sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Bidu e Franjinha: HQ "Feliz Ano Velho"

No dia de Réveillon, compartilho uma história do Franjinha com Bidu  em que o Ano Velho não queria ir embora da Terra com vergonha das coisas ruins que aconteceram no seu ano. Com 7 páginas, foi história de abertura de 'Mônica Nº 21' (Ed. Abril, 1972).

Capa de 'Mônica Nº 21' (Ed. Abril, 1972)

Escrita por Mauricio de Sousa, se passa em um dia ensolarado do verão, no começo da tarde, Franjinha e Bidu estão descansando no quintal de casa, quando Bidu ouve um barulho esquisito vindo do porão. Franjinha, a princípio, pensa que é só um rato, mas depois percebe que olhos são muito grandes para ser um rato e resolve chamar seu pai para ver quem é.

A voz no porão fala para ele esperar, que não vai fazer mal nenhum e que já fez muita maldade e que agora não pode mais fazer nenhuma. Fala que ele é um velho infeliz e odiado, que já fez muita maldades mas a missão dele acabou pois felizmente foi substituído nas funções e agora não vai mais prejudicar ninguém.

Franjinha vai até o porão e pede ao velho ir lá para fora. Ele manda Franjinha ir embora, quer ser esquecido, não fez nada de bom e felizmente sua vida chegou ao fim. Franjinha pensa que ele tem voz de uma pessoa de mais de 100 anos. O velho pede para deixá-lo escondido lá, quer que ninguém mais se lembre dele e nunca soube de nenhum colega ter sido tão mal como ele foi.

Bate uma claridade no porão e Franjinha descobre que ele é o Ano 1971 que passou, que conta que não devia estar na Terra, mas não teria coragem de tomar caminho para o Asilo dos Anos Passados e não saberia como encarar os anos que o antecederam. Todos tiveram coisas boas para lembrar, todos significaram algo de bom para alguém, menos ele, que só houve crimes, inundações e catástrofes no período dele, não teve um dia que não presenciou tragédias e desordens. Aí se escondeu lá para que não se lembrem do monstro que ele foi.


Franjinha fica com pena, acha que ele pode morrer de tristeza se continuar assim. O Velho Ano lembra da inundação que houve na Ásia com muitas vítimas e desabrigados. Franjinha diz que não lembra  direito porque na época estava ocupado porque nasceram os pintinhos lindos da sua galinha Carijó. O Velho Ano lembra das mortes e crimes por motivos estúpidos no período dele e Franjinha diz que não reparou nas notícias tristes e, sim, no nascimento de quíntuplos, quadrigêmeos e trigêmeos, que nasceram muitos bebezinhos em 1971.

O Velho Ano comenta sobre as guerras, brigas, incompreensões e Franjinha conta que ele estava ocupado estudando, passou com a primeira nota nos exames de fim de ano na escola e teve uma coisa importante lá, a vacinação das crianças contra a Poliomielite, foi muito bonito ver as pessoas com crianças no colo recebendo a vacina SABIN. Outra coisa boa é a corrida espacial Pacífica entre os povos da Terra, enquanto tentam tirar fotos melhores de cada planeta, há mais paz na Terra.

O Velho Ano fica na mente sobre esses acontecimentos de vacina, estudos, nascimentos e diz que não foi tão mal assim. Franjinha diz que sempre terá alguém que vai sentir saudade do tempo dele. O Velho Ano sai do porão e vai de encontro com o Velho Tempo, que estava o procurando. Ele se apresenta para se recolher e Velho Tempo pergunta por que fugiu e que os colegas dos anos anteriores estão o esperando pra contar as fofocas do período dele e enquanto se vão para o Asilo, Franjinha comenta com o Bidu, que tudo tem 2 lados como uma moeda, é só olhar para o lado mais bonito. 

Uma história muito legal e envolvente com o Ano 1971 não querendo ir para o "Asilo dos Anos Anteriores" porque tinha vergonha dos maus acontecimentos que aconteceram durante o seu período. Precisou Franjinha apontar os bons acontecimentos de 1971 para o velho não cair em depressão e não ficar na Terra.

Tem uma bonita e importante mensagem de não ficar lembrando só das coisas ruins. O Velho Ano ficava focado se lamentando das tragédias, mortes, e esquecia das coisas boas. Em qualquer ano vai ter coisas ruins e coisas boas, tem que filtrar e permanecer na lembrança das coisas boas, os momentos bons que teve. Mauricio gostava dessas histórias filosóficas, colocando a sua voz, seu auto ego nas falas dos personagens, nessa história era como se ele estivesse falando aquelas coisas para o Ano 1971 no lugar do Franjinha, além de mostrar fantasia e imaginação, como foi aí com os anos anteriores se encontrarem em Asilo levado pelo velho tempo.

Foi interessante Mauricio mostrar os acontecimentos de 1971, tanto nas tragédias e nas coisas boas, como enchente na Àsia, Guerra no Vietnã, nascimentos de quíntuplos, vacinação em massa, etc. A gente vê que passa ano, entra ano, as coisas ruins sempre se repetem e a história de 50 anos atrás se torna atual até hoje. Incrível a semelhança até na vacina em evidência, com diferença só que era a vacina SABIN de poliomielite e hoje é a vacina de COVID. Em 1971 tinha um surto de Poliomielite e resolveram fazer vacina em massa com as crianças para conter a doença e em 2021 tem vacina em massa contra a COVID e agora também para vacinar as crianças, uma grande coincidência.

O Bidu fez mais figuração, foi basicamente mesmo uma história do Franjinha. Eles gostavam de retratar o Ano que passou como um velho e o Ano- novo como bebê. Essa ideia do ano velho querer ficar na Terra, aconteceu também na história "O último servicinho do ano" da Dona Morte de 'Cascão Nº 77' (Ed. Gobo, 1989). Histórias assim sempre eram boas. Hoje não fazem mais histórias de Réveillon nem gostam de mostrar problemas sociais por serem inapropriados para crianças e nem mostrar coisas datadas de uma época, aí impublicável.

Essa história acabou sendo publicada em janeiro de 1972 e não em dezembro, como seria mais natural. As vezes tinham histórias de Réveillon em janeiro, quando queriam dar prioridade ao Natal em dezembro ou a história se remeter que está passando após a passagem de ano. Interessante também que não foi uma história de abertura da Mônica em  uma revista dela, nos primeiros números da Editora Abril, algumas edições a Mônica quase não aparecia, ficava secundária na própria revista e tinham muitas com secundários. Com o tempo, foram fazendo histórias mais dela e aí ficou mais equilibrado presença dela e histórias dos secundários.

Os traços foram bons, típicos das primeiras edições da Mônica dos anos 1970 com os personagens bochechudos, os primórdios do Mauricio. Ao longo dos anos foram mudando de forma bem gradual que nem percebiam das mudanças que estavam tendo nos traços, só quando a pessoa pegava uma revista antiga para reler. Foi legal a brincadeira do título "Mauricio deseja a todos um Feliz Ano Velho", bem criativo. Apesar de já ter tido a Reforma Ortográfica de 1971, em dezembro, ainda aparecia a ortografia antiga antes da reforma porque os gibis estavam produzidos antes e não davam para corrigir, fora que normalmente quando ocorre mudanças assim fica algum tempo aceitando as 2 formas de escrita. Excelente mostrar esse clássico de exatos 50 Anos.

UM FELIZ ANO NOVO A TODOS!!!

50 comentários:

  1. Que bacanas..franjinha ainda não era inventor e tinha história de abertura. Aliás foi o primeiro protagonista da turma junto com o bidu são os personagens mais antigos do Maurício. Por isso o cachorrinho e o símbolo da msp..Eles gostavam dessa brincadeira com passado e futuro inclusive tem história no futuro em 2020 e tinha eles adultos pela primeira vez ...cebolinha pai e nao casado com Mônica e Magali se reeducando

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    1. Muito bom. O Franjinha ainda não era inventor e aí tinham histórias comuns dele e era até normal vê-lo como protagonista. E era normal também envolver passado e futuro, mexer com imaginação, era bem legal. Essa do Cebolinha foi excelente, engraçado que sempre imaginavam o futuro como algo espacial.

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    2. Trajes flutuantes...ate hj não temos

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    3. E vai ser difícil ter um dia, se tiver daqui centenas de anos.

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  2. Franjinha consegue levantar moral do velho em plena Guerra Fria - "levantar moral" no bom sentido, diga-se de passagem. Excelente conselheiro, tão sagaz que usa de psicologia até com idoso sofrendo de extrema insegurança na autoestima - idoso ironicamente doze anos mais novo que ele e Bidu, 1959 + 12 = 1971.
    Alterações nunca são bem-vindas, mas podemos lê-la associando 1971-72 a 2021-22, cenário atual é completamente distinto de cinquenta anos atrás, mas trazermos a trama para o nosso tempo, sem sequer um pingo de alteração, faz mal nenhum, refiro-me à capacidade de interpretar adaptando que qualquer leitor a partir da adolescência é capaz de desenvolver. História altamente funcional exatamente por ser datada, logicamente que alterá-la oficialmente seria um crime, e que trabalhão daria, pois não se trata apenas de substituir graficamente uma milhar por outra, um ano por outro, é todo um contexto que teria de ser adaptado. Salve a memória, salve as datadas!

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    1. E história pura forma de gibi. Muito legal a evolução da turminha mesclando assuntos adultos com humor..nao vemos tal profundidade hoje o que é uma pena ...as histórias d0 astronauta atraiam os pais das crianças de tão filosóficas e profundas

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    2. Zózimo, o Franjinha foi excelente psicólogo, sem dúvida. De idade física Franjinha seria mais idade que o Velho. Pra esses Anos Humanizados nas histórias, é como se a cada 3 dias terrestres, ele completar 1 ano, por isso nasce bebê dia primeiro de janeiro e termina velho em 31 de dezembro.

      Teve grande coincidência com a atualidade, no texto não digo alterar histórias, apenas que se ela fosse criada hoje, ia servir da mesma forma, se torna atemporal. Agora se republicassem em Almanaques convencionais, tinham que deixar da forma que foi, sem alterar nada, no máximo ortografia e olhe lá. É só cada um fazer suas associações. E nada a ver a implicância deles com as coisas datadas que representaram uma época. Lastimável.

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    3. Miguel, realmente não fazem histórias profundas assim, acham que não são temas inapropriados pra crianças, pensar que vai traumatizar. Interessante que casa crianças das outras épocas liam aquilo tudo e cresceram bem. Vai entender.

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    4. Alteram até TVs fala sério....seia fácil resolver isso..e só colocar um asterisco como o ano da publicação original da história e todos saberão que não e do tempo presente...eu seiate pelos traços..quandto mais fino o traço e mudanças de anatomia dos personagens sei que é antigo...atualmente os personagens tão todos padronizados antes pareciam até maiores em gibis antigos...

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    5. A observação que faço não é referente ao trecho do seu texto, Marcos, confesso que só o li após você retornar meu comentário, o foco do que comento consiste mesmo em alfinetar essa neura ridícula de atualizar o passado, deprimente demais, medida que subestima inteligência da criançada leitora. Um dos motivos desta HQ ser tão interessante é exatamente por ser datada. Por acatar tudo que esses pais com óticas binárias impõem, mais especificamente se tratando de objetos obsoletos substituídos, atualizados sistematicamente em republicações por meio de alterações, MSP mais parece uma adolescente com pavor, com ojeriza em andar fora da moda, aversiva a soar desatualizada, função que HQs atuais cumprem muito bem, distorcer elementos originais de tramas reeditadas é totalmente desnecessário.

      Antes de sua postagem de 22/12/2021 pensava que almanaques com inéditas eram somente os da Mônica, você tem Almanaque do Cascão nº4 de 1981 e Superalmanaque do Mauricio nº1, Marcos?

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    6. Miguel, muita falta de consideração mudar essas coisas, tudo alterações bobas, colocar ano original seria uma boa pra eles confirmarem que se tratam de histórias antigas.

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    7. Zózimo, não dá pra entender essas coisas, tentando esconder o passado. Querem tratar como histórias novas e tiram tudo datado. A graça nessa história é ver os fatos antigos, mudando descaracteriza demais. Em breve vai ser republicada naquele livro de luxo "Biblioteca do Mauricio", no livro Mônica 1972, aí não deve ser alterada (pelo menos prometeram não mudar nada nesses livros haja o que houver de incorreto), mas deve encher de comentários que é incorreta, que não tem mais aqueles acontecimentos, etc. Mudariam se fossem almanaques convencionais de bancas pra não desapontar crianças e patrulha do politicamente correto.

      Eu tenho o Superalmanaque do Mauricio Nº 1, história de abertura inédita e grande com Capitão Feio, maravilhosa por sinal, já o Almanaque do Cascão Nº 4 não tenho, só vi a história de abertura por aí na internet que é com Diabo.

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    8. Legal, Marcos! Vontade de conhecer essas edições é o que não me falta. Pesquisando descobri que é 'Super Almanaque' do Mauricio, pensava que fosse escrito junto formando uma só palavra. Parece que o primeiro gibi da TM em formato almanacão é o Super-Almanaque Mônica nº1 de 1984, certo? Esse possui hífen, o do Mauricio não.

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    9. Foi erro de digitação. O Super Almanaque do Mauricio de 1986 (Almanacão) é separado e sem hífen, Já o de 1984 com eles jogando Atari na capa foi com hífen. No de 1986, ao qual referi no comentário anterior, teve uma história inédita e o de 1984 só de republicações. Tenho os 2.

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    10. Observando com mais detalhismo percebe-se que as meias do Franjinha estão rosas no quadro de abertura, a princípio achei que fossem marrons.

      Erro que até parece de desenhista, mas na verdade é de colorista, está no quarto quadro da segunda página, se observasse minuciosamente perceberia que acima do traço no gramado entre a casa e Franjinha não diz respeito à cerca ou muro de madeira, deveria estar verde, até pode ser erro de quem desenhou e colorista manteve, esticando a cor da grama até atingir o queixo do guri dichavaria perfeitamente, mas sustento que o erro é mesmo de quem coloriu, porém, induzido(a) por quem desenhou que poderia não delimitá-lo ao Franja, isto é, o traço ficaria aberto à direita, mesmo assim não me parece erro de desenhista.

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    11. Tem razão, pode ser considerados erros, sim, mas pelo menos são bem sutis, quase nem se percebem.

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    12. Outro se encontra no último quadrinho da terceira página, o ancião parece completamente calvo, pelo menos a visível orelha esquerda não está acompanhada dos cabelos brancos.

      A personificação do tempo ficou maneira, idoso munido de ampulheta e foice, um ceifador sem aparência macabra.

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    13. Esqueceram de desenhar cabelo dele nas laterais na página 3. Não deixar aparência macabra por ser gibi infantil, a história em si já pode ser assustadora pra quem é sensível.

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    14. Mas, Marcos, permita-me discordar... O intuito de atribuir aspecto brando, ameno, singelo (seja lá qual definição é mais adequada) ao personagem que representa personificação do tempo certamente não é pelo que afirma, visto que Dona Morte atua em gibis infantis, apesar de carismática, engraçada e até amigável não podemos dizer que o aspecto dela não é macabro, percebe? Associar o tempo à uma figura anciã portando foice não se deve ao público alvo ser constituído por crianças.

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    15. Os gibis daquela época não eram direcionados só pra crianças. Adolescentes e os pais liam e também tinham histórias pra eles. Eu digo são mas de hoje que são só pra crianças. Aí enredo de um homem ancião aparecer em um porão do nada podia traumatizar as pessoas sensíveis de hoje.

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    16. Traumatizar com uma HQ como esta é caso para psicólogos, psicanalistas e em última instância para psiquiatras, e pior que infelizmente você está coberto de razão, é o que vem ocorrendo com extrema frequência, graças a Deus que o bundamolismo não me garfou, pois muitos de minha geração não compactuam com minha ótica que abomina demonizações e endeusamentos, sem ponderação infelizmente o intelecto binário, polarizado predomina sobre o indivíduo, fenômeno que vem ocorrendo em larga escala, e não somente na sociedade brasileira, ponderação hoje em dia é artigo de luxo.

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    17. E tudo e nossa a criancinha vai ver a luta batendo,roubando vai fazer também. Nem deixam a própria histórias punir os erros...se seguir ao pé da letra vai querer as crianças rezando ...enfim...gibis cada vez perdem espaço. O.lugat no shopping que vendia gibis fechou e nos vai maus vender revistas. Mudaram de ramo.menos um lugar

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    18. Sim, Zózimo, por incrível que pareça acontece muito isso hoje. Iam ficar com medo com história como essa, cada vez piora.

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    19. Miguel, aqui também cada vez menos lugares vendendo gibis. No meu bairro só 4 bancas agora e com poucas tiragens e antes as 10 bancas vendiam. No Centro também muitas bancas pararam de vender gibis ou então fecharam de vez. Fica difícil vá situação do mercado de quadrinhos.

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    20. Politicamente correto elevado à enésima potência está despopularizando os quadrinhos da TM clássica, é aí que abre uma enorme brecha para a elitização abocanhar cada vez mais o setor. Se bem que politicamente correto com outros da mesma categoria da TM clássica não fez tanto estrago, como é o caso dos gibis Disney que voltaram à baila pela Editora Culturama.

      "Nem deixam as histórias punirem os próprios erros...", dei só uma reformuladinha, mas a frase é sua, Miguel, eu jamais a usurparia, muito bem colocada, cabeças pensantes estão em outro patamar, e ainda bem que é o que mais se tem por aqui, parabéns!

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    21. Infelizmente esse maldito politicamente correto descaracteriza demais os personagens e os quadrinhos como um todo. Nem adianta mais reclamar, jeito é recorrer a gibis antigos, valem mais.

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    22. "Valem mais", Marcos? Só isto? Valem é muuuuuuuuuiiiiiiitoooooo maaaaaiiiiiisss m-me-mesmo... puf, puf, arf, arf, puf, g-gasp, arf, arf, puf... Desculpe, arf, perdi o fô-fôlego! Castigo, f-fui fazer graça, puf, acabei passando ver-vergonha, puf, puf, desculpe!
      Reclamar não adianta porque MSP não dispõe de S.A.L. (Serviço de Atendimento ao Leitor), dado como a TM clássica está sem sal para evitar hipertensão, iriam ficar ouvindo groselha aos borbotões, poderiam desenvolver diabetes, são bobos não, saúde em primeiro lugar. Até a doce Magali de hoje em dia modera no açúcar, exatamente por isso que faz tempo que está sem sal.

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    23. Antigos valem infinitamente mais kkkk. O Maurício dá prioridade ao público do politicamente correto, então sem chance de mudarem, tendência é piorar.

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    24. Perdoe, Marcos! Como pôde perceber, exaltei-me um tiquinho, demorei um pouco para recompor o fôlego e elaborar o segundo parágrafo acima, espero que não tenha "arreparado" o esbaforido vexame, tsc!
      Para a febre diarreica provocada pelo desmedido politicamente correto que assola a MSP, ideal seria açúcar e sal, tudo junto e misturado, soro caseiro, mas, infelizmente optaram por manter o vigor da enfermidade.

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    25. Mantiveram, sem dúvida. Uma pena

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    26. Aqui onde moro no centro da cidade só tem banca e de sebos no máximo bancas de sebos com gibis embalados como novos. Ou seja os gibis ainda são procurados porém os novos mesmo e raro achar. Só na capital mesmo...também tem a ver com o preço que elitizou os gibis...

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  3. Aliás almanaque deveria ter o original da publicação de qual revista e editora saiu e qual foi o roteirista

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    1. Concordo, deveria mostrar pelo menos qual gibi saíram as historias originalmente seria obrigação. Nem quando republicam histórias da própria Panini não mostram, acho um erro grande.

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  4. Marcos, sente falta de alguma coisa nesta trama? Tipo um determinado quadro retangular revelando aparência do personagem tema. Sete é meia dúzia? Há uma supressão aqui, meu caro!

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    1. Esqueci de colocar essa página, corrigido agora. De qualquer forma, no texto dava pra entender como foi a página faltante.

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    2. Curioso é que a página faltante praticamente não deixou a HQ desfalcada, a segunda linkou harmonicamente com a quarta, qualquer outra página que faltasse afetaria a compreensão da trama, significa que o conteúdo da terceira não é fundamental, é só complemento.

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    3. Verdade, não fez falta, deu pra entender tranquilo, o que foi menos mal. Foi tipo uma repetição do que o Ano 1971 falou, só que com mistério de quem era que estava na escuridão e a revelação de quem era no último quadrinho da página.

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    4. O que suprimiu foi o suspense da revelação do aspecto físico do ano personificado, enquanto complementar a página é importante. Foi bom ter esquecido dela, do contrário não perceberíamos algo interessante como o concatenar das páginas, tudo é aprendizado, percebe funcionalidade de seu esquecimento? E só se deu pelo que a até então faltosa página exerce na trama que é função entremeada de introdução, diferente de determinadas introduções em que todas as atenções são voltadas para elas, pode parecer algo pequeno, coisinha à toa, irrelevante, mas não é, comparar a história com e sem terceira página aponta para como as HQs são estruturadas, nível de relevância em cada quadro. Espero que continue assim, Marcos, com falhas positivas, contributivas, erros funcionais são sempre bem-vindos.

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    5. Apenas esqueci de postar a página 3, desculpe. Intenção era postar completa mesmo. Mas no texto informa o conteúdo da página faltante, só não vê o visual.

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    6. Não se desculpe, Marcos, realmente a falta da página surtiu positivamente, não é exagero, não estou brincando, sei que parece, mas não estou, de fato me fez perceber algo que até então não atinava com a devida atenção e que considero importante, inclusive, lhe agradeço pelo esquecimento, eu que me desculpo se soei jocoso, você não tem que se desculpar, não há motivo para isto, erros são aprendizados.

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    7. Veja que a ausência da página me foi muito útil, falo sério, não é zoação. Continue assim, Marcos, sendo norteado pela autenticidade, certamente é um dos ingredientes de sua longevidade blogueira.

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  5. Marcos feliz ano novo o que você acha das histórias dos anos 2000
    Tem umas bens legais

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    1. Obrigado! Feliz Ano Novo pra você também. Eu tenho poucos gibis dos anos 2000, a maioria são gibis mais especiais como números redondos, Natal, aniversários. As de números redondos já mostrei aqui no blog nas respectivas postagens, outras não. Fora que essas tem pouco tempo decorrido desde lançadas e tenho que ver se não foram republicadas recentemente nos almanaques. Como já pediram isso, vai ter uma em breve dentre as que tenho aqui.

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  6. Muito boa essa história! Traz uma mensagem bem bonita.
    Não sei se sou só eu, mas eu gosto quando as coisas têm essa ortografia antiga. Por exemplo, na época usava-se o acento circunflexo no "aquêle" e em outras palavras. Isso deixava a nossa escrita mais bonita, na minha opinião. A ortografia de tempos ainda mais antigos ainda mais bonita: por exemplo, eu tenho em casa um livro de Química de 1929 e o título está escrito na forma "Physico-Chímica" e a ortografia quase toda é diferente da que usamos hoje. Uma coisa bem gritante é o final de algumas palavras. Por exemplo, ao invés de "sais" escrevia-se "saes". Acho que as palavras de nosso idioma, quando escritas, ficavam mais bonitas assim, com mais acentos e mais letras.

    Infelizmente, na minha opinião, o novo acordo ortográfico empobreceu demais o nosso idioma, principalmente a nossa ortografia.

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    1. Concordo que era mais bonita a leitura antes das reformas, acho que nunca deviam ter mudado ainda mais pra forçar a aprender tudo de novo o que estava consagrado. O acento circunflexo ajudava como acento diferencial nas palavras, pra ler com som fechado, tipo diferenciar pronome "êle" com a letra "ele". Essa reforma de 2009 foi pior ainda, empobreceu mais ainda. O pior caso foi o "para" que sem o acento agudo no verbo e dependendo do sentido, não sabe se é preposição ou verbo.

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  7. Engraçado que o Bidu e o Franjinha estavam descansando no sol, pelo menos não tiveram queimaduras.

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    1. Verdade, fora que na época não tinha protetor solar ou não tinha campanha de recomendação de uso. Podiam não se queimar, mas risco de câncer de pele no futuro.

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    2. É como eu sempre digo: o politicamente incorreto pode não ser correto, mas também pode ser discreto.

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