sexta-feira, 10 de março de 2023

Capa da Semana: Mônica Nº 124

Uma capa em que a Mônica sobe em um banquinho com medo de um rato e ainda carrega o Jotalhão, que estava com medo do rato também, mas não dava para subir no banco. Mostra as características da Mônica muito forte que consegue até carregar um elefante sozinha e de que mesmo superforte, ela tinha medo de ratos e insetos, o seu verdadeiro ponto fraco. E também mostra a relação famosa de elefantes com medos de ratos. Muito boa, teve direito de aparecer barriga e calcinha da Mônica, como últimos suspiros dos traços superfofinhos da segunda metade dos anos 1970 e esse fundo roxo deu um ótimo contraste com o logotipo amarelo e o verde do Jotalhão.

Eram muito comuns capas da Mônica com Jotalhão nas revistas dela, principalmente nos anos 1970, normalmente com eles amigos e camaradas com ilustrações bonitas, uma vez ou outra com piadas, como essa, mas quase sempre cordiais um com o outro. Provavelmente para divulgar melhor o extrato de tomate "Elefante" da "Cica". Depois de 1983 deram um tempo com isso, com exceção da 'Mônica  Nº 188', de 1985 (sendo esta sem ser Jotalhão sozinho de secundarios), passando a deixar personagens secundários só em capas de almanaques, e voltaram a ter capas assim nas revistas mensais da Mônica a partir de 1997, já na Editora Globo, sendo que curiosamente, em vez de serem sempre amigos, a maioria eram piadas com um trolando o outro, geralmente por causa do peso e da força.

A capa dessa semana é de 'Mônica Nº 124' (Ed. Abril, Agosto/1980).

43 comentários:

  1. Com certeza sem chance hoje, povo iria implicar muito, mesmo sabendo que é coisa de gibis, onde tudo pode. Reclamam de tudo.

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  2. Curioso como que isto grudou na cultura popular, pegou no imaginário coletivo de um modo que é impossível reverter tal noção, pois segundo zoólogos, elefantes não têm medo de ratos. Há quem diga que os primeiros relatos disto datam da Antiguidade, não duvido, os romanos, por exemplo, tiveram um extenso contato com a África, colonizaram o norte desse continente e coisa e tal, talvez seja pela vertente romana a origem do boato de que elefantes são aversivos aos ratos, independente se é falso ou verdadeiro, sempre rendeu positivamente no campo artístico, um exemplo é esta gag sensacional... Mônica tem medo, Jotalhão tem ojeriza, se beneficiando da capacidade dela de tirar de letra a modalidade esportiva que é o (L)levantamento de (P)peso, sendo verticalmente distanciado do roedor.

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    1. Pois é, elefantes não têm medo de ratos, isso ficou na crença popular e pegou. Ainda bem que ele estava com a Mônica e o ajudou a levantar pra ficar longe do rato. Só que eles têm perigo do banquinho arrebentar por causa do peso dos 2 juntos e os dois caírem, dando de encontro com o rato.

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    2. Que banquinho, hein? Mogno, carvalho, maçaranduba, ipê, cedro, jacarandá, nogueira... madeira de lei, só pode... Se bem que ilustrações de capas de gibis são como fotografias, não há como saber o que vem após os registros das imagens, ou é madeira de lei... ou o rato se esfalfou de tanto rir devido ao banquinho não ter aguentado o rojão...
      Além de uma exímia levantadora de peso, Mônica é também equilibrista, mas, vai que se desequilibrou após o registro, visto que ambos estão mergulhados no pavor, como dizem no meio fotográfico que "cada mergulho é um flash", se o momento foi captado por paparazzo, o clarão do flash pode ter causado um suposto tombo, suposições, especulações, vai mesmo da imaginação de cada um que analisa a cena...
      Falando em África, por ser deveras orelhudo e não ter testa protuberante, não custa ressaltar que o aspecto físico de Jotalhão tem como base o paquiderme africano, a aparência do personagem não foi inspirada na espécie asiática: testuda e com orelhas menores em relação ao tamanho da caixa craniana.

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    3. Com certeza o banquinho é de madeira de alta qualidade para suportar o peso dos 2 , não os de MDF frágeis de hoje em dia. A sequência vai da imaginação do leitor, até podem ter caído, mas depois de algum tempo por causa do banquinho resistente. Provavelmente o Mauricio se inspirou em paquiderme africano pra criar o Jotalhão, acho que já vi arte semelhante com os 2 juntos.

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    4. Outra diferença entre as espécies são os adultos africanos serem mais altos, são maiores do que os primos asiáticos adultos.
      Animais são animais, isto é, romantizar a condição animal, seja em estado selvagem, sejam adestrados e/ou domesticados é um tipo de idiotice produto da nossa superior e maravilhosa espécie, o que quero dizer é que por mais fofos que sejam ou que aparentam ser, toda essa romantização vai por água abaixo quando se estressam voltados para nós, e esses momentos que, para mim, são de suma importância, pois é a natureza desconstruindo toda essa palhaçada. Esta é só uma introduçãozinha para destacar que elefantes da espécie asiática são mais sociáveis aos humanos do que os da espécie africana. É mais difícil evidenciar paquidermes do tipo africano trabalhando (como cavalos) e pintando quadros.

      Quando criança, fui apenas uma vez em circo, como sabemos, espetáculos circences dos 80's continham animais (ursos, tigres, leões, elefantes, chimpanzés, etc), lembro perfeitamente de um elefante da espécie africana que sentava em um banquinho, entre outras coisas que o gigante fazia.
      Não há dúvida de que banquinhos para elefantes eram confeccionados com madeiras de lei, e proporcionalmente falando, esses objetos, tendo alguma funcionalidade para humanos, não são exatamente "banquinhos", como destinavam-se aos elefantes é correto empregar a palavra no diminutivo.

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    5. Seria um banco apropriado para suportar peso do elefante, com madeira de lei e até largura apropriada. O banco pequeno pro elefante, seria grande para uma pessoa.

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    6. Marcos, concordo que a exceção encontra-se na capa de Mônica nº188 de 1985, porém, deram um tempo depois de agosto de 1983, conta com presença de Cebolinha na capa do nº160, mas, na do nº130 o guri também se faz presente e coincidentemente são piadas circenses. É certo que Jotalhão e Mônica formam dupla nas capas das edições antigas dela assim como em boa parte dos comerciais televisivos referente à marca Cica, entretanto, no mesmo título há capas em que além dela o elefante está acompanhado de outros integrantes do núcleo do Limoeiro.

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    7. Só para incrementar, outra coisa que vingou na cultura popular: é que cães e gatos são inimigos naturais, quando não é bem assim (tem muita gente que cria cão e gato juntos, podem ser bons companheiros). Ou que ratos gostam de queijo, quando na verdade não (descobri isso a pouco tempo...)

      Desenhos e quadrinhos ensinavam muita coisa falsa para a gente...

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    8. Zózimo, tem razão, tinha esquecido da Mônica 160. Ainda assim eram aparições bem esporádicas do Jotalhão na fase da Abril dos anos 1980, ele aparecia mais nos anos 1970 e nos 10 primeiros anos da Globo também não apareceu. E algumas vezes apareceram outros personagens juntos com os dois, sim.

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    9. Isabella, de fato cães e gatos se odiarem e ratos gostarem de queijo são culturas populares, na prática não é bem assim, coisas de desenhos e filmes que fez imaginário popular acreditar.

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    10. Há mesmo um intenso jejum de aparições de Jotalhão nas capas das edições de Mônica publicadas entre janeiro de 1987 a dezembro de 1996, dez anos e quatro ou cinco meses, é muito, muito tempo para uma figura que se tornara tradicional em capas do título. Até Raposão, grande parceiro do elefante, participa da do nº13 cujo tema é comemorativo, e no mesmo ano desse gibi Jotalhão faz uma aparição até então inusitada na capa de Cascão nº42.
      Nas capas dos 80's de Mônica pela Editora Abril há somente cinco aparições do carismático Jota, entretanto, todas impressionantemente marcantes.

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    11. Sim, mais precisamente até em maio de 1997, quando Jotalhão voltou a aparecer em Mônica 125. Secundário apareceram nas mensais dela Só em Mônica 13. Foi exceção o estilo antigo de Cascão 42 de 1988. As da Abril dos anos 1980 foram marcantes mesmo apesar de poucas.

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    12. Jejum referente a Jotalhão em capas de Mônica pela Editora Globo, mais precisamente cento e vinte e quatro edições consecutivas é, na verdade, bastante extenso, não "intenso" como mencionei.
      Em Mônica são só cinco aparições em capas durante toda a década, porém, além de participar da imagem fotográfica contida na capa de Cebolinha nº120 (1982) e em forma de brinquedo de parque de diversão (escorregador) na do nº154 (1985) do mesmo título, incluindo as de almanaques e almanacões pelas duas editoras, até que no geral Jotalhão tem presença expressiva em capas circunscritas aos anos 1980.

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    13. As vezes o Jotalhão aparecia nas capas dos gibis do Cebolinha. , já almanaques eram maus comuns nos da Mônica e esses não considerei na contagem, só nas inéditas mensais que eram mais difíceis aparecerem secundários. E nóos almanaques da Globo mais normal ainda presenças do Jotalhão e outros secundários.

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  3. Oi,gente.

    Estou sumido,mas fiz questão de aparecer aqui para compartilhar uma experiência:

    Estava eu,ontem,na estação de metrô da praça Saens Peña,com a qual tenho intimidade de anos,quando fui ler sua placa de inauguração.

    Dentre os nomes da diretoria da antiga Cia. do Metropolitano,estava lá um:
    IVAN DE ALBUQUERQUE CASCÃO.

    Então,Cascão é nome de gente mesmo!Não é um apelido ou nome de pet ou nome fictício de personagem de quadrinhos!

    Vai que a gente encontra por aí um Cebolinha,Franjinha,Xaveco...Rolo já existe,como sobrenome,mas existe.

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    1. E aí, caro Julio Cesar, beleza? Perguntei por você, excluí o comentário depois que percebi que o "bom filho à casa (re)torna" - é assim que se dizia antigamente, sou muito à moda antiga.
      Cascão sobrenome, interessante! Se Cascudo é nome de família, faz sentido Cascão ser também. O que sei é que Terror é nome de família, acreditam?

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    2. Julio Cesar, bem vindo de volta. Interessante existir Cascão como sobrenome, mas também tem que ver se é Cascão mesmo ou "Cascao", sem til, vi grafia dele assim em alguns sites. Sendo Cascão, bom saber que existe esse sobrenome, sendo que a intenção do Mauricio colocar esse nome no personagem foi apenas como apelido porque ele não tomava banho, nem se tocou que poderia ter nome ou sobrenome assim na vida real.

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    3. Sei não, Marcos, provável que Mauricio conhecesse a palavra na condição de sobrenome, afinal, antes do cartunismo ele trabalhou na polícia, e nesse meio o que mais tem são nomes e sobrenomes, infinidade deles e diversidade idem, as mais variadas combinações, tanto de vítimas quanto de criminosos e de suspeitos.

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    4. Zózimo, pode ser que conhecesse o sobrenome considerando a época de trabalho na polícia. Ainda assim, Cascão é dado como adjetivo a quem não tomava banho, sujo e tinha mau cheiro.

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    5. Sim, para a palavra servir de nome ao personagem é devido ao adjetivo e não por ser nome de família.
      Tudo indica que no caso de Maria Cascuda tenha sido mais devido ao nome de família colocado no feminino, claro que aludindo à condição de menina suja já que foi criada para órbita do Cascão, um famoso exemplo é Câmara Cascudo, historiador brasileiro, a palavra também é sinônimo de traulitada, bordoada, pancada, etc.

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    6. Acho que o nome real da Cascuda é meio que Cassandra ou algo assim (li em algum lugar aí...), Cascuda é mais um apelido por ser namorada do Cascão.

      E a propósito, o nome do Cascão é esse mesmo, ou é um apelido também? Se você souber, ficaria feliz em saber também.

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    7. De acordo com a Wikipédia, Isabella, que não é lá fonte das mais confiáveis, o nome completo do Cascão é Cássio Marques de Araújo.

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    8. É CascÃo mesmo,com "~".

      Aproveitando o tema desta conversa:
      https://www.youtube.com/watch?v=nqFZ4t-xDaQ

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    9. "Rolo já existe,como sobrenome,mas existe."
      Não percebi que Rolo é o mesmo caso do Cascão do metrô.
      Tais nomes que citei seriam mais passíveis de existir se fossem sobrenomes mesmo.

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    10. Canal Nostal_Gi, não conhecia, interessante o conteúdo do vídeo... Zeca e Joca, tchecoslovacos, como são de Praga, atualmente são tchecos, não lembro deles, parece que a dupla fez sucesso em terras tupiniquins; Animais do Bosque dos Vinténs; Caillou; Peppa Pig proibida na China por incitar subversão, claro que segundo a ótica autoritária do PC (C)chinês - essa é muito boa(!); politicamente correto respingando até em Teletubbies; TV Cultura meio que se contradizendo pelas exibições de determinados conteúdos infantis...
      Não sabia que Lurdinha havia parado trânsito em relação à molecada, até o Dudu parou na dela... Como os traços dessa HQ não me são atrativos nunca tive interesse em lê-la, não sabia que o roteiro foi parar em animação, parece que é dos bons, problema é o visual, não consigo digerir os escrotos vícios emersonianos...

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    11. Verdade, Fabiano! Verdadeiro nome da Maria Cascuda é Gabriela Silva, talvez seja Maria Gabriela ou Gabriela Maria, de qualquer forma, considerando HQs antigas é coerente que Maria faça parte do nome real dela, não sei se foi mantido, espero que sim.
      Maria Cascuda é personagem antiga, Fabiano, você tem razão, só não é tanto quanto Cascão, na primeira aparição dela o sujão tinha doze ou treze anos que atuava no universo dos quadrinhos. Outros da geração dela são Tina, Toneco, Pipa, Rolo, Capitão Feio, Bugu, Louco, Zé Lelé, Reinaldinho e Seu Juca, todos esses estrearam nos 70's. Certamente há mais personagens da MSP que surgiram nessa década.

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    12. Cascuda se chama Gabriela, colocaram Cascuda porque era tão suja quanto Cascão quando foi criada na história de Cebolinha 18 de 1974. Fazia sentido nos primeiros anos, hoje poderiam até mudar nome dela se quisessem porque ela é mais limpa que outras meninas na turma, nem sujeirinhas tem mais. Wikipedia não é fonte confiável sobre Turma da Mônica porque qualquer um pode mudar os textos, já ouvi falar que teve história em que o Cascão se chamava Paulo. Nunca vi na vida real alguém com sobrenome de Rolo, se existir deve ser raro.

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    13. Julio Cesar, inadmissível proibirem desenhos animados, até da Turma da Mônica, muita falta do que fazer se incomodarem com bobagens assim só por ter alguma coisa incorreta.

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    14. Fabiano, por isso não perco tempo com esses gibis novos, didáticos demais, esses com Milena aí que passo longe mesmo. Naturalmente o pai estava trabalhando por isso elas terem ficado sozinhas e não precisaria encaixar o irmãozinho. Pelo que descreveu, então pelo menos um momento incorreto pra amenizar uma história inssossa. Eles têm uma irmã adolescente quepoderia ficar com as meninas, talvez estaria em outro cômodo, vai saber rs.

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  4. Quando criança, a Mônica era minha personagem favorita, porque eu super me indentificava com ela, de várias formas. Eu era bem geniosa, forte, brigava muito (não só com meninos, com minhas amigas também). E eu também gostava muito de vermelho, e tinha bem medo de ratos (mas não de insetos ou baratas, achava esse um medo bobo). E você, Marco, tinha um personagem que te representava bem?

    E sobre a capa, era coisa de outro nível, outros tempos, que não voltam... bons tempos. E sobre aquela pergunta de outro dia, seria outra coisa que eu faria na MSP, se fosse contratada: trazer de volta essas capas magníficas. Sonhar não custa nada...

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    1. Acho que não teve um personagem que me identificava, um pouco mais o Dudu quando não queria comer, mas não a ponto como ele fazia nos gibis. E eu também mudaria capas deixando nesse nivel de piadinhas das antigas, eram muito melhores.

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  5. nossa, fazia tempo que não via uma capa com o jotalhão e mostrando a força da Mônica, aliás, sendo sincero, prefiro as capas com piadinhas do que as fazendo referência à história, acho muito bonitas apesar de serem simples, acho que é pelo sentimento de nostalgia também, obrigado pela capa Marcos!

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    1. De nada. Realmente com piadinhas eram muito melhores. Tiveram algumas capas com Jotalhão, sempre chamativas e muito bonitas, gostava quando ele aparecia.

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  6. Se tivesse uma animação da turma da mata dublada no RJ, eu já tenho uma lista de dubladores, o que acha?
    Jotalhão - Márcio Dondi
    Raposão - Alexandre Moreno
    Coelho Caolho - (ainda não sei direito)
    Tarugo - Hércules Franco
    Rita Najura - Miriam Ficher
    Rei Leonino - Mauro Ramos
    Ministro Luis Caxeiro - André Bellisar

    Gostou da ideia?

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    1. Seria bom, quase nem tem animação com eles.

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    2. Desses aí, o único que eu já vi em animações foi o jotalhão

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    3. Corrigindo: como agora o Mauro Ramos agora dubla em SP, vou botar o Guilherme Lopes no Rei Leonino, e o coelho caolho, decidi que vai ser o Rodrigo Antas

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