quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Cascão: HQ "Sóóó no ano que vem..."

Mostro uma história de Ano Novo de quando o Cascão se deu mal ao pensar que a Mônica ia demorar muito para chegar de uma viagem. Tem 7 páginas e foi a que encerrou o gibi do 'Cascão Nº 260' (Ed. Globo, 1996).

Capa de 'Cascão Nº 260' (Ed. Globo, 1996)

No dia 31 de dezembro, a Mônica avisa ao Cascão que vai viajar e só volta no ano que vem. Cascão estranha, achando o fato dela voltar só ano que vem será muito tempo. Mônica fala que não é tanto tempo assim e se despede, confirmando que volta ano que vem.


Cascão fica cansativo e encontra no campinho o Cebolinha, o Xaveco e a Magali de boa, brincando normalmente. Cascão chama a atenção deles, reclamando que eles estavam todos sorridentes como  se nada estivesse acontecendo. A Magali pergunta o que aconteceu e o Cascão responde que a Mônica viajou e que só volta ano que vem. 

Eles falam que sabia e continuam brincando. Cascão fica furioso, falando que só ele vai sentir falta da Mônica. Xaveco ainda diz que é pouco tempo, mas ele não dá atenção e continua achando que é muito tempo. Cascão vai embora, sem deixar eles explicarem.


Cascão passa a lembrar momentos com a Mônica, de quando ela o empurrou o balanço e o fez cair no chão por causa da sua força, além das surras que levou e marcas da pele, depois de ter aprontado com ela. Ele até tenta dar desculpas que no balanço foi só intenção de ajudar e a surra foi porque ele mereceu, mas logo se convence que ela exagerava. No caminho, encontra um lápis no chão perto da casa da Mônica e resolve desenhar caricaturas dela e desaforos de bobona, dentuça e que já vai tarde no muro em frente a casa dela.


Mônica acaba vendo, só que quando ia bater no Cascão, o seu Sousa, pai dela, a chama no carro para partir pra viagem, mas ela promete que quando voltar, ela acerta as contas com ele. Como Cascão acha que vai demorar muito para ela voltar, até lá a Mônica esqueceu tudo.


Cascão vai para casa e quando chega a mãe diz para ele trocar de roupa para comemorar o Réveillon. Ele comemora a passagem de ano com a família, inclusive com a avó. Quando abraça a mãe, ele fala que já chegou o ano que vem e aí se toca o que a Mônica quis falar que só volta ano que vem e fica nervoso. 

No final, dois dias se passam e a Mônica está de volta da viagem e diz que queria muito ver o Cascão. Ela sai correndo atrás dele com o Sansão para bater, e ele reclama que aquele ano vai ser muito longo, com muitas coelhadas.


Acho essa história legal, mostra um Cascão meio lerdo, sem ter se dado que era dia 31 de dezembro e que só mais um dia seria Ano Novo. A Mônica quis brincar com ele e, como não se deu conta que ela ia voltar em questão de dias, acabou aprontando com a Mônica e se dando mal. Uma simples ideia da frase "ano que vem" pode render uma boa história.


Engraçado o Cascão ter colocado uma roupa igual a que estava para comemorar o Réveillon. É que os personagens tem só o mesmo tipo de roupa no armário, ou seja, várias roupas iguais de um só modelo. E de curiosidade é que apareceu a avó do Cascão, participando em só em 2 quadrinhos, muito raro de acontecer. Aí, só não dar para saber se é de parte de pai ou mãe. 

Os traços dessa história são ótimos, como sempre na época. Na postagem a coloquei completa. Inclusive, essa foi uma das últimas histórias com o Cascão rabiscando muros sem cartazes, já que infelizmente, a partir de meados de 1997, os personagens começaram a colar cartazes nos muros para xingar a Mônica, dando início ao politicamente correto nos gibis, a ponto de alterar as cenas nos almanaques da Panini, colocando cartazes aonde não tinha nas originais.


Essa já foi republicada em vários 'Mônica Especial de Natal'. São poucas histórias retratando o Ano Novo em todos os tempos e essa até foi uma das últimas que vi. Já deu para notar que já estavam evitando colocar ano corrente, passando a só colocar "ano que vem", "ano novo", "ano velho" no lugar. Eles até costumam também alterar nos almanaques histórias envolvendo ano, colocando o corrente, então para evitar possíveis alterações no futuro, passaram a evitar colocar ano nas histórias.

Postagem nova agora só no ano que vem. Um excelente Ano Novo a todos!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Capa da Semana: Chico Bento Nº 86

Uma capa em clima de Ano Novo, com o Chico Bento fazendo prova de recuperação sozinho na escola, mas só pensando na comemoração do Réveillon. Desse jeito vai ficar reprovado, Chico!

Na MSP, são raras capas e histórias sobre o Ano Novo, principalmente capas. Quase não tem. Eles dão prioridade ao Natal e acaba não saindo nada retratando Réveillon. Há muitos anos não tem histórias assim, nem no miolo.

Outra curiosidade, é que uma capa assim com o Chico em recuperação na escola (e ainda sendo o único aluno da turma a ficar) não teria mais. É que atualmente ele é um bom aluno, só tirando notas boas, para não dar mau exemplo.

A capa dessa semana é de 'Chico Bento Nº 86' (Ed. Abril, Novembro/ 1985).


sábado, 27 de dezembro de 2014

Capas Semelhantes (Parte 4)

Continuando com a série de capas semelhantes, com mesma piada, mas com desenhos diferentes. mostro 5 capas, sendo 2 delas do Cascão, 2 da Magali e 1 do Chico Bento. Esses personagens foram os que mais tiveram capas assim, até porque suas revistas foram quinzenais a maior parte do tempo. Nessa postagem, as originais do Cascão envolvem a época da Editora Abril, e as demais são da Globo.

Cascão Nº 35 X Cascão Nº 76

Como estamos em época de fim de ano, não podia ficar de fora essa de Natal do Cascão, com o Papai Noel muito sujo depois de sair da chaminé da casa do Cascão. Na original, de 'Cascão Nº 35', de 1983, o Cascão fica sem graça com o que aconteceu e o Papai Noel fica triste, enquanto que na segunda versão, de 'Cascão Nº 76', de 1989, o Cascão fica feliz com o Papai Noel sujo e o Papai Noel brabo. 



Cascão Nº 43 X Cascão Nº 43

Uma grande coincidência foi ter capas semelhantes do Cascão na mesma numeração das Editoras Abril e Globo. Nelas, enquanto o Cebolinha dá banho no Floquinho, o Cascão dá um banho de lama no Chovinista.

Na versão original de 'Cascão Nº 43', de 1984, o Chovinista fica feliz com o banho e o Cebolinha não dá importância pelo Cascão estar sujando o Chovinista , enquanto que na segunda versão, de 'Cascão Nº 43', de 1988, o Cebolinha e o Chovinista ficam surpresos com a atitude do Cascão, e tem detalhes de grama e uma árvore no fundo. 



Magali Nº 4 X Magali Nº 367

Mônica corta um fatia e a Magali fica com o resto só para ela. Foi publicada primeiro em 'Magali Nº 4' ,de 1989, e fizeram uma nova versão em 'Magali Nº 367', de 2003. A grande diferença entre elas é que na primeira, a piada foi com um bolo enquanto que na segunda versão, foi com queijo, além da Magali sair correndo. 



Magali Nº 97 X Magali Nº 272

Magali fica esperando a galinha botar um ovo para já cair dentro da frigideira para comer. A versão original saiu em 'Magali Nº 97', de 1993 e depois teve uma nova versão em 'Magali Nº 272', de 1999, só que dessa vez com mudanças em alguns detalhes, com a frigideira já com fogo alto no chão e a Magali com babador, além de garfo e faca na mão, pronto para comer. Só não apareceu o chapéu de mestre-cuca, como na versão de 1993.



Chico Bento Nº 380 X Chico Bento Nº 446

Os carneiros sonhando com o Chico Bento enquanto dormem. Na primeira versão, de 'Chico Bento Nº 380', de 2001, o Chico aparece no fundo, olhando os carneiros dormirem, confirmando que ele é o criador dos carneiros. Já na nova versão, que saiu em 'Chico Bento Nº 446', de 2005, foram só 2 carneiros, que agora estão em um abrigo, e o Chico só aparece no sonho dos carneiros. 

Aliás, essa piada foi muito utilizada, só que adaptadas ao estilo dos personagens. Até já mostrei as versões com a Magali e com o Cascão nessa seção de capas semelhantes.



Normalmente, eu costumo gostar mais da primeira versão, mas comparando as capas dessa postagem, em todas eu gostei mais as das segundas versões do que das primeiras, com exceção da 'Magali Nº 4' que ficou melhor que a 'Nº 367'. 

Só para constar, as capas dessa postagem da Editora Abril e as de 1999 em diante , eu tirei da internet porque eu não tenho as originais. As demais, são da minha coleção. Em breve, posto mais capas semelhantes aqui no Blog.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Chico Bento: HQ "Natal Rural"

Mostro uma história de quando a Turma do Chico Bento apresentou uma peça de teatro da escola sobre o nascimento do Menino Jesus para a vila. Ela tem 14 páginas e foi publicada em 'Chico Bento Nº 180' (Ed. Globo, 1993).

Capa de 'Chico Bento Nº 180' (Ed. Globo, 1993)

Começa o pessoal da vila reunidos para assistir à peça de teatro com os alunos da 1ª série, só que estava tão atrasada que o Seu Bento já estava roncando na cadeira, precisando a dona Cotinha acordá-lo, enquanto que a professora Marocas, aflita, só pensando no que seus alunos estão aprontando atrás da cortina.


O motivo da demora é que o Teobaldo, quem que ia fazer o papel do Menino Jesus não havia chegado, até que um garoto aparece, falando que o Teobaldo não virá porque está doente. Chico Bento fica desesperado, afinal, como vão fazer uma peça sobre o Menino Jesus sem ele.

Então, surge o Genesinho, se oferecendo para ser o Menino Jesus no lugar do Teobaldo. Chico não aceita porque ele é muito aparecido e ia querer roubar toda a cena e o expulsa. Com isso, Chico manda o Zé da Roça dá uma espiada no lado de fora para ver se tem alguém que pode ser o Menino Jesus. Zé da Roça coloca só a cabeça do lado de fora e a plateia aplaude, pensando que a peça havia começado. Mas, ele avisa que ainda não e chama o Zé Lelé para ir até lá.


Lá dentro, Chico pergunta ao Zé Lelé se ele pode fazer o papel do menino Jesus. Como ele é lerdo, pergunta que tipo de papel o Jesus quer, e o Chico, já irritado, diz que é interpretar um personagem. Zé Lelé não sabe o que é isso e então, o Chico diz que é só para ele ficar deitado na cama da manjedoura. Só que antes, o Chico o manda tirar a roupa e colocar uma fralda, e o Zé Lelé diz que já tinha 2 anos que ele não usava mais. E ainda reclama de frio, Chico não dá ouvidos, mandando deitar e não chiar.


Do lado de fora, o diretor da escola já estava impaciente, reclamando com a professora Marocas que está demorando muito e se demorar mais, ele vai achar que ela é uma professora relapsa. Eis que aparece o Chico só com a cabeça e todos estranham se a peça havia começado ou não, e o Chico diz que dessa vez estava começando mesmo.

As cortinas se abrem por completo e eles apresentam o elenco da peça. Chico Bento interpreta José; Rosinha, Maria; Zé da Roça, Hiro e Tibúrcio, os 3 reis magos; Ritinha, a Estrela Guia e os bichos da fazenda do Chico, como eles mesmos. ao anunciar que o Zé Lelé era o Menino jesus, perde perdão a Jesus, porque ele é muito feio. Eles começam encenando a passagem que José e Maria encontram uma manjedoura. Só que na hora, o burro empaca e, então, eles  fecham as cortinas para ver se conseguem fazer o burro voltar a andar.


Não conseguem e quando abrem as cortinas, encenam o momento que o Menino Jesus nasceu. Rosinha como Maria fala que o filho deles nasceu e é lindo. Eles olham melhor e o Chico como José responde que o importante é ter saúde. Nessa hora, o Zé Lelé fala que está com frio, que o deixou lá pelado. Com o imprevisto, fecham a cortina de novo para discutirem, o Chico diz que não é mais para o Zé Lelé abrir a boca senão não responde por ele.

Quando voltam a encenar a peça, eles encenam a parte que os Reis Magos encontram a Estrela Guia para levar até a manjedoura do Menino Jesus. Chegando lá, os Reis Magos falam que foram visitar o Salvador, e a Rosinha fala que vai preparar um cafezinho, precisando o Chico dizer que eles estão na peça para ela se mancar.


Os Reis Magos falam que foram entregar presente para o Menino Jesus, aí o Zé Lelé se levanta empolgado porque iam dar presente para ele, falando que adora ganhar presente, principalmente se for brinquedo. Os Reis Magos falam que são ouro, incenso e mirra, e o Zé Lelé responde que eles estão querendo enganar, que as caixas estão todas vazias. Chico tenta contornar a situação, falando para o filho voltar pra cama, mas o Zé Lelé diz que não é filho dele e quer os presentes.

Chico perde a cabeça e manda calar a boca e voltar para cama. Zé Lelé volta a falar, dizendo que agora é uma coisa importante, mas ele não lhe dá ouvido, lembrando que nenê não fala. Zé Lelé, então, tenta sair da cama, mas Chico impede, falando que também não anda e tem que ficar lá até o final da peça.


Quando tentam voltar a encenar a peça, surge o Genesinho de surpresa com uma espada na mão, falando que como o deixou fora da peça, agora ele é o Herodes, o que detestava crianças. Chico diz que não tem nenhum Herodes na peça e Genesinho responde que agora tem e resolve sequestrar o Menino Jesus, para dar um pouco de ação à joça da peça. Chico pede ajuda aos Reis Magos, a Estrela Guia e os bichos para ajudá-lo a deter o Herodes. todos partem para a briga e juntos conseguem derrotá-lo, terminando a peça.


Professora Marocas fica desesperada, com a mudança do roteiro e pensa que o diretor ia desaprovar. Para a sua surpresa, ele adora, achando que foi muito original e aplaude de pé, assim como toda a plateia. Chico fala ao Zé Lelé que agora pode levantar e agradecer o público. Zé Lelé responde que não pode mais, porque ele estava apertado, mas como o Chico disse não podia falar, nem andar, acabou fazendo xixi nas calças igual a neném. Todos da plateia dão gargalhadas por causa disso, e até os anjos no Céu dão também, adorando a peça, terminando assim.


Acho essa história muito criativa e é de rachar de rir com os personagens interpretando o nascimento do Menino Jesus, através de uma peça de teatro para a escola, bem ao estilo deles. Mostra as principais passagens, com muito bom humor. As tiradas são sensacionais e rio alto sempre que a releio, principalmente o Zé Lelé, falando que só há 2 anos que abandonou as fraldas, e também com o Chico pedindo perdão a Jesus e que o importante era ter saúde, só porque o Zé Lelé era feio.


Engraçado também ver a cara de desespero da professora Marocas, afinal eles fizeram tudo diferente do que ensaiaram. Felizmente, deu tudo certo no final. Os traços são ótimos, muito bem desenhada. Na postagem, a coloquei completa. Outra coisa legal também foi ver todos os personagens juntos, misturando os núcleos dos amigos e família do Chico, além da escola. É difícil aparecer todos juntos na mesma história.


Essa foi uma das primeiras histórias com o Genesinho nos gibis, só que um pouco diferente do que conhecemos, com cabelo marrons e nariz diferente. Ele estreou em 1991 na história "Intrigas da oposição", de 'Chico Bento Nº 104', e na ocasião, embora louro, também com traços diferentes do que vemos hoje. A cada história aparecia diferente, até parecer em definitivo louro e do jeito que a gente conhece em 1996 em "O castigo vem à carroça", de 'Chico Bento Nº 235'.

Antes da sua criação, até aparecia o filho do Coronel, mas só que sempre com nomes diferentes e a intenção era só de histórias de contraste entre rico e pobre. Com a criação do Genesinho, ele se tornou um personagem fixo pra dar cima em da Rosinha e dar ciúme ao Chico Bento. Antes, qualquer secundário fazia esse papel.


Outra curiosidade, é que dá para estranhar o Chico falando que eles moram na "Vila Catapora". É que na época, não tinha nome definido aonde eles moravam e só depois que passou a ser Vila Abobrinha em definitivo. Então, provavelmente em republicações dessa história, eles alteram agora para Vila Abobrinha, para ficar coerente com a atualidade. Aliás, essa história foi republicada em vários "Mônica Especial de Natal". Mesmo com elementos incorretos, como chamar o Zé Lelé de feio, até que sempre estão republicando. Parece que atualmente estão evitando histórias com temas religiosos para poder agradar a todas religiões.

Um feliz Natal a todos!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Tirinha Nº 21: Mônica

Nessa tirinha, em vez do Cebolinha ser bem recebido por ser o Papai Noel da festa de Natal da turma, ele acaba sendo perseguido porque fez com que o bolo da festa seja esmagado na cara da Mônica, que estava segurando o bolo atrás da porta quando foi aberta por ele.

Apesar do crédito estar para Mônica, é mais uma tirinha do Cebolinha do que dela. E foi uma tirinha inédita de almanaque, sendo que nesse caso, todo o almanaque foi só com histórias inéditas, já que não tinham muitas histórias de Natal da época disponíveis para republicar.

A tirinha foi publicada no 'Almanaque da Mônica Nº 20' (Ed. Abril, 1983).


domingo, 21 de dezembro de 2014

Capa da Semana: Mônica Nº 188

Mostro uma capa natalina bonita com os personagens dentro do saco do Papai Noel, em cima do telhado de uma casa, representando como se eles fossem os presentes para os leitores. É simples e muito boa.

Essa até lembra capas de almanaques, por causa da presença de secundários reunidos junto com eles. Nessa apareceram o Jotalhão, Raposão e Horácio. 

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 188' (Ed. Abril, Dezembro/ 1985).


sábado, 20 de dezembro de 2014

Magali Nº 96 - Panini


Nas bancas, 'Magali Nº 96'. de dezembro de 2014. Comprei essa edição e nessa postagem comento sobre ela.

Fazia muito tempo que não comprava gibis da Magali. Eu gosto muito dela, mas como ultimamente são poucas histórias com referência à comida, sua marca registrada, não dá para aturar. Nos gibis antigos, quase todas as histórias eram sobre a sua fome exagerada e seus absurdos, principalmente as de abertura, e agora raramente aparece.  Como também não tinha nenhum gibi da Magali deste ano que ela completou 50 Anos de criação, não podia então deixar de fora esse.

Esse gibi tem 8 histórias no total, incluindo a tirinha final, e abre com a história "O sumiço dos panetones", com 24 páginas. Nela, os famosos panetones da Tia Nena somem misteriosamente e, com isso, a Magali e a turma vão procurar desvendar o mistério. Acabam descobrindo que a Tia Nena também sumiu.

A história de abertura me interessou por causa da presença do Capitão Feio em um gibi da Magali, é bem raro ele aparecer nos gibis dela. Até hoje só lembro nas histórias "Enfim, um nome" (Magali Nº 6, de 1989), "Coquetel da Magali" (Magali Nº 7, de 1989) e "Hora da bóia, Capitão Feio" (Magali Nº 83, de 1992). Normalmente suas aparições são mais no gibis do  Cascão e da Mônica, então, por causa dessa raridade eu gostei e também foi outro motivo que me levou a comprar esse gibi.

Outra coisa interessante foi também a volta do Seu Quinzão, pai do Quinzinho, que andava sumido dos gibis. Infelizmente foi só uma participação em 2 quadrinhos, falando que os panetones sumiram, nada como nos velhos tempos com ele impedindo o namoro da Magali com o Quinzinho porque ela dava prejuízo na padaria (afinal, é politicamente incorreto e nunca mais teve histórias assim), mas vale a participação.

Trecho da HQ "O sumiço dos panetones": participação do Seu Quinzão

Deu para estranhar foi os personagens falando a palavra "roubado", porque parece que essa palavra tinha sido proibida. Chegaram até alterar em 2014 mesmo, o Zé Lelé falando "pegar goiaba" em vez de "roubar" em 'Turma da Mônica Extra Nº 13 - Vó Dita'. Acho que aceitaram colocar porque não foi criança que roubou os panetones, porque senão iriam proibir. Pensando assim, dá para entender que criança não rouba, só pega.

Já os traços ficaram péssimos, aí junta com as letras e piora de vez. Como são horrorosos, sem expressões nem arte nenhuma, parecendo carimbo. Terrível. Não só dessa história, como do gibi todo. Chega a ser deprimente ver isso nesses gibis novos. Quando lembro que era tudo artesanal, e vê traços e letras assim é constrangedor. Infelizmente, todas as histórias de todos os gibis estão assim agora. Lamentável.

Trecho da HQ "O sumiço dos panetones"

Essa foi a única história de Natal da edição. Depois, veio a "Elogios sinceros" em que a Magali monta uma banca para dar elogios aos outros, sem receber nada em troca e o Cebolinha é o seu freguês. Achei fraca essa história, não vi nada demais nela. Isso sem contar que na hora que Mônica, Cascão e Xaveco falam desaforos para o Cebolinha, eles só aparecem de boca aberta sem mostrar o que falam. Ficou estranho e sem sentido.

Outra que não gostei também foi "Papinho cabeça... oca", em que o Dudu perturba a Magali ao querer fazer uma pergunta. Diálogos tudo sem sentido, sem dúvida o Dudu já foi bem mais pentelho do que essa história, parece que amenizaram, só colocando um diálogo sem pé nem cabeça. E os traços estragam mais ainda, achei que foram os piores desse gibi, tudo digitalizado, com expressões sem vida. Parecem robôs e feitos por artistas amadores. Revoltante. As letras, então, nem se fala de tão horrorosas e até o título assim fica feio, colocando, inclusive, os nomes da Magali e Dudu pequenos demais, com o logotipo atual deles (sim, agora o Dudu tem um logotipo oficial e certificado, desde 'Turma da Mônica Extra Nº 11- Dudu').

Trecho da HQ "Papinho cabeça... oca"

A história "Uma dorzinha aqui" da Turma do Penadinho foi a única com secundários na edição. Nela, o Cranicola reclama de uma dor e os amigos tentam ajudá-lo de maneira torta. Achei mais ou menos essa. Nela, tem até uma brincadeira com a pronúncia do nome do Cranicola, com os seus amigos o chamando de "Cranííícola" e ele corrigindo, com raiva, que é "Cranicooola". Então, para quem ainda tinha alguma dúvida da pronúncia, descobriu nessa história. os traços, como sempre que ficaram a desejar. E muito.

O gibi encerra com uma história do Dudu, "Brincadeiras Infantis", em que o Dudu transforma os seus amigos em criancinhas menores que ele, através de um invento do Franjinha, para que eles brinquem com o Dudu. Essa os traços ficaram um pouco melhores e mais aceitáveis, pelo menos ficaram mais grossos. Já letras não posso dizer o mesmo e ficaram a desejar como sempre.

Essa edição ainda tem 2 histórias simples, praticamente mudas. Uma com o Dudu chamada "Laços", que prova que a característica dele de  rejeitar comida não foi completamente abandonada , e "Come tudo" , que pelo menos mostra um absurdo na gula da Magali, bem raro de acontecer. Na tirinha, uma coisa que está muito comum nos gibis desde setembro de 2014, que os balões estão minúsculos, com letras pequenas demais, e digitalizadas também, como não podia deixar de ser. Não sei porque razão de balões tão pequenos agora nas tirinhas. Daqui a pouco vão querer colocar nas histórias também.

De curiosidade, esse gibi da 'Magali Nº 96' teve uma edição especial e exclusiva à venda no evento da "Comic Con" de São Paulo, de dezembro de 2014. A capa teve uma versão exclusiva, só com o logotipo e o selo da "Comic Con" e ao abrir, aparece só a ilustração da capa, sem ser colorida, apenas o logotipo colorido. Isso foi para divulgar revistas da MSP no evento e a capa assim foi para o público pegar os autógrafos durante o evento. A 'Turma da Mônica Jovem Nº 76' também teve versão semelhante lá. Abaixo, as capas dessa edição especial da 'Magali Nº 96' vendidas na "Comic Com", enviadas por Washington Brito:

Capa e contracapa da versão exclusiva da "Comic Con"

Segunda capa da versão exclusiva da "Comic Con"

Então, como podem ver 'Magali Nº 96' um gibi normal para os padrões atuais da MSP. É o máximo que pode esperar dos gibis novos. Vale mesmo pela história de abertura que até que foi boa, com a presença do Capitão Feio, raro de aparecer nos gibis dela. Tiveram poucas histórias com referência à comida com a Magali, sendo só 3 para ser exato, contando com a tirinha, coisa que está muito comum nos gibis dela, infelizmente. Deu para perceber que o Dudu foi o grande nome da edição, com 3 histórias no total e pena também que o Mingau não apareceu dessa vez. Os traços e letras terríveis atrapalham também. 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Cebolinha: HQ "Esperando Papai Noel"

Qual criança nunca quis ficar acordada até tarde para esperar o Papai Noel chegar com o presente de Natal? Isso aconteceu com o Cebolinha nessa história "Esperando Papai Noel", com 6 páginas e foi a que encerrou o gibi do 'Cebolinha Nº 36' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Cebolinha Nº 36' - Ed. Globo, 1989)

Nela, a família Cebola estava terminando a ceia de Natal até que o seu Cebola fala para todos dormirem para esperar o Papai Noel, mas o Cebolinha diz que vai ficar esperando ele entrar pela chaminé, afinal, ele nunca o viu pessoalmente. Os pais deixam o Cebolinha esperar e, então, ele, já de pijama, fica de plantão sentado em frente da chaminé da casa. 


Cebolinha reclama da demora, até vê um movimento de terra na chaminé. Ele se abaixa, mas era um passarinho, que caiu na sua cabeça. Cebolinha o põe numa caixa com pena com a intenção de ficar lá até poder voar e volta a ficar de tocaia em frente à chaminé, afinal como o Cebolinha diz, se ele bobear, o Papai Noel escapa.

Ele espera mais um  pouco e vê outro movimento na chaminé. Quando vê, não era o Papai Noel, e, sim um limpador de chaminés, que escorregou enquanto estava limpando. O limpador achou a chaminé limpa demais e pergunta se não era a Rua das Laranjeiras, 30. O Cebolinha responde que é Rua do Limoeiro, 30, e o limpador fica uma fera, porque além de trabalhar no Natal e levar um escorregão, ainda errou de casa. 


Após ele sair, Cebolinha vê outro movimento, e agora era um alienígena e o Cebolinha se assusta, se escondendo atrás da árvore de Natal. O alienígena entra em contato com a base pelo transmissor, falando que há vida inteligente na Terra, mas não e muito corajosa. O alienígena vai embora, com o Cebolinha o achando desaforado, e reclama que a chaminé anda muito movimentada.

Cebolinha não chega a completar ao dizer que se o Papai Noel não vier logo, quando ouve uma risada do estilo do Papai Noel. Mas não era de novo, e, sim, um bandido querendo assaltar a casa. O bandido se espanta  com o Cebolinha estar acordado até aquela hora. Ele responde que estava esperando o Papai Noel. O bandido diz que não gosta de deixar testemunha, deixando o Cebolinha com medo, mas na hora desiste de fazer algo com ele e vai embora para assaltar outra casa.


Depois dessa, Cebolinha desiste de esperar o Papai Noel, se convencendo que não ele vai vir enquanto estiver lá esperando. Cebolinha vai dormir e, então, o passarinho que estava na caixa diz que ele já deu uma boa espiada no Papai Noel. Com isso, é revelado que o passarinho era o Papai Noel, que tinha se encolhido e disfarçado de passarinho para poder entrar sem o Cebolinha perceber. No final, o Papai Noel coloca o presente embaixo da árvore, desejando um feliz Natal para todos.


É uma história simples e bem legal, que mexe com a fantasia do Papai Noel com a criançada e toda a sua magia. Afinal, toda criança quis ver de perto o Papai Noel. Na MSP, nunca teve uma coerência da existência do Papai Noel. De acordo com o roteirista, em algumas histórias era comprovado que ele existia, em outras não existia, com os pais dos personagens exercendo a função, e ainda tinha algumas que ficavam uma dúvida no ar. Nessa história, o Papai Noel era verdadeiro.


Como eles gostavam de inserir bandidos nas histórias antigas, nem que sejam para fazer uma participação rápida, como nessa história. Ela tem seus absurdos clássicos, como ET saindo da chaminé que a tornam mais divertida ainda.

Curiosamente, é revelado o endereço da casa do Cebolinha. Só que endereço de casa dos personagens nunca foi padronizado. Nessa, ele mora na "Rua do Limoeiro, 30", mas em "Aniversário Infalível" (CB # 94, de 1994), por exemplo, ele morou na mesma rua, só que no "número 25". Fora, que o Limoeiro às vezes é tratado como bairro, e em outras como rua. Isso varia porque são roteiristas diferentes que fazem as histórias e não ficar lembrando o  endereço que já havia saído antes. 


Os traços são ótimos, redondos e bem grossos, como deve ser. Ficou legal o Cebolinha de pijama de bolinhas e meia. Na postagem, a coloquei completa. Ela foi republicada em vários "Mônica Especial de Natal", mas dificilmente republicariam novamente. Só a presença do bandido, já a torna incorreta. Além disso, a palavra "Droga!" também é proibida atualmente, assim como palavrões. Por isso, se fosse republicada de novo, fariam alterações toscas.

Outro ponto que a patrulha do politicamente correto podia implicar é com o fato dos pais deixarem o filho ficar acordado de madrugada para esperar o Papai Noel sentado no chão em frente à chaminé. Naquele tempo, as histórias não tinham essas preocupações, só valia mesmo a diversão, Hoje, o tempo são outros. Enfim, uma história boa que vale a pena ser relembrada.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Coleção Histórica Nº 44


Já nas bancas a 'Coleção Histórica Nº 44', formada pelas 5 revistas números 44: Mônica (1973), Cebolinha (1976), Chico Bento e Cascão (1984), e Magali (1991).

Ficou bacana o Quinzinho na capa do box. Prova que quem aparece na capa pode ser qualquer personagem e não um que teve destaque no box, como muitos pensavam no inicio, visto que o Quinzinho não apareceu nesse box.

Em relação á distribuição até que dessa vez chegou mais cedo aqui, no dia 01º de dezembro. Quase chega em novembro ainda, que era a data certa. Mesmo assim, vendendo ainda só 1 exemplar por banca que vende e tem lugares no país que até hoje ainda não chegou. Apesar de lançarem em uma data mais cedo, a distribuição ainda está precária e tem que melhorar muito para essa Coleção chegar a todos os cantos do país.

Esse box marca por ser o último gibi da Mônica de 1973 e não tiveram muitas informações de créditos nos comentários e, no lugar, foi falado muito que nos gibis atuais não tem cenas incorretas, coisa que a gente está cansado de saber e se torna cansativo.


Histórias de abertura e comentários gerais:

Das histórias de aberturas, todas eu conhecia e já tinha lido de alguma forma. Porém, gibi original só tenho mesmo da Magali, como sempre. Vamos aos comentários: 

Mônica - "Um cometa para o Natal" - A turma tenta impedir que diabinhos que subiram ao Céu, poluam o Céu na noite de Natal e apaguem o cometa de Natal que os anjos prepararam.

Esse foi o último gibi da Mônica de 1973 e por coincidência uma história de Natal nessa época de final de ano. Por causa da periodicidade bimestral, a cada 2 anos o Natal coincide nos gibis da Mônica, desde que a distribuição não atrase. Lembro que em 2012, a edição Nº 32 dela, também com história de Natal chegou superatrasada, só sendo lançada em janeiro de 2013.

A história de abertura foi a única com tema natalino da edição.  Nos comentários, o Paulo Back fala que a Mônica ficou estranha em desenho bidimensional, em um ângulo visto por cima, na história "O que será que há dentro da caixa?", em que os personagens tentam descobrir o que tem dentro de uma caixa que encontraram na rua. Eu até gostei do desenho assim, bem melhor que os novos, que são feitos tridimensionalmente e no computador. Abaixo, mostro essa cena:

Trecho da HQ "O que será que há dentro da caixa?"

Um detalhe que mantiveram cores na história "O Grande virtuose", em que o Jotalhão tenta tocar violino. Foi deixado alguns erros, como o Teodoro, filho do Coelho Caolho aparecer com pele amarela no primeiro quadrinho e com camisa amarela em 1 página inteira e depois vermelha em um quadrinho na página seguinte. Assim que tem que ser de manter os erros e falar sobre isso nos comentários, se quiserem e, não ficar corrigindo para deixar tudo perfeito. E até que dessa vez teve comentário da tirinha final, coisa que é raro acontecer.

Em relação a créditos, de 13 histórias, apenas comentaram créditos completos de roteirista, desenhista e arte-final em 5 delas, as que foram feitas pelo Mauricio. Apenas a de abertura que fala de desenho e arte-final que também foram feitos por ele. Fica a dúvida se nas outras foram ou não. Já em 8 histórias não foram falados de créditos nenhum.

A capa ficou bacana, com a camisa do Anjinho e o Bidu brancos por causa do fundo azul, para destacar. Ainda bem que mantiveram brancos e não resolveram colocar outro tom de azul. 

Cebolinha - "O Capitão chiclete" - Um funcionário de uma fábrica cai em um tonel de preparo de chiclete e se transforma no Capitão Chiclete, um vilão que deseja roubar todos os chicletes do mundo.

Dessa vez tiveram mais histórias do Cebolinha nesse gibi, até como forma de compensar a edição Nº 43, que quase não teve histórias dele. Uma história curiosa foi "A mudança", em que o Cebolinha tenta convencer a Mônica de desistir de bater nos outros com o coelhinho. Nela, aparece a Mônica correndo atrás da Magali, junto com os outros meninos, para bater. Foi no início da história e depois no final. Uma cena muito rara de acontecer e bem surpreendente.

Na história "Ferradura da sorte", em que o Cebolinha encontra uma ferradura na rua que lhe dar sorte, além de comentar que nos gibis novos não tem armas, teve uma citação da alteração da arma por uma lagosta na 'Clássicos do Cinema Nº 43', com o Paulo Back falando que hoje vale tudo para alterar as armas nos almanaques atuais, como se fosse a coisa mais natural possível trocar uma arma por uma lagosta. Nada a ver isso. Achei estranho.

Outra história de destaque foi "Cebolinha e o táxi", que encerrou o gibi. Nela, o taxista João é perturbado pelo Cebolinha e o Cascão, que queriam ir para a Rua Parafinas. É típica de uma história que se encaixaria com o Seu Juca no lugar, que havia sido criado na época, só que com traços diferentes, mas colocaram outro personagem como taxista e foi falado nos comentários que esse João apareceu em outras histórias, e não apenas nessa. Bem curioso.

Trecho da HQ "Cebolinha e o táxi"

De 15 histórias, 9 não tiveram informações de créditos. Crédito completo só na abertura e em "O Galinhão", em que o Cebolinha e o Cascão confundem um avestruz com uma galinha gigante. Nas outras, mostram só quem fez roteiro ou faltam informações de desenho ou de arte. 

Chico Bento - "Eu faço melhor"- Deus dá o poder de criação para o Chico criar um mundo novo, depois de ter reclamado da cidade que era feia e poluída.

Dessa vez lamentavelmente voltaram a alterar o caipirês do Chico nessa história de abertura. Na original palavras como "esperano", "pensano", "mió" mudaram agora para "esperando", "pensando" e "mior". Em apenas uma fala mantiveram, "isquentano", que pelo jeito ficou despercebido e esqueceram de mudar. Já na história de encerramento "Eta, macho" , em que o Chico encontra com assombrações ao voltar para casa, não alteraram o diálogo dele com a Rosinha na primeira página.

Trecho da HQ "Eu faço melhor": caipirês alterado

Mais uma bola fora da Coleção Histórica. Não dá para entender porque vivem mudando o caipirês do Chico. O que custa manter exatamente como era nos gibis originais para gente comparar como era os primórdios do caipirês dele. Acho revoltante e inadmissível qualquer mudança linguística em relação às originais.

Em relação a créditos, não informou quem fez a arte na história "Voar" do Papa-Capim (em que o cafuné cria asas após o desejo de querer voar) e desenhista em "Torresmo apaixonado" (em que o Torresmo se apaixona pelo cofrinho do Chico, pensando que era uma porca de verdade.

De curiosidade, esse foi o último gibi do Chico Bento com a promoção da "Cartela Milionária" na capa, e, consequentemente, o último com selo da promoção na lateral superior direita da capa, depois de 13 edições. O gibi do Chico foi o primeiro a ter em relação ao Cascão por causa do calendário, por isso também foi o primeiro a acabar. "Chico bento Nº 32' foi o primeiro a ter essa promoção enquanto que 'Cascão Nº 33' foi quando começou. Com isso, 'Cascão Nº 45' ainda teve a promoção. 


Cascão - "O Cascão vai casar" - Cascão entra em um casamento por engano e acaba pegando o buquê. Então, ele tenta se livrar de qualquer maneira do buquê quando a Cascuda se aproxima, pensando que a Cascuda quer se casar com ele.

O desenho dessa história é muito bom, tinha que ser da Rosana. Toda a história muito bem desenhada, as mulheres ficaram simplesmente sensacionais. A curiosidade é que na Editora Abril e nos primeiros anos da Globo, a Cascuda ainda não era namorada oficial dele, e aí tinha histórias com cada um com namorados diferentes.

Trecho da HQ "O Cascão vai casar"

Como história de destaque, "Dia de limpeza", em que o anjo da guarda do Cascão, revoltado que fica todo sujo protegendo o Cascão, faz de tudo para ele não sair mais de casa. Nos comentários da história "Bonita como nunca", em que uma menina tenta se livrar de um trote no seu aniversário, a gente descobriu que trote de aniversários, brincadeira de quando o pessoal taca farinha e ovo quando alguém faziam aniversário, também foram abolidos dos gibis atuais. 

De 6 histórias, só abertura e "Bonita como nunca" tiveram créditos completos. Tem histórias que até chega a falar quem desenhou e arte-finalizou, mas não diz quem foi o roteirista.

Magali - "É um espanto" - Magali tenta desvendar o motivo de seus amigos estarem misteriosos e esconderem dela comida e guloseimas que acabaram de comprar.

Essa história é comemorativa do aniversário de 2 anos da revista da Magali. Naquela época, tudo era motivo de comemoração. Tem até detalhe de falar da data de lançamento da revista: 22 de fevereiro. Uma história com ideia tão criativa e legal assim tinha que ser da Rosana mesmo. Ela também a desenhou, então, dá para deduzir que traços assim com a Magali com franja em maior destaque, mais comuns nos primeiros números da Magali, foram feitas pela Rosana.

Trecho da HQ "É um espanto"

Curiosamente, essa foi a única história com comemoração da Magali na Editora Globo, já que edições como "Nº 100" e "Nº 200" dela, entre outras, infelizmente não tiveram comemorações. Por isso essa "Nº 44" se torna uma edição especial.

Esse gibi teve também a história "Continua amanhã" do Dudu perguntando quando chega "amanhã". Foi a primeira história do Dudu sem fazer referência a sua característica de rejeitar comida, sendo outra coisa especial da edição. Tem curiosidade também na história "No embalo", em que a Magali ganha presentes alimentícios de vários pretendentes de namorados. Apesar de até então  já ter aparecido histórias do Quinzinho namorando com a Magali, volta e meia ainda apareciam outros pretendentes para a Magali.

Nos créditos, a única que apareceu completo foi em "Magali não quer nada" (em que a Magali recusa comprar cachorro-quente, pipoca e maçã-do-amor dos vendedores), que foi a única que mostrou quem fez a arte-final. As demais só mostraram quem foi o roteirista e o desenhista.

A capa em relação à original tiveram proporções diferentes, tanto no logotipo, quanto no desenho. Na original, era mais ampliado, tanto que o bolo apareceu cortado no canto direito e agora deixaram tudo mais reduzido e a serpentina debaixo do bolo não foi desenhada. Pelo menos, o selo da CHTM não apareceu ao lado do logotipo como nas edições anteriores. E a colorização também com tons diferentes. Mas, isso acontece em todas as revistas da CHTM, afinal, nas originais eram coloridas tudo de forma artesanal, e agora como tudo é computadorizado, não encontram um tom parecido com a original. Abaixo, a comparação com o gibi de 1991:

Comparação das capas de 1991 e da CHTM # 44

domingo, 14 de dezembro de 2014

Capa da Semana: Magali Nº 352

Nessa capa natalina, a Magali desmaia de susto depois de abrir a caixa de presente com a surpresa do Mingau de sair da caixa com um ratinho de brinquedo. Era o presente que o Mingau queria dar para ela no Natal.

Essa é uma das poucas capas da Magali da Editora Globo sem piada sobre comida. Quando não tinha piada assim, era quando a piada se referia ao Mingau ou fazia referência à história de abertura. 

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 352' (Ed. Globo, Dezembro/ 2002).