quarta-feira, 1 de março de 2023

Propagandas de Serviços Telefônicos da Turma da Mônica

Nos gibis dos anos 1990 tiveram várias propagandas de serviços telefônicos da Turma da Mônica que eram moda na época. Nessa postagem, então, reúno, todas essas propagandas que saíam bem frequentes nos gibis. 

Esses serviços "Tele" eram bastante comuns em vários segmentos e empresas e o Mauricio de Sousa entrou na onda. Basicamente a pessoa telefonava para o número indicado para ouvir notícias, informações e dicas sobre um determinado tema como tele piada, esportes, namoro, etc. Com a Turma da Mônica não foi diferente e normalmente as crianças ligavam para ouvir uma historinha de alguns minutos ou dicas sobre algum assunto de interesse para elas. O problema desses serviços que tinha cobrança alta na conta telefônica, seja valor da ligação normal ou então valor fixo cobrado por minutos. 

A estreia desses serviços foi o "Disque Mônica" em 1990 com o tipo "Disque 200" . Telefone normal, quem ligava, ouvia uma historinha com a Turma da Mônica. Esse serviço foi cobrado como uma ligação para a cidade de São Paulo. Quem morava lá pagava ligação local, mais vantajoso para eles, mas quem morava fora da capital de São Paulo ou em outro estado pagava ligação interurbana e tinha que digitar o DDD 11 antes do número. Esse serviço durou até final de 1991. 

Propagada tirada de 'Chico Bento Nº 121' (Ed. Globo, 1991)

Ao mesmo tempo dessa, também em 1990, lançaram o "Disque Pelezinho", também para a cidade São Paulo, e quem ligava, ouvia Pelezinho dando dicas de futebol, como seus segredos, como jogar, regras, informações,  truques e bastidores de todos os esportes. Cada dia tinha algo novo para incentivar ligação todos os dias. Assim como o "Disque Mônica", o custo era valor de uma ligação local de minutos para quem morava na cidade de São Paulo e pagava interurbano para quem morava em outra cidade do estado de São Paulo ou outros estados do Brasil. Serviço durou até final de 1991.

Detalhe do Pelezinho estampado na propaganda como um adolescente de 12 anos, pois a MSP tinha planos de criar gibis do Pelezinho adolescente, anunciado no livro especial "Pelezinho 50 Anos de Pelé", mas que esse projeto acabou ficando só no papel  e nunca lançaram, no máximo, mudaram traços, colocando lábios normais nele, tirando o círculo rosa da boca no 'Gibizinho do Pelezinho Nº 24' de 1992, mas as histórias são com ele criança como sempre foi.

Propagada tirada de 'Cascão Nº 123' (Ed. Globo, 1991)

O serviço "Cebolinha dá o toque" foi lançado em 1992, também com o tipo "Disque 200". Consistia em dar dicas de lazer para a criançada e terem a sua agenda cultural. Quem ligava, ouvia o Cebolinha mostrando dicas de shows, estreia de filmes nos cinemas, peças teatrais, passeios turísticos e outras opções de divertimentos infantis na cidade de São Paulo. Vantajoso para os paulistanos porque as dicas eram só para eventos na cidade, quem não era de lá, desperdício total de ligação, com exceção de notícia de lançamento de filmes nos cinemas. Custo também de ligação local para a cidade de São Paulo e interurbano para outras cidades e outros estados. Esse serviço durou até em 1993.

Propagada tirada de 'Chico Bento Nº 152' (Ed. Globo, 1992)

Junto com esse, foi lançado também em 1992 o serviço "Disque 200" "Alô Bidu Disque Bichinho". Quem ligava ouvia o Bidu mostrando dicas de alimentação, higiene e cuidados com os bichinho de estimação. Valia para qualquer bicho como cães, gatos, passarinhos, tartarugas, etc, sempre tinha dicas diariamente para diferentes animais. Também com custo local para quem ligava da cidade de São Paulo e interurbano para outras cidades e outros estados. Serviço durou até em 1993.

Propagada tirada de 'Chico Bento Nº 154' (Ed. Globo, 1992)

Em 1993 começou a vigorar o "Tele 900" no Brasil e criados os novos serviços telefônicos. Tiveram "Tele Mônica" e "Tele Chico Bento" e cada um deles as crianças podiam ouvir historinhas, assim, "Tele Mônica" com historinhas da turma dela e "Tele Chico Bento" com as da turma dele. Na propaganda convidam para ligarem para os serviços "Tele" deles se as crianças estavam cansadas de ouvir as mesmas histórias que a vovó contava. Ainda tinha o critério de foco na cidade de São Paulo com custo de ligação local e interurbano para outras cidades paulistas e de outros estados. Esse serviço durou até em 1995.

Propagada tirada de 'Chico Bento Nº 174' (Ed. Globo, 1993)

Em 1994 foi lançado o "Tele Cebolinha", dessa vez, diferente do anterior, quem ligava, ouvia uma historinha dele. Cada dia uma nova. Agora, já com plano Real em vigor no Brasil e forma de cobrança telefônica diferente em todos os serviços "0900", passou a ter abrangência nacional ligando sem precisar digitar DDD 11 e um valor fixo de R$ 1,59 a cada minuto de ligação. Com isso, saía mais caro do que se cobrasse uma ligação local ou interurbana. Os "Tele Mônica" e "Tele Chico Bento", que ainda existiam, também passaram a ter cobranças assim como todos os "Tele 900" que existiam no Brasil. "Tele Cebolinha" durou até em 1995.

Propagada tirada de 'Magali Nº 145' (Ed. Globo, 1995)

Ao mesmo tempo, também em 1994, foi lançado o "Tele Cascão" para ouvirem historinhas dele. Com mesmo estilo de "Tele 900" atual de abrangência nacional e valor fixo de R$ 1,59 a cada minuto. Tão caro, que para se ter uma ideia, um gibi da Mônica custava R 1,50 na época, bem mais vantajoso comprar um gibi para o filho que ficava mais tempo se divertindo lendo várias histórias do que gastar com ligação desse tipo só para ouvir uma historinha. Com isso, eles estavam disponibilizando 4 serviços "Tele 900" ao mesmo tempo naquele momento, um para cada personagem. "Tele Cascão" durou até em 1995.

Propagada tirada de 'Magali Nº 145' (Ed. Globo, 1995)

Em 1998 voltaram com esse serviço com o lançamento do "Tele 900 da Mônica". Dessa vez para ouvirem histórias da Turma da Mônica toda e não só de um personagem específico, cada dia uma nova. Continuou como abrangência nacional e o valor de cobrança telefônica subiu para R$ 2,95 a cada minuto que durava a ligação. Bem mais caro, visto que um gibi da Mônica na época custava R$ 2,20. Esse serviço durou até em 1999.  

Propagada tirada de 'Magali Nº 249' (Ed. Globo, 1998)

A partir de 1999, a Justiça proibiu esses serviços "Tele 0900" no Brasil por serem abusivos financeiramente e, assim, todos foram cancelados e a MSP foi obrigada a terminar. O que não adiantou muito, já que a partir daí, operadoras de celulares passaram a fazer serviços temáticos semelhantes por SMS, a pessoa faz inscrição e recebe as dicas diariamente por SMS e tem uma cobrança diária ou semanal do serviço que escolheu cobrado no seu pacote telefônico ou descontado no pré-pago. Esses serviços existem até hoje e se a pessoa não tem cuidado, assina sem querer através de mensagens que as operadoras enviam. Pelo menos nesse estilo, a MSP não fez parcerias com elas desde que foi implantado. Curioso que nunca fizeram um "Tele" para Magali, poderiam ter feito um com ela falando sobre alimentação, nutrição e dicas de restaurantes.

Deu para ver que foi um serviço bem caro e desnecessário porque dava para ler gibis em vez de ficar ouvindo historinhas por telefone, um pouco melhor os que deram dicas de lazer, esportes e cuidados com animais de estimação, já que na época não tinha internet e dependeria de jornais impressos fazerem matérias informando, mesmo assim, não valia a pena telefonar por causa disso. A maioria das propagandas tinha ilustração bonita e bem atraentes e pelo menos informavam que tinha cobrança telefônica para as crianças ficarem cientes e não ficarem ligando sem permissão dos pais.  

49 comentários:

  1. Ligar para Turma da Mônica, ouvir as vozes dos personagens, ouvir historinhas, tipo de serviço que na década de 1990 foi bastante rentável para a Mauricio de Sousa Produções. Às vezes esqueço que a MSP atuou no mercado de telefonia.
    Estes conteúdos por via telefônica eram meio que colocar para rodar fitas VHS com aventuras da TM em desenho animado e não assistir, apenas ouvir.
    Pode ser que em determinado período da época da TM por telefone tenha ocorrido interações com ouvintes, aí já seria algo que diferenciasse em relação aos outros modelos de mídia com personagens da MSP.

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    1. MSP já teve de tudo em relação a produtos comerciais, coisas que nem se imagina, tiveram. Parece que nunca teve interações com ouvintes, foram só áudios mesmo, o que se torna menos atrativo. Acredito que eles gravavam áudios no estúdio sem ser extraído de VHS porque eles tinham que colocar histórias que se entendam só ouvindo sem ver imagens. Pra ouvir vozes, acharia mais fácil e vantajoso alugar os desenhos VHS nas locadoras, ainda sairia mais barato dependendo da frequência que a criança ligava pra lá.

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    2. Sim, a analogia com sonoridade dos desenhos não assistidos em VHS é referente aos efeitos causados nas mentes das crianças que por telefone ouviam historinhas da TM através das vozes dos personagens, claro que acompanhadas de sonoplastia e músicas de fundo, assim como nas animações o áudio é parte essencial. Certamente que os conteúdos por via telefônica eram gravados exclusivamente para este modelo de mídia audível (invisível, zero visual), creio que boa parte extraídos de roteiros de HQs.

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    3. Acredito que os roteiros eram de histórias de gibis só tendo cuidado de colocarem as que não precisavam de imagem pra entender, provavelmente as com diálogos constantes entre os personagens sem muita ação.

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    4. Exato! Somente roteiros que para serem compreendidos independem de imagens.
      Os clássicos aparelhos de telefonia fixa são extremamente charmosos em tiras e HQs da TM clássica e o mesmo vale para tramas e tiras de piadas da categoria em geral. Já aparelhos celulares sendo utilizados pelos personagens, tanto adultos quanto crianças (e também os não humanos), soam meio deslocados, isto é, parece não haver nesse segmento de quadrinhos do qual se inclui a TM clássica um lugar efetivo para esse tipo de objeto que, na vida real, tornou-se indispensável.

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    5. Nas histórias atuais eles usam mais celulares smartphones, tanto os adultos quanto crianças, mostram usando aplicativos, redes sociais, então, eles estão modernos enquanto a isso. Raramente vi eles usando telefone fixo, porém já vi uma vez usando orelhão por incrível que pareça.

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    6. Ainda bem que a proposta de mudar aparência do Pelezinho michou, mudando a dele teriam de mudar as dos outros guris do núcleo. Com Toneco deu certo, acrescentaram-lhe uns cinco ou seis anos à idade que tinha de quando foi criado e que permaneceu intacta até a década de 1980, estranhíssimo o que fizeram com ele.
      Se tratando de personagens mauricianos que passaram por mudanças radicais nas aparências, a que ocorreu com Tina é a única que considero positiva.

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    7. Se mudassem o Pelezinho pra adolescente, todos os personagens do seu núcleo cresceriam também. O estilo de roteiros iriam mudar também adequando a faixa de etária deles, o que também poderia não ser legal. O Toneco foi bem estranha a mudança no início, ainda mais que ele tinha aparecido como criança recentemente até então e do nada o colocaram com 12 anos, mas depois como colocaram suas histórias dos anos 2000, ficou válida a mudança e não daria certo se continuasse criança. Acho que mudaram porque como a Tina estava mais velha, não faria sentido ter um irmão criança, seria melhor continuar a diferença de idade, tipo se ela envelheceu 6 anos, naturalmente o irmão teria que ser 6 anos mais velho.

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    8. Essa da Tina mais velha eu não sabia, pois aparentemente não demonstrava, imagino que tenha sido citado em algumas histórias dos 90's e 00's que ela, Rolo, Pipa e Zecão tinham por volta de vinte e seis anos cada um e antes da radical reformulação no visual do Toneco eles estavam com vinte ou no máximo vinte e um anos de idade. Sou bem por fora dessa fase do núcleo porque na época em que o irmão caçula dela foi transformado em adolescente ou pré-adolescente eu já havia parado de colecionar revistas da TM, comprava esporadicamente gibis novos e maioria eram almanaques devido ao interesse em HQs do período Abril e primeiros anos do período Globo. Quando eu adentrava em sebos nessa fase pós-coleção meu foco estava voltado para conteúdos desvinculados da MSP.

      Lembro muito bem desta publicidade do Disque Pelezinho, é do tempo em que eu ainda colecionava gibis Turma da Mônica, no entanto, apesar de ter chamado minha atenção a até então inusitada aparência do personagem, morreu ali, compreende? Isto é, não quis saber motivo disto e não sei com exatidão explicar por qual razão se deu meu desinteresse, suspeito que seja pelo fato do núcleo futebolístico não ter feito parte de minha infância de modo tão intenso como os demais núcleos mauricianos fizeram. Conheci a figura de Pelezinho quando tinha seis anos de idade, no entanto, só fui ter acesso às HQs dele a partir dos meus dez anos, ou seja, conheci o núcleo tardiamente se considerar que com dois para três de idade foi quando fui fisgado pelos quadrinhos da MSP - claro que nessa fase de interesse extremamente incipiente eu estava longe de vir a colecionar revistinhas, nem sabia o significado do conceito de coleção.

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    9. Tina tinha 8 anos quando criada em 1970 junto com Toneco, foi crescendo ainda na fase hippie, terminando com 16 anos essa fase, ficou com uns 18 anos após a transição em 1977 e nos anos 1990 por fazer faculdade ficou com uns 20 anos. Aí na faixa etária do Toneco que sempre foi 6 anos, quiseram deixá-lo adolescente de 12 anos para não ter essa diferença tanto na idade dos irmãos.

      Com Pelezinho não ia ter graça um gibi assim com ele adolescente, ainda bem que não fizeram. Só fui conhecê-lo no especial Pelezinho Copa 1990, já colecionando os outros há algum tempo, achei Pelezinho normal, mas preferindo os personagens principais.

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    10. Outra que eu não sabia sobre a Tina: surgiu nos quadrinhos na condição de criança, quem diria... só oito anos?! Rolo não deve ter surgido exatamente nessa fase de infância da amiga, ou surgiu? Porque se ambos têm as mesmas idades desde sempre (oito, dezesseis, dezoito, vinte), pela lógica, por ser um garoto - se é que surgiu na mesma condição - as primeiras aparições seriam sem barba.

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    11. Zózimo, assim que ela surgiu em 1970 tinha por volta de 8 anos, logo depois esticou um pouco pra uns 12 anos. Na fase hippie ela foi crescendo aos poucos, vê que de início tinha pernas curtas, nas últimas hippie pernas bem longas. O Rolo surgiu em 1972 e aí já marcando a nova fase da Tina hippie adolescente, ambos com cerca de 16 anos, quem sabe, Rolo com 18 anos embora não agia como alguém da sua idade.

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  2. Hein Marcos,nesse mês de março tem Magali 600 nas bancas.Assim que chegar faz uma review,por favor.

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    1. Sim, essa da Magali eu vou comprar e ainda este mês terá review.

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    2. Será que Mauricio conseguirá presenciar a milésima edição de um de seus títulos? Ou de dois deles? Provavelmente Chico Bento e Cascão atingirão essa marca primeiro.

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    3. Zózimo, agora que as revistas voltaram a ser quinzenais, tem mais chance do Mauricio ver as milésimas do Cascão e Chico. Se permanecerem assim por muito tempo, ano que vem eles já chegam ao Nº 800 e a cada 4 anos atingem 100 edições, aí em 2032 teríamos Cascão e Chico 1000 e grande possibilidade do Mauricio estar vivo daqui 9 anos para presenciar isso.

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    4. 1970, 1973, 1982 e 1989, coloca tempo nisto... e o mesmo passa ligeiro, isto é, o "tempo passa rápido", não é assim que se diz popularmente? Porém, ê milzinhos que não chegam... A primeira milhar para esses cinco títulos parece desafiar o (D)deus Cronos.

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    5. É por causa da periodicidade, muitas mensais, se Cascão e Chico fossem sempre quinzenais, aí já dariam pra ter chegado ao mil. Numerações consideram quantos meses corridos desde o lançamento, por isso essa demora. Na Disney, Pato Donald conseguiu a milésima em 20 anos porque maioria do tempo a revista era semanal, mas Mickey e Tio Patinhas, por exemplo, até hoje não conseguiram essa marca.

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    6. Os títulos Cascão e Chico Bento completaram quarenta anos em 2022, se fossem ininterruptamente quinzenais já teriam atingido as milésimas edições, creio que teriam chegado nessa marca no final de 2020 ou no início de 2021.

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    7. Zózimo, se tivessem sido quinzenais desde sempre, eles chegariam ao milésimo em dezembro de 2020. A cada 3 anos e 10 meses completavam 100 edições e as edições 500 foi de outubro de 2001, a última numeração redonda enquanto eram quinzenais.

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  3. Uma pena eu não ter nascido nos anos 90. Eu só nasci em 2009. Mas aliás, quem já não levou tanta chinelada dos pais de tanto ligar pra esses serviços "0900"?

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    1. Tinham crianças que ligavam sem permissões dos pais, aí levavam bronca ou palmadas.

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    2. Pois é. Ainda bem que eu não sou esse tipo de criança. Nos anos 90, nem imagina...

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    3. Ainda bem que não é, isso é bastante ruim.

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  4. Lembro bem dessas propagandas de tele mensagens da Turma. Porém, a grande questão é que a maioria das crianças na época(inclusive eu), não tinha telefone em casa. Então, era inviável pra gente esse tipo de ligação. Até 1998, antes da privatização da rede de telefonia fixa no Brasil, uma linha de telefone era muito cara, quase o preço de um automóvel. Então, era algo para poucos. Lembro que em cada rua dos bairros, no máximo uma ou duas residências costumava ter linha fixa. A partir de 1998, as linhas de telefone passaram a custar bem barato, o que possibilitou a maioria da população o acesso às linhas telefônicas. Tendo em vista que o serviço de telefonia passou a ser executado por empresas privadas, foi necessário que a ANATEL estabelecesse regras mais rígidas em relação a esses serviços de tele mensagens e demais regras da telefonia. Lá em casa, por exemplo, só foi ter telefone fixo após estas mudanças, no início de 1999.

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    1. Eu só passei a ter telefone em 1993, aí até daria pra fazer ligações pra esses serviços, mas aí já tinha uma consciência que era besteira, quem sabe se eu fosse menor, ainda ligaria. Realmente as linhas eram caras pra ter, poucos tinham e era luxo quem tinha mais de uma linha, só ricos pra isso. Ainda assim, já tinham mais lares com uma linha nos anos 1990, já nos anos 1980 pra baixo era mais raro ainda.

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    2. Então aqueles serviços não eram nada. Era só besteira. Pelo menos os de dicas foram legais.

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    3. Julio Cesar, eu acho besteira, mas tem quem goste de ouvir historinhas, aí pra esse público é válido. Sempre tinha alguém interessado, senão não fariam serviços assim. Seria o mesmo se fosse ouvir por podcast atualmente, não sei como ainda não fizeram isso. Concordo que os serviços de dicas eram mais interessantes e como na época não tinha internet, era uma forma para eles terem aquelas informações de forma mais rápida.

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  5. Hoje o que eu vou perguntar não tem nada a ver com a postagem em si, mas gostaria de saber: Marco, se você trabalhasse na MSP, o que você faria/mudaria lá? Porque estou pensando em fazer um curso de desenho e quadrinhos, e quem sabe ingressar na MSP (meu sonho de criança!), mas só o tempo dirá. Apenas por idéia, como seria se você fosse contratado?

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    1. Isabella, eu ia tentar convencer que mudassem os traços, que pelo menos alguns voltassem a fazer desenhos e artes-finais em mãos. E o que pudesse encaixar de incorreto nos roteiros pra ficarem, pelo menos, como as histórias dos anos 2000, quando até já tinham politicamente correto, mas sem exagero como era hoje.

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    2. Pois é, eu estava buscando idéias que poderiam satisfazer o público como todo (apesar dessa realidade ainda estar longe, bem longe de mim...), mas sim, tudo isso que você falou praticamente eu faria também, seria óbvio, trazer de volta o bom senso, seria como um período ''renascentista'' da MSP. Acho que outra coisa que eu faria também seria reduzir o tamanho do elenco, tem personagem demais, em excesso, alguns meio que descartáveis. Ou então, como no caso da Milena, se é realmente necessário mantê-la integrada, dar uma personalidade melhor a ela, para que ela se destaque e seja uma personagem por mérito próprio, em vez de defini-la apenas por ser ''negra e especial''.

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    3. Isabella, eu também faria. Chato que tem muita frescura do povo em reação ao politicamente correto, se faz muito diferente do que querem, vão cancelar. Tipo, o público que compra gosta de que nada aconteça com Milena, se acontecer, vão chiar muito e cancelar. Outra coisa que faria era não fazer alterações em almanaques, não republicar histórias que tenham politicamente incorretos nelas, caso seja impossível republicar sem alterar nada. A paranoia está grande nisso, mudando até palavra louco ou mudando desenho de TV de tubo antiga pra colocar uma TV LED no lugar pra não ter vestígios do passado, fingir que são histórias novas quando sabemos que não são.

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    4. Fabiano, eu não gosto da Milena e da família dela, acho piores que a Marina, se ainda acontecesse alguma coisa com Milena poderia ser melhor, se fosse criada nos anos 1980 com certeza seria mais carismática. E acho que ela aparece bastante, só um ou outro mês que não aparece, intenção deles é ela ser a 5ª personagem fixa para ter negra contracenando com os outros.

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    5. O problema geral com a Milena é essa personalidade ''Mary-Sue'' dela; ela é essa menina bonitinha, inteligente, meiga, que todo mundo gosta, muito baunilha para meu gosto. O traço principal dela é o amor aos animais, comentei a um tempinho já que a Magali já possuia esse traço e servia a essa função, nunca foi uma característica marcante dela como a gulodice, mas havias algumas boas histórias sobre ela cuidando de bichos, e principalmente gatos. A Milena paira a obsessão com esse traço dela, sabe como a Lisa Simpson dos Simpsons modernos (ela era muito mais interessante nas primeiras temporadas, agora é só uma ativista mirim).
      Eu entendo e apoio a intenção de mais personagens negros, muitas crianças negras precisam mesmo. Mas a Milena foi inventada APENAS para a auto-promoção, por pressão externa, apenas para o Mauricio dizer ''tem um personagem com a sua cara agora'', não é uma personagem que ele criou por livre vontade, a partir do zero. E acho que tem muitas crianças negras que se indetificam mais com Mônica, Magali, Do Contra, Denise do que com a Milena. Ela é tão vazia que acho que até o público-alvo deve desanimar dela, independentemente da raça.

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    6. Complementando o raciocínio da Isabella, é bom lembrar que quem sumiu mesmo dos gibis, foi outra personagem negra, que parece ter sido criada no Núcleo do Chico Bento por pressão da patota do politicamente correto: A THABATA! Curioso que essa personagem surgiu do nada, logo depois da Milena, durante a segunda série dos gibis da Panini, aparecendo em histórias e capas do Chico Bento. Só que, a partir da terceira série dos gibis, ela misteriosamente sumiu. Tem um bom tempo que não a vejo nas histórias. Pra uma personagem que parecia ser a "Milena " do Núcleo do Chico Bento, é bem estranho esse sumiço. Será que a MSP viu que estavam forçando a barra demais e cancelaram a personagem?

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    7. Ricardo, não acho que cancelaram a Thabata de vez, mas devem ter visto que era apenas uma Milena no núcleo rural, sem função. Capaz de estarem reformulando a personagem, dar alguma característica e depois volta nem que seja de vez em quando. Do jeito que estava, ela era apenas uma amiga da Rosinha, representatividade nenhuma pra personagem em quadrinhos. De qualquer forma, erraram muito em não ter personagem negro fixo na Turma do Penadinho.

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    8. Fabiano, o mundo mundou e infelizmente eles têm que adaptar histórias para os novos tempos. Só que ficam extremamente sem graça, pra quem gosta, tudo bem, quem não gosta, ganha mais comprando gibis antigos e sem perder tempo com os novos, é o que eu faço.

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    9. Zózimo, o comentário do SPFangirl não ficou no vácuo, foi respondido a respeito da Milena, só não direcionado a ele. A Milena é o que representa os novos tempos, bem artificial, culpa nem é dela, qualquer personagem novo a ser criado vai ser assim nesse estilo, no máximo, acontecer alguma coisa com os brancos e os sem diferenças físicas, ainda assim, nada que cause sofrimento para personagem ou traumatize os leitores.

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    10. "(...)também contribui para que ela seja da forma QUE é,(...)"
      Tem razão, eu que não percebi a tempo, perdoe!

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  6. Também acho que esses 0900 eram abusivos. Lembro até de um cartum(ou será charge?) num jornal que era uma crítica ao 0900, com o atendente dizendo: "Você ligou pro tele-assalto! Mãos ao alto!"

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    1. Muito abusivos mesmo, valores eram altos para cada minuto. Se ainda cobrassem por chamada, seria menos pior.

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    2. Faz sentido o que esse Warrior of Light disse.

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    3. Faz sim, pura realidade com os preços sem noção.

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    4. Se bobear uns 2 ou 3 minutos de ligação para esses "tele-assaltos" deviam ser bem mais caros do que 1 hora de internet discada da época.

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    5. Sim, Guilherme, desde que passaram a ser 0900, eram bem mais caros que internet.

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  7. Eu lembro disso. Nunca liguei porque nunca vi sentido em ouvir uma historinha da Mônica por telefone. E imagino que meus pais não teriam deixado.

    Tinha também, nessa mesma época, acho que em 1998, o Tele-Chaves, com a mesma pegada, só que com a turma do Chaves. Lembra? "Essa é pra você ouvir sem querer, querendo!" Será que colocaram os dubladores dos personagens do Chaves para gravar essas tele-histórias?
    E quanto aos da turma da Mônica? Será que eram os dubladores "oficiais" dos personagens? Será que algum leitor do blog chegou a ouvir uma dessas histórias? Seria interessante saber. Supostamente eram histórias que não estavam nos gibis, então será que estão perdidas desde o fim desse serviço?

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    1. Lembro do Tele-Chaves, foi em 1997, deve ter feito sucesso e deve ter incentivado o Mauricio a recriar serviço em 1998 já que tinham dado um tempo. Acredito que dubladores deviam ser os oficiais até porque as crianças conheciam as vozes pelos desenhos animados. Acho que podiam misturar histórias inéditas com as que saíam nos gibis, se teve história inédita para o serviço, talvez depois aproveitaram para os gibis. Pra confirmar, só alguém que telefonou para lá na época pra saber como era.

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  8. Marcos Como Seria Se :
    A Mônica Bebê E O Cebolinha Bebê Estão Brincando Aí A Mônica Beija O Cebolinha E A Dona Luísa Pega O Cebolinha No Colo E O Enche de Beijo :
    A Magali Bebê E O Cascão Bebê Estão Brincando Aí A Magali Beija O Cascão E A Dona Lili Pega O Cascão No Colo E O Enche de Beijo

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