quinta-feira, 31 de agosto de 2023

HQ "Anjinho Peladinho"

Estamos no inverno e então mostro uma história em que o Anjinho dá a sua roupa para um menino em dia de frio e passa por várias confusões por ficar pelado. Com 6 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 108' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Mônica Nº 108' (Ed. Globo, 1995)

Anjinho vê um menino pobre sem camisa tremendo de frio na rua e dá a sua roupa para ele, que fica feliz. Só que aí o Anjinho fica pelado e é ele quem passa a sentir frio e também vergonha por estar nu. Ele procura por uma nuvem até que vê roupas secando no varal e vai lá. Anjinho lembra de São Pedro dizendo que não furtarás, e Anjinho avisa que não furtará, só pegará emprestado. A dona das roupas fala que o ladrãozinho levarás umas belas vassouradas e ele foge voando.

Depois, Anjinho ainda sente muito frio e se esconde em uma árvore. Na hora, Mônica e Marina passam em frente, Mônica pede um desenho para Marina, que diz que está sem inspiração. Mônica sugere a amiga se inspirar olhando para o céu azul, para a linda árvore, quando olham uma bunda e ficam envergonhadas. Mônica sacode a árvore para saber quem é o sem-vergonha e Anjinho cai. As meninas acham bonitinho o Anjinho pelado e Marina resolve fazer um desenho dele assim. Ele fica com vergonha e sai voando, se esconde fingindo ser querubim da decoração da igreja e consegue se desviar das meninas.

Anjinho tenta se esconder em outro lugar, quando o São Pedro o vê nu. Anjinho, desesperado, se desculpa, diz que não queria ficar assim. São Pedro fala que viu tudo lá de cima e lhe dá uma túnica. Anjinho agradece e São Pedro avisa para cuidar bem dela. Depois, Anjinho vê outro menino sem camisa e sentindo frio, Anjinho lhe dá a túnica e fica pelado de novo. Só que com a bondade dele a auréola começa a crescer muito e ficar gigante e a solução foi colocar a auréola no seu corpo para não ficar pelado completamente.

História legal em que o Anjinho doa sua roupa para um menino e é ele quem fica pelado e passa sufoco de vergonha para não ser visto fora o frio que sente. Depois de muitas confusões, São Pedro lhe dá uma túnica, mas ao ver um outro menino com frio dá essa túnica também e resolve a nudez colocando a sua auréola gigante de tanta bondade pra não ficar voando pelado. Pelo menos se livrou da vergonha, mas do frio, não, continuou sentindo até providenciar outra roupa.

Apesar do sufoco que o Anjinho passou, só a bondade de dar roupa para quem sentia frio já supera as coisas erradas como ficar pelado e roubar roupas do varal, por isso que o São Pedro o perdoou sem dar bronca. E a história transmitiu uma bonita mensagem de solidariedade de agasalhar quem precisa nesses dias frios de inverno, uma ótima demonstração de boa ação que todos podem fazer. 

Muito engraçado Anjinho envergonhado e medo de alguém ver, principalmente o São Pedro, tentar roubar roupas de um varal, a mulher dar vassouradas nele, as meninas vendo a bunda dele na árvore, como se a bunda seria linda também para dar inspiração para Marina desenhar. Primeiro elas ficaram envergonhadas, mas até que depois gostaram de vê-lo nu, fingiram ser boas samaritanas. Na época, os adultos viam o Anjinho, hoje em dia só as crianças que o veem, no máximo algumas raras vezes os pais dos personagens. Se a dona do varal não tivesse visto, estaria resolvido o problema do Anjinho.

Com a história, tira dúvida das pessoas de como são as asas do Anjinho no corpo dele sem estar com roupa, vimos que as asas são acopladas nas costas. Interessante que teoria que anjos não têm sexo não se aplicou na história já que foi mostrado ele com "pintinho" como os outros meninos, ou seja, o sexo dos anjos não teve vez nessa. Teve absurdo também de uma entidade como o Anjinho sentir frio, não deveria, mas em história em quadrinhos, pode tudo e serviu para dar mais graça. 

Incorreta Anjinho pelado, mostrar "pintinho" dele, roubar roupas de varal, levar vassourada, meninas verem bunda na árvore, Mônica sacudi-lo da árvore para cair, ter santo como São Pedro por não poder ter religião específicas nos gibis atuais. 

Os traços muito bons típicos de histórias de miolo dos anos 1990. Eram ótimas cores assim em degradê em quase todos os quadrinhos como fizeram na segunda metade de 1995, até gramas e balões podiam estar em degradê em alguns momentos, eu achava muito bonitas cores assim. Nessa em um ou outro quadrinho não tiveram degradê por conta de gibis de dezembro já começarem a diminuir isso, mas os do período entre agosto e novembro daquele ano deixavam em todos os quadrinhos, em cenas a céu aberto ou não.

domingo, 27 de agosto de 2023

Magali: HQ "A Terrível Menina-Gato"

Em agosto de 1993, há exatos 30 anos, era publicada a história "A Terrível Menina-Gato" em que Magali vira vilã e passa a roubar todo o leite da cidade após levar uma coelhada da Mônica. Com 18 páginas, foi publicada em 'Magali Nº 109' (Ed. Globo, 1993).

Capa de 'Magali Nº 109' (Ed. Globo, 1993)

Em casa, Magali vai buscar leite para o Mingau tomar enquanto naquele momento, ali perto, Cebolinha está fugindo para não apanhar da Mônica por ele a ter chamado de anta dentuça. Mônica joga o Sansão, Cebolinha abaixa a cabeça e quem leva a coelhada foi Magali que estava servindo o leite do Mingau.

Magali desmaia, Mingau a acorda com lambidas e ela pergunta onde está. Mingau entrega a tigela para ela buscar mais leite, Magali coloca o leite e bebe direto da tigela que nem uma gata. Mingau reclama que ela sempre foi gulosa, mas assim é demais. Magali mostra as unhas para ele como gata e diz que recuperou suas forças e a terrível Menina-Gato voltará a atacar e Mingau acha que ela pirou.

Magali diz que não é vestida daquela forma que a Menina-Gato deve se apresentar para o mundo e que está precisando de uma pele de gato e mostra a tesoura em direção ao Mingau, que pula para o lustre. Magali corta os pelos do seu gato de pelúcia, Mingau diz que ela está completamente doida e depois de ter feito a sua roupa de menina-gato, Magali pega o Mingau para ser seu ajudante.

Depois, Cascão está voltando da padaria, carregando pão e leite que a mãe o mandou comprar. Magali surge atrás da moita, Cascão se assusta e pergunta se é Carnaval ou Dia das Bruxas. Ela responde que é a terrível Menina-Gato, Cascão dá gargalhada e ao ver que ele estava carregando pão e leite, ela diz que quer. Cascão se recusa, a Menina-Gato fala que vai tirar então à força com ajuda do ajudante Bigodes (Mingau). Brigam feio e Magali consegue bater no Cascão e leva só o leite, deixando o pão. 

Cascão fica surpreso que ela o surrou no melhor estilo da Mônica e vai fofocar para a turma. Cebolinha acha uma bobeira, significa que o amigo é fracote, Cascão diz que tem outra ameaça para eles. Cebolinha fala que está feliz de ter escapado da Mônica e vai para casa. Chegando lá, vê a Menina-Gato na mesa tomando todo leite na tigela que encontrou na geladeira. Cebolinha tenta fugir, Menina-Gato avança nele e diz que tem que neutralizá-lo para não pedir ajuda, assim, bate nele, o amarra e vai para a rua roubar mais leites pela cidade.

Em seguida, a Menina-Gato rouba leites do leiteiro, mamadeira de um neném e tira todo leite de uma vaca. No campinho, Franjinha comenta com Cascão e Xaveco que tem uma tal de Menina-Gato roubando todo o leite da cidade. Cascão fala que é a Magali, Franjinha não acredita porque uma garota tão meiga e delicada como ela, nunca faria isso, mas Cebolinha, aparece, ainda amarrado, e conta que ela roubou todo o leite da cada dele e os meninos deduzem que se só bebe leite e gulosa que é, vai acabar com todo o leite da cidade e vão atrás dela.

Na padaria, Quinzinho está feliz que vendeu bastante pão e se pergunta o que mais um filho do padeiro pode querer da vida, quando aparece a Magali e ele diz que só faltava ela para o dia dele ser perfeito e pergunta que roupa era aquela e por que o Mingau está na coleira. Menina-Gato fala que está cheia dessas perguntas bobas e veio por que quer muito leite. Quinzinho oferece um copo e ela exige todo o estoque que tem.

Na rua, os meninos contam para a Mônica que Magali está piradona e como são melhores amigas, tem que fazer alguma coisa. Mônica diz que não sabe o que fazer, ainda mais que perdeu seu coelhinho por causa de um certo moleque, o Cebolinha. Menina-Gato aparece carregando os leites da padaria e Mônica vai falar com ela. Menina-Gato chama Mônica de Menina-Coelho e que não têm o que elas conversaram, costumavam ser amigas e depois que acertou com coelhada sem motivo, se revoltou contra o mundo. Mônica diz que não poderia, perdeu o Sansão. Menina-Gato mostra o Sansão, Mônica pensa que foi ela quem pegou e Menina-Gato diz que foi ela quem o tacou.

Os meninos preveem brigas e Cebolinha torce para a Menina-Gato porque a Magali está forçuda porque está pirada e se derrota a Mônica e quando voltar ao normal, a Mônica fica sem moral e se livram dos cascudos dela para sempre. Menina-Gato fala que só duela se a Mônica estiver vestida a caráter e ela pega uma fantasia de coelha do último Carnaval. Elas lutam com arma uma da outra e quem vencer fica com as duas. Assim, Menina-Gato fica com o Sansão e Menina-Coelho fica com o Mingau. 

Menina-Gato chama Mônica de dentuça, ela se enfeza e as duas brigam. Elas tacam o Mingau e Sansão uma na outra e Menina-Gato perde, ficando desmaiada com o Mingau. Cebolinha lamenta que Mônica é imbatível, invencível, invulnerável e, na falsidade, dá parabéns para ela, dizendo que torceu o tempo todo por ela e Mônica bate nele por estar devendo desde o início da história.

Magali acorda, se lembra de nada do que aconteceu, a gatada na cuca fez voltar ao normal. Mônica pede desculpas, Magali a abraça, falando que são melhores amigas e pergunta o que estão fazendo com aquelas roupas ridículas e Mônica promete contar tudo em casa. Magali acha tudo bobagem e nem acredita. Magali se entusiasma em tomar leite e Mônica, comer cenoura e Mingau se pergunta se voltou tudo ao normal mesmo.

História muito legal em que a Magali pensa que é Menina-Gato depois de levar uma coelhada da Mônica e passa a roubar todo o leite da cidade que encontrava. Conseguiu roubar e beber muito leite até se encontrar com a Mônica e como ficou revoltada de ter levado coelhada, as duas duelam e Magali volta ao normal com a gatada na cabeça, seguindo ideia que uma pancada faz personagem ficar doido, mudar de personalidade, mas outra pancada, volta ao normal. Ficou a dúvida no final se voltaram ao normal mesmo por conta da Magali desejar tomar leite e Mônica comer cenoura, o psicológico de se verem vestidas daquele jeito e o papo sobre o ocorrido pode ter feito despertar interesse delas pelas comidas.

Interessante Magali virar uma vilã, baseada na Mulher-Gato, do Batman, que queria tomar todo leite que via, bem forçuda a ponto de bater nos meninos no estilo da Mônica, diferente do seu jeito meigo e delicado como era vista pelos amigos. Incrível como não deu diarreia de tanto leite que tomou. Foi capaz de roubar mamadeira de neném e todo leite de uma vaca e da padaria, ou seja, nada perdoava. Apesar de Bairro do Limoeiro não ser rural, as vezes apareciam vacas ou elementos rurais da Vila Abobrinha do Chico Bento como personagens roubarem goiaba da goiabeira, se precisassem para incrementar roteiro e dar mais graça.

Sempre era divertido quando a Magali levava coelhada da Mônica, dessa vez foi até uma coelhada explícita sem mostrar só onomatopeia, normalmente quando acontecia era sem querer, Mônica batia por engano, apesar de que algumas vezes na época da Editora Abril, a Mônica bateu na Magali de caso pensado, achando que merecia de fato a surra. Depois, Mônica deixou de bater nas meninas, deixaram batendo só nos meninos e se realmente mereciam a surra e hoje em dia, quase não bate nem nos meninos, muito menos nas meninas. E engraçado também Magali chamar Mônica de dentuça.

Mingau se deu mal nessa história, sendo obrigado a ser ajudante de vilã e carregado por coleira, ter que se envolver na briga com o Cascão e ainda ser girado e arremessado pela Mônica, igual como ela faz com o Sansão e ficar machucado. Pelo menos escapou de ter seus pelos cortados se Magali não tivesse um gato de pelúcia. Menina-Gato entrar na casa do Cebolinha se deve ao fato dos personagens do Bairro do Limoeiro deixarem portas e janelas abertas e aí qualquer um podia entrar, fora que os pais não estavam em casa na hora. Curioso o Xaveco não voltar a aparecer depois da sequência da padaria com o Quinzinho.


Muito engraçada a paródia da música "Banho de Lua", de Celly Campello, cantada pelo Cascão, ("Banho de lama, melado como um porco"), tudo de acordo com a sua característica. Nome de "Padaria do Quinzão" se deve ao nome do pai do Quinzinho, que já tinha esse nome na época, ele é filho do padeiro que trabalha lá, não o dono. Teve até coisas datadas como leite em saquinho, o que era bem normal e o que prevalecia na época, atualmente são só leite em caixinhas, chamados de longa vida. Esses leites em saquinhos eram muito gostosos e até tocar no saquinho era bom. Até leiteiro na rua e leite em garrafa é muito raro ter hoje em dia.

É toda incorreta atualmente por Magali como vilã, fome exagerada e todos os seus absurdos, ela apanhar da Mônica, aparecer surra explícita, meninos com olhos roxos, Cascão fazer apologia a sujeira na paródia de "Banho de Lua", Mingau ser arremessado pela Mônica para bater na Magali, mãe do Cascão mandar filho criança fazer compra sozinho em padaria, criança trabalhar em padaria e sozinho, fora as palavras proibidas "roubar" e "gozado".

Traços ficaram muito caprichados, dava gosto de ver assim. Em algumas páginas, a impressão de cores ficou mais forte do que prevalecia na história. Tiveram erros da Magali aparecer com nariz em formato "c" na página 11 da história (página 13 do gibi), alguns saquinhos de leite aparecerem de cores azuis na página 13 da história (página 15 do gibi) e na última página e esqueceram de pintar a mão da Mônica de amarelo na pagina 16 da história (página 18 do gibi). A capa do gibi dessa vez foi com alusão à história de abertura, era raro isso na época, principalmente nos gibis da Magali, e ainda sem envolver comida na capa, mas na história teve a fome exagerada dela de sempre. 

Foi a última capa da Magali com preço em "Cruzeiro" (Cr$), mesmo que já estava circulando o "Cruzeiro Real" (CR$) no Brasil desde aquele mês de agosto de 1993, não deu tempo de mudar na capa porque já estava pronta. Mas bastava dividir o preço por mil, no caso, custou CR$ 55,00. E também foi a última capa da Magali sem código de barras, a partir da "Nº 110", de setembro de 1993, começou o padrão novo com códigos de barras grandes nas capas de todos os gibis e atrapalhando a arte. Muito bom relembrar essa história marcante há exatos 30 anos.

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Astronauta: HQ "Visita Espacial"

Mostro uma história em que o Astronauta foi preso por extraterrestres que queriam fazer estudos com ele por ser de outro planeta. Com 5 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 141' (Ed. Abril, 1984).

Capa de 'Cebolinha Nº 144' (Ed. Abril, 1984)

Extraterrestres se assustam ao verem uma bola voadora vindo do céu e descobrem que é uma nave espacial invadindo o planeta deles e que é o fim do mundo. Todos correm pedindo socorro e chamando o exército e se assustam com o Astronauta saindo da nave, dizendo que ele é alaranjado. O exército aparece, dá tiro de canhão no Astronauta, que sobrevive porque a roupa é vulnerável. Um soldado o prende em uma rede, o amarram e acham melhor desmontar a nave porque os armamentos deles evoluirão mil anos. 

Um repórter quer entrevistar o Astronauta em primeira mão. Ele diz que ficaram birutas, veio em paz, não quer arrumar encrencas com ninguém. Dois doutores mandam todos se afastarem do extrabordiano, pretendem levá-lo para o laboratório para uma série de experiências, fazer análise completa dele, testar sua resistência e seus pontos fracos.

Astronauta fica brabo, arrebenta as cordas, diz que não fica nem mais um segundo naquele planeta e consegue fugir na sua nave. Ele diz que era um povinho ignorante que não sabiam tratar uma visita espacial. Quando chega no Planeta Terra, vê que estava em clima de guerra, se pergunta o que está acontecendo e o ET, o Extraterrestre, na lata de lixo, pede para o Astronauta a ajudá-lo a sair daquele planeta maluco.

História legal em que extraterrestres tratam o Astronauta como um invasor espacial e quiseram aprisioná-lo pra fazer estudos com ele. Astronauta consegue fugir e encontra a mesma situação na Terra em que os terráqueos estavam querendo prender um ET que entrou no planeta. Mostra uma relação do que habitantes de um planeta fazem ao verem um ser estranho, uma inversão de papeis na visão dos humanos. Se existirem criaturas com vida inteligentes em outros planetas e se viessem para Terra em um disco voador, os humanos fariam a mesma coisa que os "bordianos" fizeram com o Astronauta nesta história e, com isso, teve mensagem de que não façam com os outros o que não deseja fazer com você.

Foi engraçado colocarem detalhes como o bebê chamando pela avó enquanto a mãe dele fala "mamãe", dizerem "sete Luas" por conta do planeta deles terem sete Luas, no Planeta Bordô ter também cidade como a Terra, exército, emissora de televisão, repórter querendo furo de reportagem entrevistando o ET Astronauta e doutores para examiná-los, esses detalhes faziam diferença e deixavam a história com humor. Eles gostavam de associar os planetas que o Astronauta visitava iguais à Terra só que habitados por extraterrestres, como prova também quando os ETs chamam de Astronauta de "extrabordiano" por causa do planeta Bordô, associação de "extraterrestre" com Planeta Terra. A diferença maior em relação a Terra que o céu do Planeta Bordô era rosado.

Foi uma paródia do filme "ET, o extraterrestre", um clássico do cinema, aparecendo, inclusive, o ET do filme. Ele apareceu em outras histórias da época, já que foi um filme de grande sucesso e repercussão na época. A raiva do Astronauta foi tão grande que agiu como Mônica de conseguir destruir sozinho as cordas que o amarravam só com a sua força. Outro absurdo legal foi o traje do Astronauta ser invulnerável até a vários tiros de canhão.

Incorreta atualmente por ter armas, canhão, tiro, alienígenas nada amigáveis, personagem dentro de lata de lixo, além do termo proibido "minha nossa". Apesar de que hoje em dia proíbem a palavra "louco" para não confundirem com o personagem Louco, a palavra "maluco" eles aceitam de boa, já "biruta" por ser tipo gíria de época e podiam implicar hoje por não gostarem de coisas datadas.

Traços muito caprichados, típicos dos anos 1980. Foi republicada depois em 'Almanaque do Cascão Nº 16' (Ed. Globo, 1991) e depois republicada de novo em 'Coleção Um Tema Só Nº 15 - Cascão Extraterrestres' (Ed. Globo, 1996), sendo que neste, colocaram código fazendo referencia ao Almanaque de 1991 em vez de fazer referência que era uma história da Editora Abril.

Capa de 'Almanaque do Cascão Nº 16' (Ed. Globo, 1991)


Capa de 'Coleção Um Tema Só Nº 15 - Cascão Extraterrestres' (Ed. Globo, 1996)


domingo, 20 de agosto de 2023

Gibis 'Nº 37' comemorativos de 60 anos da Mônica - Panini - 2023

Nas bancas as edições "Nº 37" da primeira quinzena de agosto de 2023 da Editora Panini comemorativas aos 60 anos de criação da Mônica. Nessa postagem faço resenha de cada uma dessas edições.

Mônica completa 60 anos agora em 2023 e resolveram fazer edições especiais em homenagem à data. Deveria ser em março, quando ela foi criada de fato, mas acabaram adiando, quem sabe para não coincidir com a revista comemorativa da "Magali Nº 600" na época ou por ainda estar faltando alguma coisa para finalizar. Tratando-se de Mônica sempre fazem algo grandioso em relação aos outros personagens, normalmente comemoração assim seria só na revista dela, aí dessa vez foram em todos os 6 gibis principais de "Nº 37". Enquanto isso, até hoje Cascão não teve edição comemorativa dos seus 60 anos completados em 2021, nem pelo menos no nível como foram com os 60 anos de Cebolinha e Chico Bento em 2020 e 2021, respectivamente. Acho que se tem comemoração com um personagem, deveria ter com todos e no mesmo nível.

Capas das edições "Nº 37"

Todos os gibis quinzenais principais seguem o estilo padrão que vem sendo este ano, com 52 páginas, formato canoa, 8 páginas de passatempos e 1 página de seção de correspondências e cada um custando RS 6,90. Tirando capas, contracapas, propagandas, passatempos e seção de correspondências, em todos ficam 35 páginas com histórias. A distribuição chegaram aqui dia 7 de agosto.

Todas as capas têm um selo de Mônica 60 Anos na parte superior direita reforçando que são comemorativas e são referentes às histórias de abertura sendo que a contracapa com continuação da ilustração da capa principal. Tem o diferencial que juntando as capas e contracapas dos gibis em sequência formam uma ilustração única como.mostro abaixo. Imagem tirada do site "Universo HQ".

Mosaico das capas e contracapas formando ilustração única

As histórias de abertura são interligadas, todas escritas por Flavio Teixeira de Jesus. Parodiam "Crise Nas Infinitas Terras", da DC Comics, com foco no "Mauricioverso" e "Monicaverso" e giram na ideia de personagens em perigo e ameaçados de serem extintos por causa de um vilão que invade a sua revista, uma de cada década entre os anos 1970 até a atualidade. Ficam roteiros bem repetitivos entre os gibis.

O conceito que mostram é que tem no universo o Sol "Mauricioverso" e todos os outros universos (núcleos de personagens) giram em torno dele representados como planetas e cada personagem tem seu universo onde habitam todas as versões deles criadas até hoje. Assim no "Monicaverso" incluem as suas versões da líder Rainha Mônica Master (representando a filha do Mauricio da vida real que inspirou a personagem), as Mônica clássicas dos anos 1960 até a atualidade, a Mônica Jovem, as da Geração 12, Baby, Toy, Pixel, etc, o mesmo vale para as versões do "Cebolinhaverso", "Magaliverso", etc, e por isso vemos essas variadas versões interagindo entre si nessas histórias. Aí, em cada gibi um vilão quer acabar com o universo do personagem principal da revista para deixar de existir.

Mauricioverso

O bom que com esse conceito de "Mauricioverso" ajudou a não ser lápis mágico da Marina o motivo de atravessarem portais de misturas de universos, o que também era bem repetitivo. Interessante que em nenhum gibi a Mônica Jovem foi ajudar o "Monicaverso", mas a segunda versão  da Mônica Jovem (a colocada como Mônica 5.0) teve presença grande verificando no computador que os universos estavam em perigo e onde estavam os vilões. E em nenhum gibi teve presença da primeira Turma da Mônica Jovem de 2008 e 2009 de seus respectivos universos. 

Apesar de serem todas do mesmo roteirista, os desenhos e artes-finais foram feitos por profissionais diferentes, aí dão diferença nos traços de uma revista para outra, maioria com traços péssimos digitais que costumam colocar atualmente. Ao retratarem os personagens dos anos 1980 e 1990 deixaram digitais como desenham atualmente, sem variação, acho que tinham que deixar uma diferença entre eles. A ordem de leitura para quem comprar todas as revistas para seguir a ordem de acontecimentos é: Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão, Chico Bento e Turma da Mônica. Dá para entender se comprar apenas uma ou outra edição ou ler em qualquer ordem porque em todas tem uma breve explicação com resumo do que aconteceu anteriormente, mas lendo na ordem recomendada tem uma visão melhor.

Algumas Mônicas do Monicaverso

A seguir, comento cada uma das edições, seguindo a ordem recomenda de leitura:

MÔNICA 

"Sessentônica" - Com 34 páginas no total, um vilão faz com que o Mauricio de Sousa não tenha ideia de criar o gibi da 'Mônica Nº 1' de 1970 e, assim, sem o gibi ser lançado, deixa de existir a personagem Mônica e todas as suas versões do "Monicaverso". Um coelhinho ajuda a Mônica a voltar a existir fazendo com que a Mônica atual e a sua versão dos anos 1970 voltem no tempo 15 dias antes do lançamento da revista da 'Mônica Nº 1' de 1970 e fazerem Mauricio a ter inspiração para cada uma das 8 histórias publicadas na revista "Nº 1".

As referências foram em peso das histórias da "Nº 1", desde o beco e o clubinho da história "Mônica daltônica", onde as versões da "Mônicaverso" se reuniram, assim como volta do cientista que fez a fórmula da história do "Soro da invisibilidade" e até Silvio Santos apareceu representando a história "Quem quer sabão", entre outras. Teve ainda referência a história do batismo do Sansão (MN # 161, de 1983) e a máquina do tempo que a Mônica dos anos 1970 e a atual usaram foi o carrinho de rolimã que o Cebolinha usou em "De volta para a historinha" (CB # 60, de 1991).

Achei que ficou parecendo mais comemoração ao aniversário da revista da Mônica do que o aniversário de 60 anos da personagem. Em 2020, a comemoração de 50 anos da revista de 1970 passou em branco e agora teve história assim. Teve erro falando que  estavam comemorando 60 anos da revista, na verdade, são 53 anos desde o lançamento. Traços péssimos com direito até de repetição de desenhos na página 33 do gibi, como primeiro e terceiros quadrinhos e segundo e quarto quadrinhos, no estilo digital que eles gostam atualmente.

Foi a primeira vez que um gibi da MSP teve história única, por mais que tivessem histórias grandes sempre colocaram umas outras 2 a 3  histórias curtas em um mesmo gibi, pelo menos. Depois da seção de cartas e dos passatempos, foi direto para a tirinha final e as propagandas foram inseridas ao longo da história de abertura. Isso aconteceu por agora ser quinzenal e pelas 8 páginas de passatempos desnecessários que insistem colocar. Como a história foi grande, bem que poderiam abrir exceção neste gibi para colocar outras histórias curtas no lugar de tantos passatempos.


CEBOLINHA 

"Oito Ou Oitenta" - Tem 20 páginas no total. Após o vilão ser preso e voltar para "gibipenitenciária" dentro do gibi "Nº 1" da Mônica, ele deixa os seus comparsas para invadir as revistas de outros personagens, para acabar com o personagem e todas as suas versões de seus universos, um vilão em cada gibi de cada década entre os anos 1980 até a atualidade. Assim, o vilão Boko Moko invade a revista do 'Cebolinha Nº 8', de 1987, na história "Cuidado com a boca" para deixar de existir o "Cebolinhaverso", e, então, as versões da "Mônica da Geração 12" (G12) e a "Mônica Rafe" são encarregadas para a missão para salvar o "Cebolinhaverso".

As referências foram relacionadas a revistas do Cebolinha dos anos 1980, mais precisamente das histórias "Cuidado com a boca" (CB # 8, de 1987) e "O terrível homem-borracha" (CB # 13, de 1988) e lembrança do "Beloque Bolmes" da história "Ceboloque Bolmes" (CB # 23, de 1988). Não teve menção a histórias do Cebolinha da Editora Abril nessa.  Roteiro em si não foi ruim, traços bem digitais, ficando bem feios, percebe proporções perfeitas e sem vida, principalmente quando aparecia a Mônica G12. O Cebolinha dos anos 1980 ficou desenhado igual como o de 2020, nem de longe lembra a belezura dos traços oitentistas.

O resto do gibi tiveram mais 3 histórias e uma tirinha final. Teve uma de uma página do Cebolinha com Seu Cebola avisá-lo quando passar o jogo de futebol na TV. Destaque para a história "Nimbus de quimono", de 6 páginas, em que o Cebolinha ia brigar com dois valentões que não estavam deixando brincarem no parquinho do bairro e tem lição de moral com Nimbus sugerindo que não devem brigar e, sim, resolver na conversa amigável. Segue o estilo atual de ensinar as coisas, deixar tudo didático, em vez de ter conflitos. Afinal, brigas e surras não podem mais nos gibis atuais. Termina com história básica do Louco, "Estrelas", de 7 páginas, com presença da cantora Anitta (parodiada com nome "Amita").


MAGALI 

"Altas Confusões" - Com 21 páginas no total, o "Magaliverso" está em perigo com o vilão Bicho Grilo e, assim, Mônica Baby e Mônica 30 Anos são encarregadas de voltarem aos gibis da Magali dos anos 1990 para capturarem o vilão. As referências foram das histórias "A vice-dona da rua" (MG # 103, de 1993), "As adolescentes" (MG # 168, de 1995), "Eterno aniversário"(MG # 232, de 1998), "A bruxa da Lua"(MG # 239, de 1998), "A Prisioneira do Espelho"(MG # 164, de 1995). Teve um erro ao dizer que a  história com a Bruxa Viviane foi de 'Magali Nº 238', na verdade, foi da "Nº 239", deve ter sido erro de digitação do letrista. 

Achei um bom roteiro, mas com enrolação no início perdendo muito tempo com interação entre as Mônicas do "Monicaverso", um grande destaque para o Xaveco ressaltando que é personagem secundário e que fica repetitivo e a Magali custou a aparecer, só a partir do capítulo 2. Não teve relação com comida e apetite da Magali porque as referências de histórias colocadas não tinham ligação com comida. Foi a que teve traços menos piores em relação às outras histórias de abertura comemorativas dessas edições, porém, com o mesmo erro de deixarem desenhos da Magali dos anos 1990 iguais aos de 2020, dava muito bem para diferenciar. 

Gostei que a Mônica adulta do livro especial "Mônica 30 Anos" de 1993 e depois em "Mônica 35 Anos" de 1998 foi lembrada como versão do "Monicaverso" para salvar e ainda teve presença dos filhos dela, a Monique, Asparguinho, Cenourinha e Jônica. Pena que nos gibis dos outros títulos não mostraram as versões adultas dos personagens desse livro nem como só figuração. 

O resto do gibi tem mais 2 histórias, uma do Bidu chamada "Oi, Badu!", de 4 páginas, em o Zé Esquecido se esquece o que tem a dizer nas gravações da história do Bidu, e a de encerramento "Dudu, o Capitão Canguru", de 9 páginas, que foi com o Dudu que quer ser super-herói para salvar as crianças dos perigos  com ajuda da Magali . Traços muito ruins nessa. E uma tirinha no final.


CASCÃO 

"Bufo Do Milênio" - Com 25 páginas no total, o vilão Arquibaldo é capturado pela Mônica Pixel, mas ele avisa que tem um espião no "Cascãoverso" que seria um alienígena do Planeta Tomba que tem a forma igual ao Cascão. Mônica e Cascão atuais vão procurar esse espião em vários gibis dos anos 2000 e ao ser descoberto pelo Astronauta, fica o mistério se era o Cascão ou o alienígena. Na história "O espião" de 'Cascão Nº 321', de 1999 tem ideia que o alienígena tem um furo no pé só que o Cascão também furou o pé após o alienígena jogar uma vassoura no pé dele. 

As referências, além dessa história de 'Cascão Nº 321', de 1999, também lembraram das histórias da Panini "O sobrado assombrado do Senhor Samir" (CC # 20, de 2008), "Brincando de bonecas" (CC # 25, de 2009), "A volta aos infinitos gibis" (CC # 37), esta aparecendo com erro dizendo que foi de CC # 28),e as da Globo "E o Cascão foi para o espaço" (CC # 432, de 2004) e "Máquina do tempo, de novo" (CC # 393, de 2002) e uma lembrança do game "Mônica e o castelo do dragão" (1991), quando a Mônica Pixel foi resetada para o game. 

Achei uma história bem confusa, muitos acontecimentos ao mesmo tempo e muito tempo com a dúvida qual é o Cascão falso ou verdadeiro. Em relação a traços, ficaram feios e em momentos que o Cascão aparece junto com o Cascão alienígena do Planeta Tomba, deixavam exatamente iguais no estilo, mesmas expressões, só copiar colar, ficando desenhos sem vida. 

Tem leitores que acham que na história de 1999, após alienígena do Planeta Tomba se trombou com a turminha, o verdadeiro Cascão foi para o espaço e quem ficou na Terra foi o alienígena no lugar e, por coincidir com o politicamente correto, justifica o Cascão nunca mais ser o mesmo, de não ficar mais em lixão, na lata de lixo, fazer apologia à sujeira, uma forma do Cascão ter mudado tanto a partir dos anos 2000.

O resto do gibi foram mais 2 histórias e mais uma tirinha final. Em "Conversa boa" do Bidu com ele conversando com alguém misterioso sobre a rotina dos personagens e encerra com "A sombra", de 6 páginas, com o Astronauta lidando com uma sombra grande em um planeta que ele foi visitar. Não deu para entender novidade de agora Astronauta ficar sem traje oficial dentro da nave e só colocá-lo ao explorar planeta, devia estar com traje história toda, afinal, ele está no espaço. E que traços deprimentes nessa.


CHICO BENTO 

"Tá Na Roça" - Com 27 páginas no total, Chico Bento conta na escola a redação que fez sobre como ajudou a Mônica durante suas férias. Conta que o vilão Cafona invadiu as suas histórias dos anos 2010 para atacar o seu "Chicoverso" e buscar elemento em uma das histórias e então a Mônica dos anos 1970 e a Mônica Toy foram encarregadas na missão para ajudar. Durante a história referências de histórias da Panini como "Jonas Bodes", paródia da banda Jonas Brothers (CBH # 40, de 2010), "Dois Sacis no meu aniversário" (CHB # 55, de 2011), "Os três desejos" (CHB # 78, de 2013), "Chico Bicho" (CHB # 43, 2018), e da Globo "Um visitante de outro mundo" (CHB # 334, de 1999).

Outra história que achei bem confusa e com enrolações, desnecessário mostrar Chico na escola contando redação que fez e interromper a aventura por causa disso, podia partir direto da Mônica dos anos 1970 e Mônica Toy entrarem no universo do Chico pelo portal, ia agilizar bem. Nessa história não teve interação entre as Mônicas no "Monicaverso" como foram nos outros. Curioso mostrar o Genesinho estudando com o Chico, coisa que não tinha nas histórias antigas, afinal, como Genesinho é rico, estudava em escolar particular no centro da cidade levado pelo seu motorista particular e não faz sentido estudar em escola pública simples da roça. Como Genesinho não pode mais dar em cima da Rosinha, dando ciúmes no Chico e nem Genesinho ser esnobe com os amigos de ele ter as coisas e os outros, não, então o personagem fica sem função nos gibis e tem que inventar coisas que não tinha e ficou retratado só interrompendo e implicando com a redação do Chico.

O resto do gibi teve mais uma história de uma página, "Perdendo a hora" do Chico contando para professora Marocas por que se atrasou na escola e a de encerramento "Um rei sem voz", de 6 páginas, em que o Rei Leonino perde a voz e, com isso, o Ministro Luís Caxeiro Praxedes arruma uma forma para o Rei Leonino se comunicar em uma reunião com empresários. E mais uma tirinha final. 


TURMA DA MÔNICA 

"Crises No Monicaverso" - Com 28 páginas no total, o vilão Chato De Galocha tenta invadir os quadrinhos da Turma da Mônica de 2020, mas eles enfrentam mesmo é o vilão AntiMonicor que prende todas as Mônicas do "Monicaverso" e os vilões da MSP no Cronocoelho Quântico e, assim, todos os coelhos Sansão do "Sansãoverso" vão tentar salvá-los com a ajuda de Cebolinha, Magali, Cascão, Milena, Chico Bento e Xaveco da atualidade com cada um deles percorrendo uma década diferente entre anos 1960 à atualidade, respectivamente, para encontrar elementos de cada época que juntos possam salvar as Mônicas e os vilões.

Referências a histórias como "A estrelinha perdida" (MN # 8, de 1970), "Os Doze Trabalhos da Mônica" (1991), "O espelho tridimensional", relembrando o 3D Virtual (MN # 95, 1994), "A Porta" (MN # 134, de 1998), "Dimensão  Floquiniana" (MN # 11, de 2022), além da primeira tirinha da Mônica de 1963 e do filme "As Aventuras da Turma da Mônica (1982). Referências preferiram colocar mais momentos marcantes da trajetória da MSP do que acontecimentos de histórias de 2020 para cá que saíram no gibi 'Turma da Mônica'. Teve presença do Lorde Coelhão que mesmo sendo vilão acabou ajudando a turminha porque ele faz parte da "Confraria dos Coelhos" e teve erro de digitação na página 21 do gibi quando o Cascão voltou do filme colocando 1987 em vez de 1982.

O gibi ainda teve mais uma história de encerramento do Rolo, "Parecido", de 6 páginas, em que ele é confundido com fãs de um ator que é idêntico a ele. E mais uma tirinha do Piteco no final.

Então, achei que foram gibis medianos, bom que a comemoração de aniversário de 60 anos da Mônica não passou em branco, mas não precisavam essa grandiosidade ser em todos os títulos de gibis, só o da Mônica ser comemorativa, já bastava, desse jeito ficou muito repetitivo. Algumas histórias ficaram mais corridas, mais confusas e com mais enrolações, outras melhores. Piores são esses desenhos péssimos e nem para colocarem desenhos que se pareçam de fato os personagens nos anos 1980 e 1990. Já histórias de miolo seguiram o mesmo voltado para a cartilha educativa e ensinar boas maneiras e traços horrorosos e tantas páginas de passatempos desnecessários, piores ainda. Só gibis comemorativos mesmos para comprar, com essas frescuras de politicamente correto não dá. Pelo menos as histórias de abertura por serem aventuras comemorativas, não tiveram foco didático nestas. Para mim, a ordem de que mais gostei dessas histórias de abertura foi: Magali, Cebolinha, Mônica, Turma da Mônica, Cascão e Chico Bento. Cada um vai ter a sua ordem favorita. Fica a dica!