sábado, 30 de maio de 2015

Capas Semelhantes (Parte 9)

Continuando com a série de capas semelhantes, mostro nessa postagem 5 capas, sendo 2 delas do Cascão, 1 da Magali e 2 do Chico Bento. Todas da Editora Globo, com a exceção da primeira do Cascão em que a original envolve a época da Editora Abril. Em todas, gostei mais da primeira versão de cada.


Cascão Nº 16 X Cascão Nº 428

Cascão com perna-de-pau para poder andar sobre as poças d'água. Foi publicada primeiro em 'Cascão Nº 16', de 1983, com a presença do Cebolinha e Xaveco junto do Cascão. E fizeram uma nova versão, em 'Cascão Nº 428', de 2003, sendo dessa vez com o Cascão aparecendo sozinho e colocaram um arco-íris ao fundo como mudança mais significativa no cenário.



Cascão Nº 12 X Cascão Nº 410

Cascão olhando para a lata de lixo como sendo a melhor obra de arte em uma exposição. Na versão original, de 'Cascão Nº 12', de 1987, ele está em museu com exposição de estatuetas antigas, enquanto que na versão de 'Cascão Nº 410', de 2002, ele está em uma exposição de quadros.



Magali Nº 40 X Magali Nº 84

Magali faz vários alimentos em recorte de papel. Na 1ª versão de 'Magali Nº 40', de 1990, ela está sozinha, dando ideia que está brincando de recortar papéis em casa por conta própria, e ela fez guloseimas como picolé, sorvete, pirulito, etc. Já na 2ª versão de 'Magali Nº 84, de 1992, ela está em uma oficina para aprender a recortar papéis, por isso a presença da Mônica e da professora e a Magali faz frutas, como abacaxi. melancia, banana e maçã.



Chico Bento Nº 257 X Chico Bento Nº 440

Em uma pescaria, o Chico, o Sol e todos os bichos ficam dormindo profundamente. A versão original é de 'Chico Bento Nº 257', de 1996, e saiu outra capa com a mesma piada em  'Chico Bento Nº 440', de 2004. A diferença entre elas é que na versão original, colocaram um balão com onomatopeia para demonstrar que todos estão dormindo, enquanto que na 2ª versão, os balões não aparecem, incluíram uma coruja e uma onça na ilustração, além de tirar a minhoca.



Chico Bento Nº 295 X Chico Bento Nº 405 

Chico coloca um aparelho de som em uma gaiola em vez de um passarinho de verdade, que ficam no lado de fora contentes. Na versão original de 'Chico Bento Nº 295', de 1998, é um gravador com canto de passarinhos que está dentro da gaiola e o Chico está lendo ao som do gravador. Já na 2ª versão de 'Chico Bento Nº 405',de 2002,  foi um rádio que está dentro da gaiola e ele está a toa, sem ler nada.


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Livro L&PM: As Melhores Histórias do Cebolinha


Nessa postagem mostro como foi o livro "As Melhores Histórias do Cebolinha", da coleção da editora L&PM lançado em 1991.

Com formato de 21 X 28 cm, 52 páginas e papel de miolo off-set, tanto na versão capa cartonada quanto capa dura, as capas tinham características do personagem com algo que ter a ver com a sua personalidade. Esse do Cebolinha foi com ele em um carrinho de madeira. Ficou muito legal

O livro abre com um frontispício com o título "Mas que galoto englaçado", falando, dentre outras coisas, que o Cebolinha surgiu de inspiração de um garoto que o Mauricio conheceu em Mogi das Cruzes, além de falar das características do Cebolinha e curioso falar que o personagem "pode ser uma criança sempre", já que personagens em quadrinhos nunca envelhece, mas que hoje em dia essa ideia não vale já que tem a terrível versão adolescente em "Turma da Mônica Jovem".

Depois vem uma evolução de traços do Cebolinha, mostrando 3 imagens do personagem: uma dos anos 60, outra dos anos 70 e outra atual (anos 80).

Evolução do Cebolinha

Em seguida, as histórias republicadas. Foram 7 histórias no total entre 1973 a 1986, sem ordem cronológica e sem alterações em relação às originais. Sempre com cuidado de mostrar o máximo possível de histórias com os traços que mais prevaleceram em cada época dos anos 70 e 80 e que mostram a verdadeira personalidade do Cebolinha.

A relação de histórias republicadas (todas da Editora Abril), com número da edição e ano foram essas:
  1. Varinha de condão (CB # 5, de 1973)
  2. Com cabelos nos olhos (CB # 8, de 1973)
  3. Cebolindo (CB # 62, de 1978)
  4. Ele voltou (CB # 58, de 1977)
  5. O furão (CB # 148, de 1985)
  6. Meu trenzinho (CB # 160, de 1986)
  7. O Pizzaiollo (CB # 143, de 1984)

Apenas "A varinha de condão" e "O furão" foram histórias de abertura originais. As demais foram de miolo. Em "A varinha de condão", o Cebolinha encontra no chão uma varinha de condão de uma fada e tudo que ele pede vira realidade. Do tempo que ainda os personagens tinham traços com bochechas pontiagudas e a linguagem era mais formal. Legal ver o Cebolinha xingando o Cascão de burro. Hoje, por causa do politicamente correto, seria considerado buylling.

Curioso ver no rodapé como "1973 Mauricio de Sousa Produções LTDA", incluindo, assim, um "LTDA" e bacana ver que era assim nos primeiros gibis do Cebolinha. Como nos livros dessa coleção, colocavam tudo exatamente igual como era nas originais, permite ver essas raridades.

Trecho da HQ "A varinha de condão" (1973)

Em seguida, vem "Com cabelo nos olhos", também da fase dos personagens com bochechas pontiagudas, em que o Cebolinha compra um tônico capilar de um vendedor na rua, mas o cabelo não cresce bem do jeito que ele deseja. Retrata, então, histórias do Cebolinha descontente com seus 5 fios de cabelo e o sufoco que passa com seu cabelo por causa disso.

Depois vem "Cebolindo" em que o Cebolinha se vislumbra que é lindo, um galã, um artista, passa a esnobar os amigos e ficar metido. Da época do começo da fase fofinha, dá para perceber que os personagens ainda falavam de boca fechada. Era normal acontecer isso. Ela é meio incorreta para os padrões atuais, já que mostra o Cebolinha esnobe, metido, coisa que evitam de mostrar com os personagens principais para não dar mau exemplo.

A partir dessa história mostra os códigos como sairam nos gibis originais, e, apesar de fazer referência a 1977, ela é uma história publicada em 1978, já que nos gibis de janeiro a março colocavam o ano anterior nesses códigos.

Trecho da HQ "Cebolindo" (1978)

Em "Ele voltou", o Louco faz loucuras com o Cebolinha ao pé da letra em uma loja muita maluca onde o Louco está trabalhando. É uma típica história do Louco, para representar história do Cebolinha contracenando com ele, com os traços característicos do final dos anos 70. Essa história devia vir antes de "Cebolindo", provando, então, que o livro não segue cronologia, mas que pelo menos as duas abrangiram a década de 1970.

Em "O furão", Cebolinha descobre que sua meia está furada e não quer que a Mônica e a menina, que é a sua paquera, vejam. Então, ele passa sufoco para arrumar um jeito de experimentar o sapato na loja sem que elas vejam.

Nessa história, o Cebolinha pensa errado, trocando as letras, e não foi alterado, como de se esperar. Se fosse republicada em alguma publicação recente, eles fariam alteração. Outra curiosidade é que o cantor Fabio Junior não teve o nome parodiado e hoje também mudariam isso.

Trecho da HQ "O furão" (1985)

Depois vem "Meu trenzinho", em que o Seu Cebola dá de presente um trenzinho elétrico de brinquedo para o Cebolinha, mas não deixa o filho montar nem brincar com o trenzinho querendo o pai fazer tudo isso sozinho. É uma história com bonita mensagem e representa história com o Cebolinha contracenando com os pais. Devia encerrar o livro, visto que foi a história mais nova da edição.

A última história foi "O Pizzaiollo", em que o Cebolinha entra escondido em uma pizzaria para ser um pizzaiollo e acaba criando um plano contra a Mônica quando a vê na pizzaria.

Não é uma história de plano propriamente dita, surgiu por acaso, mas ele apronta bem com a Mônica, a ponto de colocá-la em uma situação bem constrangedora, fazendo caricatura dela em todas as pizzas. Como ele era mau nos gibis antigos. Essa história, que é de 1984, devia estar antes de "O Furão", de 1985, mas preferiram deixá-la no final.

E o livro termina com uma biografia do Mauricio, com foto dele e contando sua trajetória até 1991, presente no encerramento em todos os livros da coleção. Abaixo a imagem dessa biografia que ainda não tinha mostrado:

Biografia do Mauricio na última página

Então, esse foi um ótimo livro, com muitas histórias clássicas muito divertidas, envolvendo as verdadeiras características do Cebolinha. Só uma pena que não colocaram histórias com a Maria Cebolinha, Floquinho e mostrando sufoco com a sua dislalia. Mas também como o livro só tem 52 páginas, alguma coisa fica de fora. Mesmo assim vale a pena. Recomendo.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Capa da Semana: Mônica Nº 34

A força exagerada da Mônica sempre renderam ótimas piadas. Nessa capa, em uma aula de piano, a Mônica consegue derrubar o piano andar abaixo só ao tocar nas teclas para o espanto da sua professora. Sensacional.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 34' (Ed. Globo, Outubro/ 1989). 


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Edições Nº 1 da Editora Panini - 2015


Nas bancas as edições "Nº 1" de maio de 2015 da Editora Panini. Sim, depois das edições "Nº 100", eles resolveram reiniciar a numeração na mesma editora. Nessa postagem comento como foram essas novas edições da Panini.

Normalmente, a MSP reiniciava a numeração a cada troca de editora para informar uma nova coleção pela outra editora. Aconteceu isso em 1987 quando mudaram da Ed. Abril para Globo e em 2007 quando mudaram da Globo para Panini. Mas reiniciar numeração na mesma editora foi a primeira vez. Fizeram isso, em acordo com a Panini, explicando, segundo eles, que é para as novas gerações sempre ter uma edição "Nº 1" e não ficar traumatizada porque nunca teve uma "Nº 1" na coleção. Tipo, quem nasceu em 2007 e está curtindo os gibis hoje, não teria o gosto de ter uma "Nº 1" na coleção e, reiniciando tudo, agora é possível. Com isso, a partir de agora todo título que chegar ao "Nº 100" vai voltar ao "Nº 1" por causa dessa finalidade. Lógico que também estratégia da editora para incentivar as compras, já que se essas fossem as "Nº 101" ninguém daria bola e voltando ao "Nº 1" tem venda maior e repercussão. 

Junto com os 6 títulos principais, o gibi 'Neymar Jr.' também teve sua numeração reiniciada, após a "Nº 24", para seguir o estilo das outras revistas mensais, e também os títulos em inglês e em espanhol (agora renomeadas para 'Monica and Friends' e 'Monica Y Sus Amigos', respectivamente) também estão no "Nº 1", para ficar com a mesma numeração do título "Turma da Mônica" que tem o mesmo conteúdo das revistas em inglês e espanhol.

As capas das edições "Nº 1" da Panini (2ª série)

Para diferenciar da outra coleção iniciada em 2007, fizeram algumas pequenas mudanças no layout dos gibis. Nas capas, o logotipo ficou maior, ocupando toda a largura dos gibis, como era nas antigas e os personagens agora ficam meio que escondidos atrás do logotipo em vez do lado. Essas imagens foram tiradas de revistas recentes da 1ª série da Panini e podem mudar de vez em quando em edições e datas especiais.

Ainda nas capas, colocaram número, preço, logotipo da Editora Panini e Mauricio de Sousa Editora,  código de barras, endereço do site, título das histórias, tudo em baixo para dar mais espaço para apresentar a arte na capa. E a assinatura do Mauricio agora sempre vai aparecer no canto superior direito, em cima do logotipo. Mas as capas continuarão a ser com referência às histórias de abertura, com muitas cores, brilhos, sombras, movimentos e tudo mais. É que infelizmente o Mauricio e os roteiristas não gostam e não querem capas com piadinhas, querendo dar prioridade ao conteúdo. Por isso não veremos mais capas com piadinhas muito criativas como eram nos gibis das editoras Abril e Globo. 

Nem essas consideradas "Nº 1" tiveram capas com desenhos bonitos como foram as outras das Editoras Abril e Globo. Acho que pelo menos as "Nº 1" não devia fazer referência às histórias de abertura porque assim fica parecendo uma edição qualquer. Do jeito que ficaram em nada lembra que são gibis de primeira edição. Outros detalhes são que o tipo de papel das capas estão mais brilhosas em relação à coleção anterior, com um pouco de verniz e a lombada nos gibis da Mônica vão ter o seu logotipo oficial com sua numeração. 

No miolo, a diferença foi que mudaram o layout das páginas de seções de correspondências e passatempos. Agora, a seção "Correio" tem espaço para mais mensagens e fotos das crianças, com média de 18 mensagens para gibis da 'Mônica' e 'Turma da Mônica' (2 páginas reservadas para a seção) e de 8 nos demais gibis (1 página reservada). O que já estava ruim, conseguiram piorar, parecendo de fato um mural de fotos ou álbum de figurinhas. Saudades do tempo que nas cartas tinha interação com os leitores, as crianças davam sugestões de histórias e melhorias para os gibis, o pessoal do estúdio respondia as cartinhas, tinha o "Troca-Troca", etc. E seria visualmente melhor que os personagens na frente do computador no topo da seção fossem coloridos e não todo branco como ficaram.

"Correio da Mônica": seção de correspondências com novo layout 

Já nos passatempos o fundo agora é colorido e aparece um personagem no lado esquerdo do título "Passatempo". Nesse mês colocaram Marina no gibi da Mônica; Piteco, nos do Cebolinha e do Chico Bento; e Dudu, nos do Cascão, da Magali e da Turma da Mônica. Depois de mais de 30 anos com o mesmo layout, agora mudaram. Nem nas mudanças entre Ed. Abril para Globo e da Globo para Panini eles não tinham mudado o layout.

Passatempo com novo layout, tirado do gibi da 'Magali Nº 1'

Outra mudança são nas tirinhas no final do expediente que não vão mais colocar o logotipo do personagem em cima. O logotipo vai aparecer em cima dos créditos no expediente. Não gostei disso. Era muito melhor um logotipo no alto. Assim como ficou fica parecendo uma história sem título. Até em tiras de jornais aparece o nome do personagem. Se não quisessem colocar o logotipo, podiam, então, colocar o nome do personagem com outra fonte, como eram nas tirinhas dos gibis da Editora Abril e nas da Magali na Editora Globo. Aliás, ficaria até melhor do que o logotipo oficial.

E outra mudança, a mais importante e a única que realmente valeu a pena, é que a a partir de agora vão ter créditos com nomes de roteiristas, desenhista e arte-finalista nas histórias, como deve ser. Já tava na hora isso de valorizar os artistas da MSP. Algumas histórias dessas edições tiveram. O Mauricio nunca quis colocar os créditos porque falava que não tinha espaço para colocar uma ficha completa com todos os envolvidos em cada história. Mas a gente não queria uma ficha completa, apenas mesmo quem escreveu e desenhou para ter uma noção do estilo de cada artista. Enfim, Mauricio finalmente cedeu e tomara que todas as histórias tenham créditos logo. É que por enquanto vai ser de forma gradual, até que todas as histórias tenham créditos. Acho que até em 2016 todas terão.

Trecho da HQ "O apanhador de sonhos": com créditos na 1ª página

Em todas as edições dessa "Nº 1" tem um editorial escrito pelo editor-chefe da Panini, Érico Rodrigo Rosa, explicando isso de reiniciar numeração para que as novas gerações tenham sempre a "Nº 1" na coleção. Esses editoriais eram escritos pelo Mauricio nas trocas das editoras em 1987 e 2007 e agora, não. E colocaram na página 2 no lugar de uma propaganda ao invés da página 3. Nessa página de editorial ainda informa sobre o código "QR" que aparece estampado nas capas, que é pra fazer cadastro no site do aplicativo "Caixa de Quadrinhos" para smartphones e tablets, para baixar gibis antigos através dele. E tem um endereço de e-mail para que o público mande para eles a sua história com o Mauricio que pode ser aproveitada para alguma publicação.

Propaganda que circula nos gibis

Fora esses pequenos detalhes que serviram mesmo só para diferenciar da outra coleção, o nível de conteúdo das histórias continua a mesma coisa, com roteiros tudo iguais, muito politicamente correto, traços e letras horrorosos de PC, excesso de caretas, etc. Em comum, notei que foram poucas histórias com personagens secundários, dando mais foco à turminha. A seguir comento um pouco sobre cada revista. Os títulos coloquei na ordem que eu li.

Mônica - "Em busca do gibi Nº 1" - Mônica e Cebolinha vão a ilha mágica com os gibis mais raros do mundo para a Mônica conseguir o exemplar do gibi "Nº 1" da Vaquinha Blau Blau que o Monicão rasgou.

Achei uma história normal, típica do Emerson Abreu, com excesso de caretas e movimentos, privilegiando mais as tiradas dos personagens do que o roteiro em si. A história toda com enquadramento 4 quadrinhos por página, dando impressão que a história é grande. Ela tem 38 páginas, mas se fosse com enquadramento normal, teria bem menos páginas. Até dá para rir com algumas tiradas, como a Mônica dizendo que não tinha nascido em 2004, quando o Cebolinha fala que o Xaveco ganhou um submarino na história "Barraco entre famílias" ('Cebolinha Nº 211' - Globo), mas no geral não vi nada de mais, fora algumas tiradas.

Trecho da HQ "Em busca do gibi Nº 1" : caretas excessivas

Foi o único gibi com capa que tem a ver com "Nº 1", mesmo fazendo referência à história de abertura. Como o tema da história foi sobre gibi "Nº 1" mesmo não sendo gibi da Mônica, ajudou para isso também. Essa história foi a única com créditos nesse gibi.

O gibi teve 7 histórias no total, incluindo a tirinha, sendo que as com secundários só com a Turma do Penadinho , mais especificamente com o Lobisomem. Na última história "O submarino amarelo" teve participação dos Bitous (Beatles) no final. 

Cebolinha - "O "Apanhador de sonhos" - Escrita por Edson Itaborahy, Cascão chacoalha o apanhador de sonhos do Cebolinha que ganhou de um índio e os pesadelos do Cebolinha vão parar no mundo real.

Com 18 páginas no total, até que gostei do roteiro. Gostei da parte do Cebolinha e Cascão se escondendo na lata de lixo, já que atualmente, eles não entram mais na lata de lixo. Talvez até passou despercebido pelo Mauricio. O que estragou foram os traços ruins digitais, muitos olhos redondos esbugalhados. Para ter uma ideia, em uma página o garoto desenhado igual e cenário de casa e árvore iguais, tudo nas mesmas posições, só mudando cores, bem ao estilo "copiar" e "colar". Péssimo.

Trecho da HQ "O apanhador de sonhos"

O gibi teve 11 histórias no total, com tirinha, maioria focadas com a dupla Cebolinha e Cascão. Além de abertura, a história do Anjinho, "Asas, para que te quero", também tem créditos e a gente sabe que também foi escrita por Edson Itaborahy, por exemplo. Histórias com personagens secundários foram com Penadinho, Rolo, Anjinho (apesar do Cebolinha e a turma aparecerem nela) e Chico Bento (com traços de PC horrorosos, por sinal e título também digital com um "Turma do Chico Bento" com o logotipo atual, que estraga ainda mais).

Magali - "Será que ela é?" - Escrita por Edson Itaborahy, Cebolinha e Cascão pensam que a Magali é uma bruxa por causa de suas atitudes estranhas.

Essa história teve 19 páginas, mais um caso com roteiro legal, mas com traços feios, cheio de olhos redondos esbugalhados.  Só não gostei de fazer ligação à Turma da Mônica Jovem. Muitos roteiros da turma agora tem uma certa ligação com as histórias da Turma da Mônica Jovem e acho que não devia misturar os universos.

Apesar da capa não fazer referência, mas se trata mais uma vez de história de aniversário da Magali. O tema aniversário não é o foco principal dessa vez, mas está presente como segundo plano. Como é obrigação todo mês ter história de aniversário dos personagens nos seus respectivos meses, então todo mês de maio tem que ter uma de abertura de aniversário da Magali nos gibis dela. Dessa vez coincidiu com a sua edição "Nº 1".

Trecho da HQ "Será que ela é?"

O gibi teve 8 histórias no total, sendo as dos secundários com Pipa e Penadinho. Apenas a de abertura teve créditos. Além da de abertura, outras duas histórias envolveram aniversário: "Desejo atendido", de 1 página. e a última, "Um ou outro", sendo que foi aniversário do Dudu, com a Magali tentando não comer os doces que precisava embalar ao ajudar a Dona cecília.

Cascão - "O porcozila" - Escrita por Paulo Back, Chovinista é sequestrado por engano pelos seres do esgoto do Capitão Feio e o porquinho acaba virando um monstro gigante tipo Godzila, quando entra em contato com o lixo radioativo do esgoto.

Não gosto da característica do Chovinista querendo limpar tudo. Antigamente, ele era sujo e adorava sujeira como o seu dono e agora só quer limpar tudo que encontra, mudando completamente o personagem. Atualmente, só o Cascão que ainda é sujo, mas mesmo assim só foge do banho, sem mostrar se sujando nem fazendo apologia á sujeira como era. Nessa história também não gostei do Cascão mexendo com mangueira, coisa que era impossível de ver nas antigas. Com 20 páginas no total, até que os traços dessa vez foram bons, apesar de algumas caretas e olhos esbugalhados que insistem em colocar.

Trecho da HQ "O porcozila"

O gibi teve 9 histórias no total, sendo as dos secundários com Do Contra e Bidu. Nenhuma história dessa edição do Cascão teve créditos, nem a de abertura. Os traços das histórias muito ruins, como de costume, sendo que "O Tubarão" foi a que teve piores desenhos.

Uma pena o logotipo do Cascão na capa vão continuar colocando as sujeirinhas coloridas em vez de ser pretas que nem o contorno. Dessa vez deu para visualizar porque o fundo foi claro, mas quando o logotipo é amarelo, vermelho e azul, por exemplo, fica imperceptível enxergar as sujeirinhas. Não dá para entender por que não colocam as sujeirinhas pretas como eram nos gibis da Editora Abril e Globo. Se pelo menos continuar a conseguir visualizá-las, menos mal.

Chico Bento - "Dia de gincana" - Mostra uma gincana na escola do Chico, dividida em equipes amarela e vermelha.

Com 13 páginas, tem um ar educativo e voltada ao politicamente correto, ensinando reciclagem. Os traços dessa história ficaram terríveis, muito mal desenhadas, com Chico com nariz esquisito, aí junta as letras de PC, piora mais ainda. Aliás, o gibi inteiro com traços péssimos e decadentes, dessa vez foi o gibi com piores traços do mês. Até os do Cascão ficaram com desenhos pouco melhores que o do Chico Bento.

Trecho da HQ "Dia de gincana"

Esse gibi teve 10 histórias, com secundários da Turma da Mata e Piteco. Esta do Piteco, inclusive, a única história grande envolvendo secundários dentre todas as revistas do mês. Senti falta mais uma vez de história do Papa-Capim no gibi do Chico, coisa que era tão comum. Aliás, Papa-Capim não teve história em nenhum gibi desse mês.

Só 2 histórias tiveram créditos, sendo que a de abertura, não. "O assombrado" e a última "O ovo ou a galinha? Eis as questão" foram as que tiveram, com roteiros de André Simas e Gerson Teixeira, respectivamente. Na última, acho que ficaria melhor que fosse adaptada com a Vó Dita contando a história das galinhas espaciais, em vez de ser do próprio Chico.

Tudo indica que o logotipo na capa vai continuar sem a sombra embaixo do nome. Dava um efeito legal e simplesmente tiraram quando foram para a Panini, sem mais nem menos. Uma pena.

Turma da Mônica - "Cascão, o novo dono da rua!" - Mônica, cansada dos planos infalíveis, decide tornar o Cebolinha o novo dono na rua, mas, para sua surpresa, acaba o Cascão se tornando  o dono porque ele precisou viajar no dia da posse.

Essa história teve 10 páginas total. O roteiro não gostei muito, ficou estranho a Mônica querer dar a rua, sem mais nem menos, só para eles não fazerem mais planos infalíveis contra ela. Pior mesmo foram os traços e letras, que ficaram terríveis, bem deprimentes.

Esse gibi teve 9 histórias no total, só a última, "Nas últimas" teve créditos, com roteiro do Edson Itaborahy. Histórias de secundários da Tina e do Piteco. Nas da Marina e do Anjinho a turminha aparece. Aliás, a personagem Marina sem graça, como sempre, muito fraca essa história dela, "Tá faltando o quê?".

Trecho da HQ "Cascão, o novo dono da rua!"

O frontispício na página 3 fazendo chamada para a história de abertura continua, herdado da Revista Parque da Mônica e que continuou mesmo depois que a revista deixou de ser Parque da Mônica. Na seção "Correio da Turma", o personagem quem aparece no alto em frente ao computador é o Bloguinho. Continua com 2 páginas reservadas para a seção de correspondências e 1 pagina para passatempos.

Na capa, o personagem ao lado do logotipo foi o Bidu. Ficou estranho, seria melhor o quarteto principal ou o Mauricio. Tenho a impressão que a cada mês o personagem estampado vai ser diferente. Vamos aguardar.

Como o Parque da Mônica vai reinaugurar em breve, pensava que esse gibi seria cancelado para ter a volta da revista "Parque da Mônica". Caso voltem a produzir histórias do Parque, creio que a revista terá um sub-título "Uma aventura no Parque" ou similar, para que, se caso o Parque voltar a fechar, o título se manter até a nova "Nº 100".

Para constar, não comprei as revistas em Inglês e Espanhol porque têm o mesmo conteúdo de "Turma da Mônica". Nas capas só muda a cor do findo e os personagens ao lado dos logotipos, que até que ficarma bacanas. E o gibi "Neymar Jr", que também voltou ao "Nº 1", também não comprei e esse nem pretendo porque não dá. É fraco demais até folheando nas bancas. Abaixo, as capas:

Capas "Nº 1" de 'Turma da Mônica', 'Monica and Friends' e 'Mónica Y sus amigos'
Capa de 'Neymar Jr. Nº 1' (2ª série)

Essas edições "Nº 1", então, achei todas normais, não vi nada de mais nelas a ponto de ser considerar algo excelente ou um recomeço em alto estilo. Os mesmos tipos de roteiros fracos, voltados ao politicamente correto, desenhos digitais sem vida, letras horrorosas também de PC, etc. As de abertura se saíram melhor. Foram como uma edição qualquer, como se fossem as "Nº 101" da Panini, só com mudanças no layout de capas e seções de correspondências e de passatempos. Nem as capas não lembram nada que são "Nº 1". Não precisava reiniciar numeração para mudar layout, podiam fazer essas mudanças em qualquer número e seguir as revistas com o "Nº 101" normalmente.

Acho uma bobagem reiniciar numeração só para as crianças não ficarem tristes porque não tiveram uma "Nº 1" comprada em banca na infância e estratégia de aumentar as vendas por causa disso. Preferia que as revistas tivessem números altos como são na Disney até hoje. Seria melhor ver 'Mônica Nº 547', 'Cebolinha Nº 515', 'Chico Bento' e 'Cascão Nº 682' (ambos), 'Magali Nº 504', 'Turma da Mônica Nº 101' e 'Neymar Jr. Nº 25', os verdadeiros números que são essas edições, contando desde que começaram. 

Enfim, nesse mês ficaram abaixo das minhas expectativas e eu não tenho esperança que melhorem um dia. A tendência é continuar tudo do jeito que está ou piorar para ficar a favor do politicamente correto. O ideal é se contentar com as antigas, sempre.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Tirinha Nº 26: Mônica

Uma tirinha muito engraçada com o Cebolinha chorando porque a Mônica caiu no buraco, mas o motivo do choro e da tristeza não foi porque ele estava preocupado que a Mônica se machucou, e, sim, porque não viu o momento da Mônica caindo para dar boas risadas na hora. Tinha que ser coisa do Cebolinha. Sensacional.

A tirinha foi publicada originalmente em 'Mônica Nº 59' (Ed. Globo, 1991).


domingo, 17 de maio de 2015

Capa da Semana: Cascão Nº 90

Mostro uma capa muito boa envolvendo metalinguagem com o Cascão revoltado e encarando o leitor, depois de ter brigado com o desenhista, que o desenhou ilhado em cima de uma árvore no meio de uma enchente para sacanear. Isso para ele aprender a não brigar com o desenhista. Simples e muito criativa.

De curiosidade, algumas capas tinham balão de texto, normalmente com o personagem interagindo com o leitor e servia para entender a piada, porque só a ilustração não iria ser o suficiente. Tipo, se nessa capa aparecesse só a ilustração do Cascão não teria a mesma graça, e a gente não saberia por que ele estava ilhado na tempestade.

A capa dessa semana é de 'Cascão Nº 90' (Ed. Abril, Janeiro/ 1986).


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Mônica 35 Anos


A edição especial "Mônica 35 Anos" foi lançada em 1998 para comemorar os 35 anos de criação da personagem. Nessa postagem faço uma resenha de como foi  essa edição.

A minha intenção era falar desse especial antes da "Mônica 40 anos", mas é que não tinha esse exemplar até então. Apesar de não ser muito difícil de encontrar em sites de venda na internet, mas o estado de conservação e o preço que cobravam não valia a pena comprar. Depois de tanto tempo procurando, consegui comprar no Mercado Livre, em ótimo estado e custando R$ 20,00 e mais R$ 5,00 de frete, o que achei bem justo.

O livro tem 112 páginas no total, formato 21 X 27,5 cm, com papel de capa e de miolo em papel couche, sendo que o da capa é mais grosso, custando R$ 8,90 na época. Não foi muito caro na época, pois, para ter uma noção de preço hoje em dia, foi praticamente um pouco a mais que o 'Almanacão de Férias', que custava R$ 7,00 em 1998. Junto com esse livro na época, veio de brinde um CD com músicas clássicas de temas dos personagens que tinha no clássico LP da Turma da Mônica de 1987. (o exemplar que adquiri na internet foi sem CD).

Diferente da "Mônica 30 Anos", todas as histórias são inéditas. Até mesmo para diferenciar um pouco daquela edição. O ponto alto é que tiveram 12 páginas destinadas a seções e curiosidades. Já um lado negativo é que colocaram no miolo muitas propagandas comuns que circulavam nos gibis da época. Foram 18 páginas de propagandas internas, algumas no meio das histórias.

Frontispício da edição

Abre com um frontispício com a Mônica segurando estatueta de ouro e apresentando a edição. Em seguida, vem uma entrevista com o Mauricio de Sousa, com 5 páginas, Contando, dentre outras coisas, sobre planos e projetos para os personagens nos próximos anos e de politicamente correto. Fala, inclusive, que recebeu abaixo-assinado para a Mônica bater menos nos meninos e por isso precisou mudar a característica dela de ser tão braba.

Uma das páginas com entrevista do Mauricio

Depois mostra a "Ficha do chefe", uma ficha técnica do Mauricio, em 1 página, com seu nome completo, data de nascimento, signo, preferências como filme, etc. Logo depois "Mônica entrevista o Mauricio", com a personagem entrevistando o pai de criação. Na entrevista de 2 páginas, ela faz perguntas como qual personagem que criou primeiro, quem nasceu primeiro na Turma da Mônica, o que fazer para se tornar desenhista de sucesso, quais projetos realizados, outros não, entre outras.  

A seguir vem "Álbum de família" que mostra, em 2 páginas, fotos da família do Mauricio, sua infância e juventude, na época que era repórter policial. E as páginas de seções termina com "Os presentes da turma para a Mônica" em 2 páginas, em que personagens de vários núcleos dão presentes para a Mônica, de acordo com o seu estilo. Por exemplo, o Cebolinha deu esteira para ver se a Mônica emagrece, Piteco deu uma roda de madeira, uma grande invenção da sua época pré-histórica, e por aí vai.

Uma das páginas da seção "Mônica entrevista Mauricio"

As histórias foram 6 no total, contando com a tirinha final, sendo poucas histórias com a Mônica. Se o especial é dela, tinha que ser todas histórias protagonizadas por ela. Além disso, muitas podiam ter saído em gibi convencionais da época, mas que resolveram colocá-las nesse especial.

A de abertura foi a história "Mônica 35 Anos", com 30 páginas no total, em que o Mauricio dorme enquanto prepara a história especial para o livro "Mônica 35 Anos" e a partir daí o seu lápis mágico, Zé Rabisco, cria vida e viaja no tempo junto com a Mônica e o Cebolinha para contar a trajetória do Mauricio desde a sua infância até a atualidade da MSP, desde então.

Dividida em 4 partes ("Mônica 35 Anos", " O início", A Criação" e "Como surgiu a Mônica"), mostra a infância do Mauricio em Mogi das Cruzes desde 1942, o seu interesse por desenhar e pelas histórias em quadrinhos naquela época, quando se tornou repórter policial, a inspiração e criação de seus primeiros personagens, como surgiu a Mônica e principais fatos que aconteceram até os anos 90, inclusive, falando do Parque da Mônica. Ou seja, mostra a história de vida do Mauricio, através de uma biografia em quadrinhos.

Trecho da HQ "Mônica 35 Anos"

Em seguida vem "Admirável mundo novo", com 10 páginas no total, uma história do Cebolinha passada no futuro, no ano de 3030, em que mostra como o Cebolinha XXV apronta com a Mônica do futuro. Essa podia muito bem sair em um gibi convencional do Cebolinha na época, mas preferiram colocar nesse especial.

Na história "Um joguinho muito louco", com 25 páginas e escrita por Emerson Abreu, Cebolinha e Cascão entram em mundo do jogo Quake, enfrentando monstros baseados no game. Dividida em 3 capítulos, foi uma boa homenagem ao jogo. Mais uma que a Mônica praticamente não aparece, só nas 2 últimas páginas, inclusive caracterizada como "Chthônica".

O Emerson até mostrou há algum tempo mais detalhes dessa história no blog dele que pode ser conferido AQUI e AQUI. Do tempo que os traços das histórias dele eram bons, com a única careta com os personagens de língua de fora para dar destaque que falaram algo engraçado e  ainda não tinham enquadramento de 4 quadrinhos por páginas a história toda.

Trecho da HQ "Um joguinho muito louco"

Depois vem a história "As coisas da desenhista", protagonizada pela  Marina, com 15 páginas, em que mostra a Marina desenhando o que seus amigos pedem através de seu lápis mágico, mas o cebolinha rouba o lápis e apronta com eles. Essa história não mereceria mesmo estar em um especial da Mônica como esse. Essa história não é ruim, mas dava perfeitamente em sair em um gibi convencional, ainda mais que a Marina que é a protagonista.

O livro termina com a história "Parque 2023", com 16 páginas, sendo uma nova história dos personagens já adultos no ano 2023 que apareceram em "Mônica 30 Anos", só que dessa vez com eles indo ao Parque da Mônica para levarem os seus filhos para conhecerem e, com isso, mostro como seria o Parque do futuro, que ainda existia em 2023.

Bem interessante essa, mas que também dava para sair em uma 'Revista Parque da Mônica' da época. Nessa história foi interrompida por propagandas 2 vezes, enquanto que nas outras foram só em 1 vez, normalmente na metade ou então com propaganda a cada troca de capítulos.

Trecho da HQ "Parque 2023"

Em 2004, "Mônica 35 Anos" foi reimpressa em uma nova versão como formato mais luxuoso, com papel de miolo off-set e sem as propagandas. Tem um informe "Edição Comemorativa" no topo, em vez de "Edição de Aniversário" e não tem código de barras na capa para diferenciar da versão de 1998. Também não veio CD de brinde nessa reedição. Foi lançada junto com as outras versões também de luxo de "Maurício 30 Anos", "Mônica 30 Anos" e "Mônica 40 Anos" (originais de 1990, 1993 e 2004, respectivamente).

Como podem ver, foi uma edição mais simples em comparação a "Mônica 30 Anos", anteriormente lançada, a começar pelo número de páginas. As histórias inéditas serviram para diferenciar das republicações, pena que a maioria delas não foram comemorativas, podendo sair em qualquer gibi convencional da época e a Mônica não foi protagonista em todas. Com a Mônica tão apagada, inclusive nas seções de entrevistas, ficou parecendo um especial do Mauricio, não da Mônica. Podia ter tido também algumas tirinhas antigas para complementar a parte de seções. Mesmo assim foi uma boa edição e vale a pena ter na coleção, nem que seja só pelo valor histórico.

domingo, 10 de maio de 2015

Capa da Semana: Cebolinha Nº 113

No Dia das Mães, uma capa muito bonita em homenagem com o Cebolinha embrulhando o presente e Maria Cebolinha  fazendo um desenho que iam dar para dar para mãe deles e a Dona Cebola só olhando escondida ao fundo orgulhosa pelo carinho dos filhos.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 113' (Maio/ 1996).


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Dudu: HQ "Cinema pela primeira vez"

Dia das Mães chegando e em homenagem, mostro uma história de quando a mãe do Dudu, Dona Cecília, o levou para o cinema pela primeira vez, causando muita confusão. Ela tem 9 páginas e foi a história de encerramento de 'Magali nº 55' (Ed. Globo, 1991).

Capa de 'Magali Nº 55' (Ed. Globo, 1991)

Nela, Dona Cecília convida o Dudu para passear juntos. Dudu pergunta se eles vão ao parquinho, mas sua mãe diz que não dando desculpa porque é muito cansativo para ele, lembrando na hora, que é ela que cansa demais com as brincadeiras do filho. Dona Cecília diz que eles vão ao cinema e Dudu diz que não quer ir porque é chato.


Dona Cecília pergunta como ele sabe se é chato se nunca foi antes e o Dudu responde que sabe que é uma televisão grandona. Empolgada, ela fala que no cinema passa filmes que não passa na televisão, que lá tem um monte gente assistindo, comem pipoca e chocolate. Dudu aceita e enquanto ela vai arrumar a roupa dele, ele se dirige ao leitor falando o que não faz para agradar à mãe.


Então, eles vão ao cinema assistir ao filme do "Batmão" e ela fica animada, pensando se ele gostar vai levar sempre porque é muito relaxante para os dois. Na seção de doces, ele pede quase todos porque não sabe qual deles vai ter vontade na hora. Chegando na sala, ela mostra como a tela é grande, logo depois sentam e ela fala que o filme vai começar, mas o Dudu a corrige, avisando que é só o comercial.


Apagam as luzes quando o filme começa e Dudu chora mandando acender a luz porque tem medo de escuro, deixando Dona Cecília morta de vergonha. Ela fala que é coisa feia um mocinho como ele com medo de escuro e fala que a menina que está do lado é menor que ele e não está com medo. Dudu responde que não tem culpa se ela é boba quando aparecer um monstro, então a menina começa a chorar, acreditando que tem monstro lá no cinema. Dona Cecília dá bronca de que ele não se comportar, quem vai virar monstro é ela.


Começa o filme, só que não era dublado e o Dudu não sabe ler. Então, ela passa a ler as legendas para o Dudu. Só que toda hora o Dudu interrompia, perguntando o que estão dizendo, quem o "Batmão" e o "Bobin" não podem deixar escapar, por que "Bobin" falou "Santa esperteza, Batmão", deixando a mãe toda atrapalha, se perdendo na leitura e o Dudu ainda reclama que ela não está lendo direito.

Dona Cecília grita com ele, de como ela pode ler direito, se ele não para de interromper. Aí, todo mundo do cinema manda fazer silêncio e Dudu ainda dá corda falando que ela passou vexame. Dona Cecília, com raiva, manda o filho calar a boca. Ela lê mais um trecho das legendas do filme, olhando sempre a tela, e quando vai olhar para o Dudu, ele desapareceu. Ele estava na frente da tela fazendo sombra com a mão, atrapalhando a visão de todo mundo.


Dona Cecília fica desesperada e corre atrás do Dudu pelo cinema todo, enquanto ele fica gritando e chorando que a mãe quer bater nele. Até que para cansada e diz que não vai bater nele e voltam a sentar para assistir ao filme. Dona Cecília oferece um doce para ele, que recusa, dizendo que enjoou só de olhar. Ela lê mais um pouco a legenda do filme para ele, mas de tão cansados, os dois acabam dormindo, precisando o lanterninha acordá-los, falando que o filme acabou e que o cinema vai fechar.


No final, Dona Cecília pergunta se o Dudu está feliz, e ele diz que não, que nem viu o final do filme. Eles vão para casa, com o Dudu no colo da mãe fazendo o maior berreiro pela rua porque quer ver o final do filme. Ela mandar parar com o berreiro, ele diz que sim, só se levá-lo de novo ao cinema no dia seguinte. Ela diz que ao parquinho é melhor. Dudu estranha porque ela tinha falado que era cansativo. Dona Cecília, morta de cansaço, desaba no sofá e dorme, enquanto Dudu se pergunta que as mães nunca sabem o que querem, enquanto o pai, seu Durval, fica observando a esposa no sofá.


Acho essa história muito divertida, mostrando o lado pestinha do Dudu. Ter um filho peste como o Dudu não é fácil, haja paciência para lidar com ele, afinal tira qualquer um do sério. Muito engraçado as tiradas dele, respondendo à mãe e hilário a parte com ele fazendo sombra na frente da tela do cinema. Na postagem a coloquei completa.

Apesar do Dudu não gostar de comer alimentos, mas eles gosta de doces, desde que não seja um exagero. Escolheu doce para caramba, mas acabou não comendo de qualquer forma. Só para perturbar a mãe. Outro detalhe que a Dona Cecília fala que iria trocar a roupa dele, mas ele vai com a mesma roupa que estava. É que os personagens tem várias roupas do mesmo tipo no armário e aí dá impressão que estão sempre com a mesma roupa.


Os traços muito bons e caprichados, como sempre na época. Muito boa a arte de pintarem os personagens de cinza e de preto em alguns quadrinhos das 4ª e 5ª páginas da história (páginas 28 e 29 do gibi) para dar ideia de luz do cinema apagada. Legal também os nomes parodiados no filme: "Batmão" (Batman), "Bobin" (Robin), "Boringa" (Coringa) e "Binguim" (Pinguim). Só Mulher-Gato que não foi parodiado e que provavelmente iriam alterar isso em alguma republicação em almanaques recentes. 


Essa foi uma das primeiras histórias com o Dudu apenas como um pestinha. Era bem raro aparecer histórias assim com ele pentelhando os outros, porque na época prevalecia mesmo eram histórias com a sua característica marcante do garoto que não gostava de comer, com ele recusando comida a todo custo. Só no final dos anos 90 é que se tornou mais frequente ele pestinha, mas não aprontando mais com a mãe desse jeito, colocando mais ele aprontando com o Cebolinha a partir de 1999, depois voltando a pentelhar a Magali.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Propagandas Alimentícias (Parte 7)

Nessa postagem mostro propagandas de alimentos com a Turma da Mônica que circularam nos gibis da Editora Globo entre 1998 a 2002. Por coincidência,  a maioria delas envolvem algum brinde, que comprando o produto você ganha grátis. Então, essa até pode então ser um complemento à postagem de brindes não comercializados nas bancas, que eu criei há algum tempo.

Em 1998 foi lançado o alfajor de chocolate da Turma da Mônica, da marca "Milch". Junto com o lançamento, perto da Copa do Mundo, tinha a promoção "Tá com a bola". Durante os meses de abril a junho de 1998, em cada embalagem vinha uma figurinha com os personagens envolvendo Copa do Mundo. Foram 32 figurinhas no total e o álbum (pôster) podia ser encontrado nas revistas 'Almanacão Turma da Mônica Nº 8', 'Cebolinha Nº 138' e 'Mônica Nº 139', de abril, maio e junho/ 98, respectivamente.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 232' (1998)

Ainda em clima de Copa do Mundo, o iogurte Chambinho da Turma da Mônica, da "Nestlé", lançado em 1998. tiveram brindes com os personagens. Em cada garrafinha de Chambinho Surpresa, vinha um boneco em miniatura dos personagens vestidos com a camisa da Seleção Brasileira ou bandeiras de alguns países participantes da Copa do Mundo da França para colecionar. 

Foram 14 brindes diferentes durante o período de Copa do Mundo. Para quem coleciona miniaturas, atualmente são raros de encontrar esses bonecos e custam bem caros na internet. Item raro de colecionadores.

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 298' (1998)

Passada a Copa do Mundo, o Chambinho Surpresa da Turma da Mônica passou a dar de brinde giz de cera com formato de personagens da Turma da Mônica em 1998. Em cada garrafinha vinha um personagem diferente para colecionar. Na propaganda mostra giz de ceras da Mônica, Cebolinha, Cascão e Bidu, mas acredito que tiveram outros, além desses.

Propaganda tirada de 'Cascão Nº 306' (1998)

As caixas com doces e miniaturas da Turma da Mônica da marca "Sonric's" tiveram miniaturas diferentes no ano 2000. Por causa das Olimpíadas, lançaram a caixinha surpresa Esportes Olímpicos. De brinde em cada caixa, 8 miniaturas dos personagens envolvendo esportes olímpicos, vindo uma em cada embalagem. 

Só que a quantidade de doces diminuíram em relação a caixa de 1995, quando foi lançada. Enquanto que na época, em cada caixa, vinham 10 doces variados, agora em 2000 passaram a vir 5 doces da "Sonric's": 2 pirulitos, 2 chicletes e um saquinho de bala.

Propaganda tirada de 'Coleção Um Tema Só Nº 27' - Magali e o Mingau' (2000)

Em 2001 circulou a nova coleção de figurinhas dos chicletes da "Sonric's" com o tema "Volta ao mundo", que tinham uma imagem do personagem e informação dos países ao lado. Para conseguir o álbum para colar as figurinhas teria que enviar para os correios 10 rótulos diferentes de cada sabor. Aliás, as embalagens também haviam mudado, agora com cada personagem estampando um sabor: Mônica, no sabor de tutti-frutti; Cebolinha, no de hortelã; Cascão, n ode morango; Magali, no de framboesa.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 175' (2001)

Os pirulitos da Turma da Mônica da "Sonric's" tiveram nova embalagem e um novo sabor de laranja em 2001. Par anunciar a novidade fizeram essa propaganda. Continuaram a ter duas versões, um tradicional e outro com recheio de chiclete, mas pelo jeito o sabor cereja foi substituído pelo de laranja.

Propaganda tirada de 'Almanaque da Magali Nº 30' (2001)

Em 2002, o macarrão instantâneo Miojo "Nissin Lamen" da Turma da Mônica voltou a ter propaganda nos gibis para anunciar a novidade do novo sabor requeijão e as novas embalagens, padronizadas com a Mônica apontando para cada personagem olhando para cima em frente ao prato do Miojo. 

No novo sabor de requeijão era o Anjinho olhando para cima e no sabor de galinha, foi a vez do Cascão. Infelizmente nessa propaganda não foi mostrada as novas embalagens dos sabores de carne e de tomate. Provavelmente, eram a Magali e o Cebolinha olhando pra cima, mas quem era em cada embalagem não dá para saber. Curiosamente, a partir dessa época, em todas as propagandas com uma faixa azul no rodapé mandando visitar o site da Turma da Mônica.

Propaganda tirada de 'Coleção Um Tema Só Nº 34 - Chico Bento e o primo' (2002)

A série continua e em breve posto novas propagandas alimentícias com a Turma da Mônica.