terça-feira, 30 de julho de 2019

HQ "Mônica de óculos"

Em julho de 1989 era lançada a história "Mônica de óculos" em que ela precisou usar óculos, dando muita confusão. Com 8 páginas, foi história de abertura de 'Mônica Nº 31' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Mônica Nº 31' (Ed. Globo, 1989)

Começa com a Mônica em um oftalmologista com sua mãe, Dona Luísa, e o médico pergunta qual é o problema da Mônica. Dona Luísa responde que acha que é nenhum, que ela tem 6 anos e achou bom fazer uma consulta. Doutor K. Ótico diz que fez bem porque se tiver algum problema na vista será mais fácil tratar agora.


Mônica vai até à sala de consulta e o Doutor K. Ótico manda ler as letras expostas. Ela vai lendo uma a uma naturalmente, inclusive as de baixo que eram bem pequenas. Quando acaba, o doutor diz que ela errou todas e acha incrível que ainda esteja inteira andando por aí com uma visão tão fraca. Ele avisa a Dona Luísa que a Mônica precisa de óculos urgentemente, tem grau altíssimo de miopia e improvisa um óculos provisório que ele tinha disponível até ficar pronto o que ia fazer.


Na rua, a caminho de casa, Mônica fica tonta e triste por estar usando óculos. Dona Luísa anima, dizendo que muita gente usa óculos e dão até um certo charme. Mônica fica curiosa e vai correndo até o quarto vê-la de óculos. Só que, por causa da tontura e não enxergar direito, acaba esbarrando no sofá da sala. No quarto, ela vê no espelho e acha horrível aquele óculos redondo e fundo de garrafa. A mãe diz que depois elas vão procurar um óculos que combine com o rosto dela e fala para descansar na cama enquanto vai preparar um lanchinho.


Magali aparece na janela e pensa que era outra pessoa. Mônica diz que era ela própria, mas chama a Magali de Cebolinha. Magali pergunta por que usar óculos e Mônica diz que o médico que mandou, mas não queria usar. Magali diz que óculos hoje em dia é chique e dá um charme e Mônica que reclama que nela não e, antes de completar que além de baixinha e dentuça será chamada d eoutra coisa, Cebolinha e Cascão aparecem e a chamam de quatro-olhos. Cebolinha ainda fala se é a Mônica ou o Coelho Caolho e o Cascão fala que está parecendo o Tarugo.


Isso foi demais para a Mônica e ela pula a janela para bater nos meninos. Só que ela estava de óculos, e, assim, ela cai da janela, tropeça em uma pedra, tromba em uma árvore, que chega a partir um pouco por causa da sua força e confunde, achando que 2 pedras gigantes são os meninos e ao dar o soco bate na pedra, machucando feio suas mãos enquanto os meninos só dão risada, e falam que nem precisa mais derrotar a Mônica, os óculos já fizeram isso por eles.


Cebolinha e Cascão xingam a Mônica de dentuça, baixinha e quatro-olhos para a Mônica se machucar nas pedras e quando ela vai lançar a mão, Doutor K. Ótico aparece, sendo que agora de óculos, e tira o óculos dela antes que se machuque. Ele explica que descobriu que sofre de hipermetropia, não enxerga bem de perto, e conta que a Mônica leu as letras direito no cartaz do consultório, ele que não conseguiu ler, e, assim, ela tem uma visão ótima e não precisa de óculos.

Mônica comemora, está enxergando bem e ao ver os meninos, diz que está enxergando bem até demais e bate muito neles. No final, Xaveco conta a novidade para o Franjinha que Cebolinha e Cascão precisaram usar óculos. Franjinha pergunta se eles têm miopia e Xaveco diz que eles têm é olho roxo, mostrando Cebolinha e Cascão de óculos escuros para tamparem os olhos roxos da surra violenta que a Mônica deu neles.


Essa história é muito legal, mostra o sufoco da Mônica usar óculos sem precisar, desde sintomas de tonturas ao usar óculos pela primeira e sem grau apropriado até o lado estético de aparentar mais feia com ele. 

Tiveram várias situações divertidas, muito bom os meninos se aproveitando para zoar a Mônica e fazendo ela se machucar. Engraçado os meninos falando que a Mônica estava parecida com o Coelho Caolho e Tarugo, para entender essa piada é preciso saber do universo do Mauricio de Sousa para saber quem eram eles e curioso, então, que a turminha conhece os outros personagens fora do núcleo deles. 


É impublicável atualmente por conta do bullying dos meninos com alguém usando óculos, fora a Mônica se machucar por conta disso. Eles foram muito malvados com a Mônica. Por outro lado, dá para aprender muita coisa sobre cotidiano de quem usa óculos, riscos de usar um óculos de grau inapropriado, entender o que é miopia e hipermetropia. Ou seja, dá para aprender muito mesmo com coisas erradas.


Os traços ficaram excelentes da fase consagrada dos personagens, dava gosto de ver desenhos assim. Legal colocarem o nome do médico de Doutor K. Ótico, eles eram bem criativos em colocar nomes em personagens secundários. E na época os personagens tinham 6 anos e depois mudaram para 7 anos eles poderem entrar na escola nos gibis. Então, uma história muito boa que vale a pena relembrar há exatos 30 anos.

sábado, 27 de julho de 2019

Mônica Nº 51 / Magali Nº 51 - Panini - 2019


Os gibis do mês de julho de 2019 estão especias com histórias comemorativas dos 60 anos dos Estúdios Mauricio de Sousa. Todos os gibis principais tem histórias de abertura com algo relacionado à data, menos o do Chico Bento. Então, vou fazer durante esse mês resenha dos gibis que eu comprar e nessa postagem mostro como foram os gibis do 'Mônica Nº 51' e 'Magali Nº 51'.

Tem a promoção "Fantástica Fábrica de Quadrinhos" vindo um cupom para cadastrar o código no site para sortear uma visita aos Estúdios da MSP (10 ganhadores), 10 caixas com diversas revistas e livros e assinatura de 6 meses dos gibis. Nas capas, agora tem um selo de 60 anos da MSP e nas contracapas dos gibis de julho, uma propaganda celebrando o filme "Laços" como se  fosse uma capa alternativa, mostrando o ator/ atriz que fez o personagem no filme ao lado do personagem em quadrinhos em seus respectivos gibis, menos o do Chico Bento.

A seguir mostro como foram esses gibis da Mônica e Magali, com Mônica custando R$ 7,00 com formato lombada e 84 páginas e Magali custando R$ 6,00, com formato canoa e 68 páginas.

Mônica Nº 51

O gibi teve 8 histórias, incluindo a tirinha final. A história de abertura é "Nem tão diferentes nem tão iguais". Escrita por Paulo Back e com 32 páginas no total, Mônica tem a surpresa de que os nomes dos seus amigos foram todos trocados e ela vai investigar o motivo disso junto com Milena e Marina, que estavam nos corpos da Magali e Milena, respectivamente.

A homenagem aos 60 anos dos Estúdios Mauricio de Sousa ficou restrita a mostrar imagens da primeira tirinha que a Mônica apareceu em 1963 e algumas capas dos gibis do Bidu da Editora Continental de 1960, fora isso tudo normal. Os traços, embora digitais, ficaram aceitáveis, porém tem momentos que colocaram umas  caretas absurdas e sem necessidade, que deixaram a Mônica como um monstro.

Trecho da HQ "Nem tão diferentes nem tão iguais"

Teve presença do vilão Cabeça de Balde. Ele é um personagem novo, que estreou em 'Mônica Nº 14' (Ed. Panini, 2016) em que cada história é revelado que ele é um personagem diferente, de acordo com seus objetivos, nunca tem identidade própria. E também apareceu o Doutor Spam, que até andava meio sumido, que é um professor de informática que se transforma em um vilão cibernético quando está muito nervoso e estreou em 'Mônica Nº 233' (Ed. Globo, 2005).

Trecho da HQ "Nem tão diferentes nem tão iguais"

Histórias com secundários foram com Luca e Penadinho (2 histórias). O gibi como um todo chama a atenção do exagero de histórias ensinando boas maneiras, dar lição de moral, ou as histórias são focadas nisso ou fazem questão do final ter alguma lição de moral. Só pra ter uma ideia, das 8 histórias, só as 2 do Penadinho que não foram com algo didático. Até a história de abertura teve lição de moral no final. Uma ou outra até tudo bem, mas o tempo inteiro assim acho que fica cansativo e irritante.

De destaque, "A voz da razão", escrita por Edson Itaborahy e com 7  páginas, em que a Mônica perde a voz ao gritar com o Monicão e aí sempre que seus amigos fazem alguma coisa, ela consegue aconselhar, ensinar boas maneiras, fazer os meninos se regenerarem, mesmo sem falar nada. Mais uma da safra didática e com lições de moral, e chama atenção da Mônica não bater nos meninos, sempre arrumam uma forma de desviar a atenção para eles não levarem surra, o que é muito ruim e descaracteriza muito os personagens. Na tirinha o Cebolinha também não apanhou. Mostrar meninos com cartazes ao invés de desenharem nos muros também é lamentável sempre.

Trecho da HQ "A voz da razão"

Termina com a história "A boa ação da Milena". Escrita por Paulo Back e com 8 páginas no total, Mônica estranha que mesmo que a Milena gosta tanto de bichos, mas não tem nenhum bichinho de estimação. Mostra, então ,que a característica principal da Milena em suas histórias solo será sobre o amor e carinho aos bichos e como cuidá-los e procurar adotar bichos na rua, ainda mais que a sua mãe é veterinária. Mais um lado didático nas histórias e a personagem Milena vai servir pra aumentar as boas maneiras nos gibis.

Trecho da HQ "A boa ação da Milena"

A propaganda celebrando o filme "Laços" foi essa.

Contracapa celebrando filme "Laços"


Magali Nº 51

Tem a história "A Turma do Condomínio", escrita por Edson Itaborahy e com 30 páginas. Nela, a turminha  e os outros moradores do bairro do Limoeiro estão em um condomínio que foi disponibilizado pela Dona Carmem da Esquina e onde ela é síndica também para se refugiarem de um monstro que estava rodeando o Limoeiro. A turminha faz de tudo para descer do condomínio e poderem brincar no bairro e também descobrir o mistério do monstro que está lá.

A história se passa na comemoração dos 60 anos dos Estúdios Mauricio de Sousa. Não foi tão ruim, apesar e que poderia ter mais conflitos. Os traços aceitáveis, chama atenção de muitos olhos redondos e esbugalhados, não só nesse gibi, mas como todos no geral. Vale destacar que mais uma vez os meninos não apanharam quando tiveram oportunidade. Quando Mônica ia bater neles, teve a desculpa que a Dona Carmem estava se aproximando.

Trecho da HQ "A turma do condomínio"

Dona Carmem da Esquina é uma moradora do Limoeiro barraqueira, principalmente quando as crianças estragam as orquídeas do seu quintal. Ela foi criada nos anos 2000 pelo roteirista Emerson Abreu e só aparecia nas histórias dele e agora tem aparecido em histórias e outros roteiristas. 

O que dá surpreender é que agora a Dona Carmem está magra e esbelta, bem diferente que quando foi criada em que ela era gorda a obesa. No gibi do Cascão também estava magra.  Tia Nena, que também apareceu nela, está bem mais magra do que era. A MSP agora está emagrecendo os personagens que eram gordos, como a Dona Cebola, Pipa, Thuga, Nhô Lau, Tia Nena, seguindo um padrão de beleza, mas, com isso, descaracterizando os personagens e excluindo gordos nas histórias.

Trecho da HQ "A turma do condomínio"

O gibi segue com o estilo que está sendo nos gibis da Magali. Raramente fala de comida, fome exagerada da Magali, nem pensar. E quando fala de comida nem mostra ela comendo, só citando as comidas. Para ter uma ideia, teve uma história de 1 página em que a Magali pede panquecas desenhadas com rostos dos seus amigos, mas, ao invés de comer, ela coloca as panquecas em um quadro na moldura na sua sala para ficar admirando os seus amigos estampados nelas. Como assim? Em outras épocas, Magali já tinha devorado tudo de uma vez só lá no estabelecimento. Isso tudo desanima e deixa sem graça os gibis dela.

Histórias com secundários foram com Mingau, Penadinho e Bidu. Destaque para a história do Mingau, "Ah, família", escrita por Renatta Barbosa e com 4 páginas, em que ele vai visitar um novo gato no bairro, o Norberto, mas tem a surpresa que ele está cuidando de um filhote de gambá como se fosse um filho dele, com lição de moral. Bom que teve história do Mingau na rua contracenando com outros gatos para diferenciar do que vendo só ele junto com Magali em casa, mas é ruim  porque envolve boas maneiras, ser didático, coisa frequente ultimamente. 

Termina com "O brinquedinho novo", escrita por Paulo Back e com 9 páginas, em que a Magali dá um brinquedo de gato pra ficar indo atrás do objeto e ele fica a história toda tentando segurar o brinquedo no ar. Mostrando o cotidiano dos gatos, como vendo sendo as histórias do Mingau com a Magali nos gibis dela. Traços feios digitais.

Trecho da HQ "O brinquedinho novo"

A propaganda celebrando o filme "Laços" foi essa:

Contracapa celebrando filme "Laços"

Não comprei 'Chico Bento' por não ter nada especial em relação aos 60 anos dos Estúdios Mauricio de Sousa  e aí não tem resenha desse. Foi apenas história de aniversário do Chico, como acontece todos os anos nos meses de julho dos gibis dele e inseriram um trecho com o Chico Bento transformado em Chico Bento Moço. Agora quando mostram os personagens adolescentes ou adultos, mostram em suas versões mangá ao invés de desenhar no estilo clássico. Não gosto disso, era bom quando cada história dos personagens adultos tinham desenhos diferentes, seguindo o estilo de cada desenhista.

O que dá pra concluir nos gibis atuais, é que são voltados para crianças exclusivamente até 9 anos de idade. Não tem mais conflitos, é tudo ameno e voltado ao politicamente correto e ensinamento de boas maneiras. Vilões não são mais perversos, personagens descaracterizados, sobretudo Cascão sem mostrar o medo de água e sujeira do Cascão, Magali não é mais comilona, meninos não apanham da Mônica, Chico Bento sem fazer traquinagens e bom aluno, personagens que eram gordos agora são magros. Tudo isso desanima, por isso não compro gibis atuais, só as consideradas especiais.

Comprei os gibis mais pela comemoração dos 60 anos da MSP. Na minha opinião, as melhores histórias de abertura dessas edições "N° 51" que eu comprei, na ordem de preferência, foram: Cebolinha, Turma da Mônica, Cascão, Magali e Mônica.  Sendo que o Cebolinha foi o mais diferente de todos, o que mais vale a pena. Fica a dica.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Cascão Nº 51 / Turma da Mônica Nº 51 - Panini - 2019


Os gibis do mês de julho de 2019 estão especias com histórias comemorativas dos 60 anos dos Estúdios Mauricio de Sousa. Todos os gibis principais tem histórias de abertura com algo relacionado à data, menos o do Chico Bento. Então, vou fazer durante esse mês resenha dos gibis que eu comprar e nessa postagem mostro como foram os gibis do 'Cascão Nº 51' e 'Turma da Mônica Nº 51'.

Tem a promoção "Fantástica Fábrica de Quadrinhos" em que vem um cupom para cadastrar o código no site para sortear uma visita aos Estúdios da MSP (10 ganhadores), 10 caixas com diversas revistas e livros e assinatura de 6 meses dos gibis. Nas capas, agora tem um selo de 60 anos da MSP e nas contracapas dos gibis de julho, uma propaganda celebrando o filme "Laços" como se  fosse uma capa alternativa, mostrando o ator/ atriz que fez o personagem no filme ao lado do personagem em quadrinhos em seus respectivos gibis, menos o do Chico Bento..

A seguir mostro como foram esses gibis do Cascão e Turma da Mônica, ambos custando R$ 6,00, com formato canoa e 68 páginas.

Cascão Nº 51

O gibi teve 9 histórias, incluindo a tirinha final. A história de abertura é "A Turma do Cascão". Escrita por Edson Itaborahy e com 30 páginas no total, Cebolinha e Cascão estão comemorando os 60 anos da MSP e Cebolinha tem um plano infalível de chegar ao estúdio da MSP por uma gruta que tem no caminho que é uma passagem secreta para entrar na MSP e alterar as histórias, fazendo com que ele seja um roteirista, derrote a Mônica e seja o dono da rua. Cascão conta o plano para o Capitão Feio, que estava se abrigando na casa do Cascão, pensando que o vilão estivesse se regenerado, e executa o plano a seu favor para mudar a sua trajetória nos quadrinhos.

Trecho da HQ "A Turma do Cascão"

Gosto dessa interação de metalinguagem dos personagens com o pessoal da MSP, apesar que o estúdio apareceu pouco. Foi citado o tempo todo que o Capitão Feio era tio do Cascão como referência de quando ele foi criado no gibi da 'Mônica Nº 31' de 1972 da Editora Abril. os traços até foram bons dentro da atualidade. O que estraga é que não teve nada referente a banho e sujeira, nem o plano do Capitão Feio  não foi para sujar a Terra. Ele sendo o roteirista, ele podia querer sujar o mundo todo.

Trecho da HQ "A Turma do Cascão"

No mais, o gibi segue o padrão atual, misturando  algumas histórias mais longas, outras curtas, com traços e letras de PC. Histórias com secundários foram com: Bidu, Humberto e Penadinho. De destaque, "No mundo da Lua", escrita por Gerson Teixeira e com 8 páginas em que o Cascão e cebolinha brincam de astronautas na Lua no quintal da Carmen da Esquina, até ela descobrir e chamar as mães dos meninos.

Termina com "Ataque em dobro", escrita por Daniel Mallzhen e 8 páginas no total, em que Cascão, Cebolinha e Marina perdem no jogo de futebol com Tonhão da Rua de Baixo junto com o Toninho, um garoto bem parecido com o Tonhão, e a turminha vai atrás deles para descobrir o mistério de quem é Toninho.

Teve presença de um garoto cientista chamado Franjoca, idêntico ao Franjinha, só que com cabelo preto e franjas brancas. No lugar da Marina achava que podia ser algum outro menino com eles, como Xaveco, Titi, Jeremias, por exemplo. Os traços estranhos, muito copiar/colar, expressões iguais e sem vida, pode reparar o Tonhão e Toninho desenhado iguais e as expressões dos personagens iguais também.. Curioso ser falado a palavra "azar" depois de muitos anos essa palavra ser proibida na MSP e ser trocada por "má sorte", sendo que foi uma frase popular famosa  de sorte no amor, azar no jogo e por isso não pode afirmar se voltaram a falar "azar" de forma definitiva.

Trecho da HQ "Ataque em dobro"

A propaganda da contracapa ou capa alternativa celebrando o filme "Laços" ficou assim:

Contracapa celebrando o filme "Laços"

Achei esse gibi do Cascão normal , de especial foi a metalinguagem dos personagens com a MSP nos seus 60 anos de criação e sempre bom ver Capitão Feio nos gibis. Pena é não ter mais histórias do Cascão envolvendo banho, sujeira, lata de lixo, no máximo mostrando citações rápidas, o que desanima bastante nos gibis dele atuais.

Turma da Mônica Nº 51

Com 11 histórias no total, incluindo a tirinha final, é um gibi especial mostrando na história de abertura a turma comemorando os 60 anos dos estúdios Mauricio de Sousa e a estreia nos gibis do autista André. 

O André já tinha aparecido em uma edição institucional de 2003 e depois em campanhas publicitárias institucionais, cartilhas e desenhos da turma envolvendo o tema de autismo e é a primeira vez que tem uma história com ele em gibis. É bom para os leitores terem conhecimento e inclusão social e que um autista pode conviver com qualquer pessoa normalmente sem diferenças e sem preconceitos, além dos próprios autistas se sentirem representados nos gibis. A tendência  é o André aparecer mais vezes nos gibis a partir de agora.

Institucional "Turma da Mônica - Um amiguinho diferente" (2003)

Com o título "Tem lugar pra todo mundo nessa turma", escrita por  Edson Itaborahy e com 21 páginas, eles estão nos Estúdios Maurício de Sousa, recebendo os leitores sorteados da promoção "Fantástica Fábrica de Quadrinhos", entre eles o autista André, que passa a interagir com os personagens de vários núcleos ao entrar nos quadrinhos através de uma passagem secreta que estava nos Estúdios Mauricio de Sousa. Enquanto os personagens estavam indo à MSP, Andre contracena através do seu jeito de ser, principalmente repetindo frase sou palavras que ouve outras pessoas falando, com lição de moral no final.

Trecho da HQ "Tem lugar pra todo mundo nessa turma"

Os traços não foram ruins dessa vez. Tem uma interligação com a história de abertura de 'Cascão Nº 51' em que Cebolinha e Cascão estavam correndo do Capitão Feio, que havia invadido o estúdio e que foi o gancho da mãe do André se distrair por um momento e ele entrar na passagem secreta do estúdio. E durante a história, Cebolinha e Cascão comentam que conseguiram se livrar do Capitão Feio. Ou seja, confirma que a história de abertura do Cascão foi ambientada no mesmo dia da visita dos leitores à MSP. A passagem secreta também apareceu no gibi do Cascão e, com isso, para entender esses trechos seria bom ter os 2 gibis.

É a primeira vez que o Parque da Mônica é retratado nos gibis desde que o parque antigo fechou em 2010. Essa revista passou a ser só histórias normais com a Turma da Mônica na abertura, como um gibi qualquer e nem quando o Parque reabriu, eles não passaram a fazer histórias ambientadas lá. Na verdade, o Parque na história estava como se fosse dentro da MSP para que pudesse mostrar os 2 lugares na história e representar um faro dos 60 anos da MSP e apareceu só no início até o momento do André entrar na passagem secreta para os quadrinhos.

Trecho da HQ "Tem lugar pra todo mundo nessa turma"

Outro destaque do gibi é uma história da Milena com as gêmeas Cremilda e Clotilde. Em "Uma partida limpinha", escrita por Paulo Back e 8 páginas no total, Milena chama as irmãs para jogarem futebol com as outras meninas, mas, além de elas não saberem jogar, ainda implicam que a bola é suja e que o jogo faz muita sujeira.

Primeira vez que não tem Cremilda e Clotilde querendo dar banho no Cascão, ele nem aparece na história, o que tornou bem diferente. Tem momento que as irmãs gêmeas querem limpar a bola durante a partida de futebol com as meninas. Mesmo sendo algo diferente, ainda acho melhores as histórias dos planos de Cremilda e Clotilde quererem dar banho forçado no Cascão a todo custo. E dessa foi uma história com  Milena, já que até agora, ela só tinha aparecido como figurante das histórias e nessa foi uma própria dela. No gibi da Mônica também tem presença dela, interagindo mais. Interessante também ver Aninha nela sem ser em histórias do Titi.

Trecho da HQ "Uma partida limpinha"

Já o resto do gibi foi como vem sendo atualmente, histórias voltadas ao politicamente correto, sempre procurando dar alguma lição de moral e traços e letras feios de PC. Histórias com secundários, no caso dessa revista sem ser dos 4 principais, foram com Astronauta (2 histórias curtas), Bidu e Do Contra. Destaque para a história da Magali chamada "Comidinhas da Magá" (escrita por Alexandre Lourenço e 7 páginas no total) em que ela cria um canal  do "Iutubo" (YouTube), mas Dudu, Mingau e Quinzinho ficam atrapalhando a gravação do vídeo. Fica até uma história moderna com a moda de todos quererem ser youtubers e influenciadores digitais e tem uma mensagem de lição de moral no final. Gostei de ter tido só os personagens da "Turma da Magali", difícil os 3 juntos atualmente.

Termina com a história "Tá tudo bem", escrita por Edson Itaborahy e com 7 páginas no total em que a Mônica encontra o Cascão triste ela fala para mentalizar que está tudo bem para não atrair coisas negativas, mas acaba dando tudo errado para ele assim mesmo e no final uma lição de moral, como não podia deixar de ter.

Trecho da HQ "Tá tudo bem"

A propaganda da contracapa celebrando o filme "Laços", ou capa alternativa como preferir, foi essa com todos os personagens do filme e dos quadrinhos juntos.


Esse gibi "Turma da Mônica" tem também as suas versões em inglês e espanhol "Monica and Friends" e "Mónica y sus amigos", respectivamente. Já estava nos meus planos para comprar por causa da estreia do autista André e do novo Parque da Mônica e com a surpresa da comemoração dos 60 anos dos estúdios Mauricio de Sousa, aí motivou mais a comprar. Boa a sacada também as histórias interligadas entre esse gibi com o do Cascão. Tem um exagero de lições de moral e mostrar bom exemplo como vem sendo os gibis atualmente, o que se torna cansativo, mas mesmo assim não foi ruim na avaliação total. Fica a dica.

Para ver a resenha do gibi do Cebolinha Nº 51, clique nesse link:

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Cebolinha Nº 51 - Panini - 2019


Nesse mês de julho a MSP está comemorando 60 anos e, com isso, os gibis do mês de julho de 2019 estão especias com histórias comemorativas com a data. Todos os gibis principais tem algo relacionado aos 60 anos da MSP, menos o do Chico Bento. Então, vou fazer durante esse mês resenha dos gibis que eu comprar e nessa postagem mostro como foi o gibi 'Cebolinha Nº 51'.

A distribuição das revistas seguiu o normal que vem sendo, os gibis dos 5 personagens principais chegaram aqui dia 11 de julho e Turma da Mônica chegou dia 20 de julho. Nas capas, agora tem um selo de 60 anos dos Estúdios Mauricio de Sousa completados nesse mês de julho.

As revistas desde maio estão com a promoção "Fantástica Fábrica de Quadrinhos" em que vem encartadas um cupom em que você cadastra o código no site e se for sorteado vai ter uma visita aos Estúdios da MSP (10 ganhadores) e serão sorteados também 10 caixas com diversas revistas e livros e assinatura de 6 meses dos gibis. Todos os gibis principais, exceto almanaques estão com essa promoção e, com isso, eles vem embalados com plástico para não pegarem o cupom e infelizmente não dá para serem folheados nas bancas para saber como eles estão.

Promoção "Fantástica Fábrica de Quadrinhos"

Um destaque dos gibis "Nº 51" desse mês de julho é que nas contracapas de Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Turma da Mônica têm propagandas do filme "Laços". Como se  fosse uma capa alternativa, mostram o ator/ atriz que fez o personagem no filme ao lado do personagem em quadrinhos em seus respectivos gibis.  Assim, no gibi da Mônica tem a Mônica do filme com o desenho da personagem Mônica ao lado e por aí vai. Já no gibi Turma da Mônica tem os 4 personagens juntos. Só o gibi do Chico Bento que não teve, pois ele não apareceu no filme e colocaram no lugar propaganda do álbum de figurinhas do filme.

A propaganda da contracapa celebrando o filme "Laços", ou capa alternativa alternativa, como preferir,  ficou assim:

Contracapa da edição celebrando o filem "Laços"

Falando sobre 'Cebolinha Nº 51', custa R$ 7,00, com formato lombada, 84 páginas e com 9 histórias no total, incluindo a tirinha final. Chama a atenção da história de abertura envolver fábula e ainda mais em um gibi dele, já que geralmente colocam fábulas nos gibis da Magali e fugir um pouco dos personagens o tempo inteiro só no bairro do Limoeiro.

Na história de abertura, "O Contador de Histórias", escrita por Carlos Estefan e com 36 páginas no total, Jeremias resolve contar uma história para o Cebolinha, Mônica e Denise para que eles parem de brigar. Jeremias conta o período assombroso que o bairro do Limoeiro passou em uma época que uma terrível força fez com que seus habitantes transformassem em espectros das sombras por eles viverem brigando entre si o tempo inteiro e deixaram de ter qualquer sentimento. Assim, 4 amigos, que são os antepassados dos personagens, vão ter que salvar o vilarejo e fazer o possível de também não serem transformados em espectros das sombras com a ajuda de um guardião contador de histórias, que era uma paródia do Mauricio de Sousa.

Trecho da HQ "O Contador de Histórias"

Achei um roteiro bem interessante, diferente do que vem sendo colocado ultimamente nos gibis. Os traços não ficaram ruins, tiveram uns contornos e ângulos diferentes, apesar de ter tido algumas caretas, mas nada que prejudique na avaliação completa. A capa da edição também ficou muito bonita, melhor capa do mês. Teve também a homenagem aos 60 anos dos Estúdios Mauricio de Sousa, inserindo uma versão da primeira tirinha de 1959 do Bidu e Franjinha em que ele ficava ouvindo um palestrante, junto com várias pessoas e cada um ia saindo até ficar o Franjinha para buscar o Bidu que estava dentro da caixa onde o palestrante estava acima.

Trecho da HQ "O Contador de Histórias"

Outro destaque desse gibi do Cebolinha foi ter uma história do personagem Marcelinho, inspirado no filho caçula do Mauricio de Sousa. Ele estreou em 2015 em tiras na internet, tem mania de ser extremamente certinho, ensinar a turminha economizar coisas, ser  contra o desperdício, a favor da sustentabilidade e atender o politicamente correto. Nos gibis, ele teve participações de figuração em algumas histórias e agora pela primeira vez teve um destaque maior, podendo considerar uma real estreia do personagem nos gibis.

Na história "Um novo parceiro", escrita por Luciana Luppe e com 8 páginas, Cebolinha procura o Marcelinho para ser o novo parceiro dele em seus planos infalíveis contra a Mônica. Só que Marcelinho reclama do desperdício de água e de energia elétrica. Ele até participa do plano, mas procura fazer seus ajustes em contribuição à sustentabilidade do planeta. Mesmo que ele esteja ensinando bons exemplos, mas até que a história não foi ruim. Os traços também foram bons.

Trecho da HQ "Um novo parceiro"

Já o resto do gibi foi como vem sendo atualmente, traços feios de PC e expressões sem vida no estilo copiar/colar com imagens prontas e letras ruins também de PC. Poucas histórias do Cebolinha, foram só 4, incluindo a tirinha final, sendo que na abertura ele nem foi a atenção central. 

Histórias dos secundários foram com a Turma do Penadinho (2, uma com a turma toda e outra com a Dona Morte), Astronauta, Humberto e uma com Nimbus, Do Contra e Marina, que pelo visto quiseram dar destaque nesse gibi aos personagens inspirados nos filhos do Mauricio na vida real, primeiro Marcelinho e agora eles. Curioso na história da Dona Morte de 2 páginas, ela falar "Senhor Cegonha" ao invés de "Dona Cegonha" como eram nos gibis antigos. Na Panini eles fazem isso há algum tempo. E interessante que o Cascão não apareceu em nenhuma história, é raro ele não aparecer em um gibi do Cebolinha.

Termina com a história "Loucuras e Cenourinhas", escrita por João Mendonça e com 6 páginas em que o Louco aparece para o Cebolinha, só que com várias cópias dele, assim como também cópias do próprio Cebolinha. Histórias normal para o padrões atuais do Louco, os traços achei feio, muito copiar/ colar, a gente nota as expressões sem vida e posições tudo iguais dos personagens clonados.

Trecho da HQ "Loucuras e Cenourinhas"

Então, esse gibi foi uma boa surpresa para fugir um pouco da mesmice da turma no bairro do Limoeiro, bom também terem inserindo a tirinha do Bidu de 1959 para comemorar os 60 anos da MSP e também teve a surpresa de uma história de destaque com o Marcelinho, que nunca tinha tido desde que ele estreou. No geral o gibi foi legal. Fica a dica.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Capa da Semana: Gibizinho do Bidu Nº 23

No dia 18 de julho de 1959 era criado o Bidu em uma tirinha sua no "Jornal da Tarde", junto com o Franjinha, começando, assim, a trajetória de sucesso do Mauricio de Sousa no mundo dos quadrinhos. Aos poucos o cãozinho Bidu foi recebendo mais destaques e foram criados os outros personagens do Mauricio.

Em homenagem aos 60 anos de criação do Bidu e da MSP, deixo uma capa do Bidu em que ele cola cartazes no muro mostrando que é um verdadeiro astro dos quadrinhos. Parabéns Bidu e Mauricio pelos 60 anos de sucesso!

A capa dessa semana é de 'Gibizinho do Bidu Nº 23' (Ed. Globo, Setembro/ 1992).


terça-feira, 16 de julho de 2019

Os Filmes da Turma da Mônica (Parte 2)


Ao longo da trajetória, a MSP desenvolveu vários filmes da Turma da Mônica, sejam animações ou estilo "live action", os filmes marcaram várias gerações. A maioria dos filmes  nessa fase já foram lançados direto em fitasVHS ou DVD, apenas alguns que forma para os cinemas. Na postagem anterior, mostrei os filmes dos anos 80 e nessa postagem relembro os filmes de 1990 até 2019, ilustrados com as propagandas que saíram nos gibis. 

Em 1990 era lançado o filme "Chico Bento, "Óia a Onça". Foi o primeiro filme exclusivo com o Chico Bento, até então ele só teve uma história solo no filme "As novas aventuras da Turma da Mônica" de 1986. "Óia a Onça" foi o primeiro que teve uma duração menor em relação aos outros filmes, enquanto os outros tinham em média 60 a 90 minutos, esse do Chico teve 30 minutos. 

Nele, Chico, Rosinha e Zé Lelé passeiam pelo campo e Chico conta "causos " da sua vida, seja engraçados, curiosos ou emocionantes. Foram 8 desenhos nesse filme e baseados em histórias de gibis já conhecidas. Cada desenho foi bem curto, cerca de 2 a 3 minutos cada um. Foram eles: "O causo da melancia", "O causo do burrico", "O causo do sapo", "A verdade dói", "O causo do ovo", "O canto do sabiá", "O causo das formigas", "Chico Bento, óia a onça".

Foi o último filme lançado pela "Transvideo", marcando fim da parceria da MSP com eles. Nos gibis, mostravam essa propaganda com a capa do vídeo VSH quando lançaram o filme. 

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 45' (Ed. Globo, 1990)


"O Natal de Todos Nós" foi lançado em fita VHS em 1992. Trata-se de uma reedição da seção que saiu em 'Almanaque da Mônica Nº 7' (Ed. Abril, 1980) onde os personagens falavam sobre o Natal e, por acharem muito bom, resolveram lançar um filme animado. É o mesmo conteúdo da seção do 'Almanaque da Mônica', sem tirar uma vírgula, só que como forma de desenho animado. Na verdade, esses desenhos foram exibidos em 1988 junto com o filme "A Estrelinha Mágica" e depois juntaram as 10 animações e lançaram o vídeo VHS. Teve também um livro infantil de "O Natal de Todos Nós".

Nos gibis tiveram essa propaganda em 1993, sendo que agora sendo lançado pela "AB Vídeo".


Propaganda tirada de 'Magali Nº 117' (Ed. Globo, 1993)

"Turma da Mônica Quadro a Quadro" foi lançado em 1996 pela "Estrela Vídeos". O primeiro filme com estilo anos 90, foram 4 desenhos animados reunidos em um vídeo de meia hora separados apenas por uma vinheta. A intenção eram que as histórias em quadrinhos já lançadas tivessem movimento. Foi  primeira vez que teve traços digitais, embora ainda finos, mas já notava diferença nos filmes anteriores e apresentavam uns fundos escuros bem digitais. Os desenhos foram: "Algo verde, mole e pegajoso", "Tá morto ou não tá", "Branca de fome e os sete anões" e Game ao vivo". Uma homenagem à roteirista Rosana Munhoz que havia morrido em 1996 e colocaram nesse filme todas as histórias de gibis originais escritas e desenhadas por ela. 

Esse filme não teve relançamento depois em outras mídias como DVD. Nos gibis, tinham essa propaganda com uma imagem de cada desenho. No caso, nessa propaganda eles fizeram uma montagem de como as histórias apareceram nos gibis com o cenário que aparece no filme, mas os traços de desenhos do filme são diferentes como estão aí.

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 49' (Ed. Globo, 1997)

Em 1997 estreava a coleção "Video Gibi Turma da Mônica" da "Publifolha". Eram fitas VHS com filmes inéditos lançadas esporadicamente. Seguiu o modelo de "Turma da Mônica Quadro a Quadro" de relançar histórias em quadrinhos já existentes em vídeo como se as  historinhas estivessem em movimento. Tinham mesmos traços e cenários digitais do "Turma da Mônica Quadro a Quadro" e tinham uma vinheta entre os desenhos e diferença de ter um clipe musical no final.

O primeiro "Video gibi" lançado foi "O Mônico" em 1997 e teve 4 desenhos: "O Mônico", "Chico Bento no shopping", "Frank em ser criança" e "Como atravessar a sala". Entre cada desenho, uma vinheta de 30 segundos com  clipes musicais com a Turma do Penadinho. Com o lançamento do vídeo VHS, nos gibis, teve essa propaganda com a Mônica.

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 55' (Ed. Globo, 1997)

Teve também essa propaganda do "VideoGibi" com o Cebolinha, como se ele estivesse falando.

Propaganda tirada de 'Almanaque do Cebolinha Nº 40' (Ed. Globo, 1997)

"Video Gibi 2" foi "O plano sangrento", lançado em 1998, com os desenhos "O plano sangrento", "Na roça é diferente", "Astronauta" e "Duelos em quadrinhos". Mesmo estilo anterior, incluindo as vinhetas com clipes musicais com a Turma do Penadinho. Nos gibis, tiveram essa propaganda, sendo que na introdução do filme tinha Mônica e Cebolinha desenhados em forma de esboços, mostrando como é feito um "Video Gibi". Nos gibis, essa propaganda.

Propaganda tirada de 'Mônica Nº 138' (Ed. Globo, 1998)

"Video Gibi 3" foi "O estranho soro do Doutor X", lançado em 1998. Diferente dos outros, esse teve 5 desenhos "Coisa de louco", "Comida fresca", "A história do galo Ataliba", "A turma do zoológico" e "O estranho soro do Doutor X".  As vinhetas ilustraram planos infalíveis do Cebolinha entre cada uma das histórias e tinham traços mais leves e abertura instrumental com o tema da Turma da Mônica. Nos gibis, essa propaganda.

Propaganda tirada de 'Almanaque do Chico Bento Nº 47' (Ed. Globo, 1998)

"Video Gibi 4" foi "A ilha misteriosa", lançado em 1999, com os desenhos "A ilha misteriosa", "Regras e exceções", "Chico Mico" e "Mingau com Chuva". Teve abertura instrumental com o tema da Turma da Mônica e estilo de traços do "Video Gibi 3". Nos gibis, essa propaganda.

Propaganda tirada de 'Almanaque do Cascão Nº 54' (Ed. Globo, 1999)

Em 1999, a MSP fechou parceria com a Globo e passou desenhos inéditos curtos de 1 a 2 minutos com traços digitais novos dentro do programa "Angel Mix" da Angélica e em 2000 passou a tempo maior, com um bloco inteiro chamado de "A Turma da Mônica na TV" dentro de "Bambuluá com Angélica". Foi cancelada de repente a atração em 2001, sem acordo com a MSP , causando uma batalha judicial entre as empresas. Quando foi lançado os desenhos em 1999, teve essa propaganda nos gibis.

Propaganda tirada de 'Mônica Nº 157' (Ed. Globo, 1999)

Em 2003 os filmes clássicos dos anos 80 e 90 tiveram relançamentos em DVD pela "Paramount", só que com dublagem nova e como os DVDs tinham mais capacidade que as fitas VHS eles incluíram mais episódios de outros filmes pra preencher o espaço dos DVDs, por isso tiveram outros títulos diferentes que não existiam antes. Nos gibis, fizeram essa propaganda anunciando o relançamento desses filmes. Mostraram os DVDs dos filmes "Bicho Papão", "O ogro da floresta", "O plano sangrento" e "A Estrelinha Mágica", mas tiveram outros relançamentos também. 

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 133' (Ed. Globo, 2003)

Em 2004, a Turma da Mônica volta ao cinemas com "Cine Gibi - O filme". Desde "Estrelinha Mágica" de 1988 que o público que não via a turminha nos cinemas. Em "Cine Gibi - O Filme", a turma está em uma sala de cinema e várias histórias de gibis são transformadas em animações através de uma máquina inventada pelo Franjinha. Durante o filme, tem mistura de animação e "live action" com artistas contracenando com a turminha. Assim, o filme tem participações especiais de Luciano Huck, Wanessa Camargo, Fernanda Lima, a dupla sertaneja Pedro e Thiago, além do próprio Mauricio de Sousa.

Os desenhos foram: "Em busca do nariz de Isabelle", "Concurso de beleza", "Um amor dentuço, "O Caça- Sansão", Um cenário para os meus bonequinhos" e "Irmão Cascão" Posteriormente lançado em DVD também e vários produtos com a marca. Nos gibis quando estava prestes a ser lançado, teve essa propaganda com ar de mistério com o Franjinha e sua máquina de projetar gibis no cinema.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 372' (Ed. Globo, 2004)

Quando lançaram o DVD e VHS, criaram essa propaganda com a capa do filme. Curioso que foi o primeiro vídeo inédito da turminha em DVD e que ainda existiam lançamentos de fitas VHS em 2004 e foi o último filme que teve a sua versão em fita VHS.

Propaganda tirada de 'Parque da Mônica Nº 144' (Ed. Globo, 2004)

Após esse tiveram ainda mais 8 filmes de "Cine Gibi", até o volume 9, entre 2005 a 2016, com 7 desenhos cada um, só que lançados diretamente em DVD e cada volume procuraram ser com histórias temáticas. Os traços mais digitais e contornos grossos e que parecem iguais aos dos gibis em quadrinhos. O volume 2 de 2005 foi normal e a partir do terceiro em diante foram temáticos. Com isso, do "Cine Gibi 3" em diante foram: "Planos Infalíveis" (2008), "Meninos e Meninas" (2009),  "Luz, Câmera, Ação" (2010), "Hora do Banho" (2013), "Bagunça Animal" (2014), Tá brincando" (2015), "Vamos fazer de Conta?" (2016).

Em 2007 tem a estreia nos cinemas de "Turma da Mônica Uma Aventura no Tempo". Foi o primeiro após "A princesa e o robô" de 1984 que teve uma história de aventura inédita com estilo longa metragem exclusiva para o cinema, com mais de 80 minutos, sem ser  apresentação de desenhos como nos outros firmes.

Nesse filme, Franjinha está construindo uma máquina do tempo, que funciona quando conseguir reunir moléculas dos 4 elementos básicos da natureza: ar, água, fogo e terra. Enquanto constrói, a máquina é atingida pelo Sansão quando Cebolinha e Cascão tentam fugir de apanhar da Mônica e com o choque faz com que os elementos sejam enviados cada um para uma época diferente e Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Bidu vão em busca dos elementos perdidos, usando a própria máquina construída por Franjinha.

Tem participação também do Astronauta, Horácio, Turma do Piteco e Turma do Papa-Capim, o que tornou legal, já que não eram muito frequentes desenhos com eles. Chico Bento e Rolo têm participação rápida e tem estreia de vilões como Rei do Fogo (Pitoco), Dente-de-Ouro e Cabeleira Negra. Traços todos digitais e teve lançamento depois em DVD, além de vários produtos com a marca depois. Não encontrei uma propaganda em gibis, então deixo o cartaz do filme para ilustrar.

Filme "Turma da Mônica Uma Aventura no Tempo" (2007)

Nos anos 2010, além dos DVDs da série "Cine Gibi", tiveram também 2 volumes de DVD de "Se liga na Turma da Mônica, em 2011 e 2012, respectivamente, mostrando compilações de mini-episódios que passaram na TV Globo,  também animações da turma na televisão como nos canais Cartoon Network, TV Globo e TV Cultura, sendo que eram os desenhos dos filmes já lançados e desmembrados, além de desenhos institucionais e séries derivadas para a internet como Penadinho 3D, Tina, Pelezinho, Neymar Jr e Mônica Toy.

Até que em 2019, foi lançado para o cinema o filme "Laços". Trata-se de uma produção toda em "live-action", com atores reais. Só que diferentes de "No Mundo de Romeu e Julieta" e "A Rádio do Chico Bento", que colocarem atores como bonecos vivos nas ocasiões, agora em "Laços" foram atores caracterizados como os personagens se eles fossem pessoas reais e não personagens em quadrinhos.

O filme  foi baseado na "Graphics MSP - Laços", dos irmãos Vitor e Lu Caffaggi, lançada em 2013, que teve uma boa aceitação do público na época e resolveram fazer um filme baseado nessa Graphics. Na trama, Floquinho desapareceu e o Cebolinha e a turma vão procurá-lo, enfrentando desafios e grandes aventuras, com bonita mensagem de amizade. Além dos personagens principais, tem presença também de vários personagens do universo da Turma da Mônica como Titi, Jeremias, Quinzinho, Xaveco, Cascuda, entre outros e os pais da turminha. Destaque que tem alguns atores conhecidos como Rodrigo Santoro como o Louco, Mônica Iozzi como Dona Luísa, mãe da Mônica e Paulo Vilhena como Seu Cebola, pai do Cebolinha.

Filme "Laços" (2019)

Nos gibis, teve propaganda do filme nas contracapas das edições "Nº 51" de Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali, como se  fosse uma capa alternativa, mostrando o ator/ atriz que fez o personagem no filme ao lado do personagem em quadrinhos em seus respectivos gibis. Assim, no gibi da Mônica tem a Mônica do filme com o desenho da personagem Mônica ao lado e por aí vai. Deixo uma imagem tirada da página Turma da Mônica Brasil do Facebook.

Contracapas gibis "Nº 51" (Ed. Panini, 2019)

No gibi do Cebolinha, por exemplo, ficou assim.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 51' (Ed. Panini, 2019)

Como podem ver são filmes bacanas, sempre bom ver animações com a Turma da Mônica, seja qual for a época sempre foram bem desenvolvidos e a tecnologia aprimorou os desenhos com o tempo, mas a essência dos filmes sempre foi a mesma de agradar as crianças de suas gerações. Todos esses filmes tem maiores detalhes de sinopses e produções no Wikipedia e podem ser vistos no YouTube. 

Para saber sobre os filmes de 1982 a 1989, clique nessa postagem.