sexta-feira, 29 de abril de 2016

Capas Semelhantes (Parte 20)

Mostro 5 capas semelhantes que apareceram em almanaques. Nessa postagem, todas da Editora Globo.

Almanaque do Chico Bento Nº 4 X Almanaque do Chico Bento Nº 48

Os personagens roubando goiabas do Nhô Lau. Na versão original de 'Almanaque do Chico Bento Nº 4', de 1988, o Nhô Lau e o seu cachorro estava de vigia, mas não sabia que eles já estavam na goiabeira, com o Chico subindo sem que eles vejam. e os personagens foram praticamente todos da Turma do Chico Bento, com exceção do Papa-Capim e Cafuné. Fizeram uma nova versão 10 anos depois, que saiu em 'Almanaque do Chico Bento Nº 48', de 1998, dessa vez com o Nhô Lau surpreso com tanta gente na goiabeira e prevaleceram personagens de outros núcleos, com exceção da Rosinha.

Diferente dos almanaques dos outros personagens, os Almanaques do Chico Bento eram raros de aparecer secundários nas capas, com exceção do Papa-Capim. Eles procuravam colocar secundários nas capas dos almanaques para diferenciar dos gibis convencionais. 



Almanaque do Chico Bento Nº 16 X Almanaque do Chico Bento Nº 85

Chico Bento encontra seus amigos na sua rede bem na hora que ele vai deitar nela. Na 1ª versão, de 'Almanaque do Chico Bento Nº 16' , de 1991, o Chico fica brabo quando encontra todos na rede, depois de ele ter saído para buscar o travesseiro. Já na nova versão, de 'Almanaque do Chico Bento Nº 85', de 2005, ele deixa pra lá e se conforma com seus amigos na rede. Interessante que as redes tiveram o mesmo tom de verde nas 2 versões.



Almanaque do Cascão Nº 19 X Almanaque do Cascão Nº 46

Cascão usa um guarda-chuva no lugar de um para-quedas.As diferenças entre elas são que na versão original, de 'Almanaque do Cascão Nº 19', de 1992, aparecem Mônica, Cebolinha, Bidu e Penadinho em seus para-quedas olhando para o Cascão, além de detalhe de um passarinho, enquanto que na nova versão, em 'Almanaque do Cascão Nº 46', de 1998, aparecem Mônica, Cebolinha e Magali e colocando o avião de onde eles pularam. 




Almanaque do Cascão Nº 23 X Almanaque do Cascão Nº 62

Cascão faz uma escultura com seus amigos. Na versão original, de 'Almanaque do Cascão Nº 23', de 1993, a escultura tem um tema da Grécia Antiga, com presença do Astronauta e Penadinho como secundários. Já na 2ª versão, de 'Almanaque do Cascão Nº 62', de 2001, a estátua foi feita de argila com ajuda do Chovinista e só aparece os personagens da turminha em uma situação cotidiana.

De curiosidade, o 'Almanaque do Cascão Nº 23', foi o primeiro almanaque dele com moldura na capa, o que acontece até hoje.




Almanaque do Cebolinha Nº 40 X Almanaque do Cebolinha Nº 95

Cebolinha como fotógrafo aparecendo no centro e as fotos dos seus amigos que ele tirou ao fundo. Foi publicada primeiro em 'Almanaque do Cebolinha Nº 40', de 1997, com o Cebolinha com roupa diferente da habitual e as fotos foram com os personagens posando para ele, com presença de secundários, enquanto que na 2ª versão, de 'Almanaque do Cebolinha Nº 95', de 2006, o Cebolinha está com sua roupa tradicional e as fotos foram feitas de flagrante, como o Cascão brincando de boneca com a Cascuda, a Magali tomando o suco do Dudu, entre outras.



Em todas eu preferi as primeiras versões de cada uma. Em breve, posto novas capas semelhantes aqui no Blog.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Capa da semana: Mônica Nº 3

Capas com piadas envolvendo o logotipo eram muito comum. Nessa, a Mônica joga a peteca tão forte que acaba parando em cima do logotipo da sua capa, terminando a brincadeira dela com a Magali. Interessante que até colocaram o logo mais embaixo que o costume para mostrar a peteca em cima dele.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 3' (Ed. Globo, Março/ 1987).


sábado, 23 de abril de 2016

Tirinha Nº 37: Magali

Uma tirinha daquelas que os personagens chamam um super-herói pra atender seu pedido de socorro mesquinho, mas que para ele é de grande importância, chegando a se passar por aproveitador. 

Nessa, Magali chama desesperada o "Borro" para ajudá-la e quando vai ver, era para a espada dele servir de espeto para assar o churrasco. Essa piada, por sinal, foi muito usada em capas de gibis da Magali.

Tirinha publicada em 'Magali Nº 122' (Ed. Globo, 1994).


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Papa-Capim: HQ "Bugigangas"


Compartilho uma história simples e muito divertida de quando o Papa-Capim quase foi enganado por uma dupla de pilantras. Com 4 páginas no total, foi publicada originalmente em 'Chico Bento Nº 89' (Ed. Globo, 1990). 

Capa de 'Chico Bento Nº 89' (Ed. Globo, 1990)

Nela, Agnaldo e Deoclécio, 2 malandros, vão à selva para tenta negociar com os índios os seus pertences, que chamam de bugigangas. Para eles, os índios têm muita riqueza e seria fácil enganá-los trocando o que eles tem com as coisas valiosas dos índios.

Deoclécio carrega a caixa sozinha enquanto Agnaldo procura os "selvagens", até que se esbarram com o Papa-Capim usando um colar amarelo e Agnaldo percebe que é ouro. Papa-Capim não gosta de eles ficarem cochichando e reclama que quem cochicha, o rabo espicha. Agnaldo diz que o colar dele é muito lindo, mas não tanto como eles têm. Papa-Capim estranha porque eles não estão usando colar nenhum e Agnaldo diz que estão todos na caixa que estão carregando e aí mostra o que tem dentro.


Papa-Capim fica admirado, achando muto bonito os colares e Deoclécio ainda diz que eles têm anéis, pulseiras, pentes, espelhos. Papa-Capim diz que adoraria ter algum colar e Agnaldo diz que os colares da caixa são muito valiosos e se quiser faz troca com ele. Papa-Capim comenta que a tribo toda tem aqueles colares amarelos e Agnaldo manda chamar todos para lá que troca todos os colares dos índios com as coisas que eles têm.

Os índios aparecem, formam fila e fazem as trocas, com os índios felizes achando que os colares dos caraíbas eram mais bonitos e mais leves. Os malandros comentam que os índios são bobocas, que trocaram toda a fortuna de ouro com ele com as bugigangas que eles tinham e vão embora carregando a caixa muito felizes por estarem ricos. Papa-Capim e Cafuné comentam sobre os colares novos e se perguntam o que os caraíbas vão fazer com aqueles colares amarelos que eles tinham. Aí, no final, eles vão até aonde estão o índio Tatu Gordo e falam para ele fazer mais colares de pedra pintadas de amarelo porque os caraíbas adoraram. Ou seja, não era ouro nenhum e os pilantras se deram mal.


Uma história muito legal querendo mostrar que os índios são bobos e os homens é que são espertos e sabem tapear os índios, mas quem acabou se dando mal foram os próprios pilantras. Eles não chegam a ser considerados bandidos, só queriam dar golpe nos índios. Mesmo Papa-Capim e sua turma se passando por inocentes, acabaram se dando bem com os colares deles. Podiam prolongar mostrando como foi a reação dos pilantras quando descobriram que os colares eram apenas pedras pintadas, ficando isso só na imaginação dos leitores. Como era gibi quinzenal do Chico Bento, tinham que ser mais objetivos e ficou bem melhor assim do jeito que ficou.


É tipo de história que podia ser protagonizada pelo Zé Fuinha e Zé Furão, os pilantras da mata, que aí só fariam adaptação para o núcleo da Turma da Mata, mas preferiram colocar dois secundários em uma história do Papa-Capim. Até porque em 1990 a dupla Zé Fuinha e Zé Furão já estavam no limbo do esquecimento. E como de praxe, Agnaldo e Deoclécio só apareceram nessa história, que na postagem a coloquei completa. Aliás, ficou provado que a aldeia do Papa-Capim fica na Selva Amazônica, muitos têm dúvida onde fica a localização exata.


Gostava de histórias do Papa-Capim contracenando com caraíbas. Os traços também ficaram muito bons, sendo dessa vez o Papa-Capim ficou desenhado diferente como era na época, com nariz em formato "acento circunflexo" em vez de formato "c" e ficou mais magro que o costume. De acordo com o desenhista, ele tinha essas variações de vez em quando. Atualmente, o nariz do Papa-Capim prevalece assim se parecendo um acento circunflexo.

domingo, 17 de abril de 2016

Capa da Semana: Cascão Nº 64

Uma capa simples e muito bonita, tanto em traços e cores, mostrando a essência do Cascão, com ele com medo da gota de chuva prestes a cair em cima dele e com seu guarda-chuva pra protegê-lo.

Curiosamente, esse desenho já existia antes, aproveitado de imagem existente do final dos anos 70. Acontecia isso de vez em quando era normal por causa de que eles tinham muitas capas pra produzirem.

A capa dessa semana é de 'Cascão Nº 64' (Ed. Abril, Janeiro/ 1985).


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Mônica Nº 29 - Editora Globo


Em maio de 1989 foi lançado pela Editora Globo o gibi 'Mônica Nº 29'. Um gibi muito divertido e nessa postagem comento como foi essa edição.

A capa foi um desenho bonito com Mônica, Cebolinha e Bidu na Arábia comprando tapete e, marcando, assim uma série de capas da Mônica em sequência com ela e o Cebolinha como turistas viajando em diversos países. Em 'Mônica Nº 30', eles estiveram no Japão, na 'Nº 31', na França e na 'Nº 32', na Inglaterra. Sem contar que em 'Cascão Nº 63' eles estiveram na Itália. Curiosamente, essas capas foram aproveitadas de cadernos que estavam vendendo na época. Como tinham muitas capas para produzir, as vezes eles colocavam capas com desenhos já existentes.

O gibi teve 13 histórias no total, contando com a tirinha final. Abre com a história "O irmão mais velho". Nela, Mônica pede um irmão mais velho aos seus pais, depois que ver um grandalhão defendendo o seu irmão mais novo de outro grandalhão que havia roubado o pirulito do menino. Os pais da Mônica dizem que é impossível porque todo irmão que ela tiver seria mais novo que ela.

Trecho da HQ "O irmão mais velho"

Mônica fica inconformada e conta tudo para o Titi, que com pena diz que a partir de agora, ele é o seu irmão mais velho, pensando que a Mônica só ia querer conselhos dele. Mônica fica feliz e e caminha pelo bairro, quando Cebolinha e Cascão começam a xingá-la. Ela diz que vai chamar o irmão mais velho e os meninos não entendem nada. Ela volta com o Titi mandando bater neles, Titi resiste, mas quando eles o chamam de dentuço que nem a Mônica, Titi parte pra cima deles.

Depois, um grandalhão provoca a Mônica, chamando de baixinha. Mônica diz que tem o seu irmão mais velho pra defendê-la  e então Titi e o grandalhão brigam, com Titi vencendo depois de dar um peteleco no nariz do grandalhão. Em seguida, outros dois meninos a xingam novamente de bobona, feia e escamosa e Mônica joga o Titi neles pra brigar de novo. Titi fica uma fera e fala que desiste de ser irmão dela, dizendo que ela quer é um saco de pancadas e vai embora.

Em seguida, o grandalhão que o Titi havia dado um peteleco no nariz volta trazendo dois irmãos mais velhos e maiores ainda para dar uma surra no Titi. Mônica ouve o pedido de socorro dele e vai lá para ajudá-lo e bate nos 2 grandalhões de uma vez só. Titi pede desculpas por ter falado daquele jeito com ela e Mônica diz que ele tinha razão, que ela sabe se defender sozinha. os dois se abraçam e fazem as pazes e Mônica volta para casa. No final, ela diz para mãe que adoraria ter um irmão mais novo para defendê-lo das provocações.

Trecho da HQ "O irmão mais velho"

Depois dessa,  vem "Uma história dramática" com Bidu e Bugu. Nela, o Bidu como ator, está contracenando com a cachorrinha Anastácia que na cena estava muito doente e com os dias contados, quando aparece o Bugu querendo mostrar as suas imitações para estragar o drama que o Bidu estava representando. Bugu faz imitações de veterinário, Pajé e vovozinha para ver se cura a Anastácia. Bidu fica uma fera e dá um chute no Bugu, expulsando da história. Depois, Anastácia vai embora, alegando que está atrasada compromisso urgente e que sua participação deveria ter sido até na 2ª página. Bidu reclama que só queria fazer os leitores chorarem e é ele quem acaba chorando no final por causa da história arruinada, com o Bugu no canto esquerdo do quadrinho, dizendo "Tchau, Mamãe!".

Trecho da HQ "Uma história dramática"

Rolo tem uma história muito engraçada, com o título "Uma namorada cheia de confusão". Nela, Rolo encontra a garota que está namorando, mas ela dá um tapa nele, falando que não o conhece. Ela vai embora e logo depois volta beijando e falando que o Rolo é o amor da vida dela. Rolo não entende nada porque ela tinha acabado de dar um desprezo nele. 

A garota sai para pegar sorvete e volta depois ao lado de um cara musculoso. Rolo quer saber quem é aquele cara e o grandalhão dá uma surra nele. A garota volta e quando ele explica tudo, ela sai um pouco e vai buscar a sua irmã gêmea, que se veste com a mesma roupa. Explicada a confusão, Rolo fica aliviado, mas se confunde e acaba beijando a irmã da sua namorada por engano. Interessante que não colocaram o nome das gêmeas, apenas o Rolo referindo à sua namorada de "gatinha".

Trecho da HQ "Uma namorada cheia de confusão"

Em "Cisco no olho", Mônica está caminhando em uma ventania e acaba caindo cisco no olho dela. Cascão a encontra e como ela não enxerga nada, passa a fazer caretas para ela em vez de assoprar o cisco e depois sai pra buscar os meninos. Então, surge a Magali e assopra o cisco para Mônica. Em seguida, Cascão, Cebolinha e Xaveco voltam e fazem caretas para ela, sem perceber que ela já estava enxergando tudo. Quando eles se dão conta, ela dá surra nos olhos deles, que acabam no chão, reclamando que não estão enxergando nada.

Trecho da HQ "Cisco no olho"

Magali teve a sua história solo, já que antes de ela ter seu gibi próprio, era comum ela ter histórias nos gibis da Mônica e mesmo depois de ter sido lançado, em fevereiro de 1989, continuou a ter histórias nos gibis da Mônica de 1989 para poder divulgar o gibi dela recém-lançado, o que os leitores podiam esperar de um gibi da Magali. 

Em "Estou com fome", Magali toma uma fórmula do Franjinha e a partir daí, o estômago passa a falar e interagir com ela, deixando a Magali em situações constrangedoras. O estômago chega a chamar o Robertinho de bolo de chocolate, fazendo com que ela não consiga mais paquerá-lo, ronca alto, deixando passar vergonha quando uma velhinha passa na hora e se passa por maluca pelo vendedor da lanchonete quando ela fica conversando com o estômago. Franjinha descobre que ela tomou a fórmula do laboratório dele que era para fazer o Bidu falar e faz ela tomar o antídoto. No final, Magali come cachorro-quente e se convence que o problema de comer não era por causa do estômago dela.

Trecho da HQ "Estou com fome"

Em "Os parceiros falíveis do Cebolinha", cada um dos meninos aparece para Mônica, colocando em prática planos infalíveis para tentar convencê-la a não bater mais neles. Cascão vem disfarçado de vidente Elia-Kaza;  Titi, de Doutor K.Roço; Zé Luis, de fada; Humberto de mágico Mandrake. Um a um apanha da Mônica. Cebolinha, então ,aparece e tenta bater nela, mas apanha também. 

Cebolinha tenta bolar outro plano infalível, mas os meninos desistem de ser parceiros dele e aí o Cebolinha vai procurar outro parceiro de planos, terminando com Deus falando que nem pensar que ele vai parcitipar de um plano contra a Mônica. Era comum temas religiosos com os personagens falando com Deus e santos, como São Pedro e Santo Antonio. No caso, Deus não apareceu o rosto dele, apenas a voz e luzes saindo do céu.

Trecho da HQ "Os parceiros falíveis do Cebolinha"

Em "O profeta" com a Turma do Piteco, um profeta transmite uma mensagem ao povo de Lem e logo depois ele é chamado para salvar o pessoal de perigos. O profeta, então, salva o Piteco de cair de um abismo, um homem de dinossauro e outro homem que estava se afogando. Depois o Profeta vai embora e no alto da montanha comenta com Deus que o povo de Lem não compreendeu a mensagem de buscarem um Salvador. Mais uma vez um tema religioso no mesmo gibi e referência a Deus. Dessa vez o profeta só falou olhando par ao céu estrelado.

Trecho da HQ "O Profeta"

Astronauta aparece em "Solidão e companhia". Na trama, ele reclama de solidão a ponto de ter que jogar buraco sozinho. Até que aparece um ET do planeta Megaton do sistema Beta Cruz e o Astronauta dá carona para ele. Logo depois, ele dá carona a esposa do ET. Só que o sistema reprodutivo deles é por ondas telepáticas e os 2 juntos acabam gerando muitos filhos, nascendo em progressão geométrica. Em questão de segundos, já têm vários seres na nave do Astronauta, que precisam ocupar até a parte de fora. Eles chegam ao planeta Megaton par aos ETs povoarem o planeta e agradecem a carona ao Astronauta. Ele volta pra nave e volta a reclamar da solidão. A solução foi ir a uma loja espacial de espelhos e instalar espelhos na sua nave pra dá sensação de estar sendo visto por vários Astronautas.

Trecho da HQ "Solidão e companhia"

O gibi ainda tiveram 2 histórias mudas e simples com a Mônica. Em "Tirando a prova", de 3 páginas, Mônica passa sufoco de acabar com uma mosca que estava perturbando. Ela acaba dando uma coelhada nela mesma e cai no chão e no final e a mosca fala para outra queria tirar a prova se a "dentucinha" era invencível. Já em "O telefonema", de 4 páginas, Mônica deixa uma ficha do orelhão cair no chão e ela faz de tudo para recuperar quando um menino encontra e depois ir atrás de um passarinho. No final, a moeda cai no Floquinho e o Cebolinha a entrega, mas aí ela lembra que queria telefonar para o Cebolinha e fica com raiva porque não ia precisar mais. E teve também uma com Horácio de 2 páginas, em que o Horácio é perseguido por uma nava extraterrestre até que a nave se choica entre 2 árvores e desiste de capturar o Horácio porque ainda estava verde. Era normal histórias curtas de 1 ou 2 páginas do Horácio, aproveitadas de páginas semanais de jornais da época.

A história de encerramento foi "Os cavaleiros da távola quadrada", uma fábula em referência aos cavaleiros da távola redonda. É quadrada pelo fato dos cavaleiros gostarem de jogar pingue-pongue, vindo do futuro, trazido pelo mago Melvin (Cascão) que viajava para o futuro e levava coisas para eles como também bolinhas de gude.

Trecho da HQ "Os cavaleiros da távola quadrada"

Na trama, Rei Arthur (Cebolinha)  e seus cavaleiros são chamados pra salvar a princesa Mônica do terrível Gorok e seus bárbaros. Eles vão pra missão, lutam contra os bárbaros e o mago Melvin transformam em urubu, gambá e lata d elixo. Os bárbaros falam que a princesa está com o Gorok. Mago Melvin faz voltarem ao normal e os cavaleiros ficam tomando conta deles enquanto Rei Arthur e Mago Melvin vão salvar a princesa Mônica.

Chegando lá, eles enfrentam um dragão, com o Mago Melvin fazendo chover em cima do dragão. Como ficou cansado, o mago some , deixando a missão de salvar princesa só para o Rei Arthur. Aparece o Gorok, que dá uma paulada na cabeça do Rei Arthur. Princesa Mônica, então, solta as cordas que ela estava presa e dá coelhado no Gorok, que é derrubado. Rei Arthur estranha porque ela não se livrou antes de Gorok, e ela diz que não era pra perder a chance de ser salva por um cavaleiro.

Depois, o pai da princesa fala que o Rei Arthur tem que se casar com a princesa e vai ter que lavar, passar, cozinhar, não sair com os amigos e várias outras exigências. Rei Arthur corre em disparado e vai se esconder na caverna do Gorok e seu dragão por achar mais seguro do que se casar com a princesa Mônica..

Trecho da HQ "Os cavaleiros da távola quadrada"

A tirinha final com Mônica e Cebolinha jogando bafo e toda vez que a Mônica bate no chão, desmorona pedras do teto do inferno na cabeça do Diabo. Eram bem frequentes também presença dos diabos nos gibis.

Tirinha da edição

Como pode ver, 'Mônica Nº 29' foi um gibi muito bom, seguindo o estilo da época, com histórias atendendo a todas as idades e  todos os gostos. Desde plano infalíveis, passando por temas religiosos e até uma fábula no final. Valeu a pena relembrar essa edição.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Capa da Semana: Cebolinha Nº 61

Uma capa muito bem desenhada com o Cebolinha encarnando o Tarzan e confundindo a cauda de uma onça com um cipó. Coitada da onça. É daquelas capas que permite imaginar o que aconteceu depois, no caso o que a onça fez com o Cebolinha.

De curiosidade, foi a primeira capa do gibi do Cebolinha estampada com o selo "Mauricio de Sousa Editora" com o Bidu no meio.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 61' (Ed. Globo, Janeiro/ 1992).


sábado, 9 de abril de 2016

Magali: HQ "Barriga de Aluguel"

Nessa postagem mostro uma história muito divertida de quando a Magali participa de um plano do Dudu para a mãe dele pensar que comeu tudo. Com 10 páginas no total, foi publicada em 'Magali Nº 56' (Ed. Globo, 1991).

Capa de 'Magali Nº 56' (Ed. Globo, 1991)

Começa com a Dona Lili, mãe da Magali, ouvindo uns barulhos altos vindo da cozinha e quando vai lá ver era Magali que tinha caído do banco ao tentar assaltar o pote de biscoitos. Dona Lili chama a filha para conversar e dar bronca. Depois de 1 hora de sermão, Magali sai de casa com ouvidos doendo e encontra o Dudu. 


Magali diz que não está bem porque ouviu 1 hora de bronca da mãe, que não é para comer biscoitos fora de hora, reclamando que ela come demais, que só deve comer nas horas certas. Dudu diz que entende o lado dela, que a mãe dele reclama muito, mas pelo fato de ele não comer e que ele nunca vai crescer assim. Magali diz também que a mãe falou que se continuar assim vai ficar barrigudona e comenta como ela vai se contentar com apenas 3 refeições por dia.


Dudu diz que vai resolver o problema dela, porque ele pretender alugar a barriga dela. Magali diz que não, porque  desde que nasceu a barriga está grudada nela e vai continuar assim. Dudu diz que o resto dela pode ir junto, o que ele quer é que a Magali fique embaixo da mesa, coma toda a comida para mãe dele pensar que foi ele quem comeu. Magali fica pensativa, achando que não é certo fazer isso com a Dona Cecília. Dudu diz que a mãe nunca vai saber, que a Magali vai comer tudo que quiser e ele não vai comer nada e todo mundo fica feliz. Magali pergunta se ela ficar barriguda como a mãe falou e Dudu diz que é papo furado e ainda atenta a Magali falando que tem lasanha no almoço, aí ela não resiste.


Já em baixo da mesa, Magali se pergunta a que ponto chegou alugando a própria barriga. Dudu manda ficar quieta senão descobrem ela lá. Dona Cecília aparece levando os pratos e pergunta o que o Dudu falou e ele disfarça que foi nada, que hoje está com uma fome incrível. Dona Cecília se surpreende, dizendo que acha que não ouviu direito e ele diz que pode encher o prato. Dona Cecília se emociona e Dudu, percebendo, que sua mãe ia ficar olhando ele comer, pede um copo d'água.


Enquanto Dona Cecília vai buscar, Dudu entrega o prato para Magali e ela come tudo de uma tacada e ele até se impressiona a forma que ela come rápido. Dona Cecilia volta e se orgulha que ele limpou o prato e pergunta se quer mais. Ele vai dizer não, mas Magali grita da mesa que quer mais. Dudu fala para Magali que não precisa exagerar e ela diz que é porque a mãe dele cozinha divinamente bem. Com o prato servido, Magali come tudo e ela quer mais. Dudu diz que não, mas Magali ameaça dizendo que ela conta tudo para mãe dele, se não deixar comer.


Dudu, então, pede um banquete para mãe e Dona Cecília, impressionada, telefona para o trabalho do seu marido, seu Durval, contando a novidade, e. enquanto isso, Dudu comenta para Magali que eles estão dando bandeira. Seu Durval larga o trabalho para ver a façanha do filho comendo e chega em casa, com Dona Cecília falando que ele está 2 horas comendo sem parar e está na sobremesa com a mesa cheia de frutas e doces.

Seu Durval achou que Dudu está exagerando e comenta com ele que sempre quiseram que ele comesse bem, mas dessa forma vai ficar com uma barriga enorme. Nessa hora, a mesa balança de repente e Seu Durval estranha. Dudu diz ao pai que é um terremoto e quando ele vai ver, descobre que era a Magali que estava embaixo e, com detalhe, que estava obesa de tanto comer.


Depois de 1 hora, Magali e Dudu saem de casa, com ela com ouvidos doendo de novo depois de levar tanta bronca e Dudu com a bunda doendo de tanto apanhar dos pais. Magali pede desculpa porque quando ela começa a comer, não para mais. Dudu diz que pelo menos ela acabou com a comida da casa dele e quando está prestes a ir embora, Magali exige o pagamento dela. Como alugou a barriga dela, quer o pagamento em sorvetes. Ela pega 5 picolés e Dudu vai embora, reclamando que nunca mais aluga barriga de ninguém porque dá muito prejuízo.


Magali come os picolés e acaba se vendo no espelho na rua e se espanta que ela está barrigudona, completamente obesa de tanto comer e entendeu a mãe que disse que ela ia ficar assim se comesse muito. Magali chega em casa chorando e a mãe diz que ela está enorme e pergunta o que aconteceu. Magali diz que ela alugou a barriga e Dona Lili desmaia, pensando que ela estava grávida.

Passa alguns dias, Magali volta ao peso normal e comenta com o Dudu que levou a maior bronca da mãe e muitas palmadas que ainda dói só de lembrar. Dudu pergunta se alugar barriga nunca mais e a Magali diz que enquanto ela estava pançuda, alugou a barriga de novo. Dudu pergunta para quem e ela responde que foi dela a barriga da abertura da novela "Aluguel de Barriga", mostrando na TV da vitrine  a barriga dela na abertura.


Essa história é muito hilária, muito divertido acompanhar o plano do Dudu de enganar a mãe para pensar que ele comeu. Se ele chamasse outra pessoa para ficar de baixo da mesa, até que poderia dar certo o plano, mas como ele chamou a Magali que não dispensa comida, acabaram os dois se dando mal. Coloquei completa na postagem. Os traços também muito bons e perfeitos, com contornos bem grossos. 


Foi baseada na novela "Barriga de Aluguel" que passava na TV Globo na época, só que com trocadilho de alugar barriga se referindo a Magali comer no lugar do Dudu em vez de engravidar para dar o filho para outra pessoa que não pode ter. Muito engraçado esse final, com a Magali ter sido a barriga da abertura da novela e gostei do nome parodiado, "Aluguel de Barriga". 

Dessa vez a Magali ficou barriguda de tanto comer, afinal ficou 2 horas comendo sem parar. Normalmente, ela come, come e não engorda nada, mas foi preciso ela engordar por causa do tema da história e ser fundamental para a piada do final da história. E até serviu pra dar lição de moral para dizer que a mãe dela tinha razão e para mostrar que não deve comer tanto para não ficar igual como a Magali. 


Ela é completamente incorreta a começar pelo tema de barriga de aluguel, um tema bem adulto e polêmico envolvendo gravidez para doar filho gerado para outro casal, envolver novela, o Dudu querer enganar a mãe e dar mau exemplo com isso, fora Magali desobedecer a mãe e pegar biscoitos escondida, e, principalmente, eles levarem surra dos pais na bunda. Até que não mostrou a Magali e o Dudu apanhando, mas ficou subtendido quando ele diz que com ele está "doendo outra coisa" e com estrelas saindo da bunda e com a Magali falando que levou umas palmadas que dói só de lembrar, colocando as mãos para trás na hora. Definitivamente impublicável hoje em dia, o que é uma uma pena porque essas cenas incorretas são as que foram as mais divertidas dela.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Propagandas anunciando brinquedos (Parte 6)

Continuando com a série de propagandas de brinquedos anunciando gibis, nessa postagem mostro as que saíram nos gibis da Editora Globo de 1996 e 1997.

Em 1996 foram lançados os novos Sansão e Bidu de pelúcia, agora produzidos pela marca "Lionella". Na propaganda, a Mônica segurando o Sansão e o Cebolinha, o Bidu de pelúcia, mostrando também as pelúcias reais dentro das embalagens. Eles sempre lançavam um Sansão e Bidu de pelúcia, mas a cada novo lançamento, era produzido por uma marca diferente. O fabricante da versão anterior de 1991 foi da marca "Chenil Toys". 

Propaganda tirada de 'Almanaque da Mônica Nº 56' (Ed. Globo, 1996)

O Sansão gigante também da marca "Lionella" foi lançado em 1996. Foi o coelho de pelúcia em um tamanho maior que o tradicional vendido em outras versões. Ele era macio e atóxico e o anúncio ressalta que só o Cebolinha que não ia gostar dele e tem um rosto da Mônica no rodapé, avisando que o Sansão só na cabeça do Cebolinha para alertar pra criança não bater na cabeça do seu amiguinho e machucá-lo.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 118' (Ed. Globo, 1996)

A "Grow" lançou 3 novos brinquedos em 1996: o quebra-cabeça alpinistas, que, inclusive, a imagem foi a capa do 'Almanaque da Mônica Nº 53', de 1996; o "Fazendo a festa" com enfeites e brindes da Turma da Mônica para usarem no dia do aniversário e "Zoológico Turma da Mônica", um jogo que tinha como tema um zoológico.

Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 118' (Ed. Globo, 1996)

Os blocos de montar da marca "Primeiros sonhos" tiveram propaganda em 1996. Desenvolvidos para crianças pequenas, serviam pra criarem coisas encaixando um bloco no outro, de acordo com a imaginação. Foram lançados em  5 versões diferentes, variando embalagens como potes e sacos plásticos e em cada versão número de peças diferentes. Propaganda ilustrada só com as diferentes embalagens dos blocos de montar.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 186' (Ed. Globo, 1996)

Ainda em 1996 foram anunciados os binóculos e o polyopticons da Mônica, produzidos pela "D.F. Vasconcellos". Os binóculos tinham 4 opções de cores: vermelho, verde, azul e amarelo. Já o polyopticon foi um brinquedo com um conjunto de peças e lentes que permitia as crianças montarem seus próprios telescópio, binóculo, luneta, microscópio etc. Foi um brinquedo bem antigo que existiu até os anos 90 e essa aí foi um dos últimos modelos a serem lançados. A embalagem desse polyopticon teve destaque o Franjinha e a turminha ao fundo, cada um mostrando no que podia se transformar o brinquedo, parodiando embalagens de versões originais de outras marcas dos anos 80.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 196' (Ed. Globo, 1996)

Os novos bonecos de pelúcia da Mônica e Cebolinha da "Classic Collection" foram anunciados nos gibis de 1997. Assim como vários brinquedos, em cada nova versão eram produzidos por um fabricante diferente. Propaganda ilustrada com os bonecos de pelúcia, sendo que o do Cebolinha apareceu dentro da embalagem pra mostrar como era.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 200' (Ed. Globo, 1997)

Em 1997 foi lançado o "CD-ROM Quadrinhos Turma da Mônica", da FTD Editora, em que as crianças podiam montar sua própria historinhas através das imagens que vinham no CD-ROM. Tinham 500 imagens diferentes para criarem as historinhas e depois podiam imprimir e montar a sua revistinha. Os computadores estavam começando a se popularizar na época, embora nem todos tinham e, com isso, fizeram esse brinquedo.

Propaganda tirada de 'Magali Nº 213' (Ed. Globo, 1997)

Aproveitando o sucesso, fizeram também em 1997 o CD-ROM do Chico Bento, chamado de "Um dia na Roça", da "Melhoramentos", que era um jogo interativo que mostrava o sítio do Chico e dava para aprender sobre como é a vida do interior. Ilustrada com a embalagem do CD-ROM, destaque na propaganda informar que o idioma é "português caipirês".

Propaganda tirada de 'Magali Nº 215' (Ed. Globo, 1997)

A série continua e em breve posto novas propagandas anunciando brinquedos com a Turma da Mônica.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Capa da Semana: Chico Bento Nº 122

Primeiro de abril. Dia da Mentira. Uma capa bem legal, em um concurso de mentiras, o Chico contou uma mentira tão grande que cresceu o seu nariz e foi o campeão do concurso. Fica na imaginação de cada um qual mentira ele contou para o nariz dele crescer tanto.

A capa dessa semana é de 'Chico Bento Nº 122' (Ed. Globo, Setembro/ 1991).