sábado, 28 de setembro de 2019

HQ "Bidu em greve"


Em setembro de 1989, há exatos 30 anos, o Bidu fez uma greve porque a Magali ganhou revista própria e não ele. Compartilho nessa postagem essa história, que teve 4 páginas e publicada em 'Cascão Nº 70' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Cascão Nº 70' (Ed. Globo, 1989)

Começa o Bidu parado e com olhos fechados na história, percebe os leitores olhando e aí ele pergunta o que estão esperando e conta que não tem história porque está em greve. Manfredo pergunta por que está em greve e Bidu conta que está cheio de não ter o trabalho reconhecido, logo ele que é o personagem mais versátil do Mauricio, pode interpretar tudo, sem contar que usa e abusa do nonsense e Mauricio dá uma revistinha para a Magali, só porque a comilona é inspirada na filha dele.


Manfredo fala que vai ter história sim. Bidu pensa que era ele e que ia substitui-lo e Manfredo diz que é o Bugu, que saúda a mãe, falando que é a grande chance dele. Bidu reclama de colocar o canastrão no lugar dele e Manfredo diz que o show não pode parar. Bugu fala que se agradar pode ganhar uma historinha só dele, 

Bidu pergunta se o Bugu se contenta só com uma história e ele diz que porque aí ele põe nas revistas da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico, ganha a simpatia do público e talvez ganhe uma revista só para ele e chama o Bidu de mãe. Bidu fala que a história é dele, Bugu pergunta sobre a greve. Bidu acaba com a greve e dá um chute no Bugu expulsando da história. No final, Bidu faz as pazes com Mauricio escrevendo bem grande em uma página inteira que ama o Mauricio.


Essa história é bem simples e bem bolada, eram muito divertidas essas histórias de metalinguagem do Bidu Da época que a Magali ganhou revista própria, mostra o Bidu em greve sem querer fazer a história só porque a Magali ganhou uma revista só dela e  ele não. Mistura inveja e ciúme do Bidu da Magali, pois para ele, quem merecia ter uma revista era ele por causa do seu talento versátil. Só desiste da greve ao ver que o Bugu iria substitui-lo na história e ele tem medo de perder seu espaço para o Bugu.


Engraçado ele achar que Magali teve revista porque foi inspirada na filha do Mauricio. Brinca com o ciúme dos personagens por que a Magali ganhou uma revista e dá uma reflexão de qual personagem mereceria ter uma revista também, será que daria certo se tivesse um gibi do Bidu nas bancas. Mostra também a confirmação do Bidu se incomodar e expulsar o Bugu das histórias por causa de inveja e por medo do Bugu ser melhor que ele e ganhar a preferência dos leitores. O final foi bem interessante com Bidu deixando seu amor pelo Mauricio em 1 quadrinho inteiro. 

Ela ensina também aproveitar as pequenas oportunidades para subir na vida. No caso, o Bugu ia aproveitar a oportunidade da greve do Bidu pra ter uma história nos gibis dos personagens principais e á medida que os leitores aceitassem, ele podia ter uma revista só dele, que foi o que aconteceu  com a Magali e o que poderia acontecer com o Bidu. Traços muito bons, típico dos anos 80.


Curiosamente, antes dessa história, o Bidu até teve gibi próprio entre 1960 e 1961 lançados na Editora Continental em 8 edições e ainda teve um almanaque pela Editora Abril em 1981. Depois disso, o que Bidu ganhou de título próprio foram alguns gibizinhos em 1991 e 1992, um "Coleção Um Tema Só Nº 23" em 1999, quando completou 40 anos de criação e 'Almanaque Bidu e Mingau' pela Editora Panini entre 2009 a 2014. História legal de relembrar há exatos 30 anos.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Capa da Semana: Cebolinha Nº 22

Nessa capa, Cebolinha e Cascão vão parar à beira de um rio depois de terem dado nós nas orelhas do Sansão da Mônica. Cebolinha entra no rio e coloca um canudo na boca para respirar na água e Cascão acaba chorando porque vai apanhar da Mônica já que ele não vai pular na água.

Seria mais interessante ter saído em uma revista do Cascão já que a piada é mais com ele. Como capas com os meninos aprontando com a Mônica saíam mais em gibis do Cebolinha e da Mônica, aí pelo visto preferiram publicar em um gibi do Cebolinha por causa disso

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 22' (Ed. Globo, Outubro/ 1988).


domingo, 22 de setembro de 2019

Do Contra: HQ "Para bom entendedor de piada"


Mostro uma história com o Do Contra perturbando os seus amigos quando estavam contando piadas. Com 6 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 98' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Mônica Nº 98' (Ed. Globo, 1995)

Os meninos estão reunidos contando piadas e o Cebolinha conta a piada do Louco que pediu uma pizza e o cara da pizzaria perguntou se quer que corte em 8 pu 6 pedaços e o Louco falou que em 6 porque não estava com muita fome. Todos dão gargalhada da piada, Do Contra segura o riso e não ri  e Cebolinha pergunta ao Do Contra se gostou e ele responde que nem um tiquinho.


Em seguida, Cebolinha conta a piada em que o Louco pegou 2 copos antes de dormir, um com água e outro vazio. O com água seria se caso tiver sede e o vazio seria para caso não tiver sede. Do Contra segura de novo a vontade de rir, mas não ri. Cascão elogia que o Cebolinha conta piada muito bem e Franjinha pergunta ao Do Contra se não achou graça. Ele faz movimento na cabeça que não e Franjinha comenta que só porque eles gostaram e tem mania de ser diferente.


Nessa hora, chega a Mônica, vê que eles estavam contando piadas e resolve contar as dela. Cebolinha, Cascão e Franjinha gritam um não desanimador e Mônica cobra por que não e Cebolinha diz que não vê a hora de ela contar. Mônica pergunta o que o tomate falou para a banana: "Ai! Não tira a casca que eu fico todo vermelhinho". Eles acham ruim, Mônica pergunta se não vão rir e Cascão fala para continuar. Mônica diz que já acabou e Cascão fala que se ela não avisa, quando o Do Contra começa a dar gargalhada.

Mônica fica contente que ele riu e conta outra piada do que o sapato falou para a sandália: "Ai, assim você me deixa sem graxa!". Do Contra dá gargalhada e Mônica contra outra, em que o tijolo falou para a tijola: "Há um ciumento entre nós". Do Contra ri e os meninos vão cobrar, falam que é para parar de ele dar corda, que está rindo só para ser diferente e, assim, a dentuçona não para nunca e o ouvido deles não é pinico.


Mônica ouve tudo e dá uma surra nos nos 3 e vai embora junto com o Do Contra para contar um montão de piadas só para ele. Na hora, Do Contra saca uma pena que carregava e coloca próximo do sovaco. Mônica pergunta se ele estava fazendo cócegas o tempo todo com aquela pena. Do Contra confirma, falando que ele é diferente, mas não faz milagres, do jeito que ela conta mal as piadas, não há criatura que dê risadas. Mônica dá uma surra nele e no final Cebolinha, Cascão e Franjinha veem o Do Contra com olho roxo e comemoram que está igual a eles, mas Do Contra diz que não porque o olho roxo dele é no esquerdo.


Essa história é engraçada, Do Contra sempre quer ser diferente dos outros e fingia que não achava graça das piadas dos meninos e que ria das piadas da Mônica,  sendo que dessa vez se deu muito mal quando confessou que provocava cócegas com uma  pena para rir das piadas da Mônica, só que se contentou que o olho roxo foi o esquerdo e não o direito igual aos outros para não dizer que estava igual. As piadas contadas até que foram engraçadas.


Do Contra estava gostando das piadas dos meninos, só não demonstrou para ter o prazer de contrariar e perturbar os outros. Gostava quando ele se dava mal por causa dessa mania de discordar dos outros. Normalmente ele elogiava a Mônica ou concordava com as coisas dela para perturbar os seus amigos que xingavam ela e, assim, escapava das surras, mas tinha vezes apanhava quando confirmava que elogiava só para contrariar. Ainda assim ficava a dúvida se realmente ele gostava da Mônica quando a chamava de linda, fofa, etc, se ele estava falando só para ser diferente ou porque gostava da Mônica e aproveitava para se declarar em segredo.


Os traços muito bons, típico dos anos 90, o Do Contra acabou ficando com um nariz em formato de "c" ao invés do tradicional formato circunflexo, mas não ficou ruim. Interessante que a grafia do nome dele sempre aparece em negrito,  par anão confundir o nome dele com um adjetivo. Até que o Do contra desde que foi criado em 1994 não mudou muito a personalidade, só menos absurdos ao contrariar as coisas.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Chico Bento: HQ "Papai vai à escola"

Em setembro de 1989, há exatos 30 anos, era lançada a história "Papai vai a escola" em que o Seu Bento resolve começar a estudar por nunca ter tido oportunidade e vai estudar logo na sala do Chico Bento. Com 9 páginas, foi história de abertura publicada em 'Chico Bento Nº 70' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Chico Bento Nº 70' (Ed. Globo, 1989)

Nela, Chico Bento pede para o seu pai ajudar no dever e casa e pergunta quem descobriu o Brasil. Seu Bento diz que não sabe porque não era nascido e a melhor maneira do Chico ficar inteligente é estudando e se ele ficar auxiliando vai acabar ficando preguiçoso.


Chico vai para o quarto e Seu Bento pergunta para a esposa, Dona Cotinha, quem descobriu o Brasil. Ela pergunta se ele não sabe e ele diz que não lembra e logo acaba confessando que não sabe, nunca teve chance de estudar, desde cedo teve que trabalhar na roça. Dona Cotinha diz que nunca é tarde para começar e pergunta por que não se matricula na escola. Seu Bento estranha estudar na idade dele e Dona Cotinha incentiva, falando que é bom e ele resolve se matricular naquele instante mesmo.

Seu Bento faz a matrícula na mesma escola do Chico e em seguida vai comprar cadernos e livros. Chegando em casa, Chico pergunta para que aqueles cadernos e Seu Bento diz que era para ele , para o ano que vem, pois os preços estão subindo que nem rojão. Chico vai dormir e quando acorda estranha que o pai não estava lá tomando café e a mãe diz que ele já saiu.


Chico vai para a escola e no caminho encontra o seu pai, só que ele estava com um boné gigante escondendo todo o rosto. Chico pergunta a Seu Bento se ele era novo lá. Seu Bento diz que sim e Chico acha a voz grossa e ele diz que estava rouco. Chico pergunta se ele vai para a escola e Seu Bento responde que vai, é o primeiro dia de aula dele e Chico fala que tomara que fiquem na mesma classe. Seu Bento diz que tomara que não, mas logo corrige que tomara que não seja em outra classe, ia ser bom estudarem juntos.


Na escola, Seu Bento diz que ele ia ficar naquela sala que param e tenta se despedir do Chico, mas ele avisa que estuda naquela sala, para o desespero do Seu Bento. Professora Marocas chega, dá bom dia para a turma e avisa que tem um novo coleguinha na sala de aula. Seu Bento diz que é para deixar isso par alá e manda começar logo a aula e ela entende a situação dele e começa a aula, mandando os alunos copiarem a lição que vai escrever no quadro negro.


Chega a hora do recreio e Chico pergunta a Seu Bento o que trouxe de comer e ele diz que nada. Chico pergunta se ele não quer um teco do seu lanche e ele diz que não. Em seguida, Chico pergunta se não quer brincar de pegador e ele não aceita. Zé da Roça aparece e pergunta quem era esse do lado dele. Chico diz que é um colega novo. Zé da Roça cochicha com Chico e logo eles atacam o Seu Bento para tirar o boné dele.  

Chico tira o boné e Seu Bento começa a chorar e quando o Chico vai devolver descobre que era o seu pai e pergunta se ele foi à escola para vigiá-lo. Seu Bento fala que foi para estudar mesmo, que o nunca teve oportunidade, sabe que o estudo é muito importante e queria que o filho tivesse orgulho dele, mas estava com vergonha. Chico diz que  não é vergonha nenhuma, afirma que ele está certo e achou muito bonita atitude dele e abraça o pai.

  
Eles voltam para a aula e Seu Bento asiste a aula normalmente sem disfarce e os alunos estranham um pouco ele lá. Na saída, Chico vai de cavalinho com seu pai para casa e os outros alunos acham legal. No dia seguinte, Chico e seu pai vão à aula juntos e quando chegam na escola, tem a  surpresa de outros pais entrando com seus filhos para estudarem, seguindo o exemplo do Seu Bento de voltarem a estudar por não terem tido oportunidade também, terminando assim.


Uma história muito bonita, mostrando  de uma forma divertida problema de adultos que não estudaram ou não concluíram estudos, a importância dos estudos na vida e na educação no país e que nunca é tarde para conquistar seus sonhos e não ter vergonha de algo que a sociedade impõe. No caso, Seu Bento nunca estudou e teve a chance na escola do Chico, mas tinha que driblar a vergonha de estudar junto com o filho, achando que que ele ia ter vergonha do pai estudar naquela idade, e acabou o Chico achando até bom isso. Bonito o final dos outros pais terem seguido a influência do Seu Bento de voltarem a estudar também.


O Seu Bento só estudou junto com o Chico nessa história e depois seguiu normalmente o estilo de histórias do Chico na escola. Na verdade, na MSP não tem coerência, antes e depois dessa história, tiveram outras do Seu Bento já estudado, ensinando para o Chico as coisas da escola  normalmente. Colocaram nessa o Seu Bento para ensinar essa lição de vida de forma mais familiar com os personagens, pois eles podiam muito bem terem ter colocado um personagem secundário no lugar.


A escola do Chico foi retratada dessa vez formando várias salas. Maioria das vezes, a escola dele é só uma casa comum na vila só com a turma dele e as vezes tem um quintal servindo como pátio de recreio. Uma vez ou outra era retratada como uma escola normal com outras salas e secretaria conforme roteiro de história e nessa história foi assim com outras turmas. Absurdo do Seu Bento ficar com boné e enxergar o que estava a seu redor, andar normalmente e até copiar matéria no quadro negro. Eram bons esses absurdos.


Os traços ficaram excelentes, da fase consagrada dos personagens. A Dona Cotinha apareceu sem lábios dessa vez, retornando um estilo que era nos primeiros números do Chico Bento na Editora Abril e aí uma vez ou outra ela aparecia sem lábios, mas de qualquer forma prevalecia com lábios. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

domingo, 15 de setembro de 2019

Capa da Semana: Magali Nº 235

Uma capa com a Magali bem brava ao ver o Mingau tomando seu banho de língua bem em cima do  leite com cereais e morangos que ela havia deixado na mesa. Muito legal!

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 235' (Ed. Globo, Junho/ 1998).


quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Papa-Capim: HQ "Banho da Lua"


Compartilho uma história em que o Papa-capim e Cafuné ficam desesperados por terem sumido com a Lua quando ela estava tomando banho no rio. Com 8 páginas, foi publicada em 'Chico Bento Nº 125' (Ed. Globo, 1991).

Capa de 'Chico Bento Nº 125' (Ed. Globo, 1991)

Nela, Papa-Capim e Cafuné estão admirando a noite linda na selva, quando Cafuné olha para o rio e avisa o Papa-Capim que a "Jaci" está tomando banho. Papa-Capim dá bronca que é feio ficar olhando os outros tomaram banho e Cafuné diz que não é Jaci índia, e, sim, a Jaci Lua, mostrando o reflexo da Lua no rio.


Papa-Capim acha melhor eles irem embora para deixar a Jaci sossegada e Cafuné tem a ideia de pegá-la para levar até a taba deles para conhecer o pessoal e deixar o Pajé feliz. Papa-Capim não acha bom, seria uma ofensa para uma deusa como a Jaci e Cafuné responde que não é ofensa, eles vivem a homenageando e que já era a hora da Jaci conhecê-los e agora que está tão pertinho, aposta que ele vai virar herói da tribo.


Cafuné mergulha no rio e para sua surpresa o reflexo da Lua se desmonta em mil pedacinhos e eles pensam que Cafuné quebrou a Lua. Ele tenta consertar, pegar os pedaços um a um, mas acaba sumindo de vez, achando que ela afundou no rio. Eles ficam desesperados, Papa-Capim comenta que ele não devia ter se metido com a Jaci e agora não sabem quais os castigos cairão contra eles e o pior será a surra que vão levar das mães. Cafuné diz que ninguém precisa saber, é só não contar para o povo da tribo, boca-de-siri.


Eles chegam na tribo e encontra uma reunião entre o Cacique e outros índios. Cacique os chamam de pequenos aventureiros noturnos, pede para se juntarem a eles e perguntam se caçaram alguma coisa. Eles falam que nada, bem assustados. Cacique oferece um caldo quente e comenta que estavam contemplando a Jaci e de repente ela sumiu. Na hora, Papa-Capim e Cafuné se engasgam com o caldo.


O Cacique percebe que estão assustados e conta para eles uma história da indiazinha que se chama Jaci, como a deusa Lua, pois vivia no mundo da Lua, e que o Pajé da tribo dela disse que ela viverá enquanto a Lua brilhar. Aí a indiazinha diz que viverá para sempre, pois enquanto o mundo for mundo a Lua sempre existirá, nada poderá destrui-la. Papa-Capim e Cafuné ficam mais assustados ainda, achando a história uma tortura e antes do Cacique acabar, eles gritam e confessam que o Cafuné quebrou a Lua, ao mergulhar quando estava tomando e a fez quebrar em mil pedacinhos.


Cacique pergunta se tem certeza que Jaci estava no rio e mostra uma tigela com água e um reflexo do Cafuné ao olhar a tigela. Cafuné acha que não porque a Lua não estava no céu. Nessa hora, as nuvens se afastam e ela aparece. Eles comemoram ao saber que era a nuvem que estava cobrindo e coincidiu quando o Cafuné mergulhou no rio. Cacique diz que não é qualquer coisa que vai destruir a Lua e jamais descerá á Terra. Continuará redonda e brilhante, mas acha estranho estar um pouco rosada. No final, depois de se afastarem, a Lua no céu comenta que tem que estar rosada, pois não pode tomar banho sossegada, que já vem algum assanhado espiar.


Muito boa essa história. Papa-Capim e o Cafuné pensaram que a Lua estava tomando banho no rio e que tinham acabado com ela só por conta de ter despedaçado o reflexo dela no rio. Como eles não sabiam que era apenas um reflexo da projeção da Lua no alto até o rio, acharam que tivessem cometido um crime.

Engraçado ver achando que receberiam castigo dos céus e levar surra das mães e o Cacique falando da Lua o tempo todo dando mais medo neles, fazendo a consciência pesada falar mais alto e acabarem confessando, só aliviando quando descobriram que ela estava coberta pelas nuvens. Legal também ver os costumes e culturas dos nossos índios, assim vendo eles chamarem a Lua de Jaci e considerar como uma deusa, isso era bacana nas histórias do Papa-Capim.


Na época os roteiristas gostavam de colocar um final dando razão à imaginação e inocência nas crianças em histórias desse tipo. No caso, apesar de terem explicado sobre o reflexo para eles, acabou que no final a Lua estava mesmo tomando banho no rio e ficou rosa por estar com vergonha de terem visto ela lá tomando banho. Eu gostava de finais assim, mesmo sendo absurdo, ajudava a manter a fantasia das crianças.


Os traços ficaram lindos, muito bem desenhados. Em alguma republicação, com certeza mudariam a parte que o `Papa-Capim fala que as mães deles dariam surra neles, já que atualmente os pais não podem bater nos filhos. No geral, a história foi até grande para os padrões da fase dos gibis quinzenais, já que histórias do Papa-Capim e secundários em gibis de 36 páginas costumavam ser em média até 4 páginas.

domingo, 8 de setembro de 2019

Trilogia dos Livros "MSP 50"

Em 2009 era lançado o livro "MSP 50" comemorando os 50 anos dos estúdios Mauricio de Sousa Produções até então e que daria início a trilogia de livros dessa série e posteriormente ao título "Graphic MSP". Então, nessa postagem mostro como foram esses livros da Trilogia MSP 50, que deu início há 10 anos.



O projeto foi idealizado pelo editor Sidney Gusman para homenagear o Maurício pelos 50 anos da MSP. O nome do livro "Mauricio de Sousa Por 50 Artistas", nome criado pelo roteirista Flavio Teixeira de Jesus, teve essa intenção de trocadilho com a Mauricio de Sousa Produções, com a siglas das suas letras iniciais, no caso "MSP 50".

Trata-se de um projeto em que 50 quadrinhistas brasileiros foram convidados pelo Sidney Gusman a elaborar histórias com uma releitura dos personagens do Mauricio. A Turma da Mônica, então, foi vista através de outros olhos, cada artista fez roteiros e traços da turma de acordo com o seu estilo de trabalho. A gente vê muitas vezes os personagens com traços bem adultos, às vezes bem infantis, seguindo o estilo deles. As vezes os personagens são até representados como adultos e tem histórias que até seguem o estilo de roteiro da MSP mesmo, só que desenhadas de outra forma, além de algumas até desenhadas bem próximos no estilo da MSP . 

 Teve inspiração no livro "Mônica 30 Anos" de 1993 em que teve uma seção que artistas nacionais e estrangeiros redesenharam a Mônica em ilustrações diferentes, cada um com seu estilo, e também dos livros "Asterix e seus amigos" e "25 Anos do Menino Maluquinho", que também tiveram essa pegada quando os personagens completaram 80 anos e 25 anos, respectivamente. 

O sucesso desse livro de 2009 foi tão grande, tanto de crítica e público, que resolveram depois criar mais 2 novos livros dessa série, MSP + 50" em 2010 e "MSP Novos 50" em 2011, com mais 50 artistas diferentes em cada um e com isso, foram 150 artistas que tiveram seus trabalhos reconhecidos nessa coleção.

Contracapas dos livros da Trilogia "MSP50"

Cada livro tiveram 2 versões, uma de capa dura e capa cartonada, formato 19 x 27 cm e com preços variando a cada ano. As capas de cada um seguiram o mesmo estilo com o Mauricio em destaque e os personagens em miniatura concentrados mais no rodapé das capas, sendo que todas as ilustrações foram montagens com cenas dos personagens redesenhados com as releituras presentes em cada livro. Nas primeiras páginas de cada história ou ilustração, aparece o nome do artista na vertical na lateral esquerda. A seguir  mostro como foi cada livro dessa trilogia.


Maurício de Sousa Por 50 Artistas (MSP 50)

Lançado em setembro de 2009 durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, esse livro foi o pioneiro da trilogia, teve 192 páginas e custou R$ 55,00 a capa cartonada e R$ 98,00 a capa dura. O preço desses livros de luxo sempre desanimaram, cobram preços muito caros, o que faz limitar as compras e até  chamam essas edições de "caça-niquel". Tem os que compram capa cartonada por não ter condição de comprar capa dura, mas mesmo assim tem relatos de que compraram capa dura por uma obra desse porte tem que ser capa dura.

Abre com um prefácio escrito pelo Sidney Gusman contando sobre o livro, como ele teve a ideia e inspiração pra criar o livro em homenagem aos 50 anos da MSP, o interesse de reunir artistas consagrados junto com poucos conhecidos ou que fazem sucesso apenas em âmbito regional, a ideia do nome do livro e agradecimento aos autores envolvidos na obra. Nesse teve uma ilustração na esquerda do texto com a primeira tirinha do Bidu de 1959 para homenagear o primeiro trabalho do Mauricio de Sousa, o início de tudo.


Capa com Mauricio em destaque e personagens no rodapé e fundo azul. As histórias  são entre 1 a 5 páginas, algumas delas são apenas uma ilustração dos personagens. Quase todos os núcleos de personagens foram lembrados nesse volume, só não teve Papa-Capim. Para não dizer que não teve nada dele, teve apenas uma tirinha de 3 quadrinhos do Gilmar, mas que divide tirinhas de outros personagens na mesma página. Os personagens que mais teve versões no livro, além da Turma da Mônica, foram Astronauta e Piteco, são mais lembrado até pelo seus ritmos de aventura se encaixarem mais no estilo dos artistas. Chico Bento também foi bem retratado.

Tem umas que gostei bastante como o do crossover do Astronauta com Piteco, Horácio e Mauricio de Sousa na história de Flávio Luiz, a do Cebolinha e o Louco , de Jean Galvão; Horácio,de Raphael Salimena; Cascão com a Turma do Xaxado de Antonio Cedraz; Mônica com o Menino Maluquinho, de Ziraldo, Chico Bento de Vitor Cafaggi, entre outros. Horácio, de Spacca ficou até bem parecido os traços da MSP.

Depois das histórias tem uma seção com 4 páginas mostrando com detalhes sobre cada autor do livro, falando sobre trajetória e carreira e sites de cada um deles. Depois tem um desenho do Bidu feito pelo Mauricio de Sousa e uma página com um agradecimento do Mauricio para todos que fizeram aquele livro e ilustrações do Bidu no rodapé da página e no final uma biografia da carreira do Mauricio.



Maurício de Sousa Por Mais 50 Artistas (MSP +50)

O segundo livro da coleção foi lançado em agosto de 2010 durante a Bienal do Livro de São Paulo. Com o sucesso do primeiro livro, o preço teve aumento na capa cartonada, mas o de capa dura manteve mesmo preço. Assim, capa cartonada custou R$ 59,00 e capa dura custou R$ 98,00.

Continuou sendo 50 artistas diferentes que não fizeram o primeiro livro, sendo que agora com 216 páginas, o que permitiu um maior número de páginas por cada história, assim tiveram histórias entre 1 a 5 páginas, mas com mais quantidade de histórias de 4, 5 páginas em relação ao primeiro livro.

Capa vermelha pra diferenciar visualmente do primeiro livro. Editorial com Sidney Gusman contando sobre o sucesso do primeiro livro, o interesse dos artistas em participar no novo livro, o acompanhamento do público de conhecer trechos do livro aos poucos  antes do lançamento através de divulgações da internet, principalmente no Twitter à medida que concluíam alguma atualização.


Segue o estilo de traços adultos ou bem infantis, conforme o estilo de trabalho de cada artista e as vezes os personagens representados como adultos. As histórias, a grande maioria, tiveram um título, já que no primeiro livro muitas não tinham títulos, nem as mais longas de mais de 3 páginas. Turma da Mônica, Astronauta e  Piteco continuaram a ser os núcleos de personagens com mais presença no livro. Teve Papa-Capim dessa vez, mas foi uma história muda, ele desenhado apenas como uma sombra, bem apagado, só para não dizer que não foi esquecido.

De destaque, a história de abertura "Sessão da tarde" foi criada em conjunto por 3 artistas, Mateus Santiolouco, Rafael Albuquerque e Eduardo Medeiros sendo que cada parte ilustrada por cada um dos artistas. Assim, a história teve 15 páginas, divididas em 3 partes e cada parte com 5 páginas e desenhada por um artista. Destaque também o resgate do Nico Demo feito por Denilson Albano, Turma da Mônica feita pelo agora saudoso Luís Augusto do "Fala, menino!", Turma da Mônica junto com Mauricio, de Diogo Saito, entre outros.

Como extras continuaram a biografia individual de cada autor desse livro, reservando 4 páginas para a biografia deles, assim como uma página do Mauricio agradecendo todos os autores envolvidos (sem ilustração dessa vez) e outra ilustração dele, com vários personagens reunidos, além da sua biografia, com atualizações do que ocorreu em 2009 e 2010.



Maurício de Sousa Por Novos 50 Artistas (MSP Novos 50)

Em setembro de 2011 foi lançado o terceiro e último livro da coleção durante a Bienal do livro do Rio de Janeiro.  Com capa amarela seguindo o layout dos 2 livros anteriores, teve 216 páginas e uma redução de preço na capa dura, provavelmente por conta da reclamação do público dos preços dos 2 primeiros livros, mas a capa cartonada teve um leve aumento. Com isso, capa cartonada custou R$ 59,90 e capa dura, R$ 84,00.

Continuou cada história até 5 páginas, sendo que quase todas desse exemplar foram de 5 páginas. Abre com o editorial do Sidney contando que o livro prova que a fórmula não havia se esgotado, que deu pra fazer terceiro livro com o mesmo nível dos 2 anteriores, contrariando quem torcia contra e mesmo com tantos artistas que aquele livro era o fim do Projeto MSP 50, deixando aberto um até breve para que possa ter outras alternativas de publicações seguindo esse estilo (o que aconteceu depois ao criarem as "Graphic MSP").


Todos os núcleos de personagens representados pelos artistas, sendo em maior quantidade dessa vez Turma da Mônica, Astronauta e Turma da Tina. Teve uma história completa de 5 páginas do Papa-Capim, feita por Marcio Coelho, já que ficou apagado nos livros anteriores, mas também ele só teve essa história. O crossover de  Tina com Horácio, de Watson Pereira foi bem inusitado, além do crossover de Tina com  o Louco em uma história espírita de Daniel HDR

Destaques também para história de Ronaldo Barata que aparece a Mônica transformada em coelho; uma paródia de Cebolinha e Mônica como Adão e Eva, de Carlos Ruas; Turma da Mônica bem sensual na praia na história de Ed Benes, sendo que essa não gostei do final do cascão se molhando ao cair no mar, entre outros.

Nos extras, 4 páginas da a biografia individual de cada autor desse livro, assim com Mauricio agradecendo todos os autores envolvidos (sem ilustração dele) e teve uma ilustração do Mauricio com os personagens de vários núcleos reunidos sentindo saudades da Trilogia MSP 50 e biografia do Mauricio, com atualizações do que aconteceu em 2010 e 2011.


Depois desses livros, foi lançado o "Ouros da Casa" em 2012, com ideia semelhante, só que com os funcionários da MSP criando as suas versões dos personagens e ainda em 2012 surgiram as "Graphic MSP", derivados da "MSP 50", com intenção de colocar um artista criando uma história longa com releitura de personagens, de acordo com o seu estilo. Teve ainda 2 livros semelhantes com essa ideia: "Mônica (s)" de 2013 (só com ilustrações da Mônica feitas por vários artistas em homenagem aos 50 anos da personagem) e "Memórias do Mauricio" de 2016 (uma trajetória da vida do Mauricio contada através de histórias por 25 artistas).

Já as comemorações dos 60 anos atualmente foi fraca, não teve livros especiais em homenagem a isso, apenas histórias especiais nos gibis convencionais de julho de 2019 e praticamente nem tiveram lançamentos de livros da MSP na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, só alguns infantis e uns destaques para relançamentos de edições de capas duras que vem saindo regularmente nas bancas como Almanaque Temático, Clássicos do Cinema, Turma da Mônica Jovem, Almanaque Sem Palavras.

Então esses livros do Projeto "MSP 50" cumpriram a função de homenagear o Mauricio pelos 50 anos da MSP e ajudou a dar visibilidade aos quadrinhistas nacionais, tanto os praticamente desconhecidos quanto os consagrados, conseguindo apresentar ao grande público os trabalhos deles ou admirar ainda mais os consagrados. Conseguiram dar uma visão mais adulta para os personagens do Mauricio e a grande maioria teve desenhos sensacionais. Esses livros, juntos com os de "50 anos dos personagens", também marcaram o início das edições de luxo de capa dura da era Panini, o problema foi o preço absurdo que cobraram, principalmente os de capa dura, virando caça níquel. Dos 3 livros, gostei mais do terceiro, achei os desenhos mais caprichados ainda e teve mais diversidade de personagens. Foi bom relembrar essa Trilogia MSP 50 que deu início há exatos 10 anos.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Capa da Semana: Mônica Nº 96

Em setembro de 1994 começava o "3D Virtual" nos gibis, um grande marco da MSP na época, onde se dava para ver imagens iguais em profundidade virtual. Primeiro foram só capas e depois tiveram histórias também. Por conta dos 25 anos, mostro uma capa da Mônica em 3D, fazendo referência à história de abertura "A invasão 3D", que mostrou uma invasão alienígena no bairro do Limoeiro, cheia de ilustrações em 3D.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 96' (Ed. Globo, Dezembro/ 1994).


domingo, 1 de setembro de 2019

Cascão e Nimbus: HQ "Ártico ou Antártico?"

Mostro ma história em que o Cascão e Nimbus foram no Pólo Norte e Pólo Sul para saber onde era mais frio.Com 14 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 282' (Ed. Globo, 1997).

Capa de 'Cascão Nº 282' (Ed. Globo, 1997)

Nela, Cascão e Nimbus estão reclamando do calor grande que estava fazendo e Nimbus comenta que uma chuva sem relâmpagos ia ser ma boa. Cascão fala que não era para apelar, que bom mesmo seria ir a um lugar bem frio como o Pólo Norte. Nimbus fala que queria estar no Pólo Sul que é mais frio ainda. Cascão pergunta quem falou isso para ele e Nimbus responde que foi o pai meteorologista dele.


Os 2 ficam discutindo onde era mais frio, quando o Franjinha aparece e pergunta se estão discutindo onde chove mais. Eles perguntam onde era mais frio, Pólo Norte ou Pólo Sul. Franjinha diz se é Ártico ou Antártico, que é a mesma coisa e que seria um bom motivo para testar a sua nova invenção.  Cascão e Nimbus tentam fugir, perdendo a curiosidade de saber e Franjinha obriga os 2 irem ao laboratório dele testar a invenção.


No laboratório, Franjinha apresenta o seu transportador-cibernético-para-longas-distâncias-sem transportes. Eles tenta fugir, mas acabam voltando e Franjinha faz eles sentarem no banquinho da sua invenção com as mochilas com itens necessários para viagem. Cascão e Nimbus pensam que eles vão assistir a um filminho, mas acabam é indo parar em cada um dos polos para eles saberem onde é mais frio. Assim Cascão vai par ao Pólo Norte (Ártico) e Nimbus para o Pólo Sul (Antártico).


Primeiro surge o Cascão no Pólo Norte. Ele reclama que o Franjinha o enganou, estranha estar em um ambiente branco e logo entende que está no Pólo Norte e coloca o agasalho que o Franjinha deu. Já Nimbus no Pólo Sul, pede socorro, o narrador avisa que vão inverter a posição dos quadrinhos  para o leitor não ter tonturas, dores na vista e rodopios. Nimbus põe o agasalho antes que congele.


Cascão no Ártico, reclama que não quer mais saber de  Pólo Norte e Pólo Sul, é tudo muito frio e precisa arrumar logo uma caverna, uma fogueira, uma lareira e um cobertor.  Logo encontra um "morro quentinho com montoeira de pelos". Mas não era um morro e, sim, um urso polar e ele acaba tendo que correr da perseguição do urso. Já Nimbus na Antártida. pergunta para um pinguim onde fica a Rua do Limoeiro, Brasil. Reclama que não encontra ninguém e precisa encontrar um lugar quente. Esbarra em um pinguim e acaba ficando embaixo dele para se aquecer.


Cascão ainda estar correndo do urso polar e se depara com um precipício com água embaixo e ele não pode continuar fugindo. Ele prefere enfrentar o urso, mas ao ver a brabeza dele, fica desesperado e se convence que está em uma enrascada. Tem sorte do gelo se romper  e acaba caindo e consegue percorrer a água como se o bloco de gelo fosse um barco e, assim, fugindo do urso. Já Nimbus é tratado como um filho pelos pinguins e ele recusa o comer o peixe que eles estavam oferecendo. O pinguim dá bronca no Nimbus, que diz que não é pinguim, não tem asas, rabo e nem bafo de peixe e ao abrir a boca que é o Nimbus, acaba comendo o peixe do pinguim e até gosta, dizendo que parece os sushis da mãe.


Cascão está em enrascada com o bloco de gelo na água. Ele sabe que um iceberg ao derreter em mares quentes vira água e assim ele está frito e molhado. Porém, tem a sorte de aparecer 2 homens remando na hora e ele diz que não é esquadrão da "Suati", mas é a salvação dele. Enquanto isso, Nimbus consegue escapar dos pinguins quando eles dormiram e logo ele vê uma foca perseguindo um filhote de pinguim. Ele consegue deter a foca e leva o pinguim até o casal de pinguins e adotam o filhote como filhos deles e, assim, Nimbus consegue se livrar deles de vez.


Cascão chega à aldeia dos esquimós quando sai do barco e acha o máximo, só não entende o que eles falam, mas 2 homens entendem que ele está com fome e serram um buraco no gelo para pescar peixe. Cascão descobre, então, que o ártico era só água congelada e não tem terra, é só gelo. Quando se toca que debaixo daquele gelo todo só tem água, ele sobe na haste de um iglu e fica desesperado querendo saber onde está o Franjinha, porque ele não tira daquele lugar porque odeia água. Nessa hora, ele some junto com Nimbus e os 2 voltam ao Brasil no laboratório do Franjinha dentro da máquina onde estavam.


Franjinha pergunta se tiraram as dúvidas deles. Cascão fala que o Ártico fica no Norte, tem ursos, esquimós e gelo.. E Nimbus diz que Antártida fica no Sul, tem pinguins e é um continente. Franjinha pergunta onde é mais frio. Cascão diz que nem olhou termômetro  e o do Nimbus congelou. Franjinha vê no livro  que o Sul é mais frio, chegando a temperaturas de 70 graus negativos, confirmando a teoria do Nimbus e do pai dele. Nimbus comemora e Cascão diz que é grande coisa e só quer tirar aquela roupa porque lá estava mais quente que o deserto do Saara. Nimbus diz que na Austrália tem um deserto que é mais quente e eles voltam a discutir onde é mais quente e Franjinha fala que logo, logo vai ter que usar a sua máquina de novo, terminando assim.


É uma história legal, mostrando a dúvida de muita gente se é mais frio no Pólo Norte ou Pólo Sul. Cascão e Nimbus tinham essa dúvida e foram ver isso na prática indo pessoalmente lá através de mais uma das invenções malucas do Franjinha, passando por vários apuros. 

Foi bom ver os apuros do Nimbus e Cascão, revezando as cenas de cada um, com o que acontecia com cada um no mesmo momento. Mostra as tramas como se fosse um filme, uma novela. pode também ler separado cada passagem que apareciam eles separado, Cascão teve situações mais engraçadas. De quebra ainda dá pra aprender com o que tem no Pólo Sul  e Pólo Norte como os sinônimos Ártico e Antártico, saber sobre icebergs, gelos, assim como os costumes de cada região.



Os traços foram bem desenhados, ficou legar ver Cascão e Nimbus com os agasalhos e frio quase a história toda. Era bacana também os medos dos personagens com as invenções do Franjinha, já qe eles sempre se davam mal com isso. Tem a curiosidade ao Cascão falar de salvamento "Suaiti" foi uma referência à SUAT dos Trapalhões.Engraçada a parte do narrador avisando que vai inverter os quadrinhos para o leitor não ficar com tontura e dor na vista.


Nimbus foi criado em 1994 e gostava das suas histórias  envolvendo meteorologia, previsão do tempo, se medo de trovão, eram bem divertidas e ainda dava aprender sobre o assunto meteorológico, foi o que marcou mesmo nos seus 25 anos de criação. Até em 1998 ele tinha essa característica nas histórias e a partir de 1999 mudaram a sua personalidade, fazendo agir como um mágico oficial da turma, descaracterizando bastante a sua personalidade original. Depois foi muito raro histórias de meteorologista e medo de trovão, até qe teve uma citação rápida recente  em 'Turma da Mônica Nº 51 de 2019 com o autista André, depois de muitos anos sem sequer citar essa personalidade do Nimbus.