Capa de 'Mônica Nº 5' (Ed. Abril, 1970) |
Seu Cebola exige que Cebolinha abra a porta ou chame a mãe e ele tem dúvida se é o pai mesmo ou um assaltante. Cebolinha fala que a mãe está lá em cima com o pai e se não for embora vai chamar o pai. Seu Cebola fica mais furioso e bate a porta com mais força. Cebolinha telefona para polícia, falando que tem um homem querendo arrombar a porta, que está sozinho e só tem 6 aninhos e manda virem depressa.
Chega a polícia e Seu Cebola diz que mora lá e que esqueceu a chave no escritório. O policial manda Cebolinha abrir a porta para resolver a situação. Ele pensa que os policiais são da quadrilha do assaltante e não abre. Seu Cebola diz que quando puser as mãos no filho vai bater nele enquanto o policial avisa que vai arrombar a porta. Cebolinha telefona para os bombeiros e o policial continua gritando para abrir senão vai arrombar a porta. Seu Cebola fala que ele não vai quebrar a porta e o policial faça que era só para assustá-lo e se não assustar vão ter que enfiar Seu Cebola pelo telhado. Seu Cebola o chama de prepotente.
Os bombeiros chegam perguntando onde é o fogo e Seu Cebola manda esfriar a cabeça do brutamonte. O policial fala que é desacato à autoridade e um bombeiro taca água em todos para esfriar as coisas. Um policial corre atrás do bombeiro para bater por molhado eles e o outro leva Seu Cebola para delegacia. Cebolinha percebe que todos foram embora, com um pouco de água escorrendo por baixo da porta.
A mãe telefona e Cebolinha diz que agora estão tudo bem, preocupando Dona Cebola. Ele diz ainda que os ladrões foram embora e um deles imitava a voz dele. Ao desligar telefone, Cebolinha acha que poderia ser mesmo o pai dele e ter sido levado pelos ladrões. No final, aparece a delegacia toda bagunçada, com Cebolinha telefonando achando que bandidos raptaram o pai, Policial queixando desacato do Seu Cebola ao delegado e Seu Cebola falando que ele apavorou o filho enquanto Dona Cebola dá queixa que ladrões cercaram a casa dela e exige que vão salvar o filho.
É engraçada essa história, Cebolinha arruma grande confusão só porque não abriu a porta de casa para o pai. Vemos Cebolinha agindo como um pestinha sem tirar ideia que não era o pai batendo na porta, só achando que era quando foi embora com os policiais para a delegacia. A parte do Cebolinha perguntando "Quem bate?" e Seu Cebola respondendo que "É o frio!" é um referência à antiga propaganda de TV das Casas Pernambucanas na época e que Mauricio quis aproveitar. E que foi fundamental na história, talvez se Seu Cebola não fizesse brincadeira e falasse que era ele, o Cebolinha podia ter aberto e não ter acontecido nada disso.
Apesar da bagunça toda, dá para mostrar mensagem para as crianças que não se deve abrir porta de casa para estranhos, quem não conhece. Incorreta atualmente por envolver tema de assaltante, mesmo que não teve um de fato, fora virar caso de polícia, todos pararem em delegacia no final e parte do diálogo do Seu Cebola querendo dar surra no filho quando puser as mãos nele também não seria bem vindo hoje.
Pode notar também que a história é toda formada com piadinhas em cada metade de página, que juntas formam uma história completa. Era como se fossem tirinhas de jornais seriadas. As vezes até acontecia isso na época de série de tirinhas foram histórias nas revistas, só colorindo e redesenhando quando as originais eram bem antigas, no início dos anos 1960. Como era só Mauricio que produzia tudo, aí precisava ele aproveitar tirinhas do jornal "Folha de São Paulo" para poder preencher as revistas a tempo e até o grande público conhecer o seu trabalho publicados anteriormente em jornais locais.
Os traços nos primórdios eram os personagens com bochechas pontiagudas, tem os que gostam assim, outros não gostavam, achavam feio. Eu acho neutro e até um estilo engraçado. Também era mais frequente personagens falando de boca fechada, como foram algumas falas do Seu Cebola nessa, aí depois diminuíram isso, embora acontecia também as vezes nos anos 1980 e 1990.
A linguagem era toda formal, principalmente colocações pronominais com próclises e ênclises nos seus devidos lugares, como podem ver em trechos como Seu Cebola falando "Meu filho recusa-se a abrir a porta" e Cebolinha falando com a mãe "Não precisa assustar-se". Com o tempo eles passaram a deixar linguagem mais informal e atualmente parece que estão querendo voltar com a normal culta. Quando Cebolinha falava com as letras trocadas, as palavras apareciam entre aspas, só a partir de 1972 que resolveram deixar em negrito. Outro detalhe é ter cada página numerada com número com círculo depois eles tiraram esse recurso.
Pode ver também que Cebolinha pensava errado trocando as letras nos primórdios, depois nos anos 1970 ainda ele passou a pensar certo nos pensamentos, mas nos anos 1980 e 1990 ele voltou a pensar trocando letras e atualmente ele pensa certo. Sua idade aí já era de 6 anos, mas quando criado como coadjuvante na Turma do Franjinha, ele tinha de 4 anos, falava errado por ser uma criancinha que ainda não sabia falar direito. Outra curiosidade que foi revelado o primeiro endereço do Cebolinha, "Rua Tupi, Nº 108". Os personagens nunca tiveram endereço fixo, depois que adotaram que moravam no fictício Bairro do Limoeiro, mas nome de rua e número de casa nunca foram fixos. Por exemplo, na história "Aniversário infalível", de Cebolinha Nº 94', de 1994, ele morava na "Rua do Limoeiro, Nº 25".
Na época só tinha revista da Mônica e, assim tinham histórias de todos os personagens nas revistas dela. Com o sucesso do Cebolinha, resolveram criar uma revista dele a partir de janeiro de 1973. Também foi republicada depois no livro "Mauricio 30 Anos", que foi uma homenagem aos 30 anos de carreira dele até então, com curiosidade da carreira e criação dos personagens e republicações de histórias de todos os tempos até então. Legal que nem ortografia original eles mudaram nesse livro como palavras como "êle". Na verdade, era pra ser lançado em 1989, mas pelo visto teve um atraso ou só tiveram uma ideia de criação do livro em 1990. Neste ano, "Mauricio 30 Anos" está completando 30 anos. Mostrei mais detalhes desse livro AQUI.
Capa do livro "Mauricio 30 Anos" (1990) |
Sem dúvida essa história "Quem bate?" é um clássico marcante do Mestre Mauricio de Sousa que sempre vale ser lembrado ainda mais no dia do aniversário dele. Em vez de postar história de metalinguagem com Mauricio, resolvi mostrar um clássico escrito por ele. Em uma mesma postagem, deu para homenagear ao mesmo tempo o aniversário de 85 anos do Mauricio, 60 anos do Cebolinha, 50 anos dessa história e 30 anos do livro "Mauricio 30 Anos". Só comemorações. Parabéns, Mauricio!!!
Esta é roots, muito boa! Dá para se ter uma noção superficial de como era a sociedade em 1970. Cebolinha nesta história está tipo São Tomé, só acredita vendo e para ver teria que abrir a porta.
ResponderExcluirÉ ótima. Essas antigas assim acabam mostrando um retrato da época e têm um valor histórico. Ele tinha que ver pra crer, podia a porta ter uma correntinha que já ia ajudar muito. Se bem que fosse assaltante podia mostrar revólver ali mesmo. Olho mágico ia ajudar, ele teria que subir em um banco pra alcançar. Parece que alguns quadrinhos apareceram olho mágico e em outros não.
ExcluirPor isto que se chama olho mágico, some e aparece.
ExcluirO roteiro do Mauricio descartou as janelas, o que dá para imaginar é que estão todas fechadas e acortinadas ou com persianas abaixadas, se pai ou filho tivessem ideia de olharem por alguma janela, com tamanha neurastenia talvez Cebolinha deduzisse que fosse um bandido disfarçado de seu pai. Hoje em dia seria normal pois com tanta tecnologia pipocando não podemos acreditar nem no que vemos, ver para crer não é mais o lema, o santo saiu de moda.
Parabéns pelo parabéns, Marcos! Ficou melhor assim sem pompa e circunstância, simples e objetivo, cerimoniais ficam melhores para aniversários terminados em zero.
Verdade, o simples sai melhor. Só fiz diferente de mostrar história escrita pelo Mauricio em vez de ser alguma de metalinguagem com presença dele nos quadrinhos. Não sei o que seria melhor, mas ficou bom também.
ExcluirSe tivesse postado uma clássica interação metalinguística das criações com o criador seria igualmente bom.
ExcluirCitei o final zero, na verdade são três idades redondas como você menciona: personagem, história e o almanacão, fez um combo de homenagens com foco central no aniversariante de 27 de outubro, ficou muito bom!
Duas clássicas menções proferidas pelo Seu Cebola são "terno de missa" e "É o frio!" em resposta ao filho, remetendo aos clássicos comerciais de TV e rádio das Casas Pernambucanas.
O alvoroço na delegacia por causa de um menino que não abriu a porta nem por reza braba é sensacional, refresco não havia antigamente, Cebolinha não escapou de umas boas palmadas.
Marcos, quando entram em cena os policiais há um "BLAM!" (interessante onomatopeia com exclamação), o que pode ser? Cebolinha teria chutado ou socado a porta?
Que bom que gostou. De fato, na época era comum as pessoas terem terno de missa, roupa especial para ir pra igreja. O Chico Bento já aconteceu várias vezes mostrando isso. E "É o frio!" das Casas pernambucanas é um clássico. Na onomatopeia "Blam!" ele pode ter chutado a porta, mas vai da imaginação de cada um. Onomatopeias com exclamação é porque na época faziam questão de tudo de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa, no caso seria mais certo com exclamação mesmo.
ExcluirVerdade, destaquei pois considero engraçado, em histórias superantigas vi muitas exclamações em onomatopeias, Spirit, Dick Tracy, Mandrake, Brucutu, Batman, Popeye, etc e tal, o uso desse ponto em sons era bastante comum. Parece que neste caso foi erro, do contrário pode ser algo do tipo "Toma, papudo, para ver o que é bom!", dando um moderado tapa, soco ou chute na porta.
ExcluirEm muitas histórias antigas do Chico Bento realmente há muita ênfase quanto às roupas para eventos periódicos e esporádicos, e como gosto de ver esse tema nas HQs dele!
Marcos, você mencionou o personagem e eu mencionei o santo, conhece a história de abertura de Chico Bento 60 da Editora Abril?
Era normal exclamações em onomatopeias, sim. Com Chico o que diferenciava no terno de missa era um paletó xadrez azul igual à calça e ele costumava pentear o cabelo. Conheço a história de Chico Bento 60 da Editora Abril do Primo Tomé que ele via assombrações na roça como Saci, Mula-Sem-Cabeça, etc.
ExcluirSim, inclusive a capa de Chico Bento 25 da Editora Globo mostra mais ou menos isso, da cintura para cima está arrumado e cintura para baixo está zoado, como o espelho não é de corpo inteiro o que importa para o Chico é se ver bonito.
ExcluirTenho curiosidade com essa história do Tomé, é um primo adulto e parece ser também de algum meio urbano, como é xará do santo acredito que tenha feito jus ao nome, duvidando que existam assombrações, até vê-las e se borrar.
Um primo adulto. Republicada no Almanacão de Férias Nº 17 de 1995. Se der, posto um dia aqui no Blog.
ExcluirMuitos personagens de uma história só considero marcantes, esse Tomé não deve ser diferente, principalmente por ser da Abril, boa parte das únicas aparições de 1970-1986 foram e sempre serão marcantes.
ExcluirExiste alguma história publicada pela Editora Abril do Zeca visitando o primo, passando uns dias na roça?
Tem sim algumas, embora tem mais do Chico na cidade. O Zeca apareceu mais a partir da Editora Globo e ultimamente é praticamente só histórias do Zeca na roça, é raro o Chico na cidade.
ExcluirMarcos, você é o arquivista da Turma da Mônica, o passado que atualmente a MSP tem vergonha de mostrar você escancara sem dó nem piedade, existem outros, mas você é o que mais cutuca as feridas e é o mais visualizado devido a isto, te digo mais, nunca será revelado publicamente, porém, acredito que no fundo o Mauricio de Sousa gosta que hajam divulgadores críticos das trajetórias da Turma da Mônica, MSP e de sua pessoa, acaba que tudo é uma coisa só.
ExcluirHá uma história de 1979 onde Chico Bento leva uma galinha (suponho que seja Giselda) para praia, do tempo que ainda não havia caipirês no núcleo, aparece um primo criança com jeito de morador de "apertamento" que o critica por ter trazido a ave, seu nome não é mencionado e em nada se parece com o Zeca, inclusive parece ser mais baixo que o Chico, embora tenha aparência diferente não dá para afirmar que não é o Zeca visto os casos da Tina e Seu Juca, foi pública e notória a radical mudança da Tina, o contrário de Juca que passou batida do grande público sua metamorfose também radical.
Valeu! Eu gosto de mostrar raridades e procuro colocar mais as incorretas porque seriam mais difíceis de republicar e mesmo se for teriam alterações. O primo Zeca não tinha traços definidos nos anos 70, maioria das vezes era loiro, mas aparecia diferente a cada história. A intenção era ele mesmo nas histórias dos anos 70. Só nos anos 1980, já nas revistas do Chico de 1982 que ele passou a ter traços fixos.
ExcluirUma comédia impagável chama-se "Na aula de "ingreis"" onde o bobo do Zeca sabendo muito bem o quão matuto é seu primo resolve convidá-lo a assistir uma aula do curso que está fazendo, ali Chico Bento realmente dá um show de xucrice. Nessa o roteirista usou e abusou da espirituosidade.
ExcluirFoi hilária aquela história, foi uma das primeiras no estilo Chico lerdo na cidade. Eu tenho essa, de Chico 81 de 1985.
ExcluirO Cebolinha fez a maior confusão,e acabou prejudicando o pai dele sem querer.
ResponderExcluirMuita confusão. Se soubesse que era o pai ele não faria isso.
ExcluirEstou procurando uma historinha, ela é meio antiga. Era um vilão que tinha uma máquina que sugava a "raiva" e ele usava isso pra colocar os meninos uns contra os outros durante uma partida de futebol no campinho. Lembro que ele é derrotado com ajuda do Do Contra.
ResponderExcluirVocê tem essa historinha ou lembra dela ?
Parece ser boa essa. Não conheço, não tenho aqui. Se eu descobrir ou alguém souber, responde aqui.
ExcluirÉ a do Ladrão de Fumacinhas?
ExcluirDeve ser mesmo essa do Ladrão de Fumacinhas. Não tenho essa revista. Aí é de Cebolinha 161 - Ed. Globo, 2000.
ExcluirMarcos, na verdade essa história não chegou a ser adaptada para animação. Você deve estar pensando no curta "Quero Entrar", que saiu na fita "O Bicho-Papão e Outras Histórias"; ele na verdade foi baseado diretamente numa história dos anos 80 com um título quase parecido ("Eu Quero Entrar!"). Não sei onde exatamente saiu, mas sei que ela foi republicada na Coleção Um Tema Só nº 14 (tema "Filhos e Pais"), em 96.
ResponderExcluirSim, foi na animação de Bicho-Papão que pensei que tinha sido adaptada. Na verdade, se fosse, seria só o tema central só Seu Cebola querer entrar na casa porque a história é completamente diferente da animação. Não sabia que a adaptação foi dessa história "Quero entrar!". Então, tirei essa informação do texto.
ExcluirEncontrei aqui no Instagram a história que eu tinha falado:
Excluirhttps://www.instagram.com/p/CH5QbvsHn7L/?igshid=dd5shdqjtx9g
Sim, essa mesma. É a mais parecida na animação
Excluir.
Essa "Eu quero entrar!" saiu no Cebolinha 141 da Abril (setembro/1984).
Excluirresiak74, imaginava ser de 1984 por causa dos traços. Então só clássicos essa edição do Cebolinha 141.
ExcluirEssa é uma das histórias mais engraçadas da turma da monica de todos os tempos.Parabens Maurício.
ResponderExcluirÉ demais! Mauricio escrevia bem. Parabéns Mauricio!
ExcluirInteressante ver como os traços evoluíram com o decorrer dos anos. Estes traços do início dos anos 70 eram bem rudimentares ainda, a melhora dos desenhos claramente resultaram em personagens mais bonitos e fofinhos, principalmente a partir do início dos anos 80. Um ponto a ser destacado é a presença de telefone na casa do Cebolinha, o que podemos deduzir que o padrão de vida dele era no mínimo de classe média alta, já que uma linha de telefone custava tanto quanto um carro nessa época, sendo um item para poucos.
ResponderExcluirNos anos 80 os traços eram bem melhores, mas bom ver também esses primórdios e saber como evoluiu. E o telefone era artigo de luxo, família do cebolinha era bem rica levando esse caso. Eu mesmo não tinha telefone quando era criança.
ExcluirLegal você ter mencionado isso. Volta e meia eu fico imaginando o "grau de riqueza" das famílias da turminha.
ExcluirConsiderando só as 4 famílias principais, Eu sempre considerei que o pai da Magali era o mais "rico" (classe média alta) porque ele consegue sustentar a gula da filha. Além disso, em uma história mostra que ele é engenheiro civil (uma história muda em que ele leva a filha pra ver o canteiro de obras onde ele trabalha). Os demais pais me parecem ser todos "funcionários comuns de escritório" e o que mais tem histórias mostrando isso é o seu Cebola. Talvez ele tenha mais dinheiro (e fique em 2o lugar no ranking) porque ele começou a trabalhar bem cedo. O pai da Mônica ao meu ver ficaria em 3o lugar, mas não lembro de já ter visto alguma história sobre o trabalho dele. Em último lugar acho que fica o pai do Cascão como sendo o mais pobre dos principais. Lembro de uma história ou outra (principalmente de Natal) em que ele passa perrengues para comprar coisas ( tipo a história do caminhãozinho de lata que o Cascão quer de Natal- ele fala que vai precisar se apertar para dar um videogame pro filho, e mostra o seu Cebola comprando o tal videogame aparentemente sem preocupações).
Fora dos 4 principais, talvez os mais ricos sejam a família da Carminha Frufru (típica patricinha) e a do Franjinha (alguém tem que bancar pelo menos a matéria prima que ele usa pras invenções dele - aliás, talvez ele próprio banque sua família vendendo invenções e recebendo grana de royalties de suas patentes, imagina)
Você já pensou a respeito disso?
Dos 4 principais, considero a família da Magali mais rica e a do Cascão mais pobres. Já tiveram historias mostrando como é mais pobrezinho e poi não ter dinheiro para as coisas, fora ele próprio construir brinquedos como alternativa de ter seus próprios brinquedos sem precisar comprar em lojas. O pai da Mônica já mostrou trabalhando em escritório também. Carminha Frufru sem dúvida é a mais rica da turma toda.
ExcluirO pai da Mônica já foi mostrado no trabalho sim, mas é raro. O personagem que o Maurício elegeu para protagonizar histórias sobre "aventuras no mundo do trabalho" foi o seu Cebola.
ExcluirE realmente isso do Cascão improvisar brinquedos e brincar mais com a imaginação ilustra a relativa pobreza dele.
Falando nisso, tem pais que aparecem bem pouco nas histórias: o pai do Franjinha quase não aparece, nem o do Humberto (acho que nunca o vi) e nem o do Jeremias (acho que só vi uma vez). De fora do núcleo principal, acho que o pai que mais aparece é o do Dudu ou o pai do Xaveco. A mãe do Humberto aparece umas raras vezes, e também nunca vi a mãe do Jeremias.
Então está explicado o motivo do Cascão ser maltrapilho.
ExcluirHá uma história da Mônica onde o patrão ou patrões do pai dela vão até sua residência devido ao Souza (grafado com "Z") se atrasar demasiadamente por conta de acompanhar o terço da filha que está obstruindo a porta por causa de uma carta ou bilhete que ela contava que continham desaforos relacionados à sua pessoa, o misterioso autor do bilhete chega a agredir os chefes do Souza. Patrão que vai buscar funcionário em casa devido a atraso significa que o profissional não representa pouca coisa, das quatro famílias podemos colocar a da Mônica em segundo lugar. Se a lista for ampliada, a do Franjinha fica no páreo com a da Magali em poder aquisitivo.
Realmente, nunca tinha visto esta história. Então de fato o pai da Mônica deve ser alguém importante no trabalho dele, o que provavelmente o coloca em segundo lugar dentre os 4 principais.
ExcluirA família do Franjinha também acho que tenha uma boa situação financeira, principalmente porque alguém tem que bancar os insumos dos experimentos e invenções do Franjinha.
Eu também não tinha telefone em casa quando criança. Na minha rua, só umas duas casas tinham. Só para terem ideia, só pude ter linha telefônica em casa em 1998, quando já estava bem mais acessível, ou seja, 28 anos depois dessa história do Cebolinha. Sobre o poder aquisitivo dos personagens, creio que a família do Cascao seja mesmo a mais simples. Lembro de uma história em que Cascao ganha um carrinho de plástico, enquanto Mônica, Cebolinha e Magali ganharam presentes eletrônicos bem caros, por sinal. Cascao questionou o Anjinho por isso, sendo que Anjinho explicou que o Papai Noel do Cascao (o pai dele no caso) era pobrezinho. Anjinho deu uma lição de moral no Cascao, mostrando como ele estava sendo mal agradecido, citando exemplos de váras crianças que não ganhavam nada. Essa história foi em Cascão 24 da Editora Globo.
ExcluirÉ, Ricardo, eu só fui ter telefone em 1993 e mesmo assim bem caro pra conseguir a linha.
ExcluirTem também uma do Cascão que os pais não tinham dinheiro pra banca ruma super festa de aniversário do Cascão, com palhaço e tudo que tem direito e eles improvisaram com coisas que tinham em casa, com balões velhos de outros anos, cartolina pra fazer enfeites de parede, etc, e deu muito certo no final. Essa história foi em Cascão 205 de 1994.
ExcluirPessoal, linha telefônica antigamente era patrimônio, quem tinha mais de uma alugava, imóveis e linhas telefônicas eram quase que equivalentes.
ExcluirA história que descrevi acima chama-se "O anônimo" não sei de onde é originalmente, fico entre 1979-1982, sei que foi republicada em Almanaque da Mônica 19 da Globo.
Se bem que "Lambada!" vai na contramão de "O anônimo" onde é mostrado Mônica sem videocassete, em setembro de 1990 não sei se já havia ocorrido o famoso confisco na Poupança que provocou um tremendo bafafá. Talvez a família da Mônica teve suas economias confiscadas por um período.
ExcluirVideo cassete era mais barato que linha telefônica, porém caro também. Isso foi pra mostrar que alguns personagens tinham e outros não. No caso daquela história, só Magali e Cebolinha tinham video cassete.
ExcluirSim, Marcos, muitos fatores momentâneos foram fundamentais para os roteiros desenrolarem as tramas. Mesmo teoricamente o Cascão sendo o menos favorecido financeiramente, deve haver alguma história em que estaria em condição financeira supostamente um pouco superior às de seus amigos. Não me lembro de nenhuma. A MSP nunca divulgou oficialmente e julgo correto que não tenha feito, foi algo implícito ou pelo menos deduzo que foi, associavam a condição de menino sujo com a simplicidade, com uma certa carência, com escassez de recursos.
ExcluirO Cascão era considerado o de menor poder aquisitivo da turma, mas as vezes tinham coisas normais como os outros personagens. Fora que nunca teve coerência nas revistas. Tipo, na história "Na loucadora" de Cascão Nº 135 de 1992, Cascão e Cebolinha tinham videocassete. Se bem que nessa pode dizer na coerência que em 2 anos os pais podiam ter conseguido dinheiro pra comprar com longas prestações. Porém, na história "Cinema em casa" de Mônica Nº 140 de 1998, só Mônica tinha videocassete e nem Cascão, Cebolinha e Magali tinham, provando a incoerência. Mudavam as coisas de acordo com roteiro desejado.
ExcluirTenho Almanaque da Mônica 58 de 2016 com "Cinema em casa" alterada para DVD.
ExcluirNão que eu veja como erros ou problema e de fato não são, entretanto, incoerências foram realmente muito frequentes na Turma da Mônica, outro exemplo marcante são "Um Natal empacotado" e "O sumiço do Papai Noel", em dezembro de 1986 Mônica, Anjinho e Cebolinha suaram as camisas e o vestido nos frios do Ártico, dos Andes e sei lá onde mais para salvarem o bom velhinho das garras de Lorde Coelhão e do gigante de aparição única (creio que foi única), não sei qual evento ocorreu primeiro, poderiam ter deixado um para o ano seguinte, já nas histórias de abertura dos gibis de Cebolinha e Mônica de dezembro de 1985 conseguiram concatenar com aquele sujeito um tanto nebuloso trajado estilo Os Intocáveis e Brinconildo Hong da Silva Kong, neste exemplo tiveram coerência.
Oh! Pensava que você não tinha edições da Panini. Embora tenho algumas mensais, mas não tenho nenhum almanaque dos 5 principais da Panini. Sobre essas alterações nos almanaques de adaptar coisas antigas para os novos tempos eu não gosto, sabe que atualmente não existe mais videocassete, mas alterando quebra a magia e o o costume da época original fora que pra consertar redesenhando o novo objeto fica mal feito e incoerente na maioria das vezes.
ExcluirEm relação a histórias de Natal, mesmo que sejam publicadas nos mesmos meses e anos, os fatos podem não corresponder ao mesmo ano, vale só o roteiro das histórias independente de quando aconteceram, pois as histórias são independentes e não interligadas.
Tenho alguns almanaques, umas doze ou treze revistas da Coleção Histórica e a edição da Mônica de 2013 que traz a republicação de "Mônica é daltônica?", comprei apenas devido ao clássico que conheci através da fraca edição, ou seja, tomei conhecimento da HQ 43 anos depois de sua publicação original, na verdade conheci com 42 anos e 10 meses pois a história é de maio e a edição aguada é de março, comprei nova em supermercado, atualmente é outra história de 50 anos.
ExcluirÉ, considerando o que você diz posso então dizer que não houve incoerência entre as duas últimas histórias de abertura de Mônica e Cebolinha publicadas pela Abril.
Entendi. Foi bom terem republicado "Mônica é daltônica?" naquela revista. E levando em consideração isso, não teve incoerência mesmo nas de Natal.
ExcluirPodemos dizer também que a incoerência se deu somente no mês das publicações, ou seja, os garotos salvaram o Natal duas vezes, nos finais das duas aventuras o dia, a data chega com sucesso, foi como se houvessem duas datas natalinas, foi uma incoerência com prazo de validade. As duas que citei de 1985 mesmo não sendo interligadas podemos dizer que dentro daquele dezembro a trama da Mônica se deu primeiro, a menina salva o Natal sem precisar girar o coelhinho ou cerrar os punhos, apenas presenteou o vilão e com isso lhe causou tamanha comoção fazendo com que desistisse de seu intento, Mônica não percebeu que o sujeito encapotado era um malfeitor, salvou a data sem saber o que estava fazendo, quando se pensa que está tudo às mil maravilhas surge o transtorno do gigantismo do Papai Noel causado pelo industrial chinês pilantra que fomentava o ciclo vicioso do consumismo despejando no mercado enxurradas de brinquedos vagabundos visando apenas lucratividade, ou seja, outra ameaça ao Natal que foi combatida pela turma e deixando a data única, não a duplicando como ficou evidente em dezembro de 1986, de qualquer modo foi uma brevíssima incoerência que só percebi muitíssimo tempo depois já adulto e cheguei a ter as duas edições novas compradas no final da vigência do contrato MSP-Editora Abril.
ExcluirEu ainda não comprei o "Cebolinha 60 Anos" e não sei se está nesse especial. Já havia sido republicada em "Mauricio 30 Anos", mas se for de novo será bem vindo apesar de hoje eles não gostarem de material incorreto nem em revistas e livros especiais. Se republicaram, talvez mudaram alguma coisa, quem sabe algum texto como na parte que ele diz que tem 6 aninhos e mudarem pra 7 anos pra seguir a idade que eles colocam nas revistas atuais.
ResponderExcluirOntem foi aniversário do Mauricio de Souza,né Marcos.85 anos.
ResponderExcluirFoi ontem sim, dia 27 de outubro.
ExcluirEssa história já foi publicada de maneira diferente, mais recentemente. Tem uma versão dela em que o seu Cebola sai de casa com um chapéu (por causa do sol forte) e volta só quando escurece, e a porta está trancada. O Cebolinha não deixa ele entrar e liga pra polícia dizendo que o "Homem do saco" está tentando invadir a casa dele, e o seu Cebola é preso.
ResponderExcluirNão conheço versão mais recente dessa história. Já a do Homem do Saco é engraçada, Seu cebola sofreu. Foi de Cebolinha Nº 80 de 1993.
ExcluirFoi a do homem do saco que eu quis dizer mesmo. Ela é muito parecida com essa história, é quase que nem os "episódios semelhantes" do Chaves.
ExcluirAh tá, pensava que eram 2 histórias.
ExcluirCebolinha falando "elado", além de negrito, também passou a ser itálico.
ResponderExcluirAh,Palabéns,Maulício!
Pois é, foi assim depois.
ExcluirEra bem caro mesmo, também foram pagas várias prestações pra ter. E isso de pulsos, eles não divulgavam até para não ficarem ligando só naqueles horários. Descobria quando alguém contava ou analisava mais a fundo as contas pagas. essas informações tinham que estarem escritas no contrato.
ResponderExcluirEsta aqui eu conhecia só como desenho animado, em que ela era muda. Era a história de abertura do vídeo 'Turma da Monica e o Bicho Papao'. Bem engracada nesse formato. Com a curiosidade de o tom de pele dos personagens ser amarelado, quase estilo Simpsons - mas só nesse desenho, nos outros era tom de pele normal.
ResponderExcluirNo desenho do Bicho-Papão de igual só o tema do Seu Cebola querer entrar em casa, mas a sinopse do desenho é totalmente diferente.
ExcluirMarcos, vc sabe quando surgiu o nome do bairro do Limoeiro? Acho que na época da Abril não aparecia. Pesquisei aqui no blog e aparece em "O Grande Concurso das Balas Bilula" em Cebolinha nº 29 (Ed. Globo, Maio/ 1989).
ResponderExcluirParece que foi nos anos 80 na Editora Abril, já vi histórias daquele período com esse nome do bairro. Não sei se antes disso tinha.
ExcluirMarcos, sou um grande colecionador de gibis e produtos da Mônica. Pode me indicar uma relação de gibis com anos? Tipo até que ano vale a pena e se vale ter a pena todos os títulos até 2007 eE se na Panini vale ter algo.
ResponderExcluirEu colecionei até 1998 e depois só tenho alguns avulsos que considero edições mais especiais ou com roteiro bom. A partir dos anos 2000 já estavam diferentes e poucas boas, mas tem algumas.
ExcluirSim, mas até Dezembro de 1998 né? A partir disso é só edições especiais?
ResponderExcluirIsso aí.
ExcluirComo faço pra identificar os bons e ruins? Acha q vale a pena ter almanaques?
ResponderExcluirOs almanaques são bons por terem só edições da Globo, ainda não republicaram histórias da Panini nos almanaques dos 5 principais. Mas tem os que tem histórias da Globo dos anos 2000. O jeito seria folhear os da Panini pra ver se agrada, geralmente os almanaques entre 2012 a 2016 tem bastante da Globo dos anos 80 e 90, o problema é que tem risco de ter alterações em relações às originais a favor do politicamente correto. Já almanaques da Globo são histórias da Abril e Globo e são até anos 90 na grande maioria e sem alterações, no máximo ter algumas de 2001 nos Almanaques da Mônica.
ExcluirMas Marcos eu não entendi, desculpa, vc falou que a partir de 1998 só edições especiais, como quais? Só nuémros 1, lançamentos, edições especiais, mudanças de editoras, novos personagens, é isso?
ResponderExcluirSim, além de tudo isso, algumas também que tiveram boa repercussão na internet.
ExcluirQuais?
ResponderExcluirAh, difícil lembrar todos assim, tem "Presentevê" de Cebolinha 244 de 2006, "Guitar Hero" de Cebolinha Nº 29 de 2009, o crossover da Denise com Chico Bento de Chico Bento Nº 32 de 2009 e por aí vai.
ExcluirOlha Marcos, gosto é gosto, mas eu amo a Denise rsrs. Acho ela uma personagem ótima!
ResponderExcluirQuestão de gosto :D
ExcluirRespeito a opinião do(a) Desconhecido(a), este espaço é democrático por excelência, lacração está por fora.
ExcluirA Denise consegue causar azia no bicarbonato, Franjinha vem estudando o fenômeno, é um mérito e tanto desafiar uma lei da Química, personagem símbolo, sintetiza, representa o fiasco que se tornou a TM clássica. Na minha opinião acho que Xaveco não deveria namorar Denise por conta da disparidade etária, quando o fenômeno surgiu o veterano estava com seus vinte e oito anos muito bem vividos na seara do secundarismo, nos bastidores era pejorativamente chamado de "Escadinha" (nenhuma relação com facção criminosa), Xaveco não se abatia com isso, depois que passou a namorá-la foi que começou a se incomodar com sua zona de conforto, denominação perfeita para alguém que vivia historicamente em paz por estar isento dos assédios causados pelo Show Business, coroa com (nem tão) novinha dá nisso, fica inseguro, perde a paz. Ela deveria namorar alguém da mesma idade para quem sabe futuramente trocar fraldinhas, e não trocar fraldas geriátricas. Mauricio de Sousa foi muito cruel com Xaveco ao permitir o namoro com uma cavaleirinha do Apocalipse, que chego a duvidar se foi criada por ele. Curioso é que ela tem cheiro de enxofre e Nico Demo não, Anjinho parece estar eternamente resfriado, aí tem coisa... De qualquer modo parabéns para Denise! Símbolo da MSP reformulada, atualizada, estão cogitando colocar a carinha dela no lugar da carinha do Bidu, evidente que passará por escrutínio, ou seja, todos os funcionários votarão, do contrário é pezinho nos glúteos, Emerson é o único com direito a voto facultativo, Mauricio e todos os filhos também serão obrigados a votar, muito estranho... Acredito que esse gostinho ela não terá. Mauricio em eventual possibilidade de ser demitido da própria empresa é surreal, já interpreto como absurdo, não pode ser fonte confiável, ideia de algum residente manicomial.