Em maio de 1994 era lançada a história "O plano sangrento", de quando a Mônica pensou que matou o Cebolinha e o Cascão após ter dado coelhadas neles. Com 11 páginas, foi história de abertura de 'Mônica Nº 89' (Ed. Globo, 1994).
Escrita por Rosana Munhoz, começa a Mônica assistindo a um filme de terror bem assustada quando alguém é atingido e aparece sangue. Mônica desliga a TV, reclamando que odeia seriados violentos. Cebolinha surge, falando que ela é a maior carrasca e Mônica diz que só se defende quando alguém a xinga. Cebolinha diz que é para ela tomar cuidado porque um dia pode dar tragédia.
Capa de 'Mônica Nº 89' (Ed. Globo, 1994) |
Escrita por Rosana Munhoz, começa a Mônica assistindo a um filme de terror bem assustada quando alguém é atingido e aparece sangue. Mônica desliga a TV, reclamando que odeia seriados violentos. Cebolinha surge, falando que ela é a maior carrasca e Mônica diz que só se defende quando alguém a xinga. Cebolinha diz que é para ela tomar cuidado porque um dia pode dar tragédia.
Nisso, Cascão aparece e xinga a Mônica de bobona, dentuça e gorducha e faz careta para ela. Mônica corre atrás dele e joga o Sansão longe e consegue acertá-lo. Quando ela vê, encontra o Cascão deitado e todo ensanguentado e Mônica se desespera. Cebolinha diz que Mônica matou o Cascão e a chama de assassina. Mônica diz que sempre fez isso e ele já devia estar machucado antes.
Cebolinha afirma que não, tem provas e Mônica demonstra, dando uma coelhada na sua cabeça. Sai sangue da cabeça dele, fica tonto e cai no chão. Mônica segura o Cebolinha e ele diz que a Mônica não conhece a força dela e pede, como seu último desejo antes de morrer, que não bata nos meninos, mesmo se eles xingarem ou fazer careta. Mônica se ajoelha e promete não bater mais em ninguém e ele morre.
Mônica ainda sacode o amigo, mas ele não acorda e ver também Cascão morto. Ela nota que suas mãos estão sujas de sangue, igual ao filme, corre e vai lavar as mãos em uma torneira e acredita que vai ser presa, mas foi sem querer. Magali aparece na hora e Mônica a abraça, falando que é uma assassina.
Enquanto Mônica explica a história, Cebolinha e Cascão acordam. Cascão comenta que não aguentava mais ficar naquela posição e Cebolinha reclama que a coelhada doeu mesmo. Cebolinha diz que o plano foi ótimo e Cascão diz que gastaram muito catchup. Cebolinha diz que depois dessa, a Mônica nunca mais vai querer bater neles. Cascão pergunta como eles vão aparecer vivos depois já que a Mônica pensa que eles morreram e Cebolinha responde que depois vão inventar que o médico salvou. Cebolinha tenta ir embora pra tomar banho e tirar o catchup do corpo, quando Mônica e Magali voltam e os meninos voltam a se fingir de mortos.
Mônica chora e mostra os meninos mortos, achando horrível , parecendo notícia policial e lamenta que vai ser presa. Magali diz que deu vontade de comer hambúrguer porque estava sentindo cheiro de catchup, e, por ser vermelho, acha estranho. Bidu aparece e fica lambendo o Cascão e Mônica o afasta, falando que não era para ele lamber sangue. Depois, Magali diz que vai ter que enterrar os meninos porque morreram. Eles ficam nervosos e acabam se levantando. Mônica fica feliz por eles estarem avisos e se abraçam, enquanto Magali diz que a história está estranha e Cebolinha diz para Magali não se meter.
Nessa hora, aparece a mãe do Cascão carregando sacola de compras e reclama com o Cascão que sabia que quando ele pediu catchup era para fazer sujeira e reclama das roupas deles manchadas. Dona Lurdinha diz ainda que vai comprar mais pois está indo ao mercado, mas não vai mais deixar o Cascão pegar.
Cebolinha reclama com o Cascão que quando não é ele que estraga o plano, é a mãe dele e Cascão diz que depois eles discutem isso. Mônica segura os meninos, Cebolinha diz que Mônica tinha prometido que não ia bater neles e Mônica diz que aquela promessa não valeu e dessa não vai bater neles, e,sim, o coelhinho dela e taca o Sansão neles e depois de surrá-los, ela reclama que o Sansão ficou sujo de catchup e Magali pede para lamber.
No final, Dona Lurdinha volta do mercado e vê Cascão e Cebolinha surrados e os leva para casa para tomarem um lanche. Lá, com eles já na mesa, ela entrega hambúrgueres com bastante catchup e eles fogem pela janela com enjoo e prestes a vomitarem, com trauma do catchup e Dona Ludinha estranha o nojo deles e acha que deixou a carne muito sangrenta.
História muito legal e engraçada. Voltada para o terror, os meninos aproveitam que a Mônica estava impressionada com o filme de terror da TV e bolam um plano infalível para ela achar que eles morreram e ficar traumatizada e não bater mais neles. Estava dando tudo certo, até Magali estranhar a situação e sentir cheiro de catchup e também do Bidu lamber o catchup, mas que acabou indo tudo abaixo com a mão e do Cascão que estragou o plano.
Muito boa as tiradas, legal ver o medo da Mônica de ter matado os meninos e se sentir uma assassina só por ter dado uma coelhada. Ela também era muito boba nessas histórias de planos infalíveis, caia em tudo que os meninos faziam até descobrir toda a farsa. Gostava da Mônica agindo como boba nessas histórias de planos. A Mônica, apesar de forte, batia ou dava coelhadas fortes, mas não a ponto de matar alguém, no máximo que acontecia é pararem no hospital por ter quebrado braço, perna, mas normalmente só apareciam surrados e com olho roxo mesmo.
Os traços muito bons, um estilo um pouco diferente, meio fofinhos, ficou mais característico em meados dos anos 90. É bem incorreta, por isso de ter personagens supostamente mortos, fazendo a Mônica pensar que morreram e estavam ensanguentados, podem achar que é algo macabro e traumatizante e, com isso, não fariam uma história assim atualmente. Curioso a Mônica chamar o Sansão só de "coelhinho", mesmo ele já ter sido batizado de Sansão há muito tempo, desde 1983. Talvez Rosana queria voltar as origens de quando ele não tinha nome ainda. O Cebolinha pensou trocando o "R" pelo "L" ao pensar "enterrar", ultimamente ele não troca as letras quando pensam e iam alterar isso em alguma republicação.
Essa história considero clássica, além de ser muito lembrada pelos fãs, ela depois teve uma versão em desenho animado, estreando no VSH "Video Gibi" em 1998 e também teve um livrinho infantil em 2000, deixando mais amena. Não foi republicada na Panini, mas o livrinho infantil teve relançamento em 2014. Então, uma história clássica e muito bom relembrá-la há exatos 25 anos.
O gibi e essa hq não tenho mas tenho a fita de video com o desenho kkkkkkk
ResponderExcluirLegal! Já é alguma coisa kkkk
ExcluirEu adoro essa história,mas eu tinha visto só o VHS não sabia que tinha em quadrinhos.Obrigado pela histórinha Marcos.
ResponderExcluirPelo visto o desenho é mais famoso que a história. No caso, eles fizeram o desenho em cima da história. A maioria dos desenhos deles foram tirados de histórias que já existiam antes. Valeu por ter gostado.
ExcluirEu imaginei mesmo,eu tenho vários gibis da turma da Mônica se você quiser uma histórinha em especial,é só pedir eu vejo se tenho e te mando.
ExcluirBeleza, se precisar eu aviso.
ExcluirPois é, no mundo de hoje tudo traumatiza, aí fica tudo sem graça, não pode ter criatividade maior, antes era tudo de forma natural. Vale para qualquer tipo de mídia. No clipe com certeza não foi sangue, devia ter algum alimento que cheiro que agradava o cachorro pra poder lamber.
ResponderExcluirSobre o Sansão, pelo menos até anos 90 ele era chamado assim nos gibis. Nunca reparei se depois voltaram a chamar só de coelhinho, se fizeram isso mesmo acho desnecessário e nem valeu então o concurso pras crianças escolherem o nome dele na época. De nada. Abraço
Assim como o Cícero, eu só conhecia pelo desenho animado. Gostei de ver a história original :)
ResponderExcluirO chato é que muita gente que cresceu com esses tipos de história e se divertia lendo hoje são pais e mães que querem proibir porque traumatiza ou influencia, apesar deles mesmos serem pessoas bem normais...
Muito engraçada essa história. Verdade, não dá pra entender isso, os pais cresceram lendo o politicamente incorreto e aí proibem os filhos de lerem a forma de que eles leram na infância, vai entender.
ExcluirNossa! Dessa vez, eu nem sei o que dizer dessa história, a não ser que foi mais uma que marcou minha infância e que eu não esperava que você ia falar dela. Muito obrigado, Marcos, e parabéns por mais uma postagem feita com muito esforço e dedicação.
ResponderExcluirSó pra você ter uma ideia, talvez eu seja um dos poucos que já sabia da existência da HQ original. E assim como a história "Por que chove?" (Cascão nº 9, de 1987), que eu já tinha falado antes, eu também lia essa da postagem todos os dias no antigo portal da Turma da Mônica, que também tinhas outras HQs marcantes por lá. Até acho que eles postaram a história no site mais precisamente por volta de 1998/99, na época em que foi lançada a fita VHS da coleção "Videogibi", meio que uma forma pra divulgar a fita. Mas é só hipótese, não tenho certeza absoluta.
Falando nisso, eu também assistia muito a adaptação animada, acho que até mais do que a HQ. Na minha opinião, o desenho seguiu fielmente o roteiro original, apesar de algumas adições ali e aqui, que não tinham na história original, mas o resultado ficou muito bom. Além disso, lembrei que muita gente comenta que só tinha conhecido o desenho e não sabia da existência da HQ, mas como dito antes, eu conhecia tanto a HQ quanto a animação.
E confesso que eu tenho um imenso sonho em ter a fita VHS de 1998 e outros títulos ("O Mônico", de 1997, e "O Estranho Soro do Dr. X", também de 1998) da coleção "Videogibi". Por enquanto, o único título dessa coleção que eu tenho é "A Ilha Misteriosa", lançado em 1999 e que encerrou a coleção, mas ter a coleção completa seria uma grande felicidade. Pode ter certeza que eu vou conseguir as outras fitas e me deseje boa sorte.
Ah, e antes que eu me esqueça, o livrinho lançado em 2000 fazia parte da coleção "Vem-do-Vídeo", publicada pela Publifolha (que também distribuía a coleção Videogibi). Eram livros que traziam esboços dos episódios das fitas, uma espécie de making-of dos desenhos, sabe? Além de "O Plano Sangrento", lembro de outros livros com outros episódios, como "O Mônico", "Chico Bento no Shopping", "Como Atravessar a Sala", "Mingau com Chuva", entre outros. Eu mesmo já tive muitos desses livros, mas não era a versão dessa coleção, pois a minha vinha dentro da coleção "Livros Divertidos", que traziam o livro e um CD-ROM com músicas e jogos da turma. Mesmo assim, os livros também eram bons.
Por último, tenho tudo a agradecer a Rosana Munhoz por ter escrito a história, afinal uma HQ tão boa e marcante como essa tinha que ser dela. Ela sabia muito bem escrever histórias sobre planos infalíveis, mas sem dúvida, essa é uma das melhores que ela já fez. Não só sobre planos infalíveis, mas no geral, como ela fazia.
Então, aí está o meu comentário. Desculpe se ele foi meio grande, mas é que eu não resisto quando vejo HQs da Turma da Mônica que marcaram a minha infância. Sempre que vejo uma, já começo a falar das recordações e experiências que tive com ela. E "O plano sangrento" é uma delas.
Espero que você tenha gostado do comentário e de minhas histórias, e novamente, obrigado pela postagem e desejo sucesso sempre com seu blog. E por gentileza, também me deseje sorte pra procurar tanto o gibi original de 1994 quanto o "Coleção Um Tema Só nº 32 - Cebolinha - Planos Infalíveis III", de 2001, que foi a única republicação dessa HQ até hoje.
Um grande abraço e boa noite.
Gabriel, valeu por ter gostado. De fato essa é bem marcante. creio que no antigo portal colocaram essa história para divulgar o VHS. É bem raro encontrar esses VHS e alguém ter os aparelhos de videocassete pra poder assistir. Pelo menos dá pra ver os desenhos no Youtube.
ExcluirRosana fazia histórias excelentes, muitos memoráveis, pena que se foi tão cedo. Tomara que você encontre esse gibi da Mônica e o Coleção Um tema Só que foi republicada. Boa noite. Abraço.
Bem, como eu comprei esta revistinha da Mônica nova na época de seu lançamento e tem 25 anos que está comigo, eu já conhecia a história. Uma das melhores da turma, unindo muita criatividade, humor e traços muito bonitos. Tempos que o politicamente correto não travava a criatividade. É por isso que as histórias atuais, principalmente as histórias de abertura precisam forçar a barra para dar um ar de aventura: não se pode mais deixar a criatividade fluir, tudo é podado.
ResponderExcluirVerdade, não tem nem comparação essa história com as atuais. Era muito bom quando podiam explorar criatividade.
ExcluirBela historinha. Bons tempos da turminha que tanto amamos. Obrigado por sempre manter seu blog. Um dos melhores da Turma da Mônica. Ps: eu acho o melhor....rsrsrs. E que bela capa. Só a piada já paga o gibi. Abraços!
ResponderExcluirMuito boa essa, tempo que dava gosto de ler os gibis. Essa capa é muito engraçada, erma um show a parte,até merecia na seção "Capa da Semana" pra ter um destaque, mas acabou precisando colocar a história antes. Obrigado por gostar do blog. Abraços
ExcluirMarcos,ri pra caramba quando vi essa capa.mas,acho que se fosse republicada hoje em dia,iam mudar o programa que a Mônica estava vendo.no caso,acho que mudariam pra ela vendo culinária.e também mudariam o título pra:"o plano katchupzento".concorda comigo,marcos?e desculpe se estava meio sumido,mas pretendo a voltar a comentar com frequência,ok?
ResponderExcluirSe fizessem uma história assim, iam adaptar para ficar nos padrões atuais. Mas muito difícil fazerem histórias assim hoje em dia. Já na capa também não fariam, caso fizessem seria mudada colocando cartaz no muro.
ExcluirAh,marcos,aliás,na página"turma da Mônica jovem brasil"do facebook,publicaram a capa da edição 0 de geração 12.vê lá.
ExcluirEu vi. É uma nova revista que eles vão lançar com os personagens com 12 anos.
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