter essa função, mas é apenas um coelhinho de pelúcia e ela não tinha um bicho de verdade como o Cebolinha, Cascão e Magali e muitos perguntavam por que só a Mônica não tinha um bichinho de estimação, como aconteceu na história de 'Mônica Nº 190' (Ed. Abril, 1986). 

A Mônica até já chegou a ter um cachorro, o Napoleão, publicada em 'Mônica Nº 49' (Ed. Abril, 1974), só que não vingou e sumiram com ele, e também chegou adotar cachorros de rua, como o Dick na história "Filosofia canina" ('Mônica Nº 13' - Ed. Globo, 1988) e um de rua sem nome da história "Perseguição implacável" ('Mônica Nº 49' - Ed. Globo, 1991), mas faltava  ter um cachorro fixo só dela. Até que foi resolvido em março de 1994 quando ela ganhou o Monicão do Cebolinha e do Cascão como presente de aniversário para ela. 

O Monicão é um cachorro com a cara da Mônica, dentuço, gordinho e cabelo de banana como ela, por isso seu nome com junção de "Mônica" e "cão". Nunca vi informarem qual era a sua raça, tudo indica ser vira-lata mesmo. Inicialmente, seus traços tinham orelhas de abano voltadas para baixo e uma personalidade como a da dona de um cachorro brabo, atacava as pessoas que estavam incomodando a Mônica ou os meninos que se aproximavam dela para namorar ou quem xingava ou maltratava o próprio Monicão. Nessa fase, tinham balões de pensamentos e ele falava quando conversava com outros bichos. Tinham vezes que ele só participava como um cãozinho da Mônica, fazendo figuração dentro de casa, por exemplo, sem ter importância nas tramas.

Monicão nos anos 1990

A partir dos anos 2000, mudaram a personalidade do Monicão, deixou de ser um cachorro brabo e passou a ser mansinho, bagunceiro, eufórico, hiperativo e atacar apenas objetos, não mais meninos, pessoas em geral ou outros bichos e a Mônica irritada e sem paciência com ele. Se Monicão visse um objeto no chão, como bola, boneca, chinelo, lençol, etc, queria morder para brincar, sem intenção maldosa. Algumas vezes, Mônica tentava o cãozinho a comer ração devagar e não comer tudo de uma vez como fazia. Ele não mais pensa ou fala com outros bichos, só late ou faz grunidos. E atualmente os latidos não aparecem mais dentro de balões, são dispostos como onomatopeias coloridas e soltas de tão alto que ele late.

Pelo visto, não acharam certo ser um cachorro brabo atacando os outros e estimulando violência, e ainda não ter o agrado e simpatia das crianças e influenciavam a elas terem medo de cachorros na vida real, acharam melhor um cachorro amigável, então. Além da personalidade diferente, também mudaram os traços dele, colocando orelhas voltadas para cima com uma leva curva pra baixo nas pontas e não teve mais orelhas de abano,  cabelo de banana menor e menos gordinho, um pouco mais caricato para se adequar à sua nova personalidade.

Monicão a partir dos anos 2000

Sua estreia foi na história "Presente de aniversário atrasado" (Parque da Mônica Nº 15 - Ed. Globo, 1994), tipo uma história interligada à história "Palhaço de festa" (Mônica Nº 87 - Ed. Globo, 1994). Cebolinha e Cascão se dão conta que foram à festa de aniversário da Mônica sem terem levado presente para ela e resolvem dar um presente atrasado. Veem um cachorro na loja e compram, deixando no Parque da Mônica jogando pistas pelo Parque para ela e Magali procurarem pelos brinquedos de lá. Encontram na atração "Casa da Mônica" e Mônica descobre que era um cãozinho com a cara dela que os meninos chamaram de Monicão, que corre atrás deles pelo Parque no final por terem o chamado de dentuço. Realmente os meninos não deram presente para ela em "Palhaço de festa" por estarem preocupados em atazaná-la sendo palhaço e serviu de gancho para depois darem um presente atrasado nessa história do Parque.

Trecho da HQ "Presente de aniversário atrasado" (1994)

Nessa fase dos anos 1990 como um cachorro brabo, Monicão teve histórias legais. Em "Brinca comigo" ('Gibizinho da Mônica Nº 48' - Ed. Globo, 1994), Monicão fica com ciúmes da Mônica só dar atenção ao Sansão e faz de tudo para atacar o coelhinho de pelúcia, só que sempre tinha alguma coisa que impedia o seu plano. No final, Mônica percebe que não estava dando atenção ao Monicão e resolve brincar com ele e fica feliz, jogando o Sansão para longe.

Trecho da HQ "Brinca comigo" (1994)

Em "O preço da preferência" ('Gibizinho da Mônica Nº 57' - Ed. Globo, 1995), Monicão ficou triste que a Mônica só saía na rua com o Sansão e não com ele. Mônica percebe e resolve levá-lo para rua dentro de carrinho de boneca. Cebolinha e Cascão pensam que era o Sansão, o roubam e dão nós na orelha do Monicão, que fica brabo e corre atrás deles.

Trecho da HQ "O preço da preferência" (1995)

Mônica esquece que não estava com o Sansão e arremessa o Monicão nos meninos como faz com o coelhinho. Monicão providencia de voltar para casa, pega o Sansão, colocando no carrinho e ainda acena com lenço para a Mônica para irem com Deus, reconhecendo que é mais seguro ficar em casa do que sair com a Mônica.

Trecho da HQ "O preço da preferência" (1995)

Em "Nossos bichinhos não se dão!" ('Magali Nº 181' - Ed. Globo, 1996), Mônica e Magali fazem com que seus bichinhos, Monicão e Mingau fiquem amigos bem porque viviam brigando quando se viam, já que são cão e gato e naturalmente eles não se dão bem. Só que Mônica e Magali acabam brigando por causa deles e os bichos fazem plano de fingirem que ficaram amigos para suas donas voltarem a se falar. Nessa, o Monicão falou enquanto conversava com o Mingau, entre bichos ele falava.

Trecho da HQ "Nossos bichinhos não se dão!" (1996)

Em "Alvo errado" ('Mônica Nº 131' - Ed. Globo, 1997), Monicão ataca todos os meninos que estavam xingando a Mônica, que pensa que seu cãozinho queria protegê-la, mas ele corria atrás dos meninos porque pensava que eles estavam o xingando.

Trecho da HQ "Alvo errado" (1997)

Em "Dia de cão" ('Mônica Nº 152' - Ed. Globo, 1999), Monicão ataca os meninos que estavam paquerando a Mônica, era só eles se aproximarem que ele atacava, menos o Cebolinha, porque o Monicão só perseguia os gatos e o Cebolinha não era gato. Um trocadilho de que cachorro não gosta dos bichos gatos com gato de meninos bonitos e o Cebolinha não era bonito.

Trecho da HQ "Dia de cão" (1999)

Já na fase dos anos 2000, Monicão já mudou completamente, deixando bem repetitivas e bobinhas as histórias com sempre com ele bagunceiro, hiperativo e atacando só objetos em vez de pessoas ou bichos e traços diferentes, como já dito. Maioria das histórias a partir de então foram escritas pelo Paulo Back, notando também o Mônicão e outros personagens com olhos redondos arregalados e fazendo biquinhos, características do estilo de histórias dele. 

A estreia dessa nova fase foi em "Cachorro doidinho" ('Mônica Nº 212' - Ed. Globo, 2004). Nela, Magali visita a Mônica na casa dela e Mônicao avança na Magali por gostar dela e também na boneca, no carteiro por gostar dele e no chinelo da Dona Luísa. Mônica e Magali resolvem brincar com ele pra ver se para de ficar agitado e conseguem.  No final, as meninas resolve acordar o Monicão por terem gostado de brincar com ele. Essa história marca os novos traços do Monicão com orelhas para cima, mas ainda com traços bonitos comparados como era na época.

Trecho da HQ "Cachorro doidinho" (2004)

Em "Não morda tudo que voa" ('Mônica Nº 10' - Ed. Panini, 2007), Mônicão avança em tudo que ele vê voando, causando confusão e prejuízos para Mônica. Avança em bolinhas de sabão,  aviãozinho, balões,  etc. No final, em casa, Mônica tenta ensinar que não é pra morder tudo,  mas ele morde os coraçõezinhos de amor que saem da cabeça dela e vê que o cachorro  aprendeu nada.

Trecho da HQ "Não morda tudo que voa" (2007)

Em "Muita confusão para só um Monicão" ('Mônica Nº 37' - Ed. Panini, 2010) , Mônica quer pendurar roupa no varal e Monicão não deixava por avançar nas roupas, principalmente quando caía no chão. Cebolinha ainda tenta ajudar a Mônica com o cachorro em vão, acabam deixando a casa alagada com a máquina de lavar e no final Dona Luísa manda os dois limparem a casa e o quintal. 

Trecho da HQ "Muita confusão para só um Monicão" (2010)

Em "Bons modos, Monicão" ('Mônica Nº 80' - Ed. Panini, 2013), Mônica quer educar o Monicão a comer devagar, uma ração por vez, mas não consegue porque ele só comia de forma expansiva. Magali tenta ajudar em vão e no final a Magali lembra que faltava sobremesa, fazendo Monicão ficar agitado de novo querendo sobremesa.

Trecho da HQ "Bons modos, Monicão" (2013)

Em "Meu estilista pessoal" ('Mônica Nº 18' - Ed. Panini, 2016), Mônica quer mostrar para a Dorinha que o Monicão é quem escolhe a roupa dela, mas acaba o cachorro mordendo e estragando todas as roupas da Mônica. Depois, uma fada dá roupa nova pra todos irem a uma festa, estilo Cinderela. Nessa, o Monicão teve medo do Radar, cachorro da Dorinha, apesar de ele ser mansinho também, se fosse nas antigas, Monicão ia encará-lo, no mínimo rosnar.

Trecho da HQ "Meu estilista pessoal" (2016)

Na história "Um dia de Monicão", ('Mônica Nº 19' - Ed. Panini, 2016), Mônica leva o Monicão pra passear na coleira e o cachorro avança e destrói os brinquedos que os amigos da Mônica estavam brincando, e eles cobram a Mônica do prejuízo.  No final. Mônica reconhece que tem que ficar em casa e avisa à mãe que não pode falar palavra coleira para não dar vontade do Monicão ir pra rua.

Trecho da HQ "Um dia de Monicão" (2016)

Monicão ainda entrou na Liga dos Pets a partir da história homônima de 'Turma da Mônica Nº 40' (Ed. Panini, 2018). Os bichinhos da turma, Bidu, Mingau, Floquinho, Chovinista e Ximbuca, formaram uma liga de heróis e se reuniam para salvarem seus donos em perigo. Nessa liga, pelo menos deu uma diferenciada no estilo de histórias com o Monicão, embora ele não aparece muito, os destaques maiores ficam com Bidu e Mingau. Bom que teve interação do Monicão com outros bichos e não só com a Mônica.

Trecho da HQ "A liga dos pets" (2018)

Apesar do Monicão ser hiperativo, quem consegue driblar a agitação dele é a Milena por saber lidar com os animais, como mostrou na história "Um jeitinho com o Monicão" ('Mônica Nº 52 - Ed. Panini, 2019). A Milena consegue deixá-lo quietinho e até adestrá-lo, deixando a Mônica com ciúme. Mônica tenta ficar só com o Monicão, mas ele volta a ficar agitado e só volta a ficar quieto com a Milena. No final, Monicão fica com ciúme e dor de cotovelo por Milena ter feito agrado também com o Bidu.

Trecho da HQ "Um jeitinho com o Monicão" (2019)

Um fato curioso, é que recentemente repetiram a história "Cachorro doidinho" no gibi 'Mônica Nº 32' - Ed. Panini, 2023. Trata-se da mesma história de 2004, mesmos diálogos, mudando uma ou outra coisa nos textos com sinônimos e redesenharam com os traços atuais. Tudo indica que estavam com falta de roteiros pra fechar a edição recente, pelo certo teria que republicar e não redesenhar em um gibi novo. Comparando as imagens, dá pra ver a nítida diferença na decadência dos traços atuais e reforça de que os latidos do Monicão agora tratam como onomatopeias.

Comparação da história "Cachorro doidinho" (2004/ 2023)

Como pode ver, não foi ruim a ideia de ter um cachorro fixo, problema foi mudar a personalidade e traços do Monicão, deixando de ser cachorro brabo igual à dona e ser só um cachorro  bagunceiro e eufórico destruindo coisas e contracenando só com a Mônica. Ficou tudo muito repetitivo, como cachorro brabo o era bem melhor. Em todas as fases, também acho que faltou Monicão contracenar com outros bichos, ter a sua própria turma, iria diferenciar suas histórias e não ficar na mesmice. Personagem merecia ser mais aproveitado. 

61 comentários:

  1. Se analisarmos bem, o Monicão era quase uma espécie de "clone" do Otto, o cachorro do Sargento Tainha, da clássica tira do Recruta Zero, do saudoso Mort Walker. Tal como Otto e Tainha, Mônica e Monicão eram extremamente parecidos: O mesmo cabelo, os mesmos dentes proeminentes, o mesmo comportamento estourado. Faltou acrescentar um detalhe da atual personalidade hiperativa do Monicão; a Milena, que tem como característica o jeito com animais, é a única pessoa que consegue acalmá- lo.

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    1. Podem ter se inspirado no Otto para criar o Monicão, era melhor assim como um Otto brasileiro. Tinha visto essa história com a Milena quando pesquisei, acabei esquecendo na hora e atualizei agora. Só Milena pra deixá-lo um cachorro normal e sem característica.

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  2. Aproveitando ensejo, parabenizo o encardido coelhinho de pelúcia, esse sim é insuperável.
    Então, em 2024, trintarão Do Contra e Nimbus, pois também estrearam em 1994.
    Bidu e Franjinha, Mingau e Magali, Chovinista e Cascão, Floquinho e Cebolinha... as relações desses personagens com seus respectivos donos e seus respectivos pets, são genuínas, já Mônica e seu animal de estimação, não identifico esse tipo de relação, o que há entre os dois não é orgânico.

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    1. Talvez seja a falta de nostagia... se não me engano, você diz que nessa época você já não colecionava mais, aí não conseguiu acompanhar bem ele e a Mônica, por isso a falta de identificação em comparação com outros donos e bichos, talvez? Só um palpite.
      Eu, por outro lado, acompanhei ele na década de 2000 e admito que os anos 90 do personagem era indiscutivelmente melhor, traços, roteiro, tudo. Não é um ótimo personagem, nem dos melhores, mas dificilmente é ruim ou péssimo por se dizer.
      Uma leve discordância, mas o Floquinho para mim era o bicho mais sem sal de todos. A aparência dele é o que se destaca, mas é zero personalidade. Ele quase não pensa, não faz nada, só age como cachorro mansinho. O que é legal nas histórias dele é o Cebolinha, o Cebolinha quem carrega o relacionamento nas costas. O Monicão estourado talvez possa ser irritante, não tão bem manuseado, mas pelo menos ele TEM personalidade, TEM atitude. O Floquinho quase nem tinha pensamento racional, só uma ou duas histórias talvez, majoritariamente era só ''Au Au''.

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    2. Grande barato do Floquinho é ser um animal de aspecto físico enigmático, deixando muitos em dúvida se é de fato um cão, confundido com arbusto e esfregão, incluindo cauda e focinho idênticos, promovendo mais dúvidas hilarias, só essas características inspiraram excelentes roteiros, além disso, interior de sua abastada pelagem é tipo a do Capitão Caverna, capaz de comportar e ocultar objetos de diferentes tamanhos, até automóvel já foi encontrado dentro dele, pessoas e animais também, inclusive, ele é um dos esconderijos do Cebolinha para despistar a Mônica e se esquivar de outras enrascadas. De fato, Isabella, conta com personalidade nula, HQs que abordam relação desse pet com o dono se desenrolam em grande parte pelas iniciativas do Cebolinha, havendo pouca variação nesse sentido, isto é, com o cachorro às vezes iniciando interações com o garoto. Floquinho é um dos poucos personagens estáticos que considero formidável.
      Infelizmente não sinto firmeza no Monicão, sei lá, o vejo como um animalzinho fabricado, não parece ter saído do âmago do cartunista, provável que Mauricio não o tenha criado e esse lance de âmago não é monopólio criativo do dono da TM, pois personagens como Louco, Mingau e Capitão Feio não foram criados por ele e são tão viscerais quanto Mônica, Cascão, Raposão, Anjinho, Papa-Capim, Astronauta, Cebolinha, Horácio, Sansão, Chico Bento, etc, etc, etc...

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    3. Sim, Nimbus e Do Contra completam 30 anos em agosto. Acho o Monicão neutro, mas poderia ser mais natural a interação com a Mônica. O Floquinho antigo era legal, hoje em dia é só um cachorro normal, estilo figurante na casa do Cebolinha. Pior mudança foi no Chovinista, deixando um porquinho saltitante que limpa tudo que encontra com espanador e ainda toma banho, conseguiram estragar completamente com ele. Hoje só Bidu e Mingau que podem ainda aproveitar alguma coisa.

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    4. Prefiro Mônica sem animal de estimação pela diferenciação, isso, por durante anos e anos foi um detalhe que a diferenciou bastante em relação aos outros como Franjinha, Cebolinha, Cascão e Magali, e, nesse sentido, Sansão fica ainda mais interessante, porque além de um brinquedo-arma como uma espécie de filho bebê da dentuça, ademais, por vezes, consegue ser um pet inanimado.
      Porco com mania de limpeza... conceito em si, não é ruim. Não haveria problema se isso fosse aplicado em personagem criado para os novos tempos, para atender o politicamente correto, já com Chovinista, descaracterizá-lo é uma agressão para leitores que cresceram com o personagem como entusiasta da sujeira. Se lá nos anos 1970, por exemplo, fosse criado um porquinho asseado, provável que vingasse, sendo efetivado ao núcleo do Limoeiro e, claro, assim como Maria Cascuda, as gêmeas Cremilda e Clotilde e Doutor Olimpo, seria mais um para compor a órbita do sujão.

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    5. Zózimo, não era ruim a Mônica não ter cachorro, afinal nem toda criança tem bichinho de estimação, era um diferencial e ela ainda tratava o Sansão como um bicho de verdade. Na certa, o estúdio recebeu muitos pedidos pra Mônica ter um mascote, desde a Editora Abril, e acataram. De qualquer forma, não achei ruim.

      Com o Chovinista foi avacalhação que fizeram, nada a ver porquinho saltitante, fora que histórias com ele são mudas e bobas, esse perdeu toda a essência.

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    6. Inconveniência nenhuma, Isabella! Fique à vontade para opinar sobre minhas explanações.
      Inexpressividade de Floquinho somada à aparência exótica mais a capacidade de absorver objetos e seres vivos acidentalmente, acho essa combinação um tanto hilária. Ser estático é meio que o charme do cão, Floquinho é uma espécie de coisa, percebe? Incógnita sobre quatro patas, se é que possui patas... e a indefinição é a grande sacada desse personagem.
      Além de preferir o coelhinho de pelúcia ao cachorro que trintou, para piorar, o aniversariante parece Mônica travestida de cachorro, semelhança que faz jus ao nome do bicho e considero pouco criativos tanto aparência, quanto nome. Única coisa que admiro no Monicão é sua incapacidade em substituir o Sansão, até por não ser brinquedo, ainda bem.

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    7. Pois é, Isabella, o Floquinho não tem mais uma característica própria, só figuração e nada a acrescentar, nem histórias solo não tem. E ainda fazem questão de desenharem boca, sabendo onde é rosto e rabo. Paulo Back gosta tanto de histórias com bichos e mudou personalidade de todos, não sei como ele não criou uma personalidade para o Floquinho. Atualmente, o Monicão consegue ser melhor que o Floquinho. Depois das mudanças que fizeram em todos, hoje a ordem dis 5 pets que eu gosto: Mingau, Bidu, Monicão, Floquinho e Chovinista.

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    8. Quanto a isso do Monicão parecer fisicamente com Mônica, admito que nunca vi problema... talvez pudessem ter sido mais criativos com o nome, mas a piada com o personagem era justamente as semelhanças físicas, pessoas xingando o cachorro de dentuço e gordinho, dona e cão se ofendendo com isso, o próprio Cebolinha escolheu ele por causa disso, a sacada deu certo para mim pelo menos. E eu acho que faz sentido para o pet da Mônica ter temperamento e gênio como os dela, acho que todo bicho da turma tem pelo menos um traço de personalidade parecido com o do dono. E pessoalmente prefiro o Monicão dos anos 90 (que era a versão mais parecido com a dona) do que o dos anos 2000, os traços eram mais bem desenhados, o da virado do milênio ficou muito esquisito.

      E o Sansão continua existindo independente do Monicão. Um não anula a existência do outro.

      (E se o problema do Monicão é ser parecido com a Mônica... então Chovinista teria mais ou menos o mesmo problema, é um clone do Cascão em sua mais pura forma, foi criado um porco por isso mesmo... pelo menos até os anos 2000, quando foi ''sequestrado'' das histórias e substituído por esse porco limpo e cheiroso, que ninguém sabe quem é, mas claramente não é o mesmo porco).

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    9. Poderiam ter resgatado o Napoleão, aquele cão feinho deveras original, comportamento e aspecto físico originais, mas, tudo bem, o que importa é que Monicão foi bem assimilado pela criançada dos 90's e 00's, isso que importa. Quando estreou eu já estava em outra, foi no auge da minha adolescência, já havia parado de comprar gibis da MSP de modo sistemático, colecionável, comprava só esporadicamente.

      Saltitância do Chovinista, se ainda prevalece, é herança do estrago que Emerson, Paulo Back e alguns outros promoveram nas HQs da TM clássica publicadas nas décadas de 2000 e 2010, embora seja um vício narrativo ridículo, o que verdadeiramente enoja é o personagem com mania de limpeza.

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    10. A propósito, o Floquinho já teve histórias solo? Ele já contracenou com outro cachorro, ou com alguém que não o Cebolinha ou sua familía? Eu nunca vi nenhuma. Assim, eu já vi todos os bichos (desde Mingau, até Bidu, até mesmo Monicão e Chovinista também) terem histórias solo, sem os donos. Floquinho já conseguiu segurar alguma história sozinho, por conta própria? Caso não, isso apenas reforçaria a falta de personalidade desse pet...

      E sem brincadeira, eu percebi mudança de todos menos o Floquinho. Mingau, que era um gato meigo e carinhoso, virou um gato narcisista e autoritário de lá para cá, Chovinista, que era um porquinho sujo e brincalhão, virou um porquinho super asseado e frescurento de lá para cá, Monicão, que era um cachorro agressivo e superprotetor, virou um cachorro exuberante e elétrico de lá para cá. Bidu ainda é relativamente o mesmo, mas se comparado ao de antigamente, ficou um bobão também. Floquinho... bem, esse não tem mais as piadas de ser ''maior por dentro do que por fora'' ou confusão com objetos inanimados, mas é tão inexpressivo e sem atitude como sempre. Essas piadinhas a parte, personalidade é a mesma de sempre, ou seja, nenhuma personalidade.

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    11. Há uma, Isabella, intitulada "Vida de cachorro", creditada ao Floquinho e ao Bidu e o pivô do roteiro é somente o Floquinho, capturado pela carrocinha e daí, por parte do motorista e do fiscal, há toda uma indagação se o que foi pego é cachorro ou casaco de pele. Nenhum integrante da família Cebola participa dessa história, contando apenas com quatro personagens, publicada em novembro de 1972 na edição em que Capitão Feio estreia nos quadrinhos.

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    12. Na verdade, me expressei mal ao dizer que nenhum integrante da família Cebola participa da HQ, pois Floquinho a integra, o correto a se afirmar é que nenhum integrante humano dessa família atua na trama.
      Talvez, "Vida de cachorro" seja primeira história com protagonismo dele, e o roteirista não deixou passar em branco a clássica dúvida que suas cabeça e cauda geram nas pessoas, portanto, deixá-lo com boca visível permanentemente matou essa marcante e hilária característica que sempre contribuiu positivamente na composição do personagem, boca do Floquinho das antigas só é exibida quando carece exprimir atos como rosnar, morder, lamber e se alimentar.

      Acredito que mudaram aspecto físico do Monicão por ser excessivamente parecido com a Mônica e ambas aparências não remetem necessariamente a cachorro, em parte não, em parte sim... nas duas formas o que o pet aniversariante aparenta são misturas, como se fosse híbrido.

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    13. Poderiam ter sido criativos com o nome do Monicão. Como Cebolinha deu esse apelido ao cão que comprou, a Mônica aderiu e ficou assim, mas ela poderia dar um outro nome se quisesse. Agora, ter mesma aparência e características da dona, pelo menos no início, foi bom. Já tiveram histórias solo com o Floquinho, principalmente nos anos 1980, e até contracenando com outros cachorros, lembro até de uma em que uma cachorrinha tinha se interessado por ele, só que não deu certo.

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    14. Namorar o Floquinho é arriscado, cadelinhas que se propõem a isso podem se perder dentro dele.
      Dos trechos postados, o de "Nossos bichinhos não se dão!" me despertou interesse em conhecer a história, certamente é pelo visual bem mais caprichado comparado aos traços dos demais trechos.

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    15. Bom saber que Floquinho ainda teve histórias solo. Meio ponto por isso, é algum requisito.
      Enfim, que bom que você gosta do Floquinho, Zózimo. Para mim esse personagem era tão insosso e pouco impactante que ás vezes até esquecia que Cebolinha tinha bicho de estimação próprio...

      O bom daqui é ler e discutir opiniões contrastantes de todos. Essa ala é muito boa por isso mesmo, seria bem mais chato se todos tivessem a mesma opinião sobre tudo...

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    16. É que o Floquinho, Isabella, para compreendê-lo melhor, temos de vê-lo além do quesito personalidade, tipo, o que ele representa para órbita do Cebolinha, percebe? Personalidade marcante ou, pelo menos desenvolvida, é algo que também valorizo muito, contudo, como Floquinho é uma criatura enigmática, sua personalidade nula o compõe bem, pode não parecer, mas acrescenta, pois deixa margem para eventuais surpresas em seu comportamento, o fato de não ter um, digamos, "rosto", claro que ele tem cara, mas não sabemos como é, conta com incógnita de como são os traços de seu focinho, os mistérios que envolvem esse personagem vão de encontro à sua estática personalidade e, isso, essa combinação, ainda que não tão clara para parte dos leitores das novas gerações, é genial, e não estou advogando a favor do Floquinho, não é isso, não pretendo convencê-la a enxergá-lo pelo prisma exposto neste comentário, todavia, entendo sua opinião a respeito dele, analisado somente pela personalidade, Floquinho é como diz mesmo.

      Aqui não há lacrações por discordâncias, ambiente 100% democrático, nem parece blog(ue) brasileiro, pois a polarização tupiniquim... sem comentários...

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    17. História solo do Floquinho que eu lembro está no gibi do Cascão nº 222 (julho de 1995), de título "Igual aos Outros", no qual ele (Floquinho) se lamenta por não se parecer com um cão, chegando até a dizer que até o Bugu tem mais cara de cão de verdade, mesmo não tendo focinho.

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    18. Arbusto, casaco de pele, poltrona, esfregão... Sem querer criar polêmica, Guilherme, mas, comparando os aspectos físicos do Bugu, das duas versões do Monicão, com maior foco na primeira e a "coisa" que se passa por bicho de estimação do Cebolinha, sinceramente, para mim, o que mais se parece com cachorro é a anomalia que atende por Floquinho. Bugu parece um ovo ambulante, Monicão parece fusão de determinados bichos, como mico, coala, elefante, castor e, claro, cachorro, as duas aparências do cãozinho da Mônica passam ideia de um ser híbrido, indefinido, ou seja, no quesito visual incógnito, Floquinho não detém o monopólio.

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    19. Errata

      "Visual incógnito" não exprime com exatidão o que digo no comentário acima, pois dá entender que seria oculto, desconhecido, invisível, já "visual indecifrável", aí sim, é bem mais objetivo, e tanto Floquinho quanto as duas versões do Monicão são assim, dos três comparados, único que possui clareza na aparência é Bugu, um ovo de avestruz com braços, pernas, longas orelhas e ego inflado, esse, pelo menos, sabe o que quer - desbancar o Bidu.

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    20. Obrigada pelo debate saudável, Zózimo. Posso entender seu posicionamento- e só esclarecendo, eu também não sou uma grande fã ou defensora do Monicão, nunca foi um favorito assim meu (Mingau e Bidu sempre foram os melhores para mim). Só acho ele melhor do que o Floquinho por ainda ser um personagem com atitude e reação, por mais que seja uma cópia quase completa da dona. Mesmo que pudessem ser mais originais. Mas entre um bicho com uma personalidade repetitiva do dono e um bicho com personalidade não-existente e inativa... eu fico com o primeiro. Mas sou só eu.
      Mas entendo suas razões para gostar do Floquinho... gosto é gosto, e ninguém está certo ou errado por isso.

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    21. E sobre o debate dos cães ''diferentões''... para mim, digo que todos o três são igualmente esquisitos, mas Bugu acho que leva tem o ''pior'' design nesse quesito. Floquinho ainda é indentificável como um Lhasa Aspo (tirando o pelo verde) e Monicão, como você disse, ainda dá para ser um híbrido e, segundo a wikipedia, é um Cavalier King (nome muito comprido), e tal. Mas o Bugu literalmente não existe na vida real, é um ovão amarelo com pernas. Nem focinho a criatura tem. E o bicho nem anda em quatro patas, diferente de outros cachorros da turma (e se andasse, ficaria muito esquisito de perfil). Acho que temos o vencedor aqui.

      Se bem que... todos os cachorros da turma são esquisitões de um jeito ou de outro. Bidu é literalmente azul e com aqueles bigodes também, Floquinho é lhasa aspo mas é verde de alguma forma, Monicão você mesmo já disse, Bugu... não preciso comentar mais nada. Não se vê cãs na mídia como nesses quadrinhos. Artistas da MSP, na hora de conceituar e desenhar cães,... sabe-se lá o que se passava na cabeça deles. Era criatividade até demais com os bichos.

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    22. E Bidu, por muitos, muitos anos mesmo, acreditei se tratar de um exótico vira-lata(s), até descobrir que seu aspecto foi extraído da raça schnauzer... Mauricio de Sousa foi "inzijente" (criativo até demais) em relação às aparências dos cães da turma do Limoeiro, duvido nada que Duque também possua pedigree... Manfredo, por exemplo, parece beagle, mas, assim como Bugu, o contrarregra(s) não pertence ao núcleo do bairro, o que explica isso é Bidu contar com flexibilidade privilegiada, pois atua em dois núcleos que são interligados até determinado ponto.

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  3. Não sabia desse remake de ''Cachorro doidinho'', realmente a qualidade dos traços decaiu MUITO comparando lado a lado. Nos anos 2000 os desenhos ainda eram feitos com dedicação e esforço, hoje é tudo sem vida, sem alma, sem coração. Confesso que gosto dos roteiros do Paulo Back, muitas vezes ele traz coisas que estão relevantes no momento, fazendo com que a Turma não fique presa no passado, sobre as caretas que ele coloca, nem ligo tanto para elas, se é para elas estarem lá, que estejam, e além do mais, acho que ele coloca as caretas no rascunho do roteiro (Para quem não sabe, os roteiros na MSP não são escritos de forma corrida, e sim já tem um rascunho do desenho que vai sair quando a história estiver pronta, por exemplo: Em um roteiro da MSP, ao invés de sair a descrição: ''No quadrinho tal a Mônica faz cara de brava'', o roteirista já faz um desenho mais simplificado - Que deve ser bem melhor que os traços atuais digitais, cá entre nós. - e já coloca todas as emoções presentes na HQ, servindo de base para o desenhista.) sem ter a intenção das caretas saírem no resultado final, mas hoje, de tão decadentes que estão os desenhos, as caretas chegam a sair feias.

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    1. Traços ficaram horrorosos, até as letras assim deixam histórias estranhas, deu pra comparar bem nessa reedição. Não são ruins as histórias do Paulo Back no geral, estragam são as caretas, que são inseridas, sim, nos rascunhos. As caretas já eram feias nos desenhos feitos a mão, agora digitais conseguem ser caretas mais feias ainda.

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    2. Quando eu vi aquela reedição, realmente me deu vontade de chorar... ou talvez não, já que eu tinha acabado de descascar cebolas. De qualquer forma, coisa deprimente.

      Situação lastimável, não se vê uma gota de qualidade nesses quadrinhos que, 60 anos depois, ainda é um patrimônio nacional do país. E daqui a 60 anos, ainda provavelmente será um patrimônio nacional. Mas daqui para lá... qual terá sido o custo?

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    3. Verdade, Isabella, desenhos tão bonitos pra estragarem assim, totalmente deprimente e tem páginas piores redesenhadas se comparar, coloquei essa porque queria destacar latidos que transformaram em onomatopeias . Do jeito que está indo, daqui 60 anos as crianças nem vão saber que personagens são aqueles, bem antes disso, inclusive, já que hoje mesmo já são poucas crianças que leem histórias em quadrinhos e pais não incentivam. Essa é a realidade.

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  4. Pessoalmente não amo nem odeio o Monicão. O personagem poderia ser melhor do que é, mas também não é ruim como é. O personagem em suas primeiras aparições era genuinamente melhor sem nenhuma dúvida, superprotetor com a dona, era uma boa característica de se ver. Apesar de ter conhecido o personagem mais nessa década, os anos 2000 avacalharam com o personagem de fato, a começar pelos traços, eita. A história de roupas e máquina, ''Muita Confusão para...'' que já conhecia quando criança, é bem boa, é divertida a confusão com a máquina de lavar, mas é meio que exceção para essa época. Outras histórias assim eram bobinhas, mais aborrecidas.
    Eu gosto dessa história ''Nossos Bichinhos não se Dão'', histórias que envolvem confusão entre Mônica e Magali em cima deles são bem-escritas e divertidas. Uma história que gosto assim também é ''Pequenos Bichinhos, Grandes Confusões'', tem mais ou menos o mesmo enredo, mas com situações distintas e engraçadas. E de fato, seria uma boa idéia se o Monicão contracenasse com outros cachorros, ele até poderia ser da turma do Bidu, por que não. Daria até bem certo. Com o Mingau foi bem-aproveitado, com os outros... parece que faltava ideía de fato.

    Ps: para mim o cachorro mais sem-graça da turma é o Floquinho. Nas histórias dele o cachorro parece mais um ''acessório vivo'' e o Cebolinha que é a parte divertida da relação.

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    1. Eu também acho melhor como o Monica era no início, traços eram bem melhores, nada a ver terem mudado com orelhas assim. Considero também personagem neutro, mas muitas são bobinhas principalmente mordendo objetos. Podiam ter histórias com ele saindo sozinho na rua, com a turma do Bidu, ia ter diferenças de não ser só um cão doméstico. O Floquinho nas antigas ainda tinha piadas como que lado era rosto e rabo dele e objetos e pessoas entrarem nele, mas depois que pararam com isso por conta do politicamente correto, ficou um cachorro normal, bem sem graça mesmo o Floquinho atual. Dos pets atuais e do jeito que estão se comportando, só Bidu e Mingau que ainda salvam alguma coisa

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    2. Pensando aqui, poderiam ter feito histórias com a Mônica tendo que reeducar o Monicão, porque as pessoas na rua tavam reclamando que ele era bravo demais, estourado, latia e atacava qualquer um que ofendesse.

      Podiam ter feito histórias de Cascão e Cebolinha fazendo planos ínfaliveis contra ele, porque ele seria meio que um obstáculo para chegar na Mônica. Eles teriam que se livrar dele de algum modo... (eles até deram uma brecha assim no final da história do presente atrasado...)

      Podiam ter feito ele ser rival do Bidu nas histórias dele, tipo um cachorro valentão que ninguém se dá bem ou todo mundo tem medo.
      Ou ser melhor amigo do Floquinho, mansinho que é praticamente o oposto dele (o que serveria até para aproveitar melhor o próprio Floquinho). Seria uma boa dinâmica.

      Caramba, até a personalidade super hiperativa atual poderia funcionar bem se não fosse em excesso, sempre repetitiva. Tipo, poderiam muito bem dar essa característica de ser agitado se fosse só uma ''variação'', bem equalizada com a brabeza original, para não ter só um tipo de história. Aí uma ou outra com ele mais bagunceiro.

      Meu Deus... quanto mais eu penso sobre isso, mais encontro maneiras que poderiam ter aproveitado Monicão melhor e ser um personagem bem mais legal. Parece que realmente faltava criatividade...

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    3. É, tinham várias possibilidades pra diferenciar, todas essas sugestões boas, acrescento também que ele poderia também ter superforça como a Mônica.

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    4. Monicão é mais um para a categoria ''personagens desperdiçados, ou que não foram tão bons quanto poderiam ser''. Tem tantos personagens assim... Nimbus, Do Contra, Marina, aparentemente sem-graça para muitos, davam para terem feito muito mais coisa ainda com eles, enquanto ainda podiam fazer. Realmente poderiam ter sido muito melhores do que foram/são. Até Luca e Dorinha teriam potencial para serem tão bons quanto Humberto das antigas pelo menos. Poderiam ter ido bem mais longe. É uma pena constatar isso.

      Cachorrinho da Mônica é outro para essa categoria ''personagens que não vingaram bem como poderiam vingar''.

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    5. Já Milena, Sueli, Meltido, Tikara e Keika e outros tantos pertencem a outra categoria ''personagens que nem deveriam ter sido criados''. Esses realmente desnecessários e sem inspiração.

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    6. Sim, Isabella, são exemplos de personagens que poderia ser mais aproveitados, davam pra ter roteiros melhores de acordo com as características deles e não fazem por causa do politicamente correto ou alguma falta de criatividade. E esses aí, como Milena e afins citados, sem dúvida, personagens que não deveriam ter sido criados, não tem capacidade pra histórias boas até por não terem características próprias únicas que identificam ser personagens em quadrinhos.

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  5. Em termos de design, prefiro o Monicão dos anos 90, por ser mais parecido com a Mônica e ser mais "fofinho". Quanto à personalidade, concordo com você que mudaram porque não pegaria bem a personagem principal ter um cão agressivo. Interessante que mais ou menos nessa época introduziram o personagem Rúfius, um buldogue mal-encarado que supria a cota de "cão mais brabo da rua", então pelo menos esse elemento não foi totalmente extirpado das histórias.

    Sobre os roteiros do Paulo Back, acho que nem o Emerson Abreu costumava colocar tantas caretas absurdas numa página só. Ainda assim, acho as histórias dele divertidas e bem melhores que os roteiros sem sal de hoje em dia. Entendo que a expressividade exagerada dos personagens incomodam muita gente, mas eu prefiro isso aos traços sem vida dos gibis atuais.

    Falando nisso, que tristeza esse remake, hein? Olha quanto espaço vazio tem no primeiro e no quarto quadrinhos, fora a expressão morta na cara das meninas.

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    1. Engraçado que no especial de 2011, ''As Doze Badaladas dos Sinos'' colocaram o Monicão bravo e atacando o Cascão por causa da Mônica. Pelo jeito quiseram relembrar como ele era nos nos anos 90, porque até o desenharam nos traços antigos, com orelhas para baixo. Foi meio surpreendente até.

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    2. Sim, Paola, inseriram o Rúfius pra compensar a ausência de um cachorro brabo e que pelo menos não seria um cachorro de personagem principal. Se bem que o Monicão não era tão brabo comparado ao Rúfius, era mais pra proteger a Mônica. Hoje em dia nem Rúfius pode mais aparecer pra não dar medo nas crianças, pelo menos nunca mais o vi.

      Roteiros do Paulo Back não eram ruins, estragam as caretas. Em quantidade de caretas, acho que empata com Emerson considerando as histórias deles da mesma época. Agora se for pra escolher entre as caretas e os roteiros sem sal, prefiro as caretas porque ainda tinham coisas incorretas e algo engraçado. Deprimente esse remake, deu pra comparar bem, tudo sem vida, sem muitos detalhes, um horror. Esse digital estragou com tudo.

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    3. Isabella, pelo visto nesse especial de Natal queriam relembrar como era, ou tinha algo no roteiro que precisava deixá-lo desse jeito.

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  6. Conheci o Monicão pela primeira vez no CineGibi 7, não sabia que ele havia sido criado anos antes.

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    1. Sim, já tinha sido criando há bastante tempo. Tiveram anos que ele não aparecia com muita frequência, aí pode ser isso que não viu antes.

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  7. Monicão... nem sabia que ainda existia! Eu lembro de ter lido histórias da versão original dele, que era 1000 vezes mais bonita que a atual, e de personalidade melhor também. Pena que hoje ele pelo visto só serve pra fazer caretas e histórias focadas nele sendo chato. Uma pena.
    E que decadência dos traços nessa comparação final aí. Dava pra ver a vida na versão original da história, e na versão nova nota-se claramente que as coisas foram feitas no "clica e arrasta" de algum programa de PC. Tudo parece meio morto, como se todos fossem estátuas...
    A MSP tinha que voltar a desenhar que nem antes, e voltar a fazer roteiros que nem nos anos 70~90.

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    1. O copia-e-cola é um grande problema das edições atuais, porque acaba com a expressividade dos personagens. Mas tem outro problema: Repare que, na história original, havia vários traços que sugeriam que os personagens estavam se mexendo. Olha o movimento de braço da Mônica no primeiro quadrinho, ou os risquinhos perto das cabeças das meninas. Quando eles tiraram isso no remake, a cena ficou estática, acabando com a sensação de movimento e deixando tudo meio morto.

      Queria muito que voltassem a desenhar como nos anos 90, mas, dada a atual política da MSP, acho que é impossível. Os gibis de hoje em dia tem muito mais páginas que os de antigamente, e são publicados duas vezes por mês. Se tudo fosse desenhado à mão, a empresa teria de contratar muito mais desenhistas ou sobrecarregar os atuais para conseguir cumprir essa rotina. Como a primeira opção em tese diminui os lucros e a segunda é desumana, o resultado é a péssima qualidade dos desenhos que vemos hoje em dia.

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    2. Ele tinha traços muito bonitos, ficou feio com a nova versão e as caretas só pioram. Esse remake mostra como anda a situação atual, realmente perde sensação de vida e movimento, tudo com mesmas expressões, muitas vezes é o mesmo desenho de um quadrinho por outro, tira toda a graça. De fato, esses risquinhos não deviam ser retirados.

      Eu também acho que estilo digital veio pra ficar, mas porque facilita trabalho deles, não por demanda. Digo isso porque antigamente o estúdio tinha menos funcionários do que hoje e conseguiam fazer trabalhos lindos a mão, a diferença é que procuravam fazer mais histórias curtas, era menos trabalhoso várias histórias curtas por edição do que uma longa. Gibis hoje são quinzenais, mas com mesmo número de páginas do que mensais porque tem várias páginas de passatempos e nas antigas tinham quinzenais também com Cascão, Chico Bento e Magali.

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    3. Sim, eu reparei na ausência dos traços de movimentos e achei curioso isso não ter no digital, porque em teoria seria no mínimo tão fácil quanto desenhá-los à mão. Essa ausência dos traços de movimento deixa tudo ainda mais estático. Taí uma dica pro estúdio, caso algum desenhista de lá leia este blog: pelo menos voltem a colocar traços de movimento, para dar mais vida aos desenhos!

      O quadro da Mônica segurando o monicão no colo, na versão original parece que ela está andando para a frente, e na "remasterizada-digital-master-ultra-plus" ela parece estar andando para trás, por causa das nuvens de poeira que foram acrescentadas.
      Outra diferença notória é a escala: no digital os personagens parecem menores em relação ao ambiente. Isso faz com que os quadrinhos pareçam mais vazios.
      Eles bem que podiam manter pelo menos um departamento interno de desenho clássico, nem que fosse para produzir 1 história por mês, ou só as especiais, sendo feitas à mão, para dar um charme a mais, ou para tornar as especiais ainda mais especiais.

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    4. Pois é, Bardo da Névoa, desenhos assim ficam na cara que são elementos digitais inseridos, proporções fora do contexto, feios pra caramba, bem amadores. No mínimo, esses traços de movimentos deviam ter mantido. Acho que o único que ainda deixa arte-final a mão é o Kazuo Yamassake, é o único que ainda vejo desenhos que se aproveitam, ou bonitos ou menos piores. Um exemplo dá pra ver na história da Turma da Mata que tem arte-final dele e coloquei um trecho na postagem do Cascão e Chico Bento Nº 800.

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  8. Aliás, já vi um tabloide que parece indicar que o Monicão tem super-força que nem a tutora. A Mônica joga um graveto pro Monicão buscar, e aí ele volta com uma árvore inteira.

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    1. Pode ter certeza, Warrior of Light, que isso que você testemunhou em tabloide é plágio, "plágio oficial" melhor dizendo, porque o verdadeiro autor dessa façanha é o Napoleão, o primeiro cão de estimação da Mônica.

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    2. Eu já vi na história "Muita confusão para um só Monicão" de 2010 em que a Mônica joga um graveto e ele pega o varal e depois pega uma árvore. Não lembro de ter visto também tirinha ou tabloide antes ou depois disso. Como forma de piada, já usaram essa superforça com o Monicão, mas não exploraram com frequência e nem ser uma das características principais. Já vi também essa piada de graveto com o Bidu e outros cachorros.

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    3. Com Bidu é novidade, se já vi, não lembro, deve ser em alguma cujo roteiro tem o "dedo do Franjinha", aí faz sentido...

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    4. Foi tirinha antiga, sendo que tirinhas gostam de mostrar mais absurdos e sem característica oficial do que não mostram em histórias convencionais.

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  9. Oi Marcos! Não sei se você irá ver, mas eu estou criando um Gibi no estilo Turma da Mônica. Esse é meu blog para a criação do Personagem: https://tatuarmando-autorblog.blogspot.com/

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  10. Nossa, eu não gostava das historinhas do Monicão nem da personalidade dele, mas eu também só peguei essa fase de 2004 pra frente. Uma pena, pois como você disse, o personagem poderia ser melhor aproveitado. Poderiam ter dado uma variada também, ao invés de cachorro, a Mônica poderia ter um passarinho ou um hamster, seria uma boa kk.

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    1. Também penso isso Raul. Atualmente vi que a Milena ganhou uma gata de estimação, que aqui entre nós, parece ser tão sem personalidade quanto a dona ( embora eu tenha gostado do designer da gata). Por mim seria melhor ter dado outro bichinho para ela para diferenciar e destacar mais. Se tratando do fato da Milena gostar de animais eu pensei até em um animal silvestre para ela, mas lógico que seria impossível, pelo fato de ser ilegal a adoção desses animais.

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    2. Se o Monicão fosse mais aproveitado, seria melhor. Gato de Milena é só pra dizer que ela tem bichinho de estimação, agora ter personalidade, é zero, tão sem graça como a dona. Outro tipo de animal pelo menos diferenciaria, nem que fosse peixe.

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  11. Quanto à raça do Monicão, pelo menos na fase pré-2000 ele aparenta ser um cocker spaniel.

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    1. Pode ser, infelizmente nunca disseram raça dele pra confirmar.

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  12. Nossa esse traço atual do monicão é a cara da fase Panini dos quadrinhos turma da Mônica, ou seja, terrível, chato, da desgosto e agonia ficar olhando... Mil vezes a fase das orelhas caidinhas de abano.

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    1. Muito ruim traços do Monicão assim agora, na verdade traços gerais péssimos. Monicão com orelhas caídas era mais bonitinho, sem dúvida.

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