sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Cebolinha: HQ "De volta para a historinha"


Em dezembro de 1991, há exatos 30 anos, era lançada a clássica história "De volta para a historinha", uma paródia do filme "De volta para o futuro" em que o Cebolinha volta para 1960 ao entrar na máquina do tempo do Franjinha. Com 17 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 60' (Ed. Globo, 1991).

Capa de 'Cebolinha Nº 60'(Ed. Globo, 1991)

Escrita por Flávio Teixeira de Jesus e ambientada em uma sexta-feira de dezembro de 1990, começa com Cebolinha entrando no laboratório do Franjinha e se assusta com um cuco com a cara da Mônica. Ele até pensa que o cuco fala, mas logo vê que era voz do Franjinha e fala com ele no telefone sem fio.


Franjinha manda o Cebolinha ver a sua nova invenção no campinho e Cebolinha aposta que é uma máquina do tempo e era mesmo. Franjinha pergunta se o "Alarme-Mônica" funcionou< Cebolinha diz que se assustou com a feiosa da Mônica e Franjinha diz que dispara sempre quando a Mônica está por perto.  Mônica pergunta ao Cebolinha quem é feiosa, ele foge pela janela e Mônica  vai atrás.

Cebolinha esbarra no Franjinha e diz que a invenção funciona bem demais, a Mônica vem vindo e pergunta onde está a máquina do tempo. Franjinha faz suspense que é um grande momento para a Ciência, viajar no tempo é conhecer novas eras e outros acontecimentos. Cebolinha diz que vai ver coelhadas e exige mostrar logo a máquina do tempo.


A máquina era um carrinho de rolimã, Cebolinha entra, mas faltava uma impulsão para funcionar. Mônica dá uma coelhada forte e o carrinho funciona.  de forma veloz e o Cebolinha some em algum lugar do tempo. Mônica pergunta ao Franjinha se vai deixar o Cebolinha perdido no tempo e ele diz que vai parar em algum lugar, só não sabe onde.

Cebolinha para, pensa que está no mesmo lugar e se pergunta se a máquina não funciona. Comemora que escapou da coelhada e acha que parou longe porque não vê a Mônica nem o Franjinha. Em seguida, ele se esbarra com Cascão antigo, que pergunta por que não olha por onde anda. Cebolinha acha o Cascão diferente, que diz que o Cebolinha se parece com um amigo dele. 


Ao se apresentar como Cebolinha, Cascão fala que todos sabem que ele é cabeludo e ele só tem 5 fios. Cebolinha pergunta em que ano eles estão, Cascão fala que estão em 1960 e Cebolinha deduz que a máquina do tempo do Franjinha funciona. Cascão pergunta quem é Franjinha e Cebolinha diz que veio do futuro, estava fugindo da Mônica, pulou no carrinho. Enquanto isso o Cebolinha 1960 faz o mesmo e com o impulso da coelhada da Mônica 1960, faz o Cebolinha antigo sumir e o Cebolinha 1990 ficar preso em 1960.


Na segunda parte da história, Cebolinha reclama que é tudo culpa do coelho encardido. Mônica 1960 pergunta quem é encardido e ao vê-la tão feiosa, ele dá gargalhada, a chamando de ridícula e com cabelo engraçado. Mônica dá surra nele e diz que a batida não mudou. Cascão fica feliz em saber que Cebolinha é do futuro e pergunta como ele é no futuro. Cebolinha diz que em matéria de cheiro é a mesma coisa e Cascão fica feliz que iriam obrigá-lo a tomar banho no futuro.

Enquanto isso, Cebolinha 1960 chega em 1990, dando susto no Franjinha e na Mônica. Franjinha pergunta se é o Cebolinha, ele confirma e pergunta quem são eles. Franjinha acha que a viagem deu pequena amnésia no Cebolinha. Mônica estranha o cabelo, ele foge e Mônica encontra figurinhas novas de 1960 dentro do carrinho.


Em 1960, o Cebolinha 1990 diz que está em uma fria, não sabe como vai voltar para casa. Cascão diz que se uma coelhada o trouxe pra lá, outra coelhada vai levá-lo de volta e Cebolinha pergunta como se a máquina do tempo não está lá. Em 1990, Franjinha comenta que Mônica precisa dar uma coelhada na máquina para ela voltar para 1960. Ela dá e consegue a máquina voltar para o passado, bem no momento que Cebolinha diz que o carrinho podia aparecer, fazendo o Cascão pensar que no futuro é só pedir para as coisas aparecerem. 


Enquanto Cebolinha 1990 vai guiando o carrinho para voltar para casa, ele esbarra com a Mônica 1960 e os dois voltam juntos para 1990. Cebolinha 1990 comemora, abraça o Franjinha, dizendo que o invento é um terrível sucesso e Mônica pergunta quem é aquela baixinha e gorducha quando olha para a sua versão 1960 e os meninos falam que é ela ontem.

Depois de explicada, a confusão, Cebolinha e Mônica dos anos 1960 voltam para o passado com o impulso da coelhada da Mônica 1990. No final, comemoram que tudo acabou bem e Cebolinha pede desculpas de ter chamado a Mônica de feiosa. Ela perdoa e dá um beijo nele e Cebolinha pensa que até porque  a outra é mais feiosa que essa. Enquanto isso, Cebolinha e Mônica dos anos 1960 continuam com suas aventuras com Mônica querendo dar coelhada nele, após ele ter aprontado de novo.


História sensacional parodiando o filme "De volta para o futuro", um  super clássico do cinema. Cebolinha entra no carrinho que era a máquina do tempo do Franjinha e impulsionado pela força da coelhada da Mônica volta 30 anos no passado e vai parar em 1960, na época que o personagem foi criado. Fica preso no passado após o Cebolinha antigo entrar na máquina do tempo, mas felizmente conseguiu voltar ao seu tempo com a ajuda da coelhada da Mônica. A força exagerada dela que foi fundamental para máquina do tempo funcionar.


Muito bom ver o encontro dos personagens dos anos 1960 e 1990 e todo sufoco para Cebolinha voltar para o seu tempo, Franjinha e Cebolinha conversarem em telefone sem fio de lata, além do cuco com a cara da Mônica, ela impulsionar o carrinho só com a força da coelhada, tiradas do Cascão 1960 como que no futuro não iriam obrigá-lo a tomar banho e que era só pedir que as coisas apareciam, Mônica 1990 chamando a de 1960 de baixinha e gorducha (xingando a si mesma), etc.

A história serviu como homenagem aos 30 anos de criação do Cebolinha até então, mesmo que meio atrasado em 1 ano e também foi homenagem à história da MSP para os leitores verem e conhecerem como era os primórdios dos personagens, já que foi a primeira vez que retrataram os personagens dos anos 1960 em uma história atual. Até então muitos desconheciam como eram os personagens quando foram criados.


Histórias envolvendo máquina do tempo sempre eram envolventes, sendo que essa foi um diferencial de retornarem para época de criação dos personagens e ter uma metalinguagem da MSP. Normalmente quando viajavam no tempo, iam pra Pré-História, Era Medieval ou no máximo 100 anos antes. Essa ideia de metalinguagem foi a melhor sacada. E relacionar com parodia do filme "De volta para o futuro" melhor ainda. O filme estava em evidência na época, apesar do primeiro filme ser de 1985, mas a terceira sequência foi lançado em 1990. Franjinha como Doutor Emetti Brown e Cebolinha como Marty McFly foi sensacional.


Ficou estranho gibi ser de 1991 e eles ambientarem a história como dezembro de 1990, um ano antes. Provavelmente o Flávio colocou para facilitar a narrativa de 1960 e 1990 e associar melhor como décadas e também pra coincidir com o ano de criação do Cebolinha que foi em 1960. 

Ficou uma incoerência com a criação do Cascão e Mônica, que foram criados, respectivamente em 1961 e 1963, mas o que valeu foi a intenção do retorno a década de 1960. Se eles tivessem colocado história passando em 1961, pelo menos o Cascão já teria sido criado.


A máquina do tempo não foi bem um carrinho de rolimã legítimo, foi um carrinho de brinquedo comum, mas nada que estrague a história. No final não ficou explicado o destino da máquina do tempo, se ficou em 1960 ou a Mônica antiga a trouxe de volta pra 1990 com coelhada. Fica na imaginação de cada leitor a sua versão, como eles gostavam de deixar finais abertos para leitor imaginar, está valendo.


Os traços excelentes que davam gosto de ver, foi uma das vezes que os personagens dos anos 1960 ficaram bem desenhados e iguais como eram quando criados. Atualmente, quando tentam imitar os traços antigos nunca ficam iguais. Teve erro do cabelo do Cebolinha 1960 ficar com 5 fios quando vai parar em 1990 e nem pode dizer que foi efeito por estar no futuro porque tiveram quadrinhos com ele cabeludo em 1990. 


Algumas páginas tiveram 6 quadros, outros os tradicionais 8 por página, talvez foi pra ser uma forma de adequar melhor quadrinhos em última página pra dar suspense maior e a segunda parte encaixar no início de uma página. Ficou muito bom o título com o logotipo do filme "De volta para o futuro" deixando bem clara a referência ao filme desde o início. Pena as cores escuras já como iam deixar em 1992 e que iriam piorar.


A capa fez alusão a história de abertura dessa vez em vez de piadinha, na época só quando era história importante que as capas tinham alusão à história. Não considero tão incorreta, apesar de mostrar força exagerada da Mônica, mas hoje tirariam alguns elementos como aparecer Cebolinha surrado e com olho roxo depois de ter apanhado da Mônica 1960 para não ter violência e tirar a palavra "Droga!" dita pelo Cebolinha no início da segunda parte pois é palavra proibida atualmente. Cebolinha 1960 falando de boca fechada no final era marca registrada nas tirinhas da época, mas podiam também alterar hoje.


Foi mais uma paródia de filme famoso, o que estava bem frequente naquela época. Entre 1991 a 1993, tiveram várias histórias baseadas em filmes, bem perto uma das outras, inclusive, o que foi uma marca dos anos 1990 e impulsionado também com a chegada do Flávio da MSP, que adora criar histórias assim. Lembrando que nem todas histórias de parodias foram do Flávio e que tinham também nos anos 1970 e 1980, só que com menos frequência até então.


Quando não eram paródias de filmes, eram de séries e de conto de fadas e Mitologia famosos. E histórias assim serviram de inspiração depois para criação dos títulos "Gibizão" da Editora Globo em 1995 a 2001 e "Clássicos do Cinema" da Editora Panini entre 2007 a 2020. A primeira revista nesse estilo foi a especial "Os doze trabalhos da Mônica", de 1991, parodia dos doze trabalhos de Hércules.


Depois dessa "De volta para a historinha" de 1991, o filme "De volta para o futuro" foi tema de novo em 'Clássicos do Cinema Nº 36 - Coelhada para o futuro' (Ed. Panini, 2013) e aí com paródia mais real sobre o filme. Sem dúvida, "De volta para a historinha" foi um grande clássico da MSP e muito bom relembrar há exatos 30 anos.

53 comentários:

  1. Marcos um dia queria que você fizesse
    As suas histórias preferidas
    Mônica
    Cebolinha
    Cascão
    Chico Bento
    Magali
    Tina
    Penadinho
    Turma da Mata
    Austronauta
    Piteco
    Paca Capim
    Horácio
    Tiras
    Histórias mudas
    E qual que você acha dessas épocas
    1970 - 1973
    1974 - 1977
    1978 - 1982
    1983 - 1986
    1987 - 1992
    1993 - 1997
    1998 - 2002
    2003 - 2006
    2007 - 2010

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    1. Unknown, até hoje não sei quais histórias são minhas favoritas, as bem top. Com certeza a maioria delas já mostrei aqui no Blog. Sobre os períodos de anos de histórias as dos anos 1980 e 1990 considero melhores, mas não que as outras não sejam boas também.

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    2. A fase início dos 90 da Globo transição da abril e início da panini tem histórias marcantes dependendo do estilo de tm que q pessoa gosta

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  2. Sátira simplesmente demais, roteiro magnífico! Mônica "(C)cebolinhou" ao se referir à sua versão queixudinha por baixinha e gorducha, pena não ter ocorrido um quebra por causa de quebra de decoro para consigo mesma de outrora, certamente empataria, 60's x 90's, laranja x azul - versões do coelhinho. A cor original do Sansão se foi junto com os sapatos da dona ou foram abolidos separadamente?

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    1. Maravilhosa. Capricharam demais. Acabou a Mônica 1960 não batendo na de 1990, seria um embate duro de quem ganharia, acho que empataria também. Não sei como eles não tiveram ideia de criar história assim das Mônicas se enfrentando. Não necessariamente nessa história, mas poderia ser em outra,perderam chance.

      O Sansão era amarelo quando criado baseado no coelho de pelúcia da filha do Maurício na vida real. Não sei o que foi abandonado primeiro, mas acredito que foi a Mônica sem sapato primeiro e só depois que o Sansão deixou de ser amarelo.

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    2. Então era amarelo, confundo com laranja por ser um tom escuro, bem, as poucas vezes que o vi assim não apresenta o mesmo tom do vestido e camisas de Magali, Cascão e Chico Bento que são claros e fortes, amarelão(ões) vibrante(s).

      Cascão não tem o privilégio de interagir com sua versão do passado, ou do futuro, coloco nas perspectivas dos dois sujões, não tiveram as sortes dos dislálicos e das dentuças, entretanto, das versões dos 60's é ele o melhor explorado na trama, é quem recepciona, quem dá suporte ao Cebolinha dos 90's.
      Mônica está inexpressiva, indiferente à sua versão futurista, a menos explorada dos três, menina troglodita, e feia a danadinha, o maior vilão da TM perto dela pode ser chamado de "Capitão Bonito".

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    3. Amarelo. Mas não no tom das camisas destes personagens. O Cascão acabou não se encontrando com a sua versão 90's, seria legal se tivesse interação entre eles. Podia ter aparecido o Franjinha 60's também já que ele já havia sido criado. Cascão 60's até comenta quem é Franjinha, pode ser porque ainda não tinham se cruzado nas tirinhas, o Franjinha interagiu só com o Cebolinha primeiro. Mônica 60's era mais inexpressiva, nem falava muito, era mais bater nos outros.

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    4. Ia comentar sobre Cascão desconhecer Franjinha, rápido no gatilho, Marcos, comentando adiantou resposta que, por sinal, faz mesmo muito sentido, embora seja 1960 e foi criado no ano seguinte, digamos que nos dois ou três primeiros anos em que habita as tiras ainda não conhece o guri inventor, ótima hipótese, e deve ser isso mesmo, vai que primeira interação dos dois ocorre em 1963 ou 64, sentido é o que mais faz. Você deve ser telepata, não à toa a foto de seu perfil são os X-Men. Menos uma pulga atrás de minha imunda orelha.

      Na décima segunda página (pág.14), ou para facilitar, segunda página da segunda parte ("segundei"), terceiro e quarto quadrinhos não houve trabalho de desenhar Cascão duas vezes, imagem reproduzida, até sombra e traços de movimento, exceto fumacinha ao caminhar, discretamente prenunciando o que atualmente é deveras comum, famosa dupla "recorta e cola", não é assim que vulgarmente é denominado o preguiçoso recurso?

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    5. Acabei captando seu pensamento rs. Embora retratou o ano 1960, mas intenção foi recordar a primeira metade da década. O Cascão demorou a interagir com o Franjinha. As tiras eram do Cebolinha e ele quem contracena a com os outros, não costumava ter um grupo de personagens reunidos. Fora que o Franjinha aparecia mesmo nas suas tiras enquanto o Cebolinha nas tiras dele. Não sei quando Cascão e Franjinha se encontraram primeiro mas tiras, acho que foi da segunda metade dos 60's.

      O desenho do Cascão naquelas cenas foi igual, foi uma exceção do recurso recortar colar, era raro acontecer e quando acontecia era em cenários sozinhos, ainda assim raro também. Ainda assim não ficou algo estático como acontece nos dias de hoje, o desenho teve vida da mesma forma com o recurso utilizado aí.

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    6. Ficou bom, muito diferente da atualidade em que as reproduções são gélidas, mortas.

      Apesar da Mônica antiguinha se expressar pouco, em algum momento deve ter entrosado com a de vinte e oito ou trinta anos à frente, pois está com boa expressão já sentada no carrinho prestes a levar coelhada para retorná-los ao passado.

      A HQ apresenta dois modelos para dispor quadrinhos, com quatro e três faixas, os quadros grandes estão dispostos no padrão com quatro, não lembro de outras intercalando dois tipos, mas certamente existem.

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    7. Sobre o que foi abolido primeiro foram os sapatos Maurício teve que otimizar a produção pros jornais e com isso dispensou sapatos como eram preto e branco não fazia tanta diferença...e meio que um sapato intrínseco já que a forma dos pés e de sapato também
      ..depoia que lançou os gibis acho que o salsão era já azul e os sapatos mantiveram intrínseco mas seria estranho botar pra depois de anos...tem.uma história que Maurício por pés Mônica e acha horrível..

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    8. Zózimo, prova que se eles quisessem, criariam traços do estilo copiar colar sem perder qualidade. Problema também que tudo é assim, fica tudo sem expressividade. Um ou outro quadrinho, tudo bem, história toda, complica.

      Em algumas partes a Mônica 60's tem mais expressividade, mas ainda assim falou pouco como nas tiras. Os quadrinhos não teve um padrão nessa, pode ter tido outras assim, mas não lembro, era raro acontecer, normalmente era padrão: ou 4 ou 3 linhas de quadrinhos em todas as páginas.

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    9. Miguel, certamente os sapatos foram abolidos primeiro, mais pra frente o coelhinho amarelo. Acho que só se tornou azul nos gibis mesmo, as tiras não eram coloridas, então pode imaginar cores que quisessem.

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    10. Pegando um gancho no comentário do Miguel que foi gerado pegando gancho na minha indagação, em entrevista Mauricio afirma que os primeiros esboços de Franjinha são com cabelo preto, o que o tornou loiro foi a otimização fundamental na época, sem nanquim indicava primeiramente que era loiro, podendo também ser castanho ou ruivo, cabelos marrons e vermelhos em tiras em preto e branco podem ser representados pelo branco e pelo cinza, até cabelos amarelos podem ser cinzas.
      Bolinha é loiro laranja, branco é a cor que aparece na maioria das tiras sem cores, já vi algumas com ele de cabelo cinza.
      Grande barato do aspecto de Franjinha é a franja contrastando com restante dos cabelos, sendo pretos, franja seria amarela? Seria estranhíssimo, já totalmente negros invalidaria seu nome, a não ser com recurso de contorno branco delineando, destacando a franja, bem melhor do que com cores invertidas, portanto, ideal mesmo é a forma criada pela bendita necessidade.

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    11. Zózimo, nunca ouvi falar que intenção do cabelo do Franjinha era pra ser preto. As cores originais de cabelo e roupa no caso do Franjinha e Cebolinha deram pra ver nas capas de edições do Bidu e de Zaz Traz, ambos da Editora Continental.

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    12. Tenho certeza que assisti isso, Marcos, não sei em qual programa de TV, foi um breve comentário, fiz questão de memorizar. São primeiros esboços, não se encontra em tiras e HQs da época Franjinha com cabelo preto.

      O carrinho de rolimã vai ao ano de 1960 três vezes, mas o que destaco é a terceira impulsionada que é bem acima da média por não permitir parada na segunda visita, matando quatro coelhos com uma coelhada só, os dois primeiros são o retorno para 1991 movido pela energia que o envia, economiza esforço da guria 60's, terceiro e quarto são ela e Cebolinha serem encestados devido aos strikes que sofrem, permitindo à sisudinha conhecer sua versão arrojada, coelhada otimizada sem querer, Mônica 90's se supera sem se dar conta.
      Resta saber se a Mônica retrô compreendeu a necessidade de não deixar o carrinho em seu tempo, não por Franjinha ficar no prejuízo que é o que menos importa, capacidade é o que não lhe falta para construir outra máquina, devolvido significa que foi coelhado cinco vezes dentro da saga, caso Franjinha tenha resolvido deixar como presente de recordação revela sua completa falta de juízo em doar algo tão poderoso para uma turma despreparada, pois não pode contar com sua primeira versão para tutelar a máquina do tempo ou se incumbir de desmontá-la com segurança devido ao Franjinha 1.0 não ser cientista.

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    13. Não ficou claro se a máquina do tempo voltou depois pra 1991, mas acho que voltou, sim, a Mônica 1960 fez voltar, só não foi mostrado para agilizar. pelo menos eu imagino assim, não faria sentido deixá-la no passado.

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    14. No segundo quadrinho da sétima página (pág.9) há erro ortográfico no final da pergunta da Mônica, certo são aspas após ponto de interrogação, antecedendo consecutivos reticências e pontos são para destacar palavras em finais de frases.

      Com cor há no quarto quadro da primeira página da segunda parte, entre fio capilar e ombro é espaço de fundo, não pertence à camisa, era para ser rosa, colorista engorda o moleque que já não é magro, fala do encardimento do brinquedo e dos cabelos de quem o acerta em cheio, se em vez destes comentários a chamasse apenas de gorducha talvez saísse ileso, se bem que nos 1960 poupava nem a própria sombra.

      No afago dos garotos localizado na penúltima página há um traço entre os sapatos de Cebolinha que representa o sapato esquerdo do amigo, mísero detalhe, mas parece que Franjinha está com enorme espaço entre as pernas, traço mal localizado.

      Os de desenhista e colorista são sem importância por serem minúsculos, já o ortográfico não vejo da mesma forma, embora passe batido, não é errinho, porém, MSP dos bons tempos foi fraca em erros assim, dentro do que conheço afirmo que felizmente errou pouquíssimo.

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    15. São erros bem sutis, quase não percebem, eu mesmo nunca tinha notado. O erro ortográfico foi má colocação, falta de atenção do letrista, ainda assim era raro acontecer isso.

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    16. Outra repetição de imagem ou colagem, reaproveitamento, reprodução, sei lá qual termo é mais adequado, encontra(m)-se nos dois primeiros quadrinhos da última página da primeira parte, também com Cascão, contudo, estão em tamanhos e posições diferentes, para tal afirmação as dissequei com os olhos, diferença é que a menor apresenta pescoço alongado em relação ao ombro e camisa, mas, cabeças, rostos são a mesma imagem. Se tiver paciência, Marcos, observe-as com olhar(es) de Olho(-)Vivo e Faro(-)Fino (Snooper and Blabber, desenho animado de Hanna-Barbera), isto é, nos ""míííííínimos" detalhes" - havia um personagem da Praça é Nossa cujo bordão era este, interpretado por dois comediantes, o primeiro e também criador da figura foi sensacional.

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  3. Tem páginas com 4 linhas de quadrinhos e páginas com 3 linhas. Coisa rara, difilmente eles fazem história misturando quantidades diferentes de linhas.

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    1. Verdade, normalmente padronizavam. Acho que foi pra encaixar a segunda parte no início da página. Se colocassem tudo com 6 quadrinhos por página, história ia ocupar mais páginas no gibi e eles não gostavam muito de histórias muito longas na época.

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    2. Sim, tanto é que só as páginas 6, 8 e 10 que foram com os quadrinhos maiores. Os demais foram com os quadrinhos menores, que formam 4 linhas por página.

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    3. Isso, ficando mais claro que foi isso de melhor ajuste. Era raro não ter padrão no enquadramento.

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  4. Um gibi clássico,e que possuo aqui comigo!

    A capa sempre me chamou atenção,até hoje,com esse brilho no fundo semelhante a uma aurora boreal.

    O Cascão antigo perguntou do Franjinha?Mas este já não existia,sendo dono do Bidu,o primeiro personagem do Maurício?

    O destino da imitação do GMC DeLorean ficou indefinido mesmo,diferente do carro no último filme da trilogia...(ATENÇÃO PARA O SPOILER!)...,que foi destruído por um trem.

    E ficou faltando um valentão na HQ,para ser o "Biff",personagem esse fundamental na saga DVPOF,que mesmo sendo vilão,é tão crucial quanto o Dr. Brown e McFly.

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    1. É histórico, muito bom que você tem esse gibi. O Franjinha já existia, até cantes do Cascão, mas eles não contracenavam juntos no início, vai ver que foi isso. O Cascão aparecia só nas tiras do Cebolinha e o Franjinha tinha suas próprias tiras e histórias seriadas com o Bidu e seu grupo de amigos.

      Podiam ter colocado um vilão como o Biff, mas aí ficaria mais longa se fossem mais fiéis vão filme. Colocou só ideia central de viagem no tempo.

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    2. A turma da Mônica clássica tinha tido mundo separado..ja tinha Horácio a parte seriado....interessante vc tinha que comprar o jornal pra continuar lendo...antes de pensar gibi foram um sucesso nos jornais

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    3. Miguel, seria muito bom ter lido os jornais antigos, tem muito material histórico perdido. Eles bem que podiam criar mais livros com materiais dessa fase como fizeram com o Horácio recentemente.

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  5. Não sei o que comentar sobre a história, então eu vou fazer um comentário nada a ver com o POST.
    O que vcs acham das artes de gente boa que fazem da turma da Mônica?
    P.s: o William do canal tudo sobre a turma da Mônica disse que curte kkkkkkkkkkkkkkk

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    1. Também curto os "marabrosos" ou "tenevilhosos" desenhos dos principais personagens de Mauricio de Sousa em muros de creches e de pré-escolas Brasilzão afora, superados apenas por cidadãos fantasiados de Mônica, Cebolinha, etc. Se as fantasias oficiais utilizadas por atores profissionais contratados pela MSP são historicamente pavorosas, imaginem os personagens sendo interpretados por amadores... Bebês e a criançada de até seis anos se valem da funcional e clássica frase em traseiras de caminhões: "MANTENHA(M) DISTÂNCIA" é o lema dos pequeninos.

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    2. Adriel, pode comentar ou perguntar fora assunto do posto. Sobre esses desenhos da turma, depende de como fazem, mas normalmente ficam ruins, principalmente em creches e escolas, esses normalmente bem amadores.

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    3. Escola? Quem é o retardado mental q teria coragem de fazer um desenho p0rno no muro de uma escola? (Vcs sabem que "gente boa" significa artista p0rno, né?

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    4. Confesso que não sabia, Adriel, agradeço pela atualização!
      Relacionar personagens de Mauricio de Sousa com pornografia em ambientes virtuais adequados não vejo problema. Em sites pornôs existem animações com Simpsons; com heróis e vilões de DC e Marvel; com princesas Disney, também Pateta e outros; com Dragon Ball entre tantos e tantos outros personagens lúdicos marcantes em nossas infâncias e adolescências.
      Repito: em AMBIENTES ESTRITAMENTE ADEQUADOS acho de boa.
      Autores, criadores, empresas detentoras dos personagens eventualmente se incomodando têm plenos direitos de processarem os sites e os produtores desse tipo de conteúdo, impedindo veiculação e principalmente impedindo que produzam, no entanto, até onde sei não se incomodam a tal ponto, pelo menos maioria não, cientes de que suas obras não são denegridas por via pornográfica, sabem que o público que assiste claramente compreende que não são conteúdos oficiais.

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    5. Adriel, material pornô, não fazem. Pensava que se referia a desenhos comuns feitas por outras pessoas e sem ser de forma oficial.

      Sobre o pornô de piadas com quadrinhos soltos fando duplo sentido chega a ser engraçado, mas prova que vem de gente com mente poluída. Lendo a história descobre que não tem nada a ver aquilo que mostravam no quadrinho solto. O site "Porra, Maurício" adorava isso. Só não gosto quando editam o texto escancarando uma pornografia, sem ser oficial da MSP, vale os com quadrinhos criados pela MSP sem edição.

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    6. "Pobrema" é que considero todos comentaristas daqui gente boa, e agora? Melhor considerar todo mundo gente fina então.

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  6. Que história bacana verdadeira homenagem de maneira simples como eles no dia a dia em várias eras..hoje as histórias de homenagem riayutas referências mas a história mesmo do cebolinha 60 ficou descritiva demais sem tanto húmida apesar de desenhada

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    1. Essa história é top, sem dúvida. Antigamente era tudo simples, até nas homenagens e por isso eram melhores. Simplicidade fazia a diferença nos gibis.

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  7. Essa história é um clássico, e pra mim ainda tem gosto de infância. Não por já ter tido esse gibi, mas sim pq um primo meu tinha (hoje ele já tem mais de 40 anos), e esse gibi ficava na casa da minha avó, onde ele morava. Quando eu ia lá, me divertia lendo essa história!
    Infelizmente ainda não é um dos que tenho na coleção, mas na casa da minha avó está esse gibi guardado até hoje em uma armário (uma pena que sem a capa, que só vim conhecer na internet anos depois). Bons tempos, e um dos meus primeiros contatos os traços dos primórdios da MSP.

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    1. Um dos meus primeiros contatos com os traços*

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    2. Legal que teve contato com esse gibi, mesmo sem capa, vale o conteúdo. É bom quando vai gente tem lembranças assim. Tomara que consiga esse um dia pra ter em sua casa. Foi a primeira vez que os traços nós primórdios apareciam em uma história inédita até então. Era raro mostrar porque já eram antigos até pra republicações.

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    3. Antes de ficar adulto eu nem sabia que a turma da Mônica já tinha sido da editora abril e nem que tinha em jornais com reasoa diferentes...digamos que os gibis como conhecemos tem uns 50 anos..alias a revista Mônica fez 50 anos em2020 e passou em b4ancas nuvens. Nem selo comemorativo teve

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    4. Miguel, eu até sabia que tinha passado pela Abril antes quando criança porque cheguei a comprar revistas em sebos da Abril quando já estavam na Globo. E tinham jornais que publicavam tiras da turma, mas as dos anos 60 fui descobrir mesmo no livro Mônica 30 Anos. Foi lamentável não ter tido comemoração de 50 anos da revista da Mônica, um marco dos quadrinhos nao merecia passar em branco.

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    5. Pois e..fizeram do cebolinha é esqueceram da líder...podia ao menos páginas comentando a data

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  8. Exato, não eram banais, foi na medida certa , por isso foi legal. Sobre arte só é boa quando querem, maioria é trabalho preguiçoso de copiar colar imagens prontas, desanima bastante. Tendência é manter assim e melhor recorrer a gibis antigos se quiser ver traços e roteiros melhores.

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  9. Esse filme " De volta pro futuro " é um de meus favoritos, considero sensacional. E essa história baseada no filme é muito criativa, muito legal as primeiras versões de traços dos personagens contracenarem com as versões de 1991, uma nítida e feliz evolução dos desenhos.

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    1. Também adoro esse filme, grande clássico sem dúvida. E fazer versão nós quadrinhos da turma foi muito bacana também. Bom das 2 versões se encontrarem que a gente comparou a grande evolução que foi e conseguiram mudar sem perder a essência original.

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    2. Considero a fase Globo q definitiva e de melhor traços....estavam perfeitos..quando foram criados eram bem estilo personagens de jornal

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    3. Sim, Miguel, só na Globo que deixaram como eles queriam. Se bem que as últimas da Abril em 1985 e 1986, já estavam bons também, do jeito dos primeiros números da Globo.

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  10. Concordo, após 1984 os traços atingiram o auge de beleza e evolução. São os melhores traços, até meados dos anos 90, sem dúvidas!

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    1. Ricardo, concordo e jamais deviam ter mudado essa fase de traços, eram perfeitos, tinham que ter mantido.

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  11. Um erro que pareceu ter sido despercebido: como o Cascão dos anos 60 pareceu não conhecer o Franjinha se este foi criando antes dele?

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    1. Verdade, pode ter sido por falta de pesquisa. Se bem que o Cascão contracenava só com o Cebolinha nas primeiras tiras que ele apareceu. Erro maior foi que Cascão e Mônica não tinham sido criados em 1960, foi só em 1961 e 1963, respectivamente. A história foi só pra dar uma ideia, não mostrar a cronologia real como foi.

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