quarta-feira, 27 de março de 2019

Capa da Semana: Magali Nº 34

Dia 27 de março é o Dia do Circo. Em homenagem, uma capa com a Magali atravessando um picadeiro do circo com uma cesta de frutas no chão. Se cair, pelo menos é em cima das frutas que ela tanto gosta. 

Capa dessa semana é de 'Magali Nº 34' (Ed. Globo, Outubro/ 1990).


domingo, 24 de março de 2019

Tina: HQ "Marido Colecionador"


Em março de 1989, há exatos 30 anos, foi lançada a história "Marido colecionador com a Tina. Nessa postagem mostro essa história em que a Tina ajudou a salvar o casamento da sua amiga que estava indignada com a coleção do seu marido. Com 6 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 27' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Mônica Nº 27' (Ed. Globo, 1989)

Começa a Tina chegando na casa da sua amiga Carminha e a encontra chorando no sofá. Tina pergunta o motivo de tanta choradeira. Carminha diz que é por causa do seu marido Claudião. Tina pergunta se eles brigaram e Carminha diz que não, mas vão brigar. Tina estranha, pois eles tinham acabado de se casar e pergunta se ele tem outra garota, se é beberrão, se é fumante inveterado ou jogador, mas não era por causa de nada disso.


Carminha fala  que o Claudião é um "rato de sebo" e que isso é péssimo, horrível e insuportável para ela. Nisso, chega o Claudião carregando uma pilha de livros e ele diz que são uma parte do seu tesouro enquanto Carminha reclama que ela não está inclusa nesse tesouro. Claudião diz que trouxe raridades do sebo a primeira edição de "Macunaíma, de Mario de Andrade, a terceira edição de "Memórias de Brás Cubas" e a carta original escrita por Machado de Assis.

Claudião pede licença para ele poder guardar as suas preciosidades. Carminha chama a Tina para ver onde ele guarda toda a sua coleção, que era no quarto. Ele diz que é porque não consegue dormir longe das suas riquezas.  Claudião, entusiasmado, ainda mostra também outros itens da sua coleção, como os discos de jazz de 78 rotações que pagou uma "ninharia", sua coleção de gibis em quadrinhos, revistas antigas, jornais velhos e mapas.


Carminha não aguenta mais e pede a separação. Claudião fica arrasado e não acredita que ela está falando sério. Carminha diz que ou ela ou as relíquias. Tina intervém, fala que não precisa radicalizar e pode conseguir uma solução razoável. Ela comenta que o Rolo tem um velho galpão desocupado na casa dele e quem sabe poderia falar com o pai dele para alugar. Eles conseguem e Claudião leva toda a sua coleção para a casa do Rolo, lamentando que vai ser uma barra ficar longe do seu tesouro. Tina fala que depois ele se consola com a Carminha e Claudião fica de coração partido enquanto leva a sua coleção para o galpão do Rolo e promete que vem visitar todos os dias.


No final, eles voltam para casa, com Claudiao achando bom que pelo menos a Carminha não vai mais ficar zangada com ele e quando chegam em casa, tem a surpresa da Carminha arrumando a sua coleção de bichinho de pelúcia, ou seja, ela estava irritada porque com a coleção do marido, não dava para acomodar a sua coleção no quarto.


História muito criativa mostrando conflito de um casal onde a esposa implica com a coleção do seu marido e Tina tentando resolver a situação dos amigos. Muito legal ver o entusiasmo do Claudião mostrando a sua grande coleção de raridades, mas que infelizmente teve que tirar de sua casa para a esposa não gostar da coleção no quarto e engraçado o final que queria se livrar da coleção do marido para colocar os seus bichinhos de pelúcia no quarto. Carminha tinha que saber ele era colecionador quando namoravam e aí se não gostasse nem namorariam ou nem se casariam. Como é história em quadrinhos, aí vale o absurdo. Pelo menos ele não precisou se desfazer por completo, só mudou o lugar da sua coleção.


A história serve para mostrar que na vida real também existem namoradas e esposas que não gosta do companheiro colecionar coisas, pois fica acumulando espaço e poeira na casa ou não dão atenção a elas, e jogam na cara para escolher entre ela ou a sua coleção. E ajuda a refletir se caso acontecer isso com o leitor, o que faria se sua namorada ou esposa fizesse o mesmo de escolher entre a coleção ou ficar com ela.

O final é daqueles do tipo que pode imaginar o que aconteceria depois, se o Claudião aceitou isso da esposa colecionar bichinhos de pelúcia, ou se pediu separação que nem ela fez, ou ainda voltou com a sua coleção na casa, ficando a imaginação do leitor. Os roteiristas gostavam de fazer histórias assim com final aberto para o leitor imaginar. Podiam ter colocado Pipa e Zecão no lugar desse casal, mas preferiram colocar personagens secundários, até porque Zecão não tem uma personalidade intelectual e de colecionador. Esse casal jovem Claudião e Carminha só apareceram nessa história mesmo.


Os traços excelentes, bem caprichados e com uma boa arte-final como sempre nos anos 80. Na época, a Tina tinha essa personalidade de apenas de agir como a conciliadora, a conselheira, só ajudar a resolver os problemas dos seus amigos, principalmente problemas amorosos.  Incorreta nas partes de citar cigarro e bebida em gibi infantil e também da Tina xingar o Claudião de "bandido", palavra proibida nos gibis atualmente. Até que os livros não tiveram nomes parodiados dessa vez. Muito bom relembrar essa história, que completa exatos 30 anos.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Capa da Semana: Mônica Nº 155

Hoje, dia 21 de março, é o aniversário da Mônica. Em homenagem uma capa dela em clima de aniversário, com direito a bolo e refrigerante par aos convidados.

Essa foi a edição que a Mônica passou a ter uma data oficial de aniversário e a partir daí todo ano passou a ter histórias de aniversário dela nos gibis do mês de março. Nos gibis da Mônica de 1983, 1984 e 1985 foram de aniversário, ai deram um tempo com isso e aí a partir de 1994 voltaram com histórias de aniversário todo ano, pelo menos na abertura, sendo assim até hoje. E também em 1994 todos os outros personagens principais também tiveram histórias de aniversário todo ano em seus respectivos meses.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 155' (Ed. Abril, Março/ 1983).


segunda-feira, 18 de março de 2019

Chico Bento: HQ "Ele vem vindo!"

Compartilho uma história em que o Chico Bento ficou desesperado na possibilidade de um diabinho aparecer toda vez que falava a palavra "Diacho!". Com 7 páginas, foi história de abertura de "Coleção Coca-Cola - Chico Bento" (Ed. Globo, 1990).


Chico reclama na rua que está carregando uma sacola pesada de compras e fala "Diacho!". Hiro ouve ele falando e diz que "Diacho!" é um dos nomes do Coisa-Ruim (Diabo) e que está sendo chamado toda vez que fala aquela palavra. Chico diz que é só um modo de dizer e Hiro explica que para cada menino existe um diabinho, bem longe, e cada vez que se fala o nome dele, o diabinho dá um passo na sua direção para pegá-lo e se chama muito, uma hora ele chega.


Chico fica assustado, pois ele fala muito aquela palavra e começa a contar quantas vezes falou o nome dele. Zé Lelé chega e pergunta se Chico está contando carneirinhos e. quando tenta explicar, Chico se enrola e acaba falando "Diacho!" de novo.

Zé Lelé pergunta o que tem a ver e Chico explica a situação, mas não fala diabinho e quando Zé Lelé pergunta quem vai chegar, Chico fala "Diacho!" de novo. Chico reclama que o Zé Lelé o fez falar novamente e se pegunta quantos passos faltam par ao diabinho chegar. Zé Lelé fala que se tiver uma perna bem cumprida, falta pouco. Chico fica desesperado e corre ligeiro com as compras para casa.


Chico se esconde atrás da mesa e Dona Cotinha pergunta como ele conseguiu trazer as compras pesadas tão ligeiro. Chico diz que é porque ele está atrás dele e quer pegá-lo, mas não diz quem é. Batem na porta e Chico se desespera falando para a mãe não deixar pegá-lo. Dona Cotinha abre a porta, enquanto Chico se esconde debaixo da mesa e quando vai dizer quem foi que chegou, Chico diz que era o Coisa-Ruim. Mas era o Zé da Roça, que fica brabo pelo Chico o ter chamado assim.


Eles saem, com Chico inseguro de brincar na rua e ele explica a situação. Zé da Roça acha engraçado e acha que é besteira. Chico diz que é porque não é com ele, quando aparece uma sombra parecendo um diabinho. Chico pega um pedaço de pau e diz que não vai pegá-lo sem luta e taca o pau na cabeça de quem vem vindo. Quando ele vê era apenas a Rosinha, que estava com um penteado novo e ela dá um soco na cabeça dele chamando de grosseirão e vai embora chorando e terminando o namoro.


Logo em seguida, aparece uns chifres atrás da moita. Chico pega pensando que era o diabinho, mas era um touro, que dá uma chifrada tão grande que faz ele voar longe. Zé da Roça vai atrás e pergunta se está convencido que é tudo besteira. O pai do Chico, Seu Bento, chega na hora perguntando o que houve. Chico explica tudo e Seu Bento fala que falaram só para impressionar. Chico fala "Diacho!" de novo e Seu Bento diz que também não é para ficar falando essa palavra toda hora. Assim, Chico diz que nunca vai mais falar, que é feio e vai pensar duas vezes antes de falar, mas no diálogo já fala "Diacho!" 3 vezes.

No final, todos vão embora, a vila fica vazia e surge o Diabinho do Chico, com mala e trouxa, e reclama que vem de tão longe, o chamam tanto e quando chega não tem ninguém para receber, e, com isso, era verdade mesmo a história do Hiro.


Essa história é muito legal, com o Chico evitando não falar "Diacho!" para que um diabinho não pegá-lo. Engraçado ver todo o seu desespero  por causa disso, chegando a correr acelerado mesmo com compra pesada e se esconder debaixo da mesa. Mostra de uma forma bem humorada que não se deve falar palavrões, mesmo que seja inventando um conto.


Atualmente, essa história não seria publicada, pois além de falar de diabos, que evitam ao máximo hoje, também tem palavra "Diacho!" proibida atualmente, assim como "Droga!" e tantas outras do tipo que eram faladas tranquilamente e a toda hora nos gibis antigos e hoje não mais por causa do politicamente correto, fora violências como Chico dando paulada na Rosinha, Chico levando soco dela explicitamente, além de Chico levando chifrada de touro.

Os traços muito bons, desenhos consagrados dos personagens, interessante que a Rosinha ficou bem diferente com o penteado novo, nem dava para reconhecê-la. Foi uma história inédita que deveria sair em um gibi convencional do Chico ,mas foi reprogramada para sair nessa "Coleção Coca-Cola" e também nunca foi republicada, assim como quase todas as inéditas dos gibis dessa promoção "Coleção Coca-Cola".


Dessa vez sem código da revista de 1990 que seria publicada se não tivesse a coleção. É que normalmente as histórias inéditas tinham o código do gibi que seria publicada antes de ser reprogramada para sair na "Coleção-Coca-Cola". Como nos créditos da última página com a tirinha, diz que é uma edição Chico Bento Nº 97a", então inicialmente teria saído naquele gibi. Não teve também uma imagem do logotipo da "Coca-Cola" ou de outros refrigerantes inserida na história, que eram os únicos anúncios nos gibis dessa coleção, mas nas outras histórias desse gibi que eram republicações inseriram os logotipos.

Muito bom relembrar essa história marcante. Para saber mais detalhes sobre a "Turma da Mônica Coleção Coca-Cola" como um todo, entre aqui:

sexta-feira, 15 de março de 2019

Mônica: HQ "O maior mistério da Terra"


Mostro uma história com participação do Pato Donald, em que a Mônica tenta desvendar o mistério de quem mostrou a língua para ela atrás do muro. Com 10 páginas, foi história de abertura de 'Mônica Nº 187' (Ed. Abril, 1985).

Capa de 'Mônica Nº 187' (Ed. Abril, 1985)

Nela, Mônica está brincando com o Sansão quando alguém aparece atrás de uma cerca e mostra a língua para ela em um buraco que estava na cerca. Ela fica braba e joga um balde de tinta verde enquanto ele estava com a língua de fora. Mônica vai conferir o outro lado da cerca para ver quem foi que mostrou a língua para ela, mas quando vê, não contava que tinha uma reunião com todos os meninos do bairro e assim não sabe quem foi o linguarudo verde misterioso e faz planos para saber quem foi.


Primeiro Mônica passa a pisar os pés dos meninos, fazendo de conta que foi sem intenção, e ao abrirem a boca mostrando a língua quando gritam, ela vê que não estavam com língua verde. Mônica acha cansativo pisar nos pés dos meninos e como eles já estavam olhando feio para ela, resolve adotar outro método.


Assim, quando o Franjinha estava prestes a iniciar a reunião, Mônica se fantasia de sorveteiro e distribui sorvete para eles, sendo que o sorvete era de cola e ao lamberem o sorvete, ficam a língua grudada e era só ela puxar o picolé para ver quem estava com a língua verde. Franjinha descobre que era a Mônica ao tirar o disfarce dela e pergunta se pretende acabar com a reunião deles, enquanto os outros meninos já estavam com raiva dela.


Mônica tem uma ideia e diz que estava lá para homenageá-los. Um menino pergunta se é a homenagem é pisar nos pés deles ou vender sorvete de cola e Mônica diz que vai deixar todos mostrarem a língua para ela e não vai reagir nem bater em ninguém. Eles acham que é um truque e uma armadilha.

Mônica pede para o Franjinha ser o primeiro a experimentar. Ele fica com medo  a princípio, enquanto os outros meninos incentivam a mostrar a língua, acaba mostrando e vê que não aconteceu nada. Os outros, então passam a mostrar também. O primeiro , além de  mostrar, xinga a Mônica de bobona e dentuça e ela dá um soco tão grande que ele chega a voar longe, falando que é só para mostrar a língua, e não xingar.


Depois, segue tudo tranquilo e todos conseguem mostrar a língua normalmente. Depois de uma hora não tinha mais ninguém, mas ela sente falta do Cebolinha e Cascão. Ela encontra os dois descansando debaixo de uma árvore e pergunta se eles não vão mostrar a língua para ela.

Os meninos falam que estão cansados de apanhar e como os planos nunca dão certo, eles fizeram um trato e nunca mais vão provocá-la, xingar ou mostrar a língua. Mônica dá uma coelhada neles assim mesmo, mostram a língua com a pancada e ela vê que não estava verde. Como não sobrou nenhum outro menino no bairro, acaba não descobrindo quem era o linguarudo verde misterioso.


Na segunda parte da história, é descoberto o mistério. Mônica vai para casa, achando o mistério esquisito e vai para casa , já que estava anoitecendo e estava com sono.  Ela se prepara para dormir, e quando se deita e começa a dormir, ouve um "splash", que era um barulho de uma torneira aberta. Ela vai conferir com uma lanterna no lado de fora da casa.

Chegando lá, ela ouve a pessoa falando que não tinha que andarem histórias que não são deles e que a tinta não queria sair da língua dele enquanto lava a língua na pia. Mônica joga a luz da lanterna para descobrir quem era o linguarudo verde misterioso e, para a sua surpresa era o Pato Donald, que corre quando  ela joga a luz em cima dele, terminando assim.



Muito boa essa história, muito criativa. Legal ver a Mônica tentando descobrir o mistério de quem mostrou a língua para ela pelo buraco da cerca e todos os seus planos para conseguir isso. Engraçado ver a Mônica jogando tinta verde no linguarudo, pisando os pés dos meninos, dando sorvete de cola, além dos meninos mostrarem as línguas para ela sem apanhar. Gostei do narrador-observador do início interagindo e interessante ser dividida em 2 partes, mesmo sendo curta, com a segunda parte sendo a solução do mistério.


O final foi surpreendente, o linguarudo verde misterioso podia ter sido qualquer menino da turma, como o Cebolinha, Cascão, Xaveco, Zé Luís, ou no máximo um secundário da MSP de outro núcleo, mas para surpresa de todos foi o Pato Donald , isso que foi a grande sacada de fugir do óbvio. Interessante a Mônica e os leitores descobrirem isso juntos. E ainda vimos um grande encontro inesperado da Mônica com Pato Donald, universos bem diferentes. 


Acho que criaram a história como uma brincadeira de algo como a revista da Mônica ter vendido mais que a do Pato Donald ou a Mônica ser mais popular que o Pato Donald, aí ele mostrou a língua para a Mônica por causa de inveja. Como na época, eles eram concorrentes e estavam na mesma editora podiam fazer essa brincadeira. Ou então fizeram a história como homenagem a Disney mesmo. 

Já tiveram outras referências a Disney nos gibis da Turma da Mônica, normalmente citações e nomes parodiados, como , por exemplo,  na história "A bruxa que odiava parques" (Parque da Mônica Nº 32 - Ed. Globo, 1995) em que a bruxa destruiu a "Nisdeylandia" (Disneylândia). Crossover também na edição "Você Sabia Nº 8" sobre histórias em quadrinhos (Ed. Globo, 2004), mas, sem dúvida essa história de 1985 é a mais famosa e mais lembrada pelos leitores.


Os traços excelentes, com uma arte-final muito legal, provavelmente do Alvin Lacerda. Na postagem a coloquei completa. De curiosidade, os meninos principais da turma não apareceram na reunião, só figurantes. Apenas Franjinha, que era o líder da reunião, e o Jeremias durante a reunião em um quadrinho, e só no final Cebolinha e Cascão aparecem e nem estavam na reunião. Na parte que a Mônica se fantasia de sorveteiro, lembra os desenhos animados como Pernalonga, Patolino, Tiny Toon, em que os personagens se fantasiavam para enganar os vilões e fazê-los de bobos e, assim outra referência a outros universos.

Tem também absurdos como a Mônica já ter um balde de tinta a disposição dela enquanto brincava com o Sansão e o Pato Donald primeiro aparecer como uma língua normal atrás do muro e depois aparece com sua língua de pato no final, mas são detalhes que não estragam a história e até dão magia em histórias em quadrinhos, que não precisam de tudo explicado.


Atualmente, os quadrinhos Disney voltaram a a circular nas bancas ,agora pela Editora Culturama, após 68 anos ininterruptos pela Editora Abril e 8 meses sem circulação após o fim conturbado na Editora Abril. Desde julho de 2018 que não tinham mais gibis da Disney em circulação nas bancas do Brasil e agora em março de 2019 estão de volta.

Muito bom relembrar essa história com o encontro histórico da Mônica com o Pato Donald. Ela foi republicada depois em 'Almanacão de Férias Nº 9' (Ed. Globo, 1991), onde li pela primeira vez, sendo que as imagens da postagens são do gibi original de 1985. Abaixo, a capa desse 'Almanacão de Férias Nº 9'.

Capa de 'Almanacão de Férias Nº 9' (Ed. Globo, 1991)

terça-feira, 12 de março de 2019

Tirinha Nº 62: Cascão

O Cascão é capaz de tudo para fugir da chuva. Nessa tirinha, ele estava se olhando em um espelho encostado em uma árvore, mas quando ouve um trovão anunciando que ia chover, ele se esconde dentro do espelho, ao lado do seu reflexo para não se molhar. Muito boa.

Tirinha publicada originalmente em 'Cascão Nº 153' (Ed. Globo, 1992).


sexta-feira, 8 de março de 2019

Capa da Semana: Chico Bento Nº 14

Nessa capa, Chico Bento brinca de Tarzan e quer pular do alto de uma árvore com cipó e Rosinha e Zé Lelé ficam aflitos e já deixam um enfermeiro a tira colo para levar de maca para o hospital, certos que o Chico vai se machucar feio. O logotipo com contorno colorido parecendo iluminado deixa mais bacana ainda.

A capa dessa semana é de 'Chico Bento Nº 14' (Ed. Globo, Julho/ 1987).


segunda-feira, 4 de março de 2019

Cebolinha: HQ "Carnaval! Oba!"

É Carnaval, então mostro uma história em que o Cebolinha, Cascão e Mônica formaram um bloco de Carnaval sem querer. Com 9 páginas, foi publicada originalmente em 'Cebolinha Nº 38' (Ed. Abril, 1976) e republicada em 'Almanaque da Mônica Nº 8 - Especial Carnaval' (Ed. Abril, 1981).

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 8 - Especial Carnaval' (Ed. Abril, 1981)

Nela, Cebolinha e Cascão estão conversando, quando a Mônica chega e bate um tambor bem alto e os meninos se assustam com o barulho. Ela fala para eles se animarem porque era Carnaval e chama para dançar. Cebolinha diz que com ela tocando fica meio difícil e Mônica, com sua autoridade, já quer saber se ele está insinuando que ela não sabe tocar. Cascão tem um pensamento que era verdade isso e Mônica grita com ele se está pensando alguma coisa.


Com muito medo da Mônica, eles falam que foi o melhor "bum-bum-bum" que já ouviram, que foi sensacional e que devia tocar no bloco deles. Mônica pergunta que bloco era, e Cebolinha diz que é o bloco "Vai Quem Quer". Mônica pergunta sobre os estatutos e regras do bloco. Cebolinha comenta apenas que vai quem quer e os instrumentos cada um toca o que quiser e então, Mônica resolve tocar o seu tambor na rua.


Mônica comenta que falta uma coisa. Cascão pergunta se são os tampões de ouvidos e Mônica já grita se ele falou alguma coisa já ameaçando bater. Mônica fala que são as fantasias que estão faltando e Cebolinha pergunta se ela já não estava fantasiada. Mônica deixa passar por ser Carnaval e que o espírito de piada dele estava muito bom, mas ameaça para não se repetir apontando dedo para ele.


Cebolinha diz que cada um se fantasia como quiser e, assim, eles vão se fantasiar. Quando voltam, Mônica vem fantasiada de coelhinha, Cebolinha, dentro de um arbusto, fantasiado como uma plantação de cebola e Cascão, de lata de lixo. Cada um acha graça da fantasia dos outros e depois Mônica pergunta das faixas do bloco. Cascão mostra a faixa "Bloco Vai Quem Quer saúda o público e pede passagem".


Tudo resolvido, eles cantam pela rua a marchinha do Bloco "Vai Quem Quer". O povo que estava na rua gostam da animação das crianças e vão se juntando com eles. Aos poucos, vão juntando cada vez mais gente,  atravessam trânsito e chegam em um desfile de samba e a turma acaba recebendo prêmio de um troféu do prefeito, quando eles percebem que formaram um bloco de Carnaval de verdade de sucesso e muito animado.


Cebolinha mostra o troféu que ganharam para o Cascão, que fica contente e diz para não segurar sem cuidado porque cair e quebrar. Cebolinha diz que não importa porque é Carnaval. Cascão toma a taça da mão do Cebolinha e diz que vai ficar ali parado tomando conta dela. Cebolinha e Mônica vão embora junto com o bloco para se divertirem. Cascão vê de longe todos brincando no bloco e não resiste, joga o troféu no lixo e vai junto com a turma brincar no bloco, terminando assim.


Uma história boa de Carnaval onde é formado um bloco de Carnaval sem querer. Os meninos inventam que eles tinham bloco só para desviar a atenção da Mônica de bater neles por terem insinuado que ela toca mal o tambor e, com a inocência deles vão enumerando aos poucos o que precisa para formar um bloco e acabaram criando um bloco de verdade no bairro do Limoeiro. Deixa uma mensagem no final que não é para se apegar a prêmios materiais e o importante é curtir os momentos com os amigos, no caso curtir o Carnaval junto com o bloco ao invés de ficar cuidado de um troféu. Legal as fantasias dele, hoje em dia nem pensar Cascão vestido de lata de lixo.

Nos anos 70 era tudo espontâneo, com um simples papo, as coisas saiam se desenrolando naturalmente até ver o que aconteceu. Mesmo assim, não ocupavam muitas páginas as conversas dos personagens e as histórias não eram tão longas por causa disso. Depois eles passaram a ser mais objetivos nas histórias, indo direto ao ponto que queriam.


Naquela época a Mônica era bem mais irritada, sem paciência e muito autoritária, qualquer motivo já saía batendo nos outros, como pode notar que ela se incomodou até com o pensamento do Cascão, ou seja, batia nos meninos até se percebia que estava falando mal dela por pensamento. Dessa vez não bateu neles, mas assustou com ameaças se continuasse, sendo bem autoritária.


Os traços bacanas, do estilo dos anos 70. estavam começando a ficar com bochechas menos pontiagudas, mas ainda longe do estilo consagrado. Destaque para Mônica com dentes da frente bem maiores, além dos personagens falando de boca fechada e muitas vezes tinham colorização de tudo de uma mesma cor em alguns momentos como aconteceu coma plateia do desfile, coisa característica em todos os gibis da Editora Abril, não só os Turma da Mônica.


As imagens tirei do 'Almanaque da Mônica Nº 8' de 1981. Falando brevemente desse almanaque tiveram 13 histórias no total entre 1971 a 1977, só que dessas, só 6 foram de Carnaval (incluindo a tirinha inédita) e as outras republicações de histórias normais  de personagens secundários. Na época não tinham histórias suficientes de Carnaval para republicarem, assim mesclaram histórias de Carnaval com normais, a não ser que fizessem histórias inéditas sobre o tema, como fizeram com alguns almanaques temáticos na Editora Abril. Tanto que ainda precisaram antecipar uma de 1977, pois era permitido republicações apenas de histórias de 5 anos para cima, no caso devia ter até 1976.

Depois foi republicada de novo em 'Coleção Um Tema Só Nº 13' (Ed. Gobo, 1996), o que foi uma surpresa, pois não tinham costume de republicarem histórias dos anos 70 na época.. Abaixo, a capa original de Cebolinha Nº 38' de 1976 e esse Coleção um  Tema Só de 1996.

Capa de 'Coleção Um Tema Só Nº 13' (1996)
Capa de'cebolinha Nº 38' (1976)