segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Chico Bento e Zé Lelé: HQ "A trágica morte de Aristides Bereba"


No Dia de Finados, mostro uma história com Zé Lelé e Chico Bento indo a um cemitério de noite para o Zé Lelé pagar dinheiro do amigo que tinha morrido estava devendo. Com 13 páginas, foi publicada em 'Chico Bento Nº 205' (Ed. Globo, 1994).

Começa com Zé Lelé chorando muito e falando com o Chico Bento que morreu o seu amigo Aristides Bereba, o consertador de rodas de carroça, caiu do precipício e não sobrou nada, era muito legal, pois vivia emprestando uns trocados. Ao lembrar disso, Zé Lelé se pergunta por que estava chorando e fica feliz porque agora não precisa pagar e tudo tem seu lado bom, como dizia sua vó. Chico fala para ele não dizer um absurdo daquele porque o morto vem puxar o pé dele de noite. Zé Lelé fala para esquecer o que falou e diz que o enterro é hoje de tarde.

Na hora do enterro, Padre Lino comenta que estão reunidos para se despedir do Aristides Bereba que perdeu a vida ao cair do Precipício do Corvo Manco e só restou o sapato. Um senhor comenta que Aristides estava correndo atrás da roda da sua carroça que soltou, e chora que ainda estava devendo o último conserto e foi tudo culpa dele. Padre Lino diz que foi vontade divina e só podem agora rezar pela alma dele. Assim, continua a cerimônia e tem o enterro do sapato que sobrou, pois não encontraram o corpo do Aristides.

Quando acaba o enterro, Chico chama o Zé Lelé, aparentemente cabisbaixo, pra ir embora, só que ele estava é dormindo em pé. Chico reclama que é uma falta de respeito dormir no enterro. Zé Lelé fala que foi porque o padre fala devagar e Chico reclama que ele ainda dizia que era amigo do morto e que vai puxar o pé dele de noite. Zé acha implicância e cada um vai para sua casa.

De noite, Zé Lelé reza para o pai-do-céu arrumar um bom cantinho para o Aristides. Quando dorme, ouve uma voz chamando "Zé Lelééé". Quando vê, era o fantasma do Aristides na janela e se assusta. Zé Lelé joga várias coisas em direção a ele e vai embora. Zé fica desesperado, lembrando que o Chico avisou que o morto ia lá para puxar o pé dele.

Depois, Chico está dormindo e  surge uma voz chamando "Chicooo". Ele não acorda e aí puxa o pé dele. Era o Zé Lelé. Chico se assusta, pergunta como ele entrou lá no quarto e Zé Lelé diz que a janela estava aberta. Comenta que o fantasma do morto foi assombrá-lo. Chico acha que era pesadelo dele e Zé Lelé diz que era ele, todo branco chamando por ele e acha que foi assombrá-lo porque ficou devendo um Real, achando ainda pão-duro. 

Zé Lelé quer que Chico vá ao cemitério com ele para entregar o Um Real que estava devendo para o morto pra ver se o deixe em paz. Chico não aceita, falando que foi Zé Lelé que irritou o morto, mas com a insistência dele, acaba indo porque não o deixaria em paz.

Chegando lá, Zé Lelé pergunta se Chico foi a cemitério de noite, comenta que é mais escuro de dia e pergunta se tem medo de escuro. Chico fica irritado e o manda calar a boca. Chico pergunta onde era o tumulo do morto e Zé não sabe. Ele vai para esquerda, para direita e acaba pisando no túmulo. Chico fala que agora que ofendeu o morto e manda colocar logo o dinheiro lá antes que o falecido acorde. Zé Lelé perde a moeda e eles vão procurar, cada um para um lado. 

Zé Lelé ouve barulho de alguém cavando, pensa que é o Chico que achou e está cavando o túmulo para ele, quando vê o fantasma do Aristides. Ele se assusta e corre. Nisso, Chico havia encontrado a moeda e acaba esbarrando com o Zé Lelé. Ele disse que viu o morto e aponta pra ele. Zé corre e Chico desmaia. Aristides acorda o Chico e ele se assusta e pede socorro. Aristides fala que não morreu, está bem vivo. Quando rolou do precipício, caiu em um caminhão de cal, por isso estava branco e não deu tempo de tomar banho. Já havia contado que estava vivo para os parentes, amigos e Padre Lino e quando ia contar para o Zé Lelé, ele se assustou e aí foi ao cemitério cavar a sepultura para recuperar o seu melhor sapato.

Zé Lelé volta com uma pá e quando eles estavam prestes a contar a novidade, bate com força na cabeça do Aristides para mandar o "morto" para o inferno. Chico avisa que ele não está morto e está vivo. No final, Aristides Bereba fica uma fera e corre atrás do Zé Lelé para bater nele, enquanto Zé Lelé grita que jura que paga o Real com juros e Chico torce para que não ocorra nenhuma tragédia. 

Essa história é uma das mais engraçadas do Chico Bento, excelente história de terror e suspense. Zé Lelé pensa que o amigo morreu e resolve ir até o cemitério com o Chico para entregar o Um Real que estava devendo para o morto não puxar seu pé. Tem a ideia de quem debocha e falta de respeito com morto, ele vem de noite pegar seu pé e Zé Lelé ficou impressionado. Temas de assombrações e ficar na dúvida se alguém morreu ou não sempre são envolventes e histórias do Chico com Zé Lelé eram risadas na certa.  

Foi de rachar de rir com Zé Lelé achar bom que Aristides morreu para não pagar a dívida de Um Real, ele dormir no enterro, o fantasma aparecer na janela e achar que queria puxar o pé, ele puxar o pé do Chico dormindo, os 2 em um cemitério de noite. Sempre rio alto nessas partes. Foi bom ver a cerimônia de enterro feita pelo Padre Lino e enterraram sapato porque não encontraram o corpo do Aristides quando caiu no precipício, eles bem que que podiam ter investigado e procurado corpo e não ter pressa de enterrar logo. Estava na cara que o Aristides não tinha morrido, mas a gente tinha que saber como se livrou.

Traços muito bonitos, típicos dos anos 90. Completamente impublicável em todos os sentidos. Envolver morte, Zé Lelé faltar com respeito do amigo morto, mostrar enterro, personagens em um cemitério sozinhos de noite, envolver religião de Espiritismo com espírito voltando para puxar pé,  fora a violência do Zé Lelé batendo na cabeça do Aristides no final, hoje em dia violências com agressões, pauladas, soco na cara, etc, são proibidos nas revistas,e, inclusive fazem alterações nos almanaques redesenhando as cenas quando tinham violência nas originais. Palavras "Diacho!" e "inferno" também são proibidas e são alteradas atualmente nos almanaques.

O Aristides Bereba só apareceu nessa história, como de costume personagens secundários na época. Curioso a MSP sempre ter a ideia de roça e lugarejos antigos, com todos dormindo de janela e portas abertas despreocupados, sem risco de serem assaltados. Até com personagens da Turma da Mônica também aparecem sempre com janela aberta quando dormem sem medo de assalto. De fato, não eram assaltados, mas muitas vezes se davam mal com outro personagem amigo dele entrar enquanto estavam dormindo para aprontar. No caso aí especificamente, se Chico dormisse de janela fechada, o Zé Lelé não entraria para puxar o pé dele e nem chamá-lo para ir no cemitério.

Outra curiosidade foi a primeira história com a moeda Real no texto. A  mudança para o Real foi em julho de 1994 e na história de novembro já haviam 4 meses de lançamento da moeda. Como os gibis são produzidos com uns 3 a 4 meses de antecedência, eles estavam produzindo bem na época do lançamento do Real. O valor que o Zé Lelé estava devendo para o Aristides era o preço da revista, bem insignificante, tanto que foi representado só por uma moeda (podiam também colocar uma cédula que existia), o que se tornou engraçado também. Foi muito bom relembrar essa história marcante no Dia dos Finados, tudo a ver.

44 comentários:

  1. Sim,todos dormiam de janela aberta,que aliás não tinha grades,mas houve uma HQ do Chico em que um assaltante invade sua casa,aqueles típicos bandidos com máscara de Zorro.Ele procurava por dinheiro,mas se deu mal e foi embora.É que Chico tinha guardado a grana embaixo do colchão.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu lembro dessa história, era raro, mas algumas vezes apareciam ladrões lá.

      Excluir
  2. O Zé Lelé é mesmo espetacular, entra na história chorando a suposta morte do Aristides depois fica feliz por lembrar que o devia dinheiro e não precisar mais pagar, depois dorme de pé no enterro, ainda acorda seu primo lhe puxando o pé, o que mais poderia pensar Chico já que voltara de um enterro? E ainda pisa no túmulo do sujeito, Zé Lelé é diversão garantida!
    Será que o também aparentemente retardado Aristides Bereba apareceu na janela do Zé Lelé todo branco de cal para lhe avisar que estava vivo? Queria que o garoto pensasse o quê?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Zé Lelé era demais, em todas essas cenas eu chorei de rir. Como o Aristides estava branco, não dava para o Zé Lelé pensar outra coisa, mas a intenção de aparecer lá era essa de avisar que estava vivo.

      Excluir
    2. Então o sujeito é tão burro quanto o Zé Lelé, do modo como apareceu à noite, acordando-o para lhe avisar que estava vivo equivale ao método que Zé usou para acordar o primo, Aristides Bereba e Zé Lelé são páreo duro na xucrice.

      Excluir
    3. Verdade, nesse ponto Aristides se colocou no mesmo nível lerdo do Zé Lelé.

      Excluir
    4. Marcos, estive vendo sua postagem em comemoração ao aniversário de Mauricio de Sousa do ano de 2018 e descobri que "A grande descoberta" não é a primeira história que trata sobre a questão dos pés da Mônica e dos demais, há uma bem mais antiga que provavelmente foi a primeira a tratar do tema, é de abertura de Mônica 66 de 1975 e se chama "Por que eu não uso sapatos?", como a desconheço não faço ideia se menciona a questão da ausência de dedos, mas com certeza aborda o fato da personagem estar sempre descalça. Conhece a história?

      Excluir
    5. Não conheço essa história de Mônica 66 de 1975, não tenho essa revista e nem ideia como é. Parece ser interessante.

      Excluir
    6. Também tenho interesse nessa história, é um clássico que desconhecemos, deve ser a primeira a tratar do tema, talvez nem seja, vai que Mauricio abordou em alguma história dos 1960.
      Fala-se muito na ausência de dedos, entretanto, esse tipo de pé é muito mais exótico, são elípticos, plantas retas com riscos verticais de ponta à ponta e os personagens que os possuem aparentemente não têm tornozelos ou simplesmente não são destacados como são perceptíveis em Chico Bento, Zé Lelé, Cebolinha entre outros com pés humanos. São 14 personagens com esse tipo de pé:
      1-Anjinho
      2-Bolota
      3-Bum
      4-Cafuné
      5-Cascão
      6-Humberto
      7-Magali
      8-Maria Cascuda
      9-Mônica
      10-Papa-Capim
      11-Piteco
      12-Thuga
      13-Xaveco
      14-Zum
      Os demais que já apareceram com esse tipo não foram definitivamente efetivados assim. Não contabilizei os fantasmas pois suas mãos apresentam somente os polegares definidos, ou seja, pés e mãos ficam cobertos por lençóis.

      Excluir
    7. Sim, os criados na mesma época acabaram ficando sem dedos, o Mauricio tinha pressa de fazer as tiras e esqueceu dos sapatos, a Mônica mesmo até foi criada com sapato, mas depois ele esquecia de colocar nas tiras e acabou ficando assim pés sem dedos. Os outros criados depois já tiveram mais cuidados de colocarem sapatos neles.

      Excluir
    8. Poderia ter criado mais personagens com esses pés, um ou uma do Limoeiro que regulasse idade com Franjinha e um caipira também.
      Marcos, na história de abertura de Cascão 141 de 1992 Capitão Feio aparece no último quadrinho com os pés nesse padrão, porém já vi também seus pés com dedos, também já vi essa variação com o Do Contra.

      Excluir
    9. Aí quando acontece isso, é erro do desenhista. Parece que á aconteceu com o Cebolinha também.

      Excluir
    10. A cor que foi efetivada para o chapéu do Zé Lelé foi o bege, nesta história ele está com um tom de laranja mais claro que o de seu primo. Creio que as cores foram efetivadas nos chapéus quando Chico Bento passou à condição de titular.

      Excluir
    11. Capaz, até porque variavam bem as cores dos chapéus deles.

      Excluir
    12. Marcos, "A trágica morte de Aristides Bereba" é de tirar o chapéu tenha a cor que tiver, portanto, voltando para o tema dos pés, um erro desta história encontra-se nos pés do Aristides, ele apresenta o pé esquerdo sem sapato e depois calça o direito.

      Excluir
    13. É, isso foi um erro deles, mas nada que tire o encanto da história. Passa até despercebido por causa do roteiro.

      Excluir
    14. Sem dúvida! O erro não desabona o excelente roteiro, a arte também é de primeira. Deveriam ter efetivado o Aristides Bereba, ele é um daqueles personagens de aparições únicas que entraram para o rol das grandes participações, assim como Brinconildo Hong da Silva Kong, João Transformão, a Dona Preguiça (Chico Bento 97 Abril) entre muitos outros. Lembrando que essa categoria também se destaca em histórias de miolos e encerramentos.

      Excluir
    15. Verdade, certos personagens que apareceram só uma vez pra determinada história são tão marcantes que mereceriam ter aparecido outras vezes, nem que fosse de vez em quando.

      Excluir
    16. Marcos, citei três vilões inesquecíveis, uma até mora na mente e corpo do Chico Bento, um que provavelmente não está nessa galeria, mas para mim está imortalizado é o crítico de arte da história de abertura de Cebolinha 151 de 1985, o afrescalhado sujeito é muito comédia, e a otimização implantada por Franjinha impediu que o amigo chegasse aos holofotes, durou apenas algumas horas sua promissora carreira, segundo os críticos de plantão Cebolinha superaria Jean-Michel Basquiat.
      Ainda no quesito frescura tem o menino chamado Renato de Cascão 111 de 1991, Cascão foi um terapeuta para o menino, fez com que não precisasse de terapia futuramente, tentativa frustrada de Renato ao tentar retribuir com a terapêutica do banho, não sei se é digno do rol, considero marcante.
      Também não esqueço de uma menina muito bonita estilo patricinha que poderia ter sido efetivada no lugar da tal Carminha Frufru, com seu narizinho em pé ela enaltece a bela arte da história de encerramento de Cascão 14 de 1983, Titi meio que impede Cascão de entrar em um lago ou rio e pagando de Clodovil lhe dá uma guaribada.
      Um que tem cadeira cativa no rol é o galo gigante alienígena invasor que se entrega às estripulias da folia, trocou sua missão pela esbórnia de uma matinê carnavalesca, esteve à beira de se tornar um vilão, ou deixou de ser quando resolveu dominar a Terra começando pelo Brasil, Magali não sossegou enquanto não desfalcou parte da fantasia da amiga, é de abertura de Mônica 2 de 1987, maravilhosa história!
      Agora, a menina grande e gorducha que toma uns catiripapos da Maria Cascuda ninguém arranca da galeria não, nem mesmo a Cascuda, se ela tentar, serei obrigado a interferir e não estou a fim de apanhar de mulher mais do que já apanho, ainda mais de menina-gata, Cascuda não é catedrática em falta de banho, mas esquiva de água como um gato.

      Excluir
    17. Todos esses personagens foram marcantes, até podiam ter merecido aparecer outras vezes nas fases clássicas. Agora voltarem atualmente seria difícil, pois por serem incorretos iam descaracterizar muito.

      Excluir
  3. Eu também acho que não deviam provar tema de morte nas revistas, as crianças têm que saber como se trata e saber que é ago normal. Essa menina, quem sabe, foi mordida por algum bicho e parou de fazer isso. Seja qual for o motivo, anda bem que parou com isso. A cor rosa era uma tendência na época, até as da Disney tinham capas rosas desse tom. Essa até que não teve degradê forte como era na maioria, tanto as da MSP quanto Disney.

    ResponderExcluir
  4. essa Hq ela já foi republicada em um almanaque do chico bento na panini, foi no n°8 de 2008, por incrível que pareça só houve uma alteração que foi quando zé lele grita "sai satanais" ai trocaram pra "sai coisa ruim" de resto a historia ficou praticamente igual a original sem nenhuma outra alteração.

    acho que como era o início da turma da mônica na panini, as alterações pro politicamente correto não eram tão absurdas como hoje em dia, eu conheci essa hq nesse almanaque e foi bom saber que eu tinha lido uma versão fiel da original, com certeza hoje essa história se fosse republicada fariam alterações a cada quadrinho como de costume aí a Hq iria perder toda sua essência, essa com certeza é uma das melhores histórias do chico bento.

    fora isso eu não acho que assuntos envolvendo morte e luto familiar deveriam ser proibidos nas hqs, isso pra mim deveria ser ensinado paras as crianças terem noção de como é a vida de verdade e que isso faz parte, assim como a Disney e a Pixar falam na maioria de seus filmes.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mesmo que foi só uma alteração, acabou tendo. No início da Panini não tinham tanta paranoia com o politicamente correto. Hoje muito difícil republicarem de novo e se fosse, teriam muito mais alterações. Também acho nada a ver não abordarem morte na revista, mas pra eles tudo traumatiza, aí não colocam.

      Excluir
  5. Que confusão,e o Zé Lelé devendo,as histórias do Chico Bento são muito boas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Zé Lelé deu uma mancada atrás da outra, era muito legal vê-lo assim.

      Excluir
  6. Mas, Marcos, se o tema morte não fosse aprovado nas revistas da Turma da Mônica, Mauricio não criaria o núcleo do Penadinho, ou o deixaria na geladeira assim como fez com Nico Demo. Digitou "provar", quis dizer "proibir", seria isto?

    ResponderExcluir
  7. Acontece que é raro aparecer hoje a Dona Morte matando as pessoas, histórias são tudo mais bobas hoje desse núcleo. E algo mais filosófico também não mostram. Em resumo, não é totalmente abolida morte nas revistas, até pode mostrar de vez em quando nas histórias da Dona Morte, mas evitam ao máximo e não com a competência que era antigamente, não é algo corriqueiro como era antes. Quando um pouco mais, mostram quando querem homenagear uma celebridade importante que morreu como fizeram como David Bowie e o incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro mais recentemente.

    ResponderExcluir
  8. Acho uma grande sacada do Mauricio de Sousa a criação desse núcleo, pena que a censura tacanha detesta tudo que é bom, atraía bastante adultos também. Imagino que a Dona Morte seja a primeira personagem efetiva baseada na personificação da morte, o Puro Osso que é gringo foi criado muito tempo depois, só conheço esses dois, originalidade verde-amarela extraída de uma figura mitológica obscura. Se Deus é brasileiro a Morte tem gingado, suingue (swing) e samba nos pés.
    Não sabia da homenagem fúnebre da Turma da Mônica ao Bowie, interessante, só não tenho curiosidade de ver pois sei que vou me deparar com traços que considero aquém do ideal, sou automaticamente comparativo, acabo me intoxicando com tanto descaso.

    ResponderExcluir
  9. Teve homenagem ao David Bowie, foi historia com o Astronauta. Até que essa foi legal e os traços não foram ruins, Caso for procurar, é de Mônica 13 de 2016. Não tenho essa revista. A Dona Morte foi uma boa sacada mesmo, pena hoje estar tão desvalorizada.

    ResponderExcluir
  10. Faz sentido terem deixado a homenagem para o Astronauta devido ao Ziggy Stardust, cantor alienígena, David Bowie adquiriu projeção com esse personagem.
    Marcos, citou Mônica 13 de 2016, quando exatamente os títulos mensais da TM clássica editados pela Panini entraram na segunda série? Na primeira os cinco principais chegaram a cem edições cada?

    ResponderExcluir
  11. Isso. Depois da Nº 100 a numeração reiniciou para o Nº 1. Aí Mônica 13 é da segunda série da Panini.

    ResponderExcluir
  12. Se Mônica 13 homenageia o cantor em seu mês de falecimento significa que a edição é do mesmo mês, ou seja, janeiro, no mesmo mês de 2015 começava a segunda série, portanto de janeiro de 2007 a dezembro de 2014 são exatamente noventa e seis meses, se os cinco títulos principais tiveram cada um cem edições na primeira série significa que pelo menos uns dois anos tiveram mais de doze edições cada um, dois anos com quatorze edições fecharam com cem dentro de oito anos.

    ResponderExcluir
  13. As edições Nº 100 foram de abril de 2015 e reiniciaram na Nº 1 em maio 2015. A Nº 13 é de maio 2016. A história provavelmente foi roteirizada na semana, quem sabe, no dia que ele morreu, mas como os gibis tem antecedência de uns 3 a 4 meses para serem feitos até chegarem nas bancas, só conseguiram encaixar a história em maio.

    ResponderExcluir
  14. Agora sim! Pensava que a tal segunda série havia se iniciado no primeiro mês de 2015, trouxe luz à questão, obrigado, Marcos!

    ResponderExcluir
  15. Sempre que morre alguém é na roça do Chico. Povo sofre...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Verdade. E todos ficam sabendo logo que alguém morreu por ter população pequena

      Excluir
  16. ola, acho que vcs são a turma certa pra me ajudar, há muito tempo lembro de uma historinha sem diálogos do Chico Bento junto com o Zé Lelé... eles acham um pôster com um Shogun oriental, sentado num trono rodeado de tigres, águias e cães de guarda e tentam reproduzir a cena para tirar uma foto, com o Chico imitando o Shogun, mas rodeado pelos animais da fazenda... faz tempo que tento reencontrar a historinha sem sucesso... será que vcs conseguem reencontrá-la e compartilhá-la ??

    aguardo esperançoso...

    abraços 🤗

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Essa é dos anos 1970, por volta de 1978. Parece que foi republicada no Almanacão de Férias Nº 3 (Ed. Gobo, 1988).

      Excluir
    2. Puxa... vcs são feras... acho que é isso mesmo, ela é desenhada naquele traço mais antigo...
      via google, pesquisando na internet, não consegui reencontrar a historinha... fico muito grato se puderem compartilhá-la por aqui ou se puderem me mandar por email...
      Chico Bento fez parte da minha infância e seu jeito natural, simples e espontâneo de viver a vida ainda é uma referência... as edições mais recentes do personagem bem como seu atual traço arredondado me entristecem...
      Reencontrá-lo a partir das publicações deste blog tem sido um agradável exercício de nostalgia...

      Fiquem firmes, aprecio muito o que fazem!

      Grande Abraço!

      Excluir
    3. Valeu Renato! Quando der eu posto essa aqui.

      Excluir