quarta-feira, 28 de junho de 2023

Tirinha Nº 95: Mônica

Nessa tirinha, Mônica pula a fogueira na festa junina, mas com a força do pulo tão alta, acaba parando no céu, no colo do São João. Até para pular ela tem força, proporcionando absurdo bem engraçado como esse e literalmente ela viu o São João de perto. Muito legal.

O santo também pode ser o São Pedro, que era mais retratado nos gibis, principalmente histórias em relação a previsão do tempo, ainda mais que as festas juninas são em homenagem a três santos que têm datas comemorativas em junho: Santo Antônio (dia 13), São João (dia 24) e São Pedro (dia 29). Atualmente, essa tira é incorreta já que evitam absurdos da força da Mônica e também porque envolve criança pular fogueira, ter religião com santos católicos e Mônica parar no céu, fora que hoje  raramente fazem histórias de festas juninas noturnas, quando têm, preferem deixar com o Chico Bento.

Tirinha publicada em 'Mônica Nº 6' (Ed. Globo, 1987).

sábado, 24 de junho de 2023

Chico Bento e Rosinha: HQ "A barraca dos beijos"

No Dia de São João, mostro uma história em que o Chico Bento ficou com ciúmes da Rosinha vender beijos na barraca da festa junina. Com 15 páginas, foi publicada em 'Chico Bento Nº 273' (Ed. Globo, 1997).

Capa de 'Chico Bento Nº 273' (Ed. Globo, 1997)

Chico Bento e Rosinha estão namorando, na timidez de sempre, quando Rosinha resolve mudar de assunto e fala que ela vai ajudar o padre na quermesse para levantar fundos para reforma da igreja. Chico diz que também vai ajudar, vai montar a barraca do coelhinho e Rosinha fala que vai montar a barraca dos beijos. Chico pergunta se é beijinho de coco, o doce, e Rosinha, responde que é beijo nos meninos. Chico fica brabo, grita que ela não vai fazer essa sem-vergonheira, namorada dele vende beijo nenhum. Rosinha fala que faz o que ela quiser, Chico diz que se ela fizer, não é mais namorada dele, e, assim, eles terminam o namoro.


Depois, Zé Lelé aparece para entregar o coelho para a barraca da quermesse, Chico, fulo da vida, conta que a Rosinha vai ficar na barraca dos beijos. Zé Lelé fica animado, larga o coelho e corre para a fila para ser o primeiro a beijar a Rosinha. Chico fala que aquele que beijá-la, não vai ser mais amigo dele e Zé Lelé acha uma pena, a amizade deles foi boa enquanto durou. 


Em seguida, Zé da Roça aparece, falando que é bom que Chico arrumou o coelho e que ele encontrou várias prendas para a barraca. Chico, triste, fala que terminou com a Rosinha porque ela vai ficar na barraca dos beijos. Zé da Roça fica animado, Chico grita que se ele disser que vai lá, faz ele engolir o coelho. Zé da Roça fala que nunca na vida vai fazer isso. 

Chico fala que não vai na quermesse para não sofrer e não dar de cara com a Rosinha beijando todo mundo. Zé da Roça acha bobagem e aposta que a barraca deles vai ser longe da barraca dos beijos. Só que no dia da festa junina, a barraca dos coelhos deles é em frente à barraca de beijos da Rosinha.

Na barraca dos beijos, tem fila enorme de meninos. Um menino pergunta quanto custa, Rosinha diz que é um Real e ele já dá a moeda fazendo biquinho para beijar. Rosinha fala que por enquanto é só inscrição e os beijos são mais tarde. 

Chico reclama que a barraca dela está fazendo sucesso, fila de meninos cada vez maior e ninguém olha para a barraca deles. Chico e Zé da Roça resolvem gritar para anunciar a barraca deles, tem que adivinhar a casa que o coelhinho vai entrar para ganhar a prenda só por um Real, enquanto um menino corre animado com a moeda na mão que prefere gastar na barraca dos beijos. Chico acha que as mulheres vão preferir a barraca deles e chama por elas para jogarem na barraca dos correios quando uma menina corre, falando que não pode porque tem buscar namorado dela que foi para barraca dos beijos.

Chico comenta que vai ficar com dor-de-cotovelo de ver a Rosinha vendendo beijos ao invés de apoiá-lo na barraca dele, quando tem um plano diabólico para acabar com o sucesso da barraca dela. Chico vai na frente da fila falar para a Rosinha que espera que hoje ela tenha escovado os dentes porque ela escova a cada três dias e justo hoje que a viu almoçando fígado com cebola, buchada ao jiló, alho frito e pimenta malagueta seria melhor garantir. Ele pergunta se ainda falta água na casa dela no banho, todo mundo ainda está com sarampo e todos os meninos fogem assustados.

Rosinha manda Chico parar senão não vai conseguir dinheiro para a igreja, Chico diz que está pouco se lixando, quando aparece o Padre Lino e o expulsa da barraca dela. Chico fala que isso é uma pouca-vergonha e o padre diz que pouca-vergonha é atrapalhar a barraca dos beijos e um beijinho inocente dado por uma garotinha tem nada de mais. Chico grita que isso porque a garotinha não é namorada dele e Zé da Roça o lembra que é ex-namorada e, então, eles passam a focar na barraca dos coelhos deles.

Zé Lelé aparece querendo jogar. Zé da Roça diz que é um Real e ele pode ganhar um lampião. Chico fica feliz que ele mudou de ideia de ir na barraca deles em vez da de beijos e Zé Lelé conta que já foi lá, foi o primeiro a comprar beijo e Chico o chama de ex-amigo, falso e bandido. Zé Lelé escolhe o número cinco, Chico reclama que escolheu só um número e Zé da Roça acha melhor que nada e a chance de ganhar é mínima. Só que o coelho entra justamente na casa cinco e Zé Lelé ganha o jogo.

Outras crianças querem jogar também, as meninas escolhem os números sete e doze e Zé Lelé escolhe o cinco de novo e o coelho entra de novo na casa cinco e Zé Lelé ganha uma botina de prêmio. Outras pessoas jogam escolhendo seus números. Zé Lelé diz que não vai jogar porque já escolheram o número cinco. Zé da Roça fala que ele pode escolher outro número e Zé Lelé não aceita, diz que o coelho Eurico é dele e a sua casinha tem um número cinco pintada e ele entra só nessa. O povo acha marmelada, pedem dinheiro de volta e vão embora, acabando com a barraca dos meninos. Zé Lelé fala que ele que devia reclamar porque a botina não é do número dele.

Depois, Rosinha avisa que está acabando as inscrições para os beijos e Chico resolve comprar. Só que o Genesinho comprou todos os cem beijos que faltavam. Chico fala que Genesinho não pode dar cem beijos na Rosinha e ele diz que pode porque pagou e fala com Rosinha que é tudo por nome da reforma da igreja.

Rosinha fala que os beijinhos vêm já, já, manda os meninos fazerem fila e mostra que quem vai beijar todos eles é a Maria Cafufa, a sócia dela na barraca. Rosinha quem vendia e Maria Cafufa, a mais feia da vila, quem beija, decepcionando os meninos e faz Genesinho correr dela. Chico fica feliz que não era a Rosinha quem ia beijar, ela diz que é tímida para isso. Mostra Zé Lelé feliz apaixonado por ter sido beijado pela Maria Cafufa. Depois, Chico pede desculpas e quer que Rosinha volte a namorá-lo, ela aceita, Chico fica feliz que agora só ele quem vai beijar a namorada dele, mas reconhece que quem sabe um dia porque a timidez dos dois não deixava beijar um ao outro enquanto namoravam.

História engraçada demais em que o Chico Bento fica furioso que sua namorada Rosinha ia vender beijos na barraca da festa junina e que sua barraca estaria na frente da dela e via todo o movimento. Depois de algumas tentativas sem sucesso para estragar com a barraca dos beijos, é descoberto que a Rosinha só vendia e fazia inscrições, mas quem iria beijar era a Maria Cafufa, para alívio do Chico e frustração dos meninos, principalmente do Genesinho, que era rico e pagou cem reais para ganhar cem beijos da Rosinha. Foi bancar o esbanjador, que sempre podia mais que os outros, foi o que mais se deu mal.

A confusão dava para ser resolvida antes da quermesse se a Rosinha tivesse explicado desde que ela contou a novidade, mas o Chico não a deixava falar, já estava atacando, proibindo de vender beijos. Não era só ciúme da Rosinha, o Chico tinha medo de ser corno, era muita tortura a sua barraca em frente da dela, vendo tudo e sem poder fazer nada. Foi hilário ver todas as cenas de ciúme do Chico, inclusive acabar amizade de quem beijasse a Rosinha, seus planos para estragar a festa como que Rosinha não escovava dentes após comer pratos com odores fortes, os meninos assanhados pensando que seriam beijados pela menina mais bonita da vila, principalmente o que já fez biquinho como se ela ia beijá-lo na boca, entre outros.

Na parte que o Chico ia fazer malvadeza do seu plano, apareceu chifres na cabeça dele, dando duplo sentido de que era diabo e corno. A ideia mais real era de apontar que era plano diabólico, e ao mesmo tempo indicava que era corno. Costumavam fazer histórias da Rosinha como a menina mais bonita e todos os meninos ficavam a seus pés, dando ciúmes no Chico e ainda tinha também certo machismo, como que sua namorada não podia andar de biquíni, de short curtinho, etc. Seria mais natural com adultos como Rubão e Mariazinha, mas depois que cancelaram os personagens, histórias assim ficaram com as crianças como Chico e Rosinha e Titi e Aninha. Eram legais também histórias do Chico e Rosinha tímidos e tronco de árvore, com vergonha de darem beijo um no outro.

O foco da festa junina ficou nas barracas, tanto do beijo quanto do coelho, disputa que quem ia em qual barraca. Teve momento que deixaram de lado a barraca dos beijos, deixando prevalecer a do coelho e muito engraçado também o Zé Lelé estragando tudo levando seu próprio coelho Eurico que tinha uma casinha 5. Festa junina e quermesse eram a mesma coisa nas histórias do Chico, normalmente quermesses organizadas pelo Padre Lino para levantar fundos para a igreja. Engraçado que até o Padre Lino achava normal beijos inocentes entre crianças.

Zé Lelé foi um show a parte, podia muito bem ter arrumado um coelho com outra pessoa e não levar o seu, conseguiu estragar a barraca do Chico e Zé da Roça, pensando também em ganhar todas as prendas do jogo. Curioso nessa história o Zé Lelé ter um coelho, mas não era definitivo, foi só nessa por causa do roteiro e confirmamos que ele é apaixonado pela Maria Cafufa, a mais menina mais feia da vila, adorou ter recebido o beijo dela. Apesar de Chico e Zé Lelé serem primos, nessa, eles foram tratados apenas como amigos. 

Os traços ficaram excelentes, eram perfeitos assim. Pena nas cores o degradê ficar só em alguns quadrinhos e não aparecer degradê em todos os quadrinhos como eram no segundo semestre de 1995, pelo menos ainda era alguma coisa. Teve erro na disposição de cores nas casinhas da barraca do coelho, como, por exemplo, a casinha do número cinco estava rosa com o telhado vermelho e depois quando o coelho entra, ela muda de cor para amarelo com o telhado roxo e na outra entrada dele, fica azul. E todas as casinhas dos outros números ficam com cores diferentes. Erro do colorista, que com uma revisão melhor colocariam as cores certas desejadas.

Completamente impublicável hoje em dia por terem namoro e beijo entre crianças (nem de adultos, pode, muito menos de crianças); meninos assanhados em beijar Rosinha, alguns até querendo beijá-la na boca; Chico ciumento e machista; referência a diabo no cabelo do Chico ao fazer malvadeza; religião com quermesse arrecadar fundos para igreja e ter presença de padre. Proibida também a palavra "bandido", principalmente nesse sentido de pilantra quando o Chico chama o Zé Lelé de bandido, assim como bullying com a feiura da Maria Cafufa, ninguém queria ser beijado por ela só porque era feia, maltrato com animais com o coelho Eurico ficar dentro de uma caixa minúscula até tirarem para ele escolher a casinha que ia entrar. Tudo isso é proibido nos gibis atualmente e definitivamente sem chance hoje.

Nunca foi republicada até hoje, dava para ser por volta de 2008, quando estavam republicando histórias de 1997 do Chico, mas como já estava na Editora Panini e o politicamente correto estava alto e predominante, preferiram não republicar. Então, se torna rara e só quem tem a edição original de 1997 que a conhecia.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Capa da Semana: Cebolinha Nº 114

Nessa capa, Cebolinha está como bombeiro na festa junina e apaga a fogueira da festa, pensando que tinha incêndio, fazendo molhar Magali, Xaveco e Mônica. Eles gostaram nada disso, engraçadas as caras de raiva deles, na certa o Cebolinha vai apanhar deles. Não teve Cascão pra não desviar a piada e não ter foco dele fugindo da água, por isso teve o Xaveco no lugar. 

Apesar da capa de festa junina, o gibi teve nenhuma história sobre essa data comemorativa, era normal acontecer da lembrança de datas só nas capas, e diferenciou de ser uma capa de piadinha em gibi do Cebolinha da Editora Abril já que na época as capas dos gibis dele tinham alusão à história de abertura. 

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 114' (Ed. Abril, Junho/ 1982).

domingo, 18 de junho de 2023

Parque da Mônica: HQ "Carrossel do Horácio"

Em junho de 1993, há exatos, 30 anos, era lançada a história "Carrossel do Horácio" em que Cebolinha e Cascão fogem da Mônica e se escondem dela no Carrossel do Parque da Mônica. Com 12 páginas, foi história de abertura publicada em 'Parque da Mônica Nº 6' (Ed. Globo, 1993).

Capa de 'Parque da Mônica Nº 6' (Ed. Globo, 1993)

Cebolinha e Cascão estão fugindo da Mônica depois de terem aprontado com ela no "Parque da Mônica". Cascão pergunta se eles vão apanhar em todas as histórias do Parque, Cebolinha diz que é para ficar quieto porque está pensando, Cascão pergunta se é em qual o olho que vai ficar roxo e então, se escondem. Mônica se pergunta onde eles se meteram e se vai ter que procurá-los por todo o Parque.

Cebolinha rouba o Sansão e quando Mônica olha, os meninos estão no "Carrossel do Horácio". Ela vai até lá e o Monitor impede de pular as gradinhas de proteção do Carrossel porque é perigoso e a manda esperar na fila, que estava grande. Mônica pergunta como eles entraram tão rápido no Carrossel, que devem ter pulado as gradinhas sem o Monitor ver. Um menino na fila pergunta para Mônica tampinha se a fila anda ou não. Ela bate nele, derrubando todos da fila, apressando a sua vez de entrar. 

Mônica diz que quer andar no "elefantinho" e o Monitor diz que aquele é o Antão, um mamute, amigo do Horácio, eram parecidos com elefantes e viveram na Terra há milhões de anos. Ele mostra que o Carrossel é todo formado com dinossauros amigos do Horácio, como o Brontossauro, o Pteranodonte Alfredo, o Estegossauro e o Tecodonte.

Cascão puxa o cabelo da Mônica como se fosse um cacho de banana e brinca que dinossauro dentuço é aquele. Mônica vai atrás dele e se choca no ferro do Estegossauro. Cebolinha acha uma boa o que ele fez e Cascão chama Mônica de moloide. Mônica vai de novo atrás dos meninos, que somem.

Cebolinha e Cascão sobem nas nuvens do Carrossel. Cascão tem medo de ter visto um lagartão, Cebolinha pensa que era a Mônica e ao olhar para trás vê que é o Horácio. Cebolinha pergunta se Horácio fica pensando lá em cima como nas historinhas dele. Horácio responde que fica olhando o Parque, é muito bonito e tem tanta coisa, aí fica vendo a criançada brincando no "Fundo do Mar", vê os balões coloridos que não tinham no tempo dele e que um dia desce dali para dar olhada na "Tumba do Penadinho" e Cascão fala que eles já estiveram lá e também na "Casa do Louco".

Cebolinha acha legal o cantinho do Horácio, que pergunta o que fazem ali, já que é perigoso subir no Carrossel. Cebolinha diz que estavam fugindo da dentuça da Mônica e em seguida Cascão quer descer porque não gosta muito de nuvens. Horácio diz que nunca chove lá, no Carrossel dele só tem alegria. Nessa hora, Mônica aparece lá e ao dar coelhada, os meninos se abaixam e acaba Horácio apanhando.

Os meninos xingam Mônica de bobona e grossa, ela corre atrás deles em volta da montanha, não os encontram e se cansa. Os meninos debocham em cima da montanha que era uma pena, estava divertido. Mônica consegue segurá-los e bate neles. Horácio fala para eles não ficarem tristes, bem que mereceram a surra. Cebolinha diz que não pediram opinião dele e Horácio pede licença e fala que vai voltar ao topo da montanha para ver a criançada brincar, é tão gostoso ver o brilho bonito no olhar delas. Cebolinha fala para o Cascão para eles brincarem, não adianta ficar lamentando e no final Horácio pergunta para os leitores quando vão brincar com ele no Parque da Mônica enquanto vê as crianças brincando felizes no Carrossel.

História legal ambientada no Parque da Mônica em que Cebolinha e Cascão se escondem da Mônica no "Carrossel do Horácio" e contracenam com ele quando sobem no alto do Carrossel, não contavam que era o Horácio que ficava lá pessoalmente. Mônica descobre que os meninos estavam lá e sobe também, consegue bater neles depois de muita luta e no final seguem o conselho do Horácio de brincarem no Parque sem brigas.

Até no "Parque da Mônica" os meninos não perdiam a oportunidade de aprontar com a Mônica, conseguiram enganá-la muitas vezes, se escondendo rápido, mas não se livraram de apanharem no final. Horácio sempre com ternura e sabedoria, conseguiu dialogar com os meninos numa boa e convencê-los que briga leva a nada, se estão no Parque, tem que brincar, e mensagem aos leitores também de ser criança é ótimo, maioria das histórias dele procuravam deixar uma mensagem de reflexão, e ainda teve convite para todos irem e curtirem o Parque.

Foi engraçado ver a Mônica sendo enganada pelos meninos, se passando por boba, bater no menino alto da fila derrubando também os outros que estavam lá, Cascão puxar cabelo dela como se fosse tirando uma banana no cacho e chamá-la de dinossauro dentuço, as correrias deles pelo Carrossel, e, sem dúvida, o que chamou mais atenção e marcante foi o grande encontro do Horácio com a turminha e ele apanhar da Mônica. Coisa impensável de ver Horácio levar coelhada da Mônica, nem ele escapou de apanhar, só nas Revistas do Parque que permitiam essas coisas por eles serem de universos e épocas diferentes.

Nas revistas do Parque da Mônica foram um grande número de histórias de crossovers com os personagens, qualquer um podia ir lá.  Era falado nas histórias que quando eles queriam lá,  eram convidados especiais e tinham livre acesso, sem pagar ingressos. E os personagens que tinham brinquedos lá, como Penadinho, Louco, Horácio, Chico Bento, etc, trabalhavam no Parque nas horas vagas, por isso justifica os crossovers entre eles e eles estarem sempre no Parque. Era boa essa magia e imaginação que colocavam, levando em conta isso, sem dúvida, os personagens economizavam bem sem pagar para ir, visto que os ingressos lá eram bem caros.

As histórias das 9 primeiras edições do Parque foram de apresentações dos brinquedos, para os leitores se familiarizarem, tanto para conhecerem como funcionavam antes de irem lá ou até mesmo para quem não ia, saber do que se tratavam esses principais brinquedos quando passaram a colocar as histórias de aventuras ambientadas no Parque todo a partir do "Nº 10", de outubro de 1993, e não perderem tempo explicando no meio dos roteiros. Aí, depois do "Nº 10", as tramas os personagens circulavam pelo Parque todo, só quando tinha inauguração de brinquedos novos importantes que aí criavam histórias especiais apresentando esses novos.

O "Carrossel do Horácio" era formado só por dinossauros da turma dele nos quadrinhos, bem temático, então, assim como todos os brinquedos tinham a temática da turma, com ideia de como quem fosse lá, estivesse dentro dos quadrinhos e em um quintal perdido. Tinham também em colocar a localização dos brinquedos nas histórias nas mesmas posições do Parque real de São Paulo, o que deixavam os leitores mais próximos do Parque.

Interessante que nessa história tiveram partes dos meninos relembrando situações que aconteceram com eles no Parque de edições anteriores até então como falarem que eles já estiveram na "Tumba do Penadinho" ('Parque da Mônica Nº 3') e na "Casa do Louco" ('Parque da Mônica Nº 5') e que em todas as histórias do Parque até então eles apanharam da Mônica. Mostra que era tipo uma sequência de histórias mesmo.

É incorreta atualmente por conta das crianças pularem grades e saltar dos bonecos do Carrossel em movimento e subir no topo do brinquedo por ser perigoso, Mônica bater em todo mundo e aparecerem de olhos roxos. A palavra "peste" dita pela Mônica também é proibida hoje. Os traços ficaram excelentes, muito caprichados que davam gosto de ver. Teve um erro da Mônica falar de boca fechada na 10ª página da história (página 13 do gibi) e o Monitor aparecer de camisa branca sendo que eles tinham camisa amarela, tanto nas histórias, quanto no Parque real. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Cascão: HQ "Vida de casado"

Compartilho uma história em que Cascão e Cascuda e queriam se casar, mas tiveram empecilho do padre que não queria casá-los. Com 5 páginas, foi história de abertura de 'Cascão Nº 103' (Ed. Abril, 1986).

Capa de 'Cascão Nº 103' (Ed. Abril, 1986)

Enquanto namoravam, Cascão fala para Cascuda que é tão fofinha, legal e bonita, a melhor namorada que ele já teve. Cascuda pergunta quantas namoradas ele teve e Cascão responde que nenhuma, mas ela é melhor do que as outras que não teve. Cascão ainda fica sem jeito de pedir uma coisa, até que pergunta se Cascuda quer casar com ele.

Cascuda se engasga de emoção de a ter pego de surpresa, e aceita se casar. Cascão conta a novidade e que Cascuda é o amor da vida dele para a mãe, que acha graça e manda ele ir se lavar que o almoço já, já estará pronto. Cascão vai falar com a Cascuda, que diz que os pais delas caíram na risada e, então, como ninguém compreende o amor deles, resolvem fugir para se casarem escondidos. Na rua, encontram um padre e perguntam se poderia fazer casamento deles. O padre diz que é para eles o procurarem daqui 20 anos e agora ele vai realizar um casamento de verdade. Cascão e Cascuda vão atrás do padre, ficam do lado dele para que faça casamento deles.

As crianças se consideram casadas, ficam emocionadas e nunca pensaram que fosse tão fácil casar. Aí, combinam como vão ser a vida deles a partir de agora, terão que morar juntos e por isso terão que economizar mesada, nada de sorvetes, cinema, terão que arrumar emprego, esquecer paqueras, bailinhos, terão que visitar os pais aos domingos e cuidar dos filhos. No final, se dão conta que não é o que querem e voltam para igreja perguntar para o padre como fazem para se divorciar.

História legal em que  o Cascão resolve  se casar com a Cascuda e como o padre não queria casá-los por serem crianças, eles ficam ao lado do padre enquanto realiza um casamento e, assim, se sentem que se casaram de verdade, Só que ao refletirem as responsabilidades e os problemas que teriam após o casamento, não fazerem o que gosta como tomar sorvete, ir a cinema, bailinhos, etc, e não poderiam mais se comportar como crianças, mudam de ideia e querem saber com o padre como pedir o divórcio. 

Foi pensada em crianças que namoravam e se perguntavam por que não podiam se casar, mostrando as desvantagens do casamento, deixam de ser crianças e passam a ter responsabilidades grandes. A mensagem foi que tudo tem seu tempo, não se deve pular etapas da vida e curtir a infância sem pressa. Foi legal ver a inocência do Cascão e da Cascuda que seria fácil se casarem, só ficarem na igreja durante uma cerimônia e já estariam casados, o diálogo fofinho entre eles na primeira página como ela ser a melhor namorada, mesmo não tendo namorado outras garotas antes, os adultos não levando a sério casamento deles, o casal listando responsabilidades da vida de casado e destaque de se permitirem paquerar outras pessoas numa boa e eles pedindo divórcio no final para continuarem só namorando como antes. 

Apesar de Cascuda ter sido namorada oficial do Cascão, mas tiveram muitas histórias com ele paquerando e namorando outras meninas, de acordo com roteiro, roteiristas achavam melhor outras meninas no lugar ou ele trair a Cascuda. Dessa vez não teve foco em banho e sujeira, mas mesmo quando não tinha, muitas vezes inseriam elementos dessa característica principal do Cascão, como foi na parte da mãe dele mandando o filho se lavar antes de comer, como se não soubesse que ele não toma banho. Foi engraçado.

Foi legal também a referência ao namoro do Chico Bento e Rosinha, que ficavam horas olhando um para o outro, rindo envergonhados sentados em um tronco de árvore e não falavam nada. A maior parte das vezes a timidez era só do Chico, mas tinham histórias dos dois envergonhados. Aliás, o roteiro da história em si dava tranquilamente para ser do Chico Bento com Rosinha, aí pelo visto roteirista preferiu deixar com Cascão para variar e por terem poucas histórias dele com Cascuda.

Foi curta para uma história de abertura, mas sem deixar de ser divertida. Era normal na época histórias de aberturas curtas de até 5 páginas, as vezes até menos. Provavelmente seria de miolo e acabavam colocando na abertura por falta de uma história mais desenvolvida para fechar o gibi a tempo, tanto que os traços foram típicos de miolo e não os que colocavam nas de abertura. Acontecia mais em gibis quinzenais, mas também aconteceram as vezes em gibis mensais da Mônica e Cebolinha. Isso ajudava também a não terem só histórias da Rosana nas de abertura, já que Rubão e Robson Lacerda costumavam fazer histórias mais curtas enquanto Rosana, as mais desenvolvidas.

Impublicável hoje em dia pelo tema de haver namoro e casamento escondido de crianças, capazes até de fugir de casa para se casarem, sem chance isso atualmente. Implicariam também por ter religião com presença de padre e também com a Dona Lurdinha aparecer só lavando louça na cozinha, já que hoje a ideia de mães como donas-de-casa, com avental e fazendo serviços domésticos não aceitam mais. Hoje, naquela cena, colocariam, então, a Dona Lurdinha trabalhando em home-office com notebook.

Os traços ficaram bons, no estilo de histórias de miolo, com destaque aos personagens em maior parte do tempo com olhos sem fundo branco e só com um risco inclinado nas sobrancelhas, deixando mais fofinhos e demonstrando que estavam mais carinhosos, com afeto e emocionados com mais intensidade. Gostava quando apareciam com olhos assim. Teve erro da Cascuda aparecer sem sujeirinhas no rosto no 3º quadrinho da 2ª página e em dois quadrinhos na última páginas. Na época, Cascuda ainda aparecia com sujeirinhas, a partir de 1990, passaram a deixá-la sem sujeirinhas de forma fixa, com raras exceções, dependendo do desenhista, provavelmente acostumado a desenhá-la com sujeirinhas.

Nunca foi republicada ate hoje, daria para ser por volta de 1998, quando estavam republicando histórias de 1986 dos gibis do Cascão, mas como na época eles estavam correndo com as histórias da Editora Abril por estarem velhas até então e para passarem a republicar histórias só da Globo, acabou essa sendo esquecida em republicação. Com isso, se torna uma história rara, só quem tem a edição original que conhece.

sábado, 10 de junho de 2023

Rolo: HQ "O Carango"

Mostro uma história em que o Rolo passou sufoco em carro pifar na beira da estrada com a garota que queria conquistar. Com 8 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 10' (Ed. Globo, 1987).

Capa de 'Mônica Nº 10' (Ed. Globo, 1987)

Rolo está animado com seu primeiro encontro com a Claudinha naquele sábado e vai de carro. Comenta que não foi fácil convencer o pai a emprestar, mas não podia recusar depois da limpeza geral que deu no carango e ele precisa impressionar a garota, só assim para namorar com ele.

Rolo chega no ponto marcado, Claudinha elogia o carro e pergunta se é dele, que diz que sim e a manda entrar. Claudinha pergunta para onde eles vão e Rolo diz que é surpresa, vai ser um lugar muito especial. No caminho, ele pensa que Claudinha vai adorar o restaurante bacana que ele conheceu outro dia.

Claudinha pergunta se o lugar é longe, Rolo diz que um pouco, mas vai valer a pena. Resolve cortar caminho em uma estrada deserta e o carro pifa. Claudinha pergunta por que parou e, como Rolo não queria que ela achasse que o carro não era bom, inventa que já chegaram no local. Claudinha reclama e ele diz que pensava que ela ia gostar de apreciar a paisagem e poderiam fazer um piquenique noturno, ele tem umas bolachinhas.

Claudinha começa a gritar por socorro, que Rolo era um tarado. Ele diz que não tem ninguém ali, Claudinha fala que ele pensou em tudo, bate nele com a bolsa e vai embora para a casa a pé. Rolo diz que é perigoso ela andar sozinha pela estrada e ela responde que melhor que ficar com ele. Rolo fala a verdade, que o carro pifou e ela vai embora sem acreditar. Rolo lamenta que ela não ficou nem para ajudar a empurrar o carro, quando aparece um mecânico, que conserta, falando que era só falta de água na bateria e Rolo pede mais um favor por causa do problema com a garota. 

Depois, Rolo aparece para Claudinha, ainda na estrada, com o carro guinchado. Aí, ela acredita e pede desculpas. Rolo diz que ele devia ter dito a verdade, mas queria impressioná-la e estragou a noite. Claudinha fala que se ele convidá-la para sair amanhã de noite, ela aceita e então combinam de sair as 7 horas da noite. No outro dia, Claudinha espera Rolo no ponto marcado e fica mais de 2 horas esperando, quando está prestes de ir embora, Rolo aparece, dizendo que se atrasou porque o carro pifou de novo e ela diz que é desculpa esfarrapada e não vai acreditar nisso.

História legal em que o Rolo pega o carro do pai para impressionar a Claudinha e ter chance de ela ser sua namorada, só que não contava que o carro ia pifar na estrada e por não ter dito a verdade, se passou por tarado que queria pegar a mulher na beira da estrada. Depois de conseguir contornar a situação com ajuda do mecânico, eles se acertam e no novo encontro o carro pifa de novo e ela acha que é outra desculpa esfarrapada, deixando Rolo sozinho.

Eram engraçadas as histórias do Rolo enrolado com a mulherada. Nessa, tudo que ele queria era impressionar, com carro luxuoso que nem era dele e ir a restaurante caro para conquistar a garota e se deu mal. Se tivesse falado a verdade para Claudinha logo de cara, ela poderia acreditar e como ele já tinha mentido, não acreditou também depois do carro pifar em dois encontros seguidos. Se existisse celular na época, ele poderia telefonar para ela avisando que ia se atrasar e daria para contornar, o que é legal que mostra uma situação datada do século passado, de acontecer imprevisto e nem poder telefonar para outra pessoa que estava na rua para avisar.

Rolo estava no relacionamento à base de mentiras, já dizendo que o carro era dele enquanto na verdade, era do pai. Se Claudinha descobrisse isso, mesmo que tivesse dado tudo certo no encontro deles, também poderia não namorar se ela não aceitasse mentiras. Claudinha se passou por uma mulher interesseira, que só seria conquistada com homem carro luxuoso, jantar em restaurante caro.

Foi engraçado Rolo falar sozinho no início da história contando suas mentiras, inventar que iam observar paisagem da estrada e fazer piquenique noturno e se passando por tarado. O final ficou aberto de se Rolo conseguiu convencer Claudinha que o carro pifou mesmo ou se eles terminaram de vez, fica na imaginação dos leitores a sequência, eles gostavam de histórias com finais abertos.

Incorreta hoje em dia por ideia de homem tarado na estrada e de que mulher é conquistada só por homem com carro de luxo e muito dinheiro, Claudinha bater no Rolo de bolsa porque não pode mais violência nem personagens aparecerem surrados, mentiras do Rolo como dizer que o carro do pai era dele e também por envolver namoro, já que nem namoro de crianças, nem de adultos pode mais, além das palavras "tarado" e "Droga!" são proibidas nos gibis atuais. Os traços muitos bons, típicos dos anos 1980, eles caprichavam nas mulheres que o Rolo namorava, era uma mais bonita que a outra.

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Capa da semana: Chico Bento Nº 101

Nessa capa, Chico Bento e Rosinha em clima romântico em um passeio de barco com Chico remando e prestigiando um belo visual da floresta ao fundo que a Rosinha adorou. Uma espécie de comparaçâo à cidade de Veneza rural. As capas do Chico namorando a Rosinha eram muito bonitas e essa é mais uma bem caprichada com os dois juntos. Muito boa. Hoje é incorreta por ter crianças namorando e sozinhas em um barco em um rio na mata.

A Capa da semana é de 'Chico Bento Nº 101' (Ed. Globo, Novembro/ 1990).

sábado, 3 de junho de 2023

Magali: HQ "Mingau ciumento"

Em junho de 1993, há exatos 30 anos, era lançada a história "Mingau ciumento" em que ele ficou com ciúmes de Magali namorar com o Quinzinho e outros se aproximarem dela. Com 7 páginas, foi história de abertura de 'Magali Nº 104' (Ed. Globo, 1993).

Capa de 'Magali Nº 104' (Ed. Globo, 1993)

Magali fica feliz com a visita do Quinzinho, mas estranha a cara dele e era o Mingau agarrado nas costas dele com unhas o machucando. Magali tira o Mingau e diz que gato é assim mesmo, muito carinhoso. Depois, o casal tenta namorar, Magali pergunta se Quinzinho estava com saudades dela e Mingau sobe na cabeça dele. 

Magali acha que o gato gostou do Quinzinho, pega leite para ver se Mingau sai de lá, mas ele nem liga. Magali acha que Mingau não esta com fome, mas ela está e vai buscar bolinhos quentinhos. Quinzinho quer experimentar um e Mingau avança nos bolinhos e come tudo. Aí, dá sono nele, afia as unhas na barriga do Quinzinho amaciando local e dorme ali.

Quinzinho quer dar um beijo na Magali, que aceita no rosto e quando vai beijar, Mingau observa e coloca o rabo bem na frente na boca do Quinzinho, que reclama que o gato só atrapalha. Magali diz que não é para falar assim, o Mingau é um gatinho inocente e Quinzinho fala que é um gato ciumento e só volta depois de ela ter dado jeito no bicho.

Depois, aparece uma menina chamando Magali brincar na casa dela e Mingau avança e a menina acha que o gato é brabo. Em seguida, ao perguntar para mãe se o Mingau era ciumento, ele avança na Dona Lili. Elas levam o gato para o veterinário, que diz que é normal ele ter ciúme porque fica muito tempo com ela e que deviam arrumar uma namorada para ele. Assim, Magali apresenta ao Mingau a gata da Denise, a Chimim. Mingau gosta da gata e eles namoram. 

Magali chama o Quinzinho, que fica feliz que conversar sem aquele gato ciumento é outra coisa, grande mudança, Mingau nem dá bola para Magali, que, então, passa a observar que o Mingau não liga para ela quando está brincando com a menina, nem quando o chama e nem para tomar leitinho, só quer ficar namorando com a Chimim, aí no final, Magali pega o Mingau e se comporta como gata querendo passar a unha na Chimim.

História legal em que o Mingau sentia ciúmes da Magali, não podia chegar ninguém perto dela que ele implicava ou avançava. A princípio até pensava que era só para atrapalhar namoro da Magali com o Quinzinho, mas depois vimos que era com qualquer um. Conseguiu sossegar o gato arranjando uma namorada para ele, mas aí foi Magali quem ficou com ciúme do Mingau só namorar e não dar atenção a ela, também queria que o gato fosse só dela.

Para quem tem ou teve gato se identificou bastante com o que Mingau fazia, principalmente dormir no colo das pessoas e fica alerta do que fazer se seu gato avançar nas pessoas. Foi engraçado também o Mingau atrapalhando namoro com ele nas costas, na cabeça e dormir no colo do Quinzinho, fazê-lo beijar o rabo, e muito engraçada a cara da Chimim quando Magali agiu como gata com ciúme do Mingau. Dessa vez o Quinzinho não apareceu na padaria, apenas mostrando seu namoro com a Magali e também não teve pensamentos do Mingau, agiu como um gato normal, do jeito que a gente vê na vida real.

Pode-se dizer que a história lembra um pouco o estilo de mostrar costumes dos gatos, que passaram a ser mais frequentes depois de 1994 com a entrada do roteirista Paulo Back na MSP. A diferença é que nesta foi com presença de outros personagens e Mingau agiu como um gato normal sem pensar, enquanto que as depois desta, colocaram histórias assim só com Magali e Mingau juntos, com Mingau tentando dialogar com a dona, e no máximo participação dos pais da Magali. Uma ou outra mostrando costumes de gatos, ficava tranquilo, chato que eram praticamente gibis todos assim com Mingau com Magali a partir de 1998, como se se ele fosse dono do gibi, aí fica cansativo e perdia a graça os gibis dela. 

Nessa história não teve foco com comida e gula da Magali, mas teve comida, histórias da Magali com Mingau não tinham comida, só as vezes. Curioso que a Denise tinha uma gata, Chimim, nessa história, mas que apareceu só nessa. Depois, em 2007, colocaram Mingau com uma namorada fixa, a gata Aveia,  mas como não pode ter mais namoro nos gibis, a gata foi afastada dos gibis. A menina loira foi só uma figurante, não era a Denise, apesar de aparecer diferente a cada história na época. Não colocaram cena da Denise emprestando a gata Chimim para Magali para agilizar a trama.

Os traços ficaram bons, típicos dos anos 1990. Tiveram muitos erros de colorização, quase imperceptíveis à primeira vista, como o sapato do Quinzinho marrom em um quadrinho da segunda página da história, entre outros, bem comuns da época. Incorreta por mostrar namoro entre Magali e Quinzinho, não pode mais ter namoro nos gibis, principalmente entre crianças, e nem gatos  e outros bichos namorando, pode mais. Também incorreto Magali agir como um animal e a palavra "Credo!" também é proibida hoje. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.