terça-feira, 29 de março de 2016

Capas Semelhantes (Parte 19)

Nessa postagem mostro 5 capas semelhantes em que a mesma piada foi utilizada em títulos diferentes. Dessa vez, todas as originais envolvem a Editora Abril e as segundas versões são da Editora Globo, com exceção do Ronaldinho Gaúcho, que é da Panini.

Mônica Nº 52 X Cascão Nº 5

Cascão usando aspirador de pó pra dizer que está tomando banho. Na versão original de 'Mônica Nº 52', de 1974, a Mônica aparece ao fundo chocada com a situação. Por não ter gibi próprio, era comum ter piadas com outros personagens nos gibis da Mônica naquela época e muitas vezes a Mônica aparecia com cara de surpresa só como figuração, só para ter presença dela por ser a dona do gibi. Depois fizeram uma nova versão, publicada em 'Cascão Nº 5', de 1987, com ele tomando banho com aspirador de pó no meio da rua. 



Mônica Nº 53 X Cascão Nº 23

Mônica faz fogueira enquanto estão brincando de índios americanos e Cascão fica assustado com a fumaça pensando que é nuvem de chuva. Na 1ª versão, que saiu em 'Mônica Nº 53', de 1974, o Cascão aparece ao fundo zangado com guarda-chuva na mão, já na 2ª versão, de 'Cascão Nº 23', de 1987, o Cascão corre quando vê as supostas nuvens de chuva e a chama da fogueira está mais alta.



Pelezinho Nº 37 X Ronaldinho Gaúcho Nº 3

Personagem faz embaixadinha com novelo de lã. A piada foi publicada primeiro em 'Pelezinho Nº 37', de 1980, com ele fazendo embaixadinhas com a bola de lã que a Bonga estava tricotando no meio da rua. Depois fizeram em 'Ronaldinho Gaúcho Nº 3', de 2007, sendo que ele  está em casa e quem está tricotando é a mãe dele. 



Mônica Nº 168 X Cebolinha Nº 47

Cebolinha usa armadura para não apanhar da Mônica depois de ter dado nós no Sansão. Na versão original, de 'Mônica Nº 168', de 1984, o Cebolinha vai ao encontro da Mônica, querendo se exibir e mostrar que não vai se machucar por ter estar usando armadura. Na 2ª versão, de 'Cebolinha Nº 47', de 1990, o Cebolinha dá uma impressão que está com medo e que usou a armadura pra disfarçar e logicamente não se machucar, caso a Mônica descubra que é ele. Interessante também que comparando as 2 versões, os personagens aparecem em posições invertidas.



Cebolinha Nº 166 X Mônica Nº 144

Anjinho atrapalha o seu amigo de curtir um Sol na praia colocando sua nuvem em cima dele. Em 'Cebolinha Nº 166', de 1986, além de tapar o Sol, a nuvem faz chover em cima do Cebolinha e o Anjinho está de olhos abertos e com um copo de suco ao lado, enquanto que na nova versão, de 'Mônica Nº 144', de 1998, a nuvem só faz sombra para a Mônica e o Anjinho está de olhos fechados e com um protetor solar ao lado dele. Mônica também tem um protetor ao lado.



Dessas, eu gostei das primeiras versões a do Pelezinho e a do 'Cebolinha Nº 166'. Jà os outros casos, gostei mais das segundas versões de cada. Em breve posto mais capas semelhantes aqui.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Cascão: HQ "Ataque à Fábrica de Chocolate"

Nessa postagem mostro uma aventura por qual o Cascão passou quando a fábrica de chocolate dos Coelhinhos da Páscoa foi invadida por um Rei malvado. Com 10 páginas no total, foi publicada em 'Cascão Nº 94' (Ed. Abril, 1986).

Capa de 'Cascão Nº 94' (Ed. Abril, 1986)

Nela, os Coelhinhos da Páscoa estão produzindo os ovos de chocolate normalmente quando o Rei Guloso ataca a fábrica de chocolate com seu exército e prendem todos os coelhinhos, se tornando escravos, e fazendo com que eles entregassem toda a produção de ovos para ele.


Enquanto isso no Mundo Real, Cascão vai a uma doceria e pede ao Seu Galdino, o vendedor da loja, um ovo de Páscoa bem grandão. Seu Galdino fala que não tem mais nem um bombom. Cascão reclama, pergutando se a Magali passou lá antes e o Seu Galdino responde que dessa vez ela não tem culpa, e, sim, porque a entrega de chocolates estão superatrasadas. Nesse instante, um coelhinho da Páscoa invade a doceria dirigindo um caminhão, diz que conseguiu fugir do Rei Gulosão e manda o Cascão e seu Galdino lerem as 2  primeiras páginas da história para eles entenderem o que aconteceu.


Cascão fala que eles têm que acabar com a mamata do Rei e seu Galdino comenta de que jeito, pois ele não é forçudo como a Mônica. Cascão diz que é o herói da historinha e que nenhum "reizão" vai dar medo nele. Então, os dois vão à fabrica de chocolate com o coelhinho, enquanto todos ficam só na vontade de comer chocolate naquela Páscoa, com a esperança do Cascão conseguir acabar com o Rei Gulosão.


Os coelhinhos da Páscoa continuam produzindo os ovos a todo vapor, para entregar tudo ao Rei Gulosão, e enquanto isso Cascão, Seu Galdino e o coelhinho chegam á fábrica por uma entrada secreta e veem os outros coelhinhos como escravos e cansados de tanto produzirem ovos para o Rei. Cascão fica pensativo no que pode fazer, já que se fosse a Mônica iria dar coelhada e o Cebolinha bolaria planos infalíveis. Então, Cascão lembra da sua mãe brigando por ele comer ovos de chocolates e arma um plano com os coelhinhos de criar um ovo gigante para o Rei e o seu exército.


Depois de comer o ovo gigante, Rei Gulosão e todo o seu exército dormem e Cascão aproveita para colocar pintas no rosto deles. Quando eles acordam, notam as pintas e aparece o Cascão disfarçado de "Doutor Cascom", perito em doenças de pele. Ele examina e diz que estão com uma doenç gravíssima, chocolatite aguda. Se eles comerem mais um pedaço de chocolate, eles vão bater as botas. O coelhinho aparece com mais chocolates e o Rei Gulosão e seu exército fogem correndo com medo de morrerem e Cascão diz ainda que o pior castigo deles é que terão que tomar uns 30 banhos pra tirar toda aquela tinta.


No final, a produção de ovos dos coelhinhos se normaliza, seu Galdino volta a vender os ovos de Páscoa tranquilamente e tudo termina bem. Porém, Cascão ganha um super ovo de Páscoa dos coelhinhos e come tudo sozinho e, com isso, acaba de cama passando mal com dor no estômago e a mãe, Dona Lurdinha, dando bronca nele e o narrador desejando uma feliz Páscoa aos leitores e seguir conselho da mãe do Cascão e não exagerar no chocolate.


Muito legal essa história, deu pra retratar bem a Páscoa e imaginar o que poderia ter acontecido se de repente não tivesse à venda nenhum ovo de Páscoa. Eu gosto de quando misturam fantasia com realidade como fizeram nessa história e ainda o narrador-observador contando a história e interagindo os personagens é muito bom também. 


O Cascão apesar de ser o herói da Páscoa acabou se dando mal no final com dor de barriga e teve uma lição de moral para os leitores não abusarem dos chocolates para não passar mal que nem o Cascão. Teve homenagem a desenhos animados como Pernalonga, Tiny Toon, Pica-Pau, entre outros, em que os personagens se fantasiavam de alguma coisa pra enganar os inimigos. No caso, cascão se fantasiou de médico para fazer o Rei Gulosão de bobo e por isso nem precisou usar o seu mau cheiro pra derrotar  o vilão.


Teve seus momentos de metalinguagem como, por exemplo, o coelhinho mandando o Cascão ler as 2 primeiras páginas da história para entender o sumiço dos chocolates que a torna mais divertida. Bem interessante só o Cascão ter ido salvar os coelhinhos em vez da turma toda. Nas histórias antigas geralmente era assim de só o dono da revista ser o herói. Ele podia ter levado a Mônica, Cebolinha e Magali juntos, mas ficou muito bom assim só o Cascão ter ido. Na postagem a coloquei completa.


Tudo indica que foi escrita e desenhada pela Rosana Munhoz. Tem todas as características como ser história de fábula, Mundo Mágico e envolvendo comida, presença de vilão maluco, além de traços maravilhosos e muito caprichados, redondos e contornos bem grossos.  A Rosana gostava de histórias dos personagens gulosos e envolvidos com comida, sem necessariamente ser a Magali, como é um caso bem semelhante na história "A fome" de Cascão Nº 70 (Ed. Globo, 1989). E esses personagens que apareceram como o Rei Gulosão e o vendedor Seu Galdino, como de costume, só apareceram nessa história.


Outra curiosidade é que ela nunca foi republicada. Devia ter sido republicada a partir de 1991, sendo que com mais chances entre 1997 e 1998, porque foi quando estavam republicando histórias do Cascão  de 1986 nos almanaques dele na Globo, mas mesmo assim nunca foi republicada até hoje. Então, é uma história de Páscoa rara e só quem tem esse gibi conhece.

Feliz Páscoa a todos!!!

terça-feira, 22 de março de 2016

Capa da Semana: Magali Nº 151

Nessa capa o Coelhinho da Páscoa faz uma surpresa para Magali levando uma grande melancia de Páscoa em vez de um ovo na hora que ela acorda. Afinal, uma melancia tem mais a ver com a Magali. Legal o detalhe da camisola dela ser toda estampada com melancias. Detalhes assim que faziam a diferença.

A capa dessa semana é de 'Magali Nº 151' (Ed. Globo, Março/ 1995). 


sábado, 19 de março de 2016

Tirinha Nº 36: Chico Bento

Uma tirinha muito engraçada  de quando o Chico não gostava de estudar, em que depois de não ter acertado nenhuma conta na prova de Matemática, ainda dá uma resposta bem interessante e espontânea à professora Marocas, quando ela pergunta o que ele vai fazer quando crescer não sabendo fazer nenhuma conta.

Tirinha publicada originalmente em 'Chico Bento Nº 203' (Ed. Globo, 1994).


quinta-feira, 17 de março de 2016

Penadinho: HQ "A verdade sobre as pernas curtas"


Mostro uma história curta e bem interessante em que o Penadinho esclarece como morreu e ficou com as pernas curtas. Com 4 páginas no total, foi publicada em 'Cascão Nº 167' (Ed. Globo, 1993).

Capa de 'Cascão Nº 167' (Ed. Globo, 19930

Nela, a Alminha fica cismada e achando graça das pernas curtas do Penadinho e pergunta para ele como era quando era vivo. Zé Vampir e Muminho ouvem a conversa e começam a zoar o Penadinho. O Zé Vampir diz que ele era um anão. Muminho intervém e fala que ele não era um humano, e, sim, um pato. Ainda falam que ele foi um sapo, um duende e um marciano, sempre com eles imaginando a figura bizarra que falam.


Penadinho fica uma fera e fala com eles como foi quando vivo, fala que foi um humano normal, bem apanhado. Era um atleta bem alto, jogava basquete, fazia corrida de obstáculos. As garotas viviam paquerando e ele ainda ganhou um troféu do homem das pernas mais bonitas. 

Os seus amigos não acreditam na história, falando que era só olhar para ele pra ver que tem pernas curtas. Penadinho reponde que é porque não sabem do que foi do que ele morreu. Ele conta, então, que estacionou o carro distraído em um ferro-velho e acabou sendo esmagado dentro do carro por um compactador de metais de 1 tonelada, terminando assim.


Muito legal, sempre interessante histórias que mostram como os personagens foram parar no cemitério. Como nos gibis os fantasmas assumem a forma do corpo que tinha de quando morreu, foi uma boa alternativa do Penadinho ter essa forma de pernas curtas. Os traços achei muito bons e bem desenhados. Na postagem a coloquei completa. Pena que nunca é uma versão oficial porque sempre que retornam ao tema, mudam a forma que morreu. Até mesmo quando mostrava a família do Penadinho quando ele era vivo, sempre foi diferente a cada história. É que cronologia nunca foi o ponto alto da MSP, até porque tem vários roteiristas escrevendo e eles não pesquisam o que aconteceu antes.


Por exemplo, dizem que teve uma história que o Penadinho quando vivo foi atacado por um tubarão, que mordeu suas pernas. Porém, teve outra história, entre 1994 a 1996, falando que o Penadinho morreu dessa forma de ser esmagado por um compactador de metais, Infelizmente não lembro qual gibi foi, sendo que nela todos estão reunidos no cemitério conversando e contando como foram parar no cemitério e o Penadinho fala disso. Então, como o dele foram 2 histórias que tiveram esse motivo de causa da morte, pode ser considerada mais oficial.


Sempre costumava ter histórias da Turma do Penadinho nos gibis, sendo que as desse núcleo e as do Bidu que saíam nos gibis do Cascão eram mais curtas porque os gibis quinzenais tinham 36 páginas e tinham que dar mais prioridade ao Cascão enquanto que nos gibis da Mônica e Cebolinha eram mais desenvolvidas por terem mais páginas. Já nos gibis da Magali só passaram a ter histórias do Penadinho e da Turma da Tina a partir de 2003, quando o gibi dela começou a ser mensal, já que antes eram só histórias dela, além de Mingau e Dudu como secundários. 

segunda-feira, 14 de março de 2016

Capa da Semana: Almanaque da Mônica Nº 16

Normalmente quando está brincando de gangorra, é a Mônica quem faz seus amigos voarem longe por causa da sua força e do seu peso. Nessa capa, porém, foi ela quem voou longe quando Astronauta, Jotalhão, Horácio e Rolo estavam juntos na gangorra, precisando ela se segurar no logotipo para não parar mais longe. Só assim com 4 pesos-pesados juntos para conseguir tirar a Mônica do lugar.

A capa dessa semana é de 'Almanaque da Mônica Nº 16' (Ed. Globo, Janeiro/ 1990).


sexta-feira, 11 de março de 2016

Cebolinha Nº 7 - Editora Globo


O gibi 'Cebolinha Nº 7' foi lançado pela Editora Globo em julho de 1987. Nessa postagem comento como foi e todas as suas curiosidades.

Esse gibi teve 13 histórias, contando a tirinha final. Segue o estilo de histórias curtas como era de costume na época e por isso costumavam ter bastante histórias no mesmo gibi. Curiosamente, ainda não tinha seção de cartas "O Plá do cebolinha". Quando mudaram da Editora Abril para a Globo, os gibis da Mônica e cebolinha não tiveram seção de cartas e, especificamente os da Mônica, todas aquelas seções que tinham na Editora Abril, como Horóscopo da Mônica, "Maurício Apresenta: O Mundo Encantado dos Animais", "É fácil desenhar", entre outras, foram extintas e nos primeiros números da Globo só tiveram passatempos. Apenas a partir da edição "Nº 10" de outubro de 1987 de Mônica e Cebolinha que voltaram a ter as seções de cartas, agora denominadas "Mônica dá o recado" e "O Plá do Cebolinha", respectivamente.

A capa desse gibi ficou muito bonita, com eles jogando bolinha de gude. Desenhos fofinhos e de curiosidade foi uma ilustração que já existia, tirada do início dos anos 80 e que ainda tinha virado estampa de camiseta na época, um pouco antes desse gibi ser lançado.

As cores foram mudadas pela primeira vez na Editora Globo depois que eles estrearam na Editora em janeiro de 1987, começando a partir da edição "Nº 6". As cores antes pareciam que tinham sido pintadas em tinta aquarela, as peles dos personagens eram mais rosadas. A partir de junho de 1987 as cores foram em tons mais pasteis, mais claras do que estava antes. E depois tiveram várias outras mudanças, já que na Globo viviam sempre mudando as cores e o tipo de papel toda hora. Abaixo, como eram as cores até as edições de maio de 1987, com trecho tirado da história "Perigo Transmitido", de 'Cebolinha Nº 3'.

Trecho da HQ "Perigo Transmitido" (Cebolinha Nº 3 - Ed. Globo 1987)

A história de abertura desse gibi 'Cebolinha Nº 7' foi a divertida "Pesadelos", com 10 páginas no total. Nela, Cebolinha arma um plano infalível junto com os meninos para que a Mônica pense que um homem mal-encarado esteja seguindo e depois todas as pessoas que ela vê tem a cara desse homem mal-encarado para ela pensar que está tendo alucinações. Ela encontra na rua o Doutor Filipo, especialista em alucinações , e como ela vê o doutor também com a cara do homem, ele a prende em uma camisa de força, falando que está ela à beira da loucura e que a alucinação é por causa dos aborrecimentos que tem com os meninos e se parar de bater neles, tudo vai passar.

Trecho da HQ "Pesadelos"

Os meninos passam a provocar a Mônica e ela tenta se controlar, até que o Cascão a xinga e tenta chamar de louca, aí a Mônica fica braba, mas ele mostra a máscara do homem mal-encarado bem na frente dela e descobre que era um plano infalível, o  Franjinha era quem estava disfarçado de Doutor Felipo. Os meninos ficam brabos porque o Cascão estragou tudo de novo e Mônica bate em todos. No final Cascão comenta que eles nunca vão se livrar daquele pesadelo que era a Mônica.

Muito engraçada essa história, é de rachar de rir com a Mônica com medo do homem mal-encarado e sua possível alucinação. Podia ter saído em um gibi da Mônica, já que o Cebolinha aparece muito pouco nela. Nessa teve propaganda da Labra inserida na lateral direita da 7ª página. Era muito comum na época ter anúncios assim nas laterais e até mesmo inseridos no rodapé das histórias. Tinham muitos anunciantes e essa era uma alternativa para aparecer mais anúncios nos gibis.

Trecho da HQ "Pesadelos"

Em seguida, vem a história "Paqueras Pré-Históricas" com o Piteco. Ele paquera as mulheres da Aldeia de Lem oferecendo sua ajuda a elas, mas todas tem um noivo brutamontes que acabam dando grande surra nele e acabam com a sua alegria. Piteco chega a reclamar que todas as garotas de Lem estão comprometidas e fica uma fera quando um homem fica dando flores para a Thuga. Uma história que demonstra que o Piteco tem ciúmes pela Thuga, mesmo fugindo dela e não quer ver ninguém a paquerando.

Trecho da HQ "Paqueras Pré-Históricas"

Em "Transformações", Cebolinha recebe a visita de um fado-padrinho que é a sua cara e também troca o "R" pelo "L" e tranforma o cebolinha em super-heróis famosos para derrotar a Mônica. Então, o cebolinha se transforma em "Supergaroto" (Super-Homem), "Menino de Ferro" (Homem-de-ferro) e "Ri-Menino" (He-Man), mas sempre apanhando da Mônica. Com isso, a alternativa do fado-padrinho foi transformar o Cebolinha em outra Mônica no final para poder lutar de igual para igual com ela.

Trecho da HQ "Transformações"

Teve também uma história do Rubão, do casal Rubão e Mariazinha, sendo que dessa vez protagonizada só por ele. Em "Todos comigo", o Rubão se mete na vida dos seus amigos, colocando defeito em tudo, como o Rolo usar camisa cavadinha com ombros de fora, Tina usar minissaia, homens de brinco e de cabelo comprido, dando um show de preconceito e arrogância por causa do seu estilo machão. O seu amigo João não gosta do papo dele e o abandona também e Rubão tenta montar uma campanha de passeata "Machões unidos jamais serão vencidos" em busca da volta dos velhos tempos, mas acaba sozinho na história, sem ninguém dando apoio a tal campanha. Mariazinha só foi citada quando Rubão diz ao Jaime que ele nunca deixaria sua namorada se vestir igual a Tina.

Trecho da HQ "Todos comigo"

Tiveram também 2 histórias envolvendo comida, lembrando Magali. Em "Não toque no meu bolo", Cebolinha vê a mãe preparando um bolo, mas ela não deixa comer porque era de noite e muito tarde. Cebolinha, então, vai até à cozinha escondido, e come o bolo inteirinho. No dia seguinte, dá uma dor de barriga e ele não sai da privada com diarreia. Afinal, quem mandou desobedecer a mãe. E mesmo assim ele insiste que não comeu o bolo. Impublicável hoje em dia pelo fato do Cebolinha desobedecer a mãe e ter se dado mal no final porque hoje não pode ter finais tristes.

Trecho da HQ "Não toque no meu bolo"

A outra foi com o Rolo, na história "Ana Fátima, garota bom de garfo", com direito a um crossover com a Magali. Nela, o Rolo conhece Ana Fátima, apresentada pela Tina, e eles começam a namorar. Só que a Ana Fátima tem o defeito de comer tudo que vê pela frente. Eles vão a restaurante japonês, pizzaria e lanchonete e ela come tudo, deixando o Rolo sem dinheiro e de barriga cheia de tanto comer, sem conseguir acompanhar a sua nova namorada na comilança. Eles se despedem, já que ela tinha que ir jantar na casa da sua sobrinha. Quando Ana Fátima chega lá, a gente descobre que a sobrinha dela era a Magali, daí a quem puxar. Um crossover bem interessante e lembrando que essa tia da Magali só apareceu nessa história e não voltou aparecer nem em histórias do Rolo e nem da Magali.

Trecho da HQ "Ana Fátima, garota bom de garfo"

Antes dessa história do Rolo, teve uma do Astronauta, em que aparece a Ritinha no final, antiga namorada dele, quando eles ainda eram namorados. Na trama, Astronauta vai a um planeta onde só tem uma extraterrestre sobrevivente e ela se apaixona pelo Astronauta, que não quer saber dela porque não curte casamento. 

Na correria do Astronauta fugindo dela, acabam encontrando um ET-Homem que também pensava que estava sozinho no planeta e os ETs começam a namorar. Astronauta volta ao planeta Terra, sem saber da surpresa da Ritinha vestida de noiva, se preparando para se casar com ele, ficando a dúvida se ele vai querer ou não casar com ela, sendo que provavelmente não ia querer.

Trecho da HQ "O Astronauta"

Em "The Kid Cebola", Cebolinha encarna um xerife de faroeste mal-encarado e encrenqueiro, que pede litro de leite ao balconista e se envolve com tiroteio com índios americanos. No final, a gente descobre que foi tudo imaginação do Cebolinha como forma de brincar a uma ida a padaria pra comprar litro de leite para a mãe. Impublicável pelo fato do Cebolinha está atirando com revólver na mão.

Trecho da HQ "The Kid Cebola"

"Falhas de comunicação" é protagonizada pela família dos Cebola. Nela, Seu Cebola chega do serviço e não dá atenção a sua esposa. Ele esquece de dar beijo nela e vai direto assistir televisão. Na janta, come rápido lendo o jornal na mesa mesmo, sem dar atenção à família, depois vai ouvir futebol no rádio. Dona Cebola põe os filhos pra dormir e quando vai ver se o marido vai dar atenção a ela, ele resolve ler um livro e ela começa a chorar porque seu marido não dá atenção a ela. Aí, ele vê que não agiu certo e eles vão para o quarto conversar sobre o dia, só que, já na cama, ela acaba dormindo no final por causa de tanta faladeira. 

Eu adorava histórias protagonizadas pelos pais do Cebolinha, mostrava um cotidiano real de uma família comum. Essa história realmente o que acontece na vida real, só sem presença de smartphones e computador porque não existia na época. Aliás os pais do Cebolinha tiveram boa presença nesse gibi, com Seu Cebola aparecendo em 2 histórias e Dona Cebola em 4.

Trecho da HQ "Falhas de comunicação"

Tiveram mais 2 histórias simples com o Cebolinha, uma de 2 páginas, chamada "Aquele papo", em que ele corre vários andares de uma montanha par apoder conversar com o Anjinho e a outra, sem título, em que ele vê um passarinho caído no chão e o ajuda levando pra casa dele, tratando dos ferimentos e dando comida a ele, mas ao soltar o passarinho na rua, ele cai de novo de tão gordo que comeu, deixando o Humberto com pena. Esta, tudo indica que foi uma republicação por volta de 1981 pra cumprir o espaço da seção "O Plá do Cebolinha" que ainda não existia.

A história de encerramento é "Com os dias contados" em que o Cebolinha pensa que vai morrer depois que vai a um médico porque vê a cara da mãe preocupada depois da consulta. Então, o Cebolinha faz drama e se despede dos seus amigos abraçando todos porque vai morrer.Todos choram até que Dona Cebola aparece, vê o filho fazendo testamento e diz que na consulta ficou preocupada foi com o pagamento da consulta, que foi uma facada de tão cara que foi. Cebolinha fica feliz e todos comemoram. No final, o Cascão diz para os leitores que ficou feliz em saber que o Cebolinha não ia morrer, mas ficou com pena que perdeu a coleção de tampinhas do Cebolinha que ia dar pra ele depois de morrer. Interessante a parte do Cascão citar sobre a novela "Roda de fogo" que passava na época (e que não teve nome parodiado), já que eles sempre ficaram antenados com a atualidade.

Trecho da HQ "Com os dias contados"

E na tirinha no final do expediente é de metalinguagem com Cebolinha reclamando que colocaram o fim no quadrinho errado e por isso ele parou e acabou apanhando da Mônica.

Tirinha da edição

Como pode ver foi um gibi muito legal, agradável para todos os gostos, cheio de histórias incorretas. Traços muito bons em todas as histórias que davam gosto de ver. Um gibi que, sem dúvida, valeu a pena relembrar e ter na coleção. 

terça-feira, 8 de março de 2016

Capa da Semana: Cascão Nº 94

Uma capa mostrando brincadeira de criança, com eles em uma competição de corrida de saco, Cascão faz a corrida em uma lata de lixo em vez de um saco e ainda consegue chegar na liderança.

A capa dessa semana é de 'Cascão Nº 94' (Ed. Globo, Agosto/ 1990).


sábado, 5 de março de 2016

Propagandas anunciando brinquedos (Parte 5)

Continuando com a série de propagandas de brinquedos anunciando gibis, nessa postagem mostro as que saíram nos gibis da Editora Globo entre 1991 a 1993.

Em 1991 foram lançados os minigames da "Tec Toy". Foi lançado 2 versões: "Cebolinha contra o Capitão Feio" e "Salve o Sansão". "Cebolinha contra o Capitão Feio" foi inspirado no sucesso do videogame convencional "Mônica contra o Capitão Feio", também de 1991. Nesse minigame o Cebolinha tem que derrubar os monstrinhos de sujeira do Capitão Feio com seu estilingue. Já em "Salve o Sansão", Cebolinha atira coelhinhos por todos os lados e a Mônica tem que apanhá-los.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 58' (Ed. Globo, 1991)

Com o sucesso desses minigames, em 1992 a "Tec Toy" lançou também uma versão com o Chico Bento, "A fuga das galinhas", com uma propaganda só estampada pelo minigame.  O objetivo do jogo era ajudar o Chico a apanhar todas as galinhas que fugiram do sítio, com vários níveis de dificuldade e efeitos sonoros, que também tinham nos minigames de 1991. E esse minigame do Chico ainda podia servir de  relógio e despertador.

Propaganda tirada de 'Chico Bento Nº 155' (Ed. Globo, 1992)

Os novos jogos de tabuleiro da Turma da Mônica da "Estrela" tiveram um anúncio em 1992. Foram 4 jogos diferentes: Bingo, Ludo, Loto e Sobe-Desce, sendo que este último era disponível em uma caixa junto com o jogo Ludo. Ou seja, 2 brinquedos em uma só caixa e até era melhor comprar essa versão do que só o jogo Ludo sozinho. A propaganda foi estampada só com as caixas dos jogos.

Propaganda tirada de 'Almanaque do Cascão Nº 20' (Ed. Globo, 1992)

A "Maritel" lançou em 1993 os bonecos em tecido da Mônica e do Cebolinha. Eles eram bem fofos, como uma espécie de almofada, e então a criança podia até dormir agarrada com os bonecos. A propaganda foi ilustrada com os bonecos e mostrou também eles dentro das caixas.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 111' (Ed. Globo, 1993)

Bolas sempre tiveram anúncios nos gibis, normalmente mudavam sempre de fabricante a cada nova versão. Em 1993 foram lançadas, então, as novas bolas, só que agora foram do Cebolinha e produzidas dessa vez pela marca "Dal Ponte", com  o anúncio com uma bonita ilustração do cebolinha jogando bola.. Foram 4 versões de cores de bolas diferentes e detalhe que só foram vendidas nas lojas do "Pão de Açúcar". 

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 83' (Ed. Globo, 1993)

Em 1993 teve o lançamento da Lousinha Mágica do Cebolinha da marca "Tec Line". A criança desenhava, escrevia com a caneta especial que vinha com o brinquedo e depois era só levantar a tampa que apagava tudo e podia desenhar de novo. Não foi anunciado em gibis, mas também teve a Lousinha da Mônica. Nessa propaganda, uma boa ilustração com piada da Mônica procurando o Cebolinha depois de ter feito caricatura de "Mônica dentuça" na Lousinha Mágica.

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 11' (Ed. Globo, 1993)

A "CarBrink" lançou os novos carimbos da Turma do Chico Bento em 1993. Esses carimbos só tiveram 4 desenhos diferentes, sendo 2 deles foram capas de revistas do Chico; a do "Nº 21" (Ed. Abril, 1983) e "Nº 88", (Ed. Globo, 1990).

Propaganda tirada de 'Chico Bento Nº 180' (Ed. Globo, 1993)

O Tapa Certo da "Estrela" foi lançado em 1993. Um jogo espécie bafo, mas pra virar as figurinhas era para usar a "mãozinha esperta" que vinha no jogo. No anúncio, uma bonita ilustração com Mônica e Cebolinha jogando o Tapa Certo.

Propaganda tirada de 'Mônica Nº 84' (Ed. Globo, 1993)

A série continua e em breve posto novas propagandas anunciando brinquedos com a Turma da Mônica.

quarta-feira, 2 de março de 2016

HQ "Mamonamania" (Homenagem aos Mamonas Assassinas)


Hoje, dia 2 de março, faz 20 anos da morte dos integrantes da banda Mamonas Assassinas. Em homenagem, mostro a história especial "Mamonamania" com o Do Contra que fizeram sobre eles. 

A banda Mamonas Assassinas foi um fenômeno em 1995, principalmente com as crianças. Formado por Dinho, Bento, Julio, Samuel e Sergio, eles tinham o estilo de Rock animado, com letras voltadas ao humor, bem semelhante ao estilo dos anos 80, com mistura de outros gêneros de acordo com a música, e costumavam se apresentar fantasiados como presidiários, Chapolim, He-Man, etc.

Foi um grande sucesso o seu estilo inovador, todos cantavam suas músicas como "Pelados Em Santos", "Vira-Vira" Chopis Centis", "Robocop Gay" entre outras. Suas músicas tocavam toda hora nas rádios, eles iam a todos os programas de televisão na época, principalmente o do Gugu, onde quase todo domingo estavam lá. Mas, infelizmente, quis o destino de todos os integrantes morrerem em um acidente aéreo na madrugada do dia 2 de março de 1996 no auge do sucesso, deixando todo o Brasil chocado com a forma que morreram.

Mamonas Assassinas

O sucesso era tão grande que a MSP, sempre de olho no que acontecia na atualidade, fez uma história especial com o Do Contra sobre a banda que a criançada adorava, que foi publicada em 'Cebolinha Nº 113' (Ed. Globo, 1996).

Capa de 'Cebolinha Nº 113' (Ed. Globo, 1996)

Normalmente, histórias que homenageiam pessoas que faleceram são escritas após a morte, mas essa foi escrita em 1995, ainda com os integrantes vivos e no auge do sucesso. A intenção inicial era para ser publicada aproveitando o sucesso da banda, mas com a morte repentina deles, acabou sendo uma homenagem póstuma.

Os gibis tem 3 meses de antecedência até chegar nas bancas e pelo visto eles procuraram a editora para antecipar a publicação dela, visto que eles morreram em março e ela foi publicada em maio, sem contar que nesse gibi mesmo teve outra história com o Do Contra e não era normal ter 2 histórias do Do Contra em um mesmo gibi. Se eles não tivessem morrido, talvez teria sido publicada a partir de julho. 

Na trama de 6 páginas no total, Cebolinha, vestido como os Mamonas, canta trecho da música "Pelados em Santos" e o Do Contra acha que ele está dando cantada por causa dos versos com cabelos da hora, corpo violão e docinho de coco. Cebolinha diz que está cantando a música do grupo do momento, os "Mamonas Assanhadinhas". Do Contra fala que detesta e que prefere "Dudu Santos" e "Paralelos do Sucesso". Cebolinha não entende porque todo mundo gosta dos Mamonas e diz que ele tem que ser do contra até nisso e vai embora cantando "Pelados em Santos" e Do Contra comenta que falam que ele que era excêntrico.


Do Contra caminha um pouco e encontra Mônica, Cascão e Franjinha, também vestidos como os Mamonas, dançando e cantando "Vira-Vira". Mônica chama o Do Contra pra dançar o Vira e ele diz que só se for o Volta. Do Contra diz ainda que prefere dançar samba, rock e balé aquático. Eles vão embora e então surge o Nimbus também caracterizado como os Mamonas cantando "Shopis Centis" e Do Contra fica surpreso que o irmão dele "descaretou".


Do Contra vai pra casa e encontra o disco dos "Mamonas Assanhadinhas" do seu irmão jogado no chão e como não tinha ninguém vendo coloca na vitrola e começa a dançar. Só que é flagrado pela turminha e falam que ele estava ouvindo os "Mamonas Assanhadinhas". Do Contra para contrariar, responde que estava ouvindo sim, só que do jeito dele, ouvindo o lado B antes do lado A e Cascão diz que "uma vez Do Contra, sempre Do Contra", terminando assim.


Foi uma história legal, deu pra fazer uma homenagem à banda. Do Contra sempre tem prazer de discordar dos outros, mas no fundo gostava dos Mamonas também, só não queria admitir. Engraçadas as paródias colocando "Mamonas Assanhadinhas" (Mamonas Assassinas), "Dudu Santos" (Lulu Santos) e "Paralelos do Sucesso" (Paralamas do Sucesso"). Os nomes dos artistas foram parodiados, mas as letras das músicas não.


Interessante ter vitrola e disco LP na história. Na época a maioria já tinha CD e vitrola já estava quase extinta (mas não completamente ainda, as gravadoras ainda produziam LPs) mas foi usada a vitrola para ser fundamental para piada da história, afinal CD só tem um lado. Outra curiosidade é que eles gostavam de colocar esse bordão "uma vez <personagem>, sempre <personagem>" nas histórias, quando os personagens estavam exercendo a sua característica ao extremo. Nessa foi "uma vez Do Contra, sempre Do Contra", mas acontecia isso também com a Magali, com eles falando "uma vez Magali, sempre Magali".


Os traços muito bons e bem desenhados. As cores ainda do estilo sombrio, bem escuras, com destaque ao marrom e azul de fundo bem escuros se comparado ao que era no segundo semestre de 1995. O marrom escuro especificamente nessa história pode ser percebido no sapato do Cebolinha e na porta da casa do Do Contra, mais no final. Nessa até que teve degradê em muitos quadrinhos, mas em tons escuros. Como se estivessem de luto com a morte da roteirista Rosana Munhoz

Nos gibis entre fevereiro e maio de 1996 eles colocaram as cores assim em todos os gibis convencionais e até nos almanaques nas histórias republicadas da Editora Abril. Ou foi uma forma de expressar um luto pela morte da Rosana ou foi apenas uma grande coincidência, já que eles viviam mudando as cores dos gibis na Editora Globo e então era normal ver essa diferença de cores em poucos meses. Aliás, o mês de maio de 1996, além de ter essa homenagem aos Mamonas Assassinas, ainda teve para a Rosana, na história "Mais uma estrela no céu" do Chico Bento, que foi publicada em 'Mônica Nº 113'. Ou seja, um mês de homenagens.


Antes da história teve um texto do Mauricio ocupando 2 páginas avisando da história que estaria por vir, comentando sobre os Mamonas, a ligação dos seus filhos com a banda e que a história foi feita antes deles morrerem. Abaixo, o texto na íntegra:

Texto do Mauricio publicado antes da história

Então, fica a homenagem aos Mamonas Assassinas, que partiram há exatos 20 anos tão novos e fizeram muito falta aos fãs. Sem dúvida eles marcaram época, mesmo que com pouco tempo de carreira.