quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Mônica: HQ "O Duelo das Bruxas"

No Dia de Haloween, mostro uma história com uma reunião de duelo de bruxas em que a Bruxa Malévola precisou pegar coisas do corpo da Mônica para ficar poderosa e ser a rainha das bruxas. Com 11 paginas, foi história de abertura publicada em 'Mônica Nº 17' (Ed. Globo, 1988).

Capa de 'Mônica Nº 17' (Ed. Globo, 1988)

A história começa com um narrador contando que a cada século, as bruxas mais poderosas do planeta se reúnem no Castelo do Monte Suspiro Profundo para duelar umas com as outras para saber qual é a mais poderosa e que vai liderar todas as bruxas na Terra nos próximos 100 anos.


Elas vão duelando sob risos diabólicos e gritos estridentes até que sobram apenas 2 mais poderosas: Bruxa Pacata, a atual campeã e que tem mantido as outras fora da sociedade, e Bruxa Malévola, que prega a invasão do mundo pelas bruxas. O Monte do Suspiro Profundo é coberto por raios e trovões até que surge uma vencedora, que foi a Bruxa Pacata e sob seu comando a Terra terá paz e sossego por mais 100 anos.


Só que esse duelo aconteceu em 1888 e a história dá um salto de 100 anos e tem um novo duelo de bruxas em 1988. Bruxa Malévola se prepara para a vingança e chegar ao poder e, para isso invoca, o seu padrinho, o Demônio Zangar para ajudá-la a sera rainha das Bruxas. Ela se ajoelha e saúda Zangar como o Senhor das Trevas, Senhor da Escuridão, Príncipe do Mal.


Demônio Zangar corta os elogios baratos dela e vai direto ao ponto. Ele fala que durante um século pensou uma forma de derrotar Bruxa Pacata, até que um dia leu uma revista em quadrinhos para refrescar a cabeça e descobriu que a Mônica é a garota mais forte do mundo, muito geniosa e pensou em unir os poderes da Bruxa Malévola à força da Mônica, mas ela teria que pegar um pedaço de unha, um fio de cabelo e lágrimas da Mônica. Malévola vai imediatamente atrás da Mônica pegar essas coisas, vai voando na vassoura, na companhia de um corvo misterioso que havia ouvido toda a conversa e ela não percebeu.


A turminha segue uma rotina normal, com Cebolinha e Cascão jogando bolinha de gude e Magali comprando melancia, quando Bruxa Malévola surge no bairro do Limoeiro. O Corvo avista a Magali chegando e a transforma em Mônica. Malévola vê e pensa que é a Mônica e fala que as mãos estão horríveis. Ela diz que só segurou uma melancia e Malévola responde que as unhas dela estão mal cuidadas, que é uma manicure profissional e vai dar um trato nas unhas e, com isso, consegue o seu primeiro ingrediente.


Em seguida, surge o Cebolinha contente por ter rapelado  todas as bolinhas de gude do Cascão e o Corvo o transforma em Mônica. Malévola estranha a Mônica ter surgido de novo atrás dela e pede para pegar um fio de cabelo dela. Cebolinha corre, falando que só tem 5 fios de cabelo, mas a Malévola consegue arrancar um fio assim mesmo.


Depois aparece o Cascão. O Corvo o transforma em Mônica e Malévola se passa com uma velhinha que estava cortando cebolas e pede para ele ajudá-la. Cascão corta uma cebola e começa a chorar e Malévola consegue a sua lágrima. Quando vai embora, as 3 "Mônicas" se encontram e o Corvo desfaz o feitiço e a turma volta ao normal.


Malévola chega em seu castelo e entrega os ingredientes para o Demônio Zangar. Ele já havia preparado o resto da poção e acrescenta os ingredientes que Malévola conseguiu. Enquanto finaliza a poção, ela fala que Pacata vai ter uma grande surpresa, que ela será a nova rainha das bruxas e com ela no poder vai ser uma nova era no mundo, será a lei, a religião e o poder, os mortais irão idolatra-lá e logo depois bebe a poção e o Corvo vai embora.


Acontece a nova reunião das bruxas após 100 anos e se duelam para ver quem será a nova líder do próximo século. Depois de muitos combates, surge a vencedora, mostrando o Corvo misterioso. É revelado que ele era a Bruxa Pacata disfarçada para poder sabotar os planos da Malévola, e,com a sua vitória, por mais 100 anos as bruxas ficarão isoladas do mundo. No final, aparece Malévola com ma fome danada, trocando os erres pelos eles e mais fedida que mil chiqueiros e implora para Zambar falar o que aconteceu de errado e ele sem saber vai procurando a resposta no seu livro de magia.


História muito legal mostrando duelo de qual bruxa vai comandar o mundo nos próximo século através de um duelo de bruxas, em que se ganha a bruxa boa, o mundo fica em paz e se uma bruxa malvada ganha, o mundo fica totalmente nas trevas por 100 anos. A Malévola conseguiu ajuda do seu padrinho sábio, o Demônio Zambar, mas não contava que a Bruxa Pacata ia sabotar seus planos para conseguir sua vitória e consequentemente a paz na Terra.


Teve uma boa representação das verdadeiras características dos personagens, Mônica forçuda, Magali comilona, Cebolinha trocando letras e Cascão sujo e a Bruxa Malévola acabou se dando mal herdando as características deles ao pegar as partes dos corpos deles por engano. Interessante que a verdadeira Mônica não apareceu na história, só sendo representados com os seus amigos transformados nela pelo Corvo. Se ela tivesse visto a Mônica verdadeira não conseguiria nada, ia levar uma surra na primeira tentativa.


Os traços sensacionais, com uma arte-final caprichada do Alvin Lacerda que diferenciava muito os desenhos. Impublicável hoje em dia por conta de ter Diabo, ainda mais desenhado como foi, além de envolver magia negra. Caso fosse publicada, fariam alterações em conteúdos e mudariam o ano 1988 colocando o ano corrente, já que eles mudam os anos originais para ficar como se fosse uma história atual. A capa da edição, apesar de ter referência a bruxa, pelo visto foi apenas uma coincidência ter saído na mesma edição da história, já que não faz referência á história, é apenas um desenhio bonito com os personagens como bruxos.

domingo, 27 de outubro de 2019

HQ "Cascão tomou banho"

Dia 27 de outubro é aniversário do Mauricio de Sousa. Em homenagem, compartilho uma história com presença dele em que os funcionários da MSP se revoltaram e entraram em greve de não fazer mais histórias do Cascão até que ele tome banho. Com 13 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 92' (Ed. Abril, 1986).

Capa de 'Cascão Nº 92' (Ed. Abril, 1986)

Nela, Cascão está no lixão e faz um salto de trampolim como se o lixão fosse uma piscina, brinca um bom tempo no lixo e quando sai fala que dessa vez caprichou na sujeira. Do nada, Cascão ouve um grito e era a colorista da história, que havia desmaiado por não estar aguentando o cheiro do Cascão.


Nesse momento, Cascão perde as cores e fica tudo em preto e branco e quando a Irene acorda, pergunta o que aconteceu e ele fala que está caída no chão enquanto a história está em preto e branco e pega um lápis de cor exigindo para ela pintar de novo. Irene se recusa, diz que nunca mais vai pintar as histórias do Cascão e ele acha que é um brincadeira, se divertiram bastante e manda a Irene pintar a história.

Irene e todo o pessoal do estúdio da MSP olham sérios para o Cascão e vê que eles não estão de brincadeira. Irene diz que não é fácil pintar depois de ele tomar um banho de sujeira e decide então entrar em greve e só pinta de novo quando o Cascão tomar banho.


Cascão fala que que de repente gostou da história em preto e branco, deu mais charme e que ela pode ficar em greve no tempo que quiser e não vai tomar banho só porque ela não quer colorir as páginas dele. Aí de repente o Cascão vira uma caricatura  e descobre que todos os roteiristas, desenhistas e arte-finalistas da MSP entraram em greve também e não vão mais fazer histórias do Cascão. Ele diz que é uma besteirinha e o roteirista Reinaldo Waismann reclama que sempre que ele vai fazer as histórias do Cascão, a bronquite dele piora e a colorista Irene diz que a alergia dela a pó também piora.


Cascão tenta usar sua velha e infalível lábia pra convencê-los a fazer as histórias de novo, mas Reinaldo fala que não adianta usar lábia porque são eles que escrevem as histórias e sabem todos os truques do Cascão. Ele diz, então, se querem guerra, não vai tomar banho só porque eles querem, podem continuar em greve e não liga ficar no rascunho. Aí nessa hora, ele leva uma coelhada da Mônica. Cascão pensou que era um monstro, mas logo vê que a Mônica e todos os seus amigos estão como rascunhos também, já que eles participam das histórias dele.


Mônica, Cebolinha, Maria Cascuda e Bidu reclamam que estão feios como rascunhos, todos se assustam com eles e isso tudo porque o Cascão não quer tomar banho. Assim, eles pegam o Cascão à força, o carregam nos braços, o desenhista imediatamente desenha uma tina d'água e conseguem jogar o Cascão na tina e ele finalmente toma banho.


No mesmo instante, os leitores do Brasil e do mundo inteiro se impressionam que o Cascão tomou banho e o pessoal do estúdio comemora já que eles não vão mais ter falta de ar fazendo as histórias dele e comemoram mais ainda ao vê-lo limpo quando sai da tina, já sem ser desenhado como rascunho. Os personagens também voltaram o normal, já que eles acabaram com a greve após o Cascão ter tomado banho.


Cascuda se impressiona com o Cascão estava diferente sem os 2 quilos de sujeira, e na MSP, a Irene diz que ficou uma gracinha e bem melhor e o Sidão sugere que mude a nome da revista para "Limpão". Em seguida, Reinaldo ouve um barulho na porta, ele vai abrir e eram milhares de cartas de leitores pedindo para que o Cascão volte a ficar sujo. Mauricio de Sousa aparece desesperado, falando que estão quase arruinados, que as vendas estão caindo a cada dia, dizem que o Cascão limpo a revista não tem graça, o charme da revista era ele sujo e se as coisas continuarem assim vão ter que fechar a firma e Cebolinha nos quadrinhos diz que se a revista do Cascão acabar, eles acabam também.


Eles olham para o Cascão e tentam fazer de tudo para que ele volte a ficar sujo, só dão elogios que é um grande amigo, é uma gracinha e para ficar mais bonito é só ficar sujo de novo. Cascão estranha porque antes eles não pensavam assim e o desenhista desenha um lixão para ele entrar. Cascão não vai, falando que gostou de ficar limpinho, as pessoas não vão mais correr dele, pegar elevador sem ninguém reclamar.


Mônica chega perto do cascão e vê que ele estava de maquiagem. Reinaldo sopra o rosto dele e sai toda a maquiagem e descobrem que ele estava sujo como antes. Na tina tinha maquiagem e uma jarra d'água e o Cascão simulou que havia tomado banho. Mauricio pergunta quem desenhou a tina, e a desenhista estagiaria diz que foi ela porque não podia deixar o Cascão tomar banho, sempre achou fofinho o o Cascão sujinho. 

Mauricio dá de entender que ela estaria demitida, mas ele diz é que está de parabéns porque se não fosse ela, estariam arruinados e agora tudo voltou ao normal. Cascão brinca no lixão e o pessoal do estúdio e os personagens vão tudo para a janela recuperar o ar por não aguentarem o cheiro do Cascão lá dentro, com Mauricio destacando que tudo ao normal mesmo terminando assim.


Essa ´história é sensacional, muito criativa e cheia de absurdos. Os funcionários da MSP entraram em greve por estarem incomodados com o cheiro do Cascão, mas com medo da MSP falir e perderem o emprego se arrependeram e quiseram que ele voltasse a ficar sujo como antes. Só não contavam que ele não tinha tomado banho graças a desenhista estagiária que gostava do Cascão sujinho e no final conseguiu ficar mais sujo que era antes.


Legal ver o Cascão discutindo e dando ordem no pessoal do estúdio só porque era personagem em quadrinhos e muito engraçado quando o Reinaldo Waismann falou que ataca a bronquite dele e a Irene piora a sua alergia a pó quando fazem as histórias do Cascão. Rachei de rir nessa hora. Até deu impressão que ele tomou banho mesmo, mas felizmente conseguiu escapar do banho, ele sempre conseguia nem que seja da forma mais absurda. A princípio até parecia que eles entraram em greve por conta própria sem consentimento do Mauricio, mas depois deu para ver que o Mauricio apoiaram eles quando ele falou "estragamos tudo".

Eu gostava das histórias de metalinguagem com os personagens interagindo com o pessoal do estúdio. Naquela época era bem comum histórias assim e bom que ajudava os leitores a se familiarizar com quem estava por trás das histórias. Apareceram vários funcionários que trabalhavam lá na época, pena que a Rosana Munhoz não apareceu, afinal ela já era roteirista e desenhista há algum tempo, pelo menos os outros roteiristas apareceram como o Robson Lacerda e o Rubão.


Impublicável atualmente por conta do Cascão no lixão, fazendo apologia á sujeira e os funcionários da MSP como vilões e absurdos que não gostam mais de mostrar, afinal, os personagens estão no papel e eles não sentiriam o mal cheiro do Cascão, mas vale a fantasia e isso o que era bom nos gibis da turma. Quem sabe hoje em dia aconteceu isso mesmo do pessoal do MSP se cansar do Cascão e mudarem tanto o personagem, pois ele encontra bem diferente do que era, só falta darem o banho por completo. Foi uma das últimas histórias com o roteirista Reinaldo Waismann na MSP, já que ele saiu de lá ainda em 1986 para trabalhar com a Xuxa. Essa história não dá para saber quem fez, mas acredito que até seja dele, já que foi quem teve mais destaque.


Os traços perfeitos da fase consagrada dos personagens. Muito bom ver os personagens desenhados como rascunhos na hora que eles fizeram greve. Os roteiros são inicialmente feitos como rascunhos e depois que são desenhados, arte-finalizados e coloridos e durante essas partes da greve a história ficou como foi feita originalmente pelo roteirista. Interessante ver eles desenhando e colorindo tudo a mão, hoje em dia é tudo digital e tecnológico na MSP.


Foi republicada depois no 'Almanaque do Cascão Nº 40' (Ed. Globo, 1997). As imagens da postagem tirei do gibi original. A seguir a capa desse almanaque.

Capa de 'Almanaque do Cascão Nº 40' (Ed. Globo, 1997)

FELIZ ANIVERSÁRIO, MAURICIO!!! TUDO DE BOM!

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Capa da Semana: Cebolinha Nº 118

Dia 24 de outubro é aniversário do Cebolinha. Em homenagem, uma capa com ele comemorando seu aniversário com a turma e as velas do bolo formando o cabelo dele.

Na época os personagens completavam 6 anos de idade, por isso colocaram 6 velas. Atualmente, como os personagens têm 7 anos, fariam uma adaptação se fizessem uma capa assim. E curioso o Jeremias aparecer com círculo em volta da boca ao invés dos lábios, na época ele era não era mais desenhado assim e hoje é totalmente abolido personagens negros com círculo rosa na boca.

A capa dessa semana é de 'Cebolinha Nº 118' (Ed. Globo, Outubro/ 1996).


segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Magali: HQ "Põe-te, mesa!"

Há exatos 30 anos, em outubro de 1989, era lançada a história clássica "Põe-te, mesa!" em que a Magali consegue uma mesa mágica que faz aparecer muita comida cada vez que ela ordenava a frase "Põe-te, mesa!". Com 11 páginas, foi história de abertura de 'Magali Nº 9' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Magali Nº 9' (Ed. Globo, 1989)

Escrita por Rosana Munhoz, começa em uma época que existia magos e princesas e com narrador-observador contando que uma bela princesa anunciou que se casaria com o homem que lhe trouxesse a mais maravilhosa invenção e o mago Tiago resolveu criar uma mesa uma mesa mágica onde era só ordenar a frase "Põe-te, mesa!" que logo ficava repleta de comida.


Mago Tiago já achou que havia ganho, que a princesa já era dele, mas para a sua surpresa, a princesa estava de regime e não gostou da invenção, chutando a mesa longe, e acabou se casando com o Palérmio, inventor do adoçante sem calorias. Mago Tiago odiou e acabou jogando a mesa mágica pela janela. Um humilde carpinteiro encontrou a mesa e levou para casa, sem saber dos seus poderes mágicos e é dado como que a história tinha terminado.


Na realidade, acabou a era antiga e a história continua, agora na atualidade, mostrando a Magali acabando de almoçar e pedindo mais um prato para a mãe. Dona Lili recusa, falando que ela já repetiu 3 vezes e agora só na janta. Magali vai para rua, chateada, falando que a mãe não a entende, e vai até à casa da Tia Nena para almoçar lá. Tia Nena diz que logo o almoço fica pronto e que é pra ela brincar lá fora, mostrando Tio Pepo lendo jornal.


Magali vai até a área de serviço no quintal da Tia Nena, reclamando que é duro brincar enquanto tem fome. Lá, ela encontra a mesa mágica e resolve brincar de comidinha e finge que tem um bolo de chocolate lá, mas não gosta por não ter gosto de nada. Ela diz que poderia ser uma mesa mágica e só falar "Põe-te, mesa!" que ficaria cheia de delícias e quando vai olhar apareceu um banquete. Ela adora a surpresa e nem quis saber o motivo de ter aparecido tanta comida, foi logo devorar tudo. No caso, a explicação é que o carpinteiro que pegou a mesa mágica era ancestral da família do Tio Pepo, que herdou a mesa da sua família.

Depois de comer tudo, Magali pensa que foi ilusão de ótica e faz o teste de novo e volta a parecer outro banquete. Ela vai até a casa da Tia Nena perguntar se pode ficar com a mesa velha do quintal. Tia Nena aceita e Magali diz que perdeu a fome e vai embora e Tia Nena desmaia, deixando Tio Pepo aflito.


Magali carrega a mesa sozinha, falando que com a mesa ela não vai mais passar fome e nem ter que esperar hora da janta. Ela para no meio da rua para fazer um "lanchinho" para repor as energias, faz a pedra como assento e começa a comer ao falar "Põe-te, mesa!". Mônica e Cebolinha veem e acham estranho ela comer na rua. Cebolinha vê que tem muita coisa gostosa e Magali pensa que ele quer pegar algo e já corta, falando que é tudo dela. Mônica diz que eles já almoçaram e convida pra brincar com eles e Magali diz que vai demorar.

Mônica estranha, pois ela já tinha devorado tudo e Magali mostra o segredo que cada vez que fala "Põe-te mesa" aparece um banquete e diz que está muito ocupada. Mônica pergunta como ela conseguiu aquela mesa e Magali diz que ganhou e pede licença para comer e confirma que eles não estão servidos.


Magali continua comendo sem parar, passam os dias e todo mundo fica surpreso com a mesa dela, alguns tentavam beliscar algo e ela não perdoava, batia com a colher na mão de quem tentava pegar. Só o Bidu que conseguia roer os ossos quando caía no chão. Com o tempo, a turminha se acostumou vendo ela comendo lá na rua e nem ligava. Magali não saía de lá nem para dormir e nem os pais dela conseguiam tirá-la de lá. Era um sonho realizado dela, pois a qualquer hora ela podia comer o que quisesse.


Até que um dia, Magali sente dor no maxilar e diz que parece que está comendo há dias. Mônica diz que está há 32 dias comendo. Magali diz que é por isso que as costas dela estão doendo de tanto ficar sentada. Mônica fala para ela se levantar e brincar com ela. Magali até chega a se levantar, mas ao olhar a mesa volta imediatamente para fazer mais um "lanchinho" e diz que é muita tentação saber que pode ter guloseimas a qualquer hora e, com isso, Mônica diz que ela vai ficar lá a vida inteira


Magali lembra velhinha comendo na mesa e começa a chorar pedindo a alguém ajudá-la, não aguenta mais aquilo. Até que aparece os gênios da mesa, reclamando que também não aguentam mais. Quando o mago Tiago os conjurou para encantar a mesa, não sabiam que teriam tanto trabalho, nunca viram apetite como o dela, não deixa em paz um minuto sequer e resolvem entrar em greve. Magali reconhece que foi esganada, diz que vai dar a mesa para alguém que precise e pede mais um favor,. Então, ordena seu último "Põe-te, mesa!", mas dessa vez para os seus amigos devorarem tudo da mesa, como um pedido de desculpas por ter regulado comida a eles.

No final, Mônica agradece pela festa que a Magali fez antes de levar a mesa para o orfanato e pergunta se ela não vai sentir falta. Aí Magali diz que talvez não se eles deram uma mãozinha. Assim, Magali passa a comer todos os dias na casa do Cascão, Titi, Cebolinha e Mônica para compensar a falta de tanto comer naquela mesa mágica e garantir que vai almoçar pelo menos 5 vezes por dia.


História sensacional, adoro essa historinha. Muito bom ver a Magali comendo o tempo inteiro por causa da mesa mágica, comeu tanto que nem os gênios da mesa aguentaram a gula dela e queria fazer greve, o que até foi bom para ela se livrar da mesa. Foi a história que ela passou mais tempo comendo, foram 32 dias ininterruptos comendo, não parando nem para dormir.

Em cada ordem de "Põe-te mesa" era um banquete diferente, sempre uma surpresa, não era ela que escolhia o que ia comer, isso foi legal também. Interessante a fome da Magali ser comparado como, algo compulsivo, um vício. Ela comia sem perceber que estava há dias comendo sem parar, se os gênios não fizessem greve, ela ia ficar para sempre comendo lá. Magali regulando comida para os amigos, egoísta, fazendo de tudo para ninguém comer o que ela comia foi bem presente aí, era uma característica que eu gostava bastante nela.


Muito bom também a história ser dividia em 2. Uma com a época medieval com princesas e magos e depois a atualidade, boa sacada isso. Narrador-observador narrando a história sempre é bem vindo, no caso, é como se fosse a roteirista Rosana narrando. Engraçado ver a Tia Nena desmaiando quando a Magali inventou que não ia almoçar porque não estava com fome, afinal era uma coisa impossível isso. Gostei também da Magali dizer que os banquetes dados pela mesa era só um "lanchinho", ficar com axilar e costas doendo de tanto ficar lá comendo e de ela ter dado a mesa para um orfanato, se tivesse uma mesa dessa na vida real, ia acabar com a fome no mundo.

Os absurdos, aliás, foram grandes nessa história, o que se torna mais especial ainda. Além da Magali ficar 32 dias comendo sem parar, a mesa mágica em si é impossível existir, quando a Magali falou "Põe-te, mesa!" na primeira vez, a mesa também aparece com um lençol de mesa, tem Magali correndo carregando a mesa pesada sozinha, nesse caso tão forte como a Mônica. Tudo muito divertido.


Traços excelentes, era perfeito os personagens desenhados assim. Personagens dentuços com dente da frente à mostra revela que erma histórias da Rosana em 1989. O normal era os personagens dentuços sem dentes quando mostram todos os dentes, mas em algumas histórias da Rosana mostravam os dentes como aconteceu em "A caveira dentuça" (Cebolinha Nº 32) e "Não se mexa!" (Mônica Nº 35). A partir de 1990 voltou como era e atualmente personagens dentuços estão com dentes à mostras nessas situações.


Foi o último gibi da Magali que foi mensal na época. A partir da 'Nº 10' de novembro de 1989 foi quinzenal, ficando assim até a edição 'Nº 357'. A partir da 'Nº 358' de março de 2003 voltou a ser mensal, continuando assim até hoje. Muito bom relembrar "Põe-te, mesa!" nesses exatos 30 anos, sem dúvida um clássico, tanto da Magali tanto da MSP.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Mônica Nº 600

Esse mês de outubro de 2019 a revista 'Mônica' comemora a marca de 600 edições. Nessa postagem mostro como foi esse gibi especial.


A revista 'Mônica' foi lançada em maio de 1970 pela Editora Abril e juntando todas as séries de numerações de todas as editoras que passou (Abril, Globo e Panini), essa edição "Nº 54" da 2ª série da Panini é a verdadeira "Nº 600", e, com isso, levou 49 anos para atingir essa marca. A tendência agora é sempre a cada 100 edições ter uma revista especial comemorando a marca com edições redondas. Na Panini já tiveram Mônica, Cebolinha e Magali "Nº 500", além de Cascão e Chico Bento "Nº 700".

'Mônica Nº 600', então, tem a história de abertura especial com a data e o resto do gibi é com histórias normais da turma toda. Segue o estilo tradicional de gibi formatinho com lombada, 84 páginas e preço de R$ 7,00, como vem sendo, bem caro por sinal um gibi de lombada da Mônica custar esse preço. A capa é uma releitura da edição "Nº 1" de 1970, fazendo alusão à história de abertura com a Mônica sendo levada por um portal no momento que segurava o carrinho do Cebolinha para dar passagem à tartaruga. Não tem frontispício comemorando a data, como foi na edição "Nº 500" de 2011, começa logo com a história de abertura.

Na trama, com o título "600 edições Grandes Emoções", com 31 páginas e escrita por Flavio Teixeira de Jesus, o vilão Cabeça de Balde captura e teletransporta a a Mônica de 1970 para os tempos atuais para impedir que a revista da Mônica chegue a 600 edições, só que a máquina que ele fez transportar a Mônica antiga é desregulada em uma tentativa da Turma da Mata tentar salvar a Mônica e, com isso, mistura "Mônicas" de diferentes épocas, percorrendo as 600 edições.

Assim, vemos a Mônica evoluindo, passando por várias histórias anteriores. Em cada passagem a Mônica é caracterizada de acordo com a história que foi retratada. Tipo, ao relembrar a Mônica da história "Um amor de ratinho" (MN #99 - Ed. Abril, 1978) ela é caracterizada como um ratinho rosa como foi na história original; ao relembrar "A jovem Frankestônica" (MN # 102 - Ed. Abril, 1978), ela se transforma em Frankestônica, e assim por diante.

Trecho da HQ "600 edições Grandes Emoções"

Temos várias lembranças de várias histórias clássicas durante a trajetória das revistas da Mônica. Entre as lembranças temos a Mini-Mônica (MN # 3, de 1970), Mônica-ermitã (MN # 6, de 1970), Mônica neném de "Tempo pra trás" (MN # 73, de 1976), Frankestônica (MN # 102, de 1978), Mônica come-come" de "Uma aventura eletrônica" (MN # 172, de 1984), Mônica vampira de "Amor dentuço" (Mônica # 54, de 1991), entre outros. Até o 3D Virtual foi lembrado, através da história "O espelho tridimensional" (MN # 95, de 1994). 

Durante a história também tem a presença de vários personagens secundários tentando salvar a Mônica presa na máquina, além de outros vilões históricos que marcaram as revistas da Mônica. Assim, temos Turma da Mata, Bidu, Piteco, Chico Bento, entre outros tentando salvar a Mônica e vemos vilões clássicos que apareceram em mais de 1 história nos gibis como  a volta do Lorde Coelhão, Doutor Olimpo, Bruxa Viviane, Boneca Tenebrosa, etc. Bom ver o crossover entre os personagens, nunca ia imaginar Piteco junto com Cabeça de Balde ou Chico Bento com Boneca Tenebrosa, por exemplo. Tiveram vilões que não chegaram a ter alguma história em gibis da Mônica como os ETs do Planeta Tomba que apareceram em gibis do Cascão e Bruxa Viviane, nos gibis da Magali, mas que por serem vilões clássicos da turma, aí resolveu colocar.

Teve também os personagens da turminha caracterizados como nas histórias antigas, como "Os Azuis" (MN # 15, de 1971) e "Os bruxinhos" (MN # 95, de 1978) e destaque para a volta do Super-Horácio e presença de alguns personagens esquecidos.

Trecho da HQ "600 edições Grandes Emoções"

Ele procurou colocar histórias em que remete a Mônica fantasiada, vestida diferente ou transformada em alguma coisa e não histórias de planos infalíveis ou com vilões que apareceram em 1 só história ou ainda as que tenham lembranças a algo muito politicamente incorreto, assim lembranças com assaltantes, diabos, por exemplo, ficaram de fora. Em cada referência da história tem a citação de qual história a Mônica antiga está representada com título e qual edição saiu, ou com o Cabeça de Balde falando de qual história foi ou o rodapé mostrar a fonte da história original quando aparecia um asterístico no texto dos balões.

Interessante que não teve nenhuma lembrança dos gibis da Editora Panini. Depois das passagens de 2002 foi tudo mais corrido, apresentando mais rápido os elementos das histórias e pra não dizer que não teve nada na Panini, teve uma alusão à história de 'Mônica Nº 9' de 2016, bem apagado mesmo. Só senti falta de lembranças de histórias dos primeiros números da Globo, pois de 1986 já pulou para 1991, mas mesmo assim tiveram bastante referências aos anos 80 através dos gibis da Editora Abril.

Os traços, com desenhos de Altino Lobo e arte-final de Reginaldo Almeida, até que não ficaram ruins no geral, dá pra aceitar. Curioso que primeira vez teve uma história com Cabeça de Balde sem ser uma história do roteirista  Paulo Back, quem criou o personagem vilão. Seguiu o mesmo estilo,  e inclusive, do leitor descobrir quem é o vilão que está por trás de cabeça de balde, cada história é revelado que ele é um personagem diferente disfarçado. Outro detalhe ao Zé Vampir falar que "histórias de transformação é tão anos 1990", então sinal que atualmente eles evitam de fazer histórias com os personagens se transformando em alguma coisa. Eu gostava tanto de histórias assim e pelo visto tiraram isso dos gibis.

Trecho da HQ "600 edições Grandes Emoções"

O resto do gibi seguiu o estilo normal do que vem sendo atualmente. O gibi teve 10 histórias no total, incluindo a história de abertura e a tirinha final. Chamou a atenção de ter tido mais histórias com personagens secundários sem ser da Mônica.

Tem Do Contra com "Um cavaleiro diferente", escrita por Edde Wagner e 7 páginas em que o Do Contra convida seus amigos pra encenar um teatro com aventuras de um cavaleiro medieval que faz coisas diferentes. Em "Pequenos Grandes" escrita por Roberto Munhoz e 8 páginas, em que o Papa-Capim e Cafuné tem que passar uma noite na floresta par aprovar que são grandes guerreiros. Já em "Zap-Zap", escrita por Lederly Mendonça e com 6 páginas, Tina está preocupada que o pessoal do shopping estão todas ocupadas olhando Whatsapp e esquecem de viver bons momentos com seus amigos na vida real, ou seja, uma lição de moral para que as pessoas vivam mais o mundo real e se desligar do mundo virtual.

Trecho da HQ "Zap-Zap"
A revista tem também história da Turma da Mônica na pré-história e histórias curtas de 1 ou 2 páginas com Milena com Marina, Turma da Mata e Turma do Penadinho. História de encerramento foi "O melhor balanço do mundo", escrita por Edson Itaborahy com 6 páginas, em que a Mônica pede para o Cebolinha ajudá-la a criar um balanço de pneu na árvore e Cebolinha pensa em algo mais ganacioso, com lição de moral no final. Até que histórias com lição de moral não foram tantas dessa vez, nessa revista, mas como de costume agora tem que algo mostrando boas maneiras..

Trecho da HQ "O melhor balanço do mundo"

Então, essa revista "Mônica Nº 600" não foi ruim, vale pelas boas lembranças com as histórias clássicas da Editora Abril e Globo. Essa de abertura podia ter tido mais páginas para não ficar um final tão corrido e ter mais outras lembranças de  histórias que ficaram faltando. Pelo menos a data não passou em branco. Eu compraria essa mesmo se não tivesse nada especial por ser de "Nº 600", tanto que busquei as outras de números redondos da Globo, mas tendo algo especial melhor ainda. Como previsão é a cada 100 edições ter especial desse estilo, então podem ser lembradas em outras edições. Podiam até fazer edições relembrando capas históricas para que não ficasse tão repetido isso. Não tem informação se vai ter exemplar especial de colecionador com capa metalizada como foi na edição "Nº 500" ou um com capa variante. Acredito que não. Os outros gibis desse mês de outubro não comprei nenhum, então não tem resenha deles. Fica a dica.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Capa da Semana: Chico Bento Nº 81

Em homenagem ao Dia dos Professores, compartilho uma capa em que o Chico Bento recebeu castigo da professora Marocas de escrever no quadro que não é para colar na prova , mas até para isso ele levou a sua cola, dando raiva à professora Marocas. Do tempo que o Chico era burro na escola, permitia capas tão boas assim.

A capa dessa semana é de "Chico Bento Nº 81' (Ed. Abril, Setembro/ 1985).


sábado, 12 de outubro de 2019

Saiba Mais Nº 141 e Nº 144 - Editora Panini

Nessa postagem comento sobre as edições de "Saiba Mais Nº 141" e "Nº 144" da Editora Panini que falaram sobre o filme "Laços"  e sobre os 60 anos da MSP, respectivamente.

Capas de 'Saiba Mais Nº 141" e"Nº 144"

Essas edições saíram mais recentemente, sendo a edição "Nº 141" foi lançada em junho de 2019 e a "Nº 144", em setembro de 2019. Essa revista depois do "Nº 100" se tornou mais reedição de revistas anteriores, colocando o mesmo conteúdo interno, só mudando a capa. Quase todas foram reedições, mas em alguns números eles lançam temas novos e essas 2 edições foram inéditas e com referência ao universo da Turma da Mônica. Curiosamente único título que não reiniciou numeração após o "Nº 100".

A distribuição desse título é horrorosa, é muito raro chegar aqui, uma vez ou o outra aparece e quando tem, vem só em algumas bancas e de 1 a 3 exemplares por banca no máximo. Essa edição "Nº 141" de junho só consegui encontrar no início de agosto em uma banca no Centro da cidade por acaso perdida no meio de outros gibis e a edição "Nº 144' de setembro até que chegou aqui perto, só que foi só 1 exemplar e em apenas 1 banca. Podiam melhorar essa distribuição, pelo menos quando forem temas inéditos ou que tenham referência a MSP.

No geral, as revistas "Saiba Mais" têm periodicidade mensal, 36 páginas, formato 19 x 27,5 cm, capa em papel couché e miolo em off-set, custando atualmente R$ 9,00. O preço aumentou bastante, um absurdo custar isso, por muito tempo custava R$ 5,70. Seguem o estilo das anteriores, com uma história, 4 páginas de passatempos, páginas de curiosidades e jogo de montar. Os passatempos são relacionados ao tema, estilo "exercícios de fixação" do que foi falado na história. A seguir comento sobre cada edição

Saiba Mais Nº 141 - Como se faz um um filme

Lançada em junho de 2019, com 20 páginas no total divida em 2 partes, a história mostra os bastidores do filme "Laços", que foi lançado nos cinemas no final de junho. Escrita por Flavio Teixeira de Jesus, a gente acompanha o Louco no set de filmagem do filme "Laços", mostrando desde como tiveram a ideia de criar o filme, passando pelos primeiros preparativos,  a escolha dos atores, os profissionais envolvidos no filme, como foi a filmagem. Mostra também as funções de diretor e produtores em um filme, o que é "story board" e coisas que acontecem em uma filmagem de qualquer filme convencional, daí o tema ser sobre como criar um filme e não terem colocado apenas que foi sobre o filme "Laços".

Trecho de "Saiba Mais Nº 141 - Como se faz um filme"

O Louco é quem comanda a edição, que interage com o diretor Daniel Rezende do filme, que  vai explicando sobre os bastidores, com mistura de humor e explicações. Legal ver realidade e ficção juntas, ver como foi os bastidores do filme misturado com a metalinguagem dos quadrinhos, ver atores e diretores contracenando com a turminha e todas as curiosidades envolvidas. Eles até colocaram Mônica Iozzi, Paulinho Vilhena e Rodrigo Santoro na história, assim como os atores que fizeram a turminha no filme contracenando com os personagens. Bem interessante.

Quando criaram o filme "Mônica e a sereia do rio" em 1987, chegaram a criar uma história no gibi da 'Mônica Nº 5' da Editora Globo mostrando os bastidores, mas criando uma aventura imaginária com o Capitão Feio invadindo o set de filmagem. Já nessa "Saiba Mais" sobre "Laços" foram os bastidores reais só com uns elementos imaginários de personagens em quadrinhos interagindo com atores para ter um pouco de humor na edição.

Trecho de "Saiba Mais Nº 141 - Como se faz um filme"

Os traços que ficam a desejar um pouco, normalmente nessas revistas "Saiba Mais " os desenhos ficam bem digitais mesmo, mas pelo menos o roteiro foi bom. Depois vem passatempos sobre o conteúdo da história e no final da revista há uma página de outras curiosidades que ficaram de fora da história, comentando um pouco mais detalhado o que foi citado na história e não dava para dar detalhes nela para não deixar tão didático.

No meio veio de brinde de montar uma cena 3D. Curioso que diz que é para a criança pedir para um adulto cortar a miniatura, deixando bem politicamente correto, com intenção da criança não se machucar ao usar uma tesoura. Do jeito que colocaram, é como que crianças não podem mais mexer em tesoura, só que assim nunca têm coordenação motora para cortar, o ideal seria elas cortarem com uma tesoura sem pontas, mas não impedir de elas terem essa tarefa, até para se divertirem cortando a sua miniatura.

Trecho de "Saiba Mais Nº 141 - Como se faz um filme"

Saiba Mais Nº 144 - 60 anos de Mauricio de Sousa Produções

Lançada em setembro de 2019, com 20 páginas no total divida em 2 partes, a história mostra uma homenagem aos 60 anos da MSP, contando um pouco sobre o histórico da MSP e onde está e como é o estúdio atualmente. Com isso, mostra a trajetória da MSP, desde a sua criação até a atualidade.

Nela, a turminha se disfarça como leitores visitantes para poderem conhecer a MSP e é guiada pela recepcionista de visitantes da MSP. Mônica se passa por Molica; Cebolinha, por Celinha; Cascão, por Casnicão; e Magali , por Magabo.

Trecho de "Saiba Mais Nº 144- 60 anos e Mauricio de Sousa Produções"

A primeira parte concentrou nas sedes anteriores, mostrou desde como Mauricio iniciou sua carreira de quadrinhista e montando a sua equipe aos poucos e mudando as sedes à medida que ia crescendo a equipe. Curioso  que vemos que durante a fase clássica do período de 1964 a 1988 o estúdio era em um prédio do jornal Folha de São Paulo, dava para comportar tudo e ainda que eram poucos roteiristas e funcionários na equipe esse tempo todo. Depois que precisaram de mais gente, aí se mudaram em 1988 na Rua do Curtume até em 2017, quando foram para a sede atual. 

Já a segunda parte teve foco  na sede atual. Mostra boa parte das instalações, como os setores de editoriais, MSP ao vivo (que cuida dos espetáculos de teatro da turma), departamentos de exposições e de roteiros, gazebo para os visitantes tirarem fotos, entre outros. A sede atual foi pensada nas visitações dos leitores para se sentirem como se estivessem no universo da Turma da Mônica,. As instalações são todas temáticas com os personagens, tem até uma "Pracinha da Mônica" lá, que é um parquinho para as crianças brincarem quando visitarem. Até pensei que na edição "Turma da Mônica Nº 51" era com capa ambientada no Parque da Mônica por causa de eles estarem em brinquedos de parque, mas era essa Pracinha dentro da MSP.

Trecho de "Saiba Mais Nº 144- 60 anos e Mauricio de Sousa Produções"

A história dessa revista sempre mesclada com humor, com a turma fingindo em ser visitante s e tentando disfarçar quando dava alguma mancada que entregava que eles eram os personagens disfarçados. Também tem eles querendo ir ao banheiro toda hora durante a visita, dando um mistério do que eles fazem tanto no banheiro e o que tem nos banheiros da MSP. Os traços que ficaram a desejar, bem digitais, mas o roteiro ficou legal.

No final, tem 4 páginas de passatempos com conteúdo do que foi falado na história e 2 páginas de curiosidades dando um aprofundamento maior de coisas que ficaram vagas na história, como o que a turma foi fazer no banheiro durante a história e sobre a cadela Maria da Penha que apareceu na história, entre outras curiosidades. No meio, veio de brinde uma miniatura do Carrossel da MSP e mais uma vez falando para os adultos cortarem a miniatura, e não as crianças.

Trecho de "Saiba Mais Nº 144- 60 anos e Mauricio de Sousa Produções"

Como podem ver são edições interessantes sobre a MSP, misturam informações com humor e ajudam a se informar sobre os bastidores do filme "Laços" e da MSP. Não sou de comprar esse título, ainda mais que agora praticamente vive de reedições, mas quando envolve metalinguagem da MSP acho válido. Pena que traços não são muito bons, vale por esses conteúdos especiais e atéu tive  de achar por acaso ou então pode comprar na internet, como no site da Panini ou sites que vendem gibis ou Mercado Livre. Fica a dica.