Capa de 'Almanaque do Chico Bento Nº 8' (Ed. Globo, 1989) |
Chegando lá, vê tudo bagunçado e revirado e chama pelos guardas. Eles falam que onde já se viu um rei deixar um quarto bagunçado assim e Luís Caxeiro fala que o Rei Leonino nunca faria uma coisa dessas, alguém entrou lá e o Rei não está e ordena que os guardas façam busca no Palácio. Depois, os guardas voltam e não encontraram nada e o Ministro conclui que o Rei Leonino foi raptado.
Luís Caxeiro fala para o guarda que o reino não pode saber, se alguém perguntar é para falar que o Rei está doente e ele vai dispensar a reunião. Luís Caxeiro fala para o povo que a reunião está cancelada porque o Rei Leonino foi viajar. O povo questiona por que ele viajou, por que não avisou e aposta que foi com o dinheiro do povo. O guarda pergunta para o ministro que não era para falar que o Rei estava doente. O povo ouve e questionam que história é essa, o Rei está doente ou foi viajar, por que o ministro está tão pálido. Só resta Luís Caxeiro contar que o rei desapareceu e para não entrarem em pânico e tranquiliza que está tudo sob controle e eles vão embora, alguns com desconfiança.
Luís Caxeiro volta ao Palácio e o detetive Ted Noite estava lá, veio de longe para investigar o caso e o Ministro se espanta que as notícias voam. O detetive investiga o quarto e fala que o Rei Leonino comeu patê com ovos ontem e o ministro corrige que foi sopa. Logo depois, surgem jornalistas da revista "Matagal" para uma entrevista e fazem série de perguntas como quando foi que o Rei sumiu, quanto pediu de resgate, se o ministro está envolvido no crime, o que diz da segurança do Palácio porque foi fácil eles entrarem lá, além de se a inflação vai baixar, qual signo dele e do Rei Leonino.
Luís Caxeiro fica com raiva e manda os jornalistas sumirem. Nessa hora, Rei Leonino volta com uma vara de pescar e peixes e pergunta o que estava acontecendo. Ministro pergunta onde ele estava e Rei Leonino fala que foi pescar, estava um dia bonito e não resistiu. Ministro fala que tinha audiência e pergunta por que não avisou nada e Rei Leonino pergunta se um rei não pode faltar a um dia de audiência e que teve um merecido dia de descanso.
Quando chega no quarto, Rei Leonino ordena que Luís Caxeiro mande alguém arrumar e pergunta quem fez aquela bagunça toda e o Ministro fica em dúvida que se não foi o Rei, quem foi. No final, aparecem dois bandidos na toca deles, com um falando que revirou todo o quarto do Rei Leonino e não achou nada e o parceiro Zé Ferino fala que é melhor então sequestrarem outra pessoa porque o Rei é muito protegido e é uma pena porque já estava tudo preparado, provando, então, os bandidos estavam planejando mesmo um sequestro do Rei Leonino e se ele não fosse pescar, teria sido sequestrado.
História legal com suposto sumiço do Rei Leonino e Ministro Luís Caxeiro Praxedes achando que ele tinha sido raptado e ter que contornar a situação para não dar crise no Palácio Real. No final, Rei Leonino só tinha ido pescar sem avisar ninguém, mas tinham bandidos com planos de sequestrá-lo mesmo. Foi envolvente ficar descobrindo o que aconteceu de fato com o Rei Leonino e engraçado ver Luís Caxeiro se desdobrar para procurar o Rei Leonino e ainda dar desculpas para o reino fingindo que está tudo bem, assim como ver detetive e jornalistas interessados no assunto e chegarem tão rápido lá antes de ter sido anunciado o sumiço.
Foi de rachar de rir do povo da mata fazendo interrogatório sobre o Rei, principalmente perguntando se o Rei foi viajar com dinheiro público, assim como os jornalistas perguntando tudo, não só sobre o caso, inclusive crítica à segurança do reino e se Luís Caxeiro estava envolvido no crime, saber sobre inflação do reino e até signo deles. Seria mais engraçado ainda se quando Luís Caxeiro falou que o Rei sumiu para o povo, que eles fizesse aquelas perguntas que os jornalistas fizeram, mas quiseram colocar como que o povo no geral conseguia ser facilmente enganado com qualquer desculpa esfarrapada feita pelo ministro, com apenas alguns desconfiando das palavras dele como o Coelho Caolho.
Foi bem criativa o nome da "Revista Matagal" dos jornalistas, uma espécie de revista "Veja" da mata. Era legal essa comparação da Turma da Mata como uma hierarquia de reino com o Rei Leonino como principal governante junto com o ministro capacho dele e todo o povo da mata como súditos e até ter detetives e jornalistas lá, era como se fosse uma sociedade da vida real, só que protagonizadas por animais. Como eram animais agindo como humanos, gostavam também de colocar críticas sociais nas histórias deles por conta disso. Ultimamente impublicável por acharem que esses temas sociais não são adequados para crianças e principalmente por incluir suposto rapto e bandidos.
Traços muito bons, típicos dos anos 1980. Acabou sendo considerada uma história do Ministro Luís Caxeiro Praxedes, já que o Rei Leonino apareceu só no final, apesar do crédito no título ser ao Rei Leonino. A dupla de ladrões apareceram só nessa história, mas podiam muito bem ser substituídos por Zé Fuinha e Zé Furão, personagens que ficaram muitos anos na Turma da Mata e depois viraram personagens esquecidos.
"Matagal", periodicidade semanal, quinzenal ou mensal?
ResponderExcluirMuito raro aparecer nas histórias da Turma da Mata um personagem do tipo do cachorro detetive, Ted Noite tem nada de silvestre, lembra vagamente o Droopy. Ele alega que veio de longe, provavelmente de outro país.
Ao que parece Zé Furão e Zé Fuinha não pretenderam atentar contra o Rei, mas, vai que a quadrilha teve mais de dois elementos e eles também conspiraram para o sequestro.
A revista deve ser semanal rsrs. Cachorro detetive seria mais normal nas histórias do Bidu, foi uma exceção nessa da Turma da Mata. Quem sabe depois Zé Fuinha e Zé Furão não planejaram também sequestrar o Rei Leonino, mas não teve história assim mostrando.
ExcluirO que me chamou atenção foi o fato de ser um cão, poderia ser um detetive anta, ariranha, onça, rinoceronte, tuiuiú, capivara, tucano, mesmo assim ficou maneiro o detetive com pinta de britânico ou estadunidense entre 1890-1950.
ExcluirSeria mais norma ser um bicho selvagem pra ser do universo deles na mata, mas até que não ficou ruim um cachorro.
ExcluirO Rei Leonino quebrou o protocolo ao trocar uma audiência para com seus súditos por pescaria sem prévio aviso de adiamento ou cancelamento, a sua irresponsabilidade o livrou de um potencial rapto.
ExcluirGostei do comentário "Aposto que foi com o dinheiro do povo!", insinuação grave contra a Coroa, e passou batido pelo Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro que ficou numa tremenda saia justa depois que um dos símios deu com a língua nos dentes, a imprensa o encostou na parede, só faltou perguntar por que a coroa que Leonino usa é tão minúscula, serve sem folga na Rita Najura.
Isso do dinheiro do povo achei engraçado demais, o ministro nem respondeu as perguntas, já foi desviando pra não responder. Muito bom. A coroa do Rei Leonino era bem pequena para o porte dele, podia ser maior e ter um destaque maior.
ExcluirÉ uma coroa de bolso, mas não faz diferença o monarca não usa roupas.
ExcluirO que para mim é novidade é o sobrenome ou terceiro nome do Luís Caxeiro.
ExcluirMarcos, você reparou nos pés de um dos guardas no início da terceira página?
Nunca tinha reparado até você falar agora. Ou foi erro do desenhista, ou queriam que aquele guarda não tivesse dedos, visto que ele apareceu assim em 2 quadrinhos. Na primeira página também aparece sem dedos, não sei se a intenção seria ser o mesmo guarda.
ExcluirSobre o nome do Luís Caxeiro é esse mesmo. Apesar nessa história não mostrar nome completo, mas tiveram outras mencionando isso.
ExcluirNa primeira página me passou despercebido, podemos até dizer que inicialmente não é erro, na terceira página não dá para disfarçar, só pode ser erro. Macacos com pés desta forma parecem deformados ou aleijados pois os pés dos símios executam funções de mãos, invejo os pés dos macacos e grandes primatas, se os pés humanos fossem assim seria muito mais fácil lavá-los, se uma mão lava outra, pés se lavando sem precisar das mãos seria maravilhoso, não sei se seríamos bípedes tão seguramente quanto somos.
ExcluirGostei do nome, imagino que Praxedes tenha origem grega, lembro-me que em alguma novela da Rede Globo o ator Juca de Oliveira interpretou um personagem com este nome.
Quando a história é boa a gente nem percebe os deslizes. Mais normal seria os macacos terem dedos, os desenhistas deviam estar acostumados a desenharem personagens sem dedos e aí ficou essa falta de atenção. Juca de Oliveira teve personagem Praxedes, sim.
ExcluirVerdade, Marcos! Quem desenhou devia estar com overdose de Mônica, Cascão, Piteco, etc na mente.
ExcluirA grande figura desta história é Luís Caxeiro Praxedes, o título devia ser atribuído a ele com nome e sobrenome.
Também acho que devia ter crédito a ele ou pelo menos colocarem apenas "O rapto do Rei" sem atribuir nome a nenhum personagem.
ExcluirTítulos não creditados aos personagens (a não ser quando os nomes estão intrinsecamente ligados aos títulos) focando apenas nos contextos usava-se muito nos 1970 e início da década conseguinte.
ExcluirDe 1970 a 1972 com certa frequencia Mauricio de Sousa brincava com os títulos das histórias, "Mauricio (finge que) apresenta" por exemplo é uma dessas brincadeiras.
"Frequência", olha o chapeuzinho (acento)!
Excluir"Mauricio (finge que) apresenta", adorava essas brincadeiras dele nas histórias, podia ter mantido.
ExcluirEsse humor que utilizava para apresentar boa parte de suas histórias denotava que estava seguro de si, indicando que viera para ficar, e ficou mesmo, enraizou e rendeu excelentes frutos, e também "ficou" muito ruim o que por bastante tempo foi sensacional. Foram quarenta e um anos de Turma da Mônica no século XX e desse total trinta e sete anos geraram verdadeiras pérolas dos quadrinhos nacionais.
ExcluirVerdade. Foram pérolas, um grande marco nos quadrinhos.
ExcluirO que o Coelho Caolho veste é um vestido ou uma camiseta(sem calças embaixo)?
ResponderExcluirTudo indica que é uma camisa grande que com a dobra nas pontas acaba parecendo saia. Eu até pensava que o Coelho Caolho era fêmea no início, principalmente quando eu não sabia ler. Não teria bermuda por baixo já que os personagens da Turma da Mata não usavam calças, shorts e bermudas, como pode ver com o Raposão.
ExcluirSobre o Coelho Caolho, antes da alfabetização pensava o mesmo que você, Marcos. Interessante também é ele e Tarugo usarem óculos.
ExcluirSomente Rita Najura se veste da cabeça aos pés.
É, a Rita Najura tem roupa muito bonita.
ExcluirImagino que os sapatos dela sejam das Barbies que encontra perdidas pela mata pertencentes aos turistas em safáris.
ExcluirRaposão também é um caso interessante, não usa roupa da cintura para baixo, mas não podem faltar as impecáveis gravatas-borboletas.
Como mencionei acima, o Rei não gosta de peso na cabeça, tanto é que foi pescar e usa uma pocket crown (coroa de bolso), tanto ele, Ministro, Guarda Real e Jotalhão estão sempre nus com as mãos (patas) nos bolsos segundo Ultraje a Rigor.
A própria Rita sabe costurar como aconteceu em Gibizinho da Turma da Mata Nº 2, de 1991, e aí tem chance de ela mesma fazer suas próprias roupas. A Rita também tem uma amiga costureira, aí ela faz as roupas da Rita sob medida, como aconteceu na história de Mônica Nº 86, de 1994. Quem sabe com Raposão a Rita ou a costureira amiga da Rita façam as roupas dele rs.
ExcluirMencionou algo interessante, é capaz do vestuário dos poucos que se vestem no núcleo ficar por conta da Rita e de sua amiga, mesmo com a esposa do Coelho Caolho sabendo costurar não deve dar conta daquele festival de roupas infantis, daí que o cliente delas de maior demanda só pode ser o Caolho. Qual animal é essa amiga costureira da Rita Najura, outra de sua espécie?
ExcluirNunca vi essa tal esposa do Coelho!
ExcluirZózimo, a amiga costureira foi uma formiga também.
ExcluirJulio Cesar, a esposa do Coelho Caolho apareceu algumas vezes, normalmente quando os filhos deles apareciam.
ExcluirA vi apenas uma vez em uma HQ que imagino ser de 1974, ela não usava óculos, como gostei muito da história não a esqueci. É sobre ela estar sobrecarregada com os afazeres domésticos e pretender chamar a mãe para lhe ajudar, Coelho Caolho temendo a presença da sogra se prontifica a ajudá-la propondo que vá tirar uns dias de descanso na casa da mãe, ela parte para a toca da tão temida sogra (suspeita-se ser a esposa de Lorde Coelhão) deixando-o para lá de atarefado.
ExcluirÉ, ela não tinha óculos. Aparecia até nos anos 1990 também, só não frequente.
ExcluirEu imaginei que o rei tinha dado uma saidinha,mas no final da história tinham realmente 2 personagens querendo raptá-lo,dessa turma é legal também o Coelho Caolho.
ResponderExcluirÉ, com essa saída dele para pescar se livrou de ser sequestrado. Se deu bem.
ExcluirEsses gráficos são incríveis,um dos traços mais lindos da turma da monica, e essa história é muito boa.
ResponderExcluirEram perfeitos traços assim, eu também curtia muito.
ExcluirMarcos, suas postagens também estão despertando atenção das Arábias, você e Fabiano Caldeira. Dá-lhe ou "dale" Google Tradutor!
ResponderExcluirDá-lhe Google Tradutor rs. Era anúncio, até apaguei o post.
ExcluirMarcos, você costuma digitalizar o gibi completo? Já procurei essa edição em todo lugar pra baixar e não acho. Se for comprar pela internet tá muito caro. Esse almanaque fez parte da minha infância
ResponderExcluirNão costumo digitalizar gibis completos até por falta de tempo, aí só das histórias que preciso para as postagens. De fato foi um excelente almanaque, me marcou também. Tomara que você consiga comprar, vai que tenha sorte de encontrar em sebos físicos. Internet costuma sair caro mesmo.
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