domingo, 2 de fevereiro de 2025

Cebolinha: HQ "O plano da calcinha de rendinha"

Compartilho uma história em que Cebolinha cria um plano infalível de dar vergonha à Mônica de saber que fica com calcinha à mostra quando vai bater nos meninos. Com 8 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 11' (Ed. Globo, 1987).

Capa de 'Cebolinha Nº 11' (Ed. Globo, 1987)

No clubinho, Cebolinha fala com o Cascão que a Mônica deve ter um ponto fraco. Cascão responde que até o ponto fraco dela é mais forte que eles. Cebolinha se recusa a aceitar, abaixa uma foto da Mônica e quer conferir se não esqueceram nada. Cascão pergunta por que não deixam como está, ela é a dona da rua e pronto. Cebolinha pergunta onde está a perseverança e coragem e Cascão diz que acha que se foram após a última surra.

Cebolinha lembra que já tentaram derrotar com complexo de dentuça, cabelo tem nada a ver com força nem o coelhinho. Até que lembra um detalhe que nunca exploraram: a calcinha. Toda menina tem vergonha de ser vista de calcinha, conta o plano infalível, acha que depois dessa duvida que a Mônica vai ter coragem de bater neles e Cascão gosta, só que se não der certo vai sobrar sopapo para todo mundo.

Na rua, encontram a Mônica e Cebolinha manda o Cascão xingá-la, afinal já teve que bolar o plano e na hora "H" ele vai aparecer. Cascão xinga e quando a Mônica vai bater nele, Cebolinha diz que  viu a calcinha dela, não adianta esconder que já viu. Mônica pergunta se não dá para virar para lá para dar coelhada no Cascão. Cebolinha a xinga, Mônica quer bater nele e Cascão fala que viu a calcinha dela.

Mônica pergunta por que agora deram para serem indiscretos. Os meninos falam que os movimentos bruscos ficam a calcinha á mostra, não só quando bate neles, como também quando ela corre, pula ou dança. Cebolinha comenta que um dia estava de amarelinha e Cascão lembra da rosinha de rendinha. Falam que querem ajudá-la, uma mocinha não deve sair com tudo aparecendo e propõem de ela passar a andar bem devagarinho, comportada e delicada e nunca correr, pular e bater nos outros e que ela vá para casa que eles tomam conta da rua para ela.

Mônica vai para casa, para pensar no assunto. Cebolinha a xinga de gorducha e dentuça e lembra que não é para ela fazer gestos bruscos. Depois que ela sai, Cebolinha diz que ela vai ficar tão preocupada que nem vai pensar em bater neles, podem xingá-la á vontade e serão donos da rua e ainda pensa como serão aclamados como reis e fazendo amigos a pagarem sorvetes para eles.

Depois, Mônica volta, atrás da moita, Cebolinha a xinga e diz que está atrapalhando os planos futuros deles e não tente bater neles que a calcinha vai aparecer. Mônica diz que a mãe dela achou que realmente o vestidinho estava meio curto e esta usando agora calça jeans enquanto ela conserta a barra. Mônica bate neles e no final Cascão pergunta se Cebolinha tem mais alguma ideia e ele responde que por enquanto não, mas espera quando ela usar sutiã.

Engraçada essa história em que o Cebolinha faz o plano infalível com o Cascão de Mônica ficar envergonhada em ver sua calcinha á mostra e não bater mais neles e serem os novos donos da rua. Até dá certo em um momento, Mônica fica com vergonha e vai para casa só que não contavam que a Mônica ia voltar usando uma calça jeans, resolvendo o problema e bater neles no final. Era óbvio, era só mudar de roupa que a calcinha não ia aparecer, meninos não pensaram nisso.

Os meninos sempre tinham planos infalíveis de achar um ponto fraco da Mônica e nunca conseguiam, dessa vez foi  ideia de menina ficar com vergonha de ter calcinha à mostra. Não foi o Cascão quem estragou o plano. Mãe da Mônica que pode dizer que estragou ao sugerir usar calça jeans enquanto consertava o vestido. Sempre é alguém que dá um toque na Mônica quando não era o Cascão quem estragava os planos, Mônica nunca agia na esperteza, ela própria podia já colocar calça ou vestido mais comprido sem ninguém sugerir. Também nem precisaria a mãe bancar costureira, era só comprar um vestido novo, menos trabalho, apesar de pagar mais.

Cebolinha no final bem safadinho ao pensar em refazer o plano quando a Mônica ficar mocinha e ficar de sutiã, imaginando que ela vai ficar com vergonha quando os peitinhos começarem a aparecer. As melhores tiradas foram do Cascão, foi engraçado ver o Cascão dizer que o ponto fraco da Mônica é mais forte que eles, que a perseverança acabou depois das últimas surras, dormir enquanto analisava qual ponto fraco a Mônica podia ter vendo a foto, pensar em maldade quando o Cebolinha aponta para a calcinha da Mônica da foto, meninos comentando sobre as outras calcinhas que viram outras vezes, imaginarem como donos de rua obrigando todos a pagarem sorvete como eles. 

Foi bem curtinha para padrão de abertura e com muito conteúdo, na época era normal histórias de abertura com poucas páginas, variando com outras edições com histórias de abertura mais desenvolvidas. Gostava quando os meninos estavam reunidos no clubinho, meninas não podiam entrar e normalmente se reuniam para bolar planos infalíveis contra a Mônica ou interesses do universo dos meninos ou elegerem ou um presidente do clubinho, sempre eram divertidas. Legal a Mônica de calça e tênis por uma história, deu uma diferenciada no visual. 


Cascão não sabia o que é "calcanhar de Aquiles" e legal depois que soube dizer que gibi é cultura. De fato, aprendíamos muitas coisas lendo gibis, palavras novas, hoje implicam com expressões assim. É incorreta atualmente por envolver calcinha de menina, hoje não pode nem mostrar as meninas com calcinhas à mostra, muito menos ser o tema de uma história, fora meninos bem safadinhos com maldades e comentando sobre outras calcinhas que viram e Cebolinha imaginar Mônica de sutiã, meninos xingarem a Mônica,  apanharem e sendo surrados com olhos roxo, plano infalível com meninos perversos e envergonhar Mônica, além de expressões populares com duplo sentido como "meu velho", "calcanhar de Aquiles", "vai sobrar sopapo", etc. 

Os traços ficaram encantadores, era muito bonito ver traços bem fofinhos assim. A colorização em meados de 1987 tinha tons bem pasteis, por isso o marrom do sapato do Cebolinha ser quase do tom de pele dele e só não ficaram cores muito desbotadas por causa do papel oleoso que tinham nas revistas do Cebolinha. Teve erro do Cebolinha falando "fraco" sem dislalia no primeiro quadro da história. A capa dessa edição teve referência á história de abertura, o que era raro na Editora Globo embora era comum capas do Cebolinha com alusão à história na Editora Abril, já na Globo só de vez em quando.

43 comentários:

  1. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta.: você irá comprar o Livro Nimbus, e, Do Contra 30 anos, neste ano de 2025, ou, quando estiver desconto, no próximo ano de 2026, ou, não?. Por gentileza, é verdade, que, o Livro Nimbus, e, Do Contra, ele estará disponível, nas Bancas de Revistas, e, Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, inclusive, Salvador, e, Bahia toda, inclusive, Online, é isto?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Boa noite! Olha, nem sabia que iam lançar esse livro, estou sabendo agora por você. Não comprarei por não ser atraente um livro com histórias de 1994 em diante e com histórias que podem ser encontradas facilmente em sebos ou ter na coleção. Tinham que fazer de secundários como Tina, Jotalhão, Astronauta, Piteco, etc, e nunca fazem. Esses sim eu compraria se fizessem. Tudo indica que vai ser vendido em bancas e livrarias de todo o Brasil como outros livros desse estilo. Abraços.

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, uma pergunta.: é verdade, que, no final do ano de 2025, terão as duas Edições, da Revista Mônica Especial de Natal.: Edição #18 (Primeira Temporada-Relançamento), e, #19 (Primeira Temporada), nas Bancas de Revistas, e, Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, inclusive, Salvador, e, Bahia toda, é isto mesmo?. Por gentileza, é verdade, que, a periodicidade do Super Almanaque da Turma da Mônica, ele é Trimestral, agora, é isto?. Por gentileza, uma pergunta, novamente.: terão as HQS de Abertura, falando sobre os 90 anos, do Mauricio de Sousa, nas Revistas.:
      Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali; Chico Bento, e, Turma da Mônica Edições #90 (Edições #260-Terceira Temporada), da segunda quinzena, do mês de Outubro, do ano de 2025, ou, então, Edições #92 (Edições #262-Terceira Temporada), da segunda quinzena, do mês de Novembro, do ano de 2025, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. Terá relançamento de Mônica Natal, Super Almanaque agora é trimestral e deve ter histórias comemorativas de Mauricio 90 anos nos gibis de outubro. Abraços.

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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    5. Tocou em algo que eu não havia pensado, Marcos. Inclusive, muitíssimo bem observado! Por que MSP nunca lançou livros de secundários realmente importantes, como Astronauta, Jotalhão, Tina, etc, etc? Felizmente Horácio foi contemplado e, por sinal, até mais de uma vez, a primeira foi ainda no século passado, mas, além dele, nenhum outro.
      Mauricio se encontra em idade avançada, daí, deveria refletir sobre isso com carinho. Elefante, por exemplo, marcou época, principalmente durante as décadas de 1970 e 1980. Os personagens de Lem, salvo engano, parece que foi o segundo núcleo criado por ele... Será que nada disso merece a devida importância? Não terão nada à altura do que outrora representavam?
      Duvido nada que neste ano lancem alguma edição de luxo comemorando os cinco ou os seis ou, sei lá, os sete anos daquela porcaria que atende por Milena - lamentável inversão de valores...

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    6. Zózimo, não fazem porque não querem, talvez medo de poucas vendas, porque pelo menos Tina e Penadinho dariam pra fazer livros comemorativos. Eles não privilegiam os secundários, os único que tiveram foram Horácio e Bidu porque remetem a primeiros trabalhos do Mauricio, os outros totalmente esquecidos. Seria uma boa se tivessem um dia. Não duvido que tenha livro Marina 30 anos ainda este ano e bem capaz daqui uns anos de ter da Milena 10 anos. Já teve história especial recente comemorando 5 anos da Milena, o que achei nafa a ver, aí livro de luxo de 10 ou 20 anos dela nada difícil de ter.

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    7. É mesmo! Que gafe! Esqueci da edição de luxo do Bidu.
      Marina é outra figura nada a ver, nunca fez por merecer e sempre teve muito espaço. E, se de fato Do contra e Nimbus terão livro, uma edição conjugada comemorativa, com Marina não haverá de ser diferente.
      Infelizmente, há muito são esses personagens inorgânicos que estão com moral dentro do que conhecemos por Turma da Mônica clássica. E mesmo parte* dos que têm trinta anos ou um pouco mais, não consigo considerar como clássicos, porque não apenas tempo de casa ou quanto tempo se encontra no mercado que qualifica um personagem para a condição de clássico, depende de mais fatores, como possuir uma síntese devidamente lastreada, um apelo genuíno para com a preferência do público e isso se traduz em carisma e personalidade envolvente, entre outras características que compõem um bom personagem e que o levam à consagração, e isso não se restringe aos grandes como Mônica, Chico Bento, Bidu, Cascão, etc, figuras como Hiro, Tarugo, Muminho, Lobisomem, Seu Antenor, Ogra, Xaveco, Jeremias, Zum, Bum, Floquinho, Vovoca, irmãos Souza (Sousa), Duque, Tecodonte, etc, etc, etc outrossim são consagradas(os).
      *Meu subconsciente aceita como clássicos indivíduos como Dudu, Dona Cecília, Mingau, Tia Nena, Seu Quinzão e Quinzinho, e esses têm por volta de trinta e cinco anos desde suas primeiras aparições - padeiro português talvez tenha surgido um pouco depois.

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    8. Com a Marina acho que seria algo mais grandioso ainda, só pra ter ideia, as revistas "Nº 72" de janeiro foram todas as histórias de abertura com ela protagonizando, não deixaram só uma edição de homenagem aos 30 anos dela como foram com Nimbus e Do Contra. Até corrijo que eles dão mais importância de secundários inorgânicos assim do que os principais como Cascão, Magali e Chico, visto que nem Cascão e Chico tiveram livros de 60 anos.

      Sem dúvida, personagens como Hiro, Tarugo, Muminho e afins têm muito mais carisma e conteúdo do que esses que privilegiam hoje. O tempo de criação nem importa e, sim, a forma como são personalidades e carismas, em qualquer época poderiam ser personagens bons se forem bem conduzidos. Os da Turma da Magali criados em 1989 também considero os últimos extremamente carismáticos e com conteúdo, Quinzinho também tem 36 anos criado junto com os outros no ano de lançamento da revista da Magali.

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    9. Acho que o excesso de espaço que Marina ocupa na TM clássica tem ligação direta com a Marina real. Parece que a Takeda ocupa algum cargo elevado na MSP e já de longa data e isso parece que influiu e continua influindo na personagem baseada nela aparecer tanto nos quadrinhos sendo que nunca teve nada de interessante a oferecer ao público, é só uma menina genérica, detentora de um lápis mágico, cujo talento artístico é desenhar e creio que leva jeito com pincéis e aquarelas também. Ao menos para mim, há nada de clássico numa figurinha como essa.
      Quinzinho é brasileiro, refiro-me ao português. Tenho dúvida se primeira aparição de Quinzão foi em 1989. Surgiu um ou dois anos depois, não?

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    10. Com certeza o destaque da Marina é por ser filha do Mauricio e ter destaque a empresa, privilegiam então os filhos do Mauricio que viraram personagens da turminha, com destaque maior pra marina. Tratando de personalidade bem fraca, se fosse só isso não vingaria.

      Associei agora quando você disse padeiro português. O Seu Quinzão apareceu primeiro em Magali Nº 48 de 1991. Também um personagem com muito mais conteúdo que os surgidos depois.

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    11. A forma como Marina ocupa espaço no núcleo do Limoeiro é graças a uma "força maior", claro que rola um lobby por parte de Marina Takeda que, vamos dizer, mexe os pauzinhos para artificialmente manter essa personagem com tanta visibilidade.
      Mônica, por exemplo, é muito grande, ostenta um currículo vasto, sua trajetória é robusta. Magali também é grande, e sua relevância, dependendo, equipara-se à da Mônica. Maria Cebola já é bem menor, porém, cumpre bem sua função, é a única bebê do núcleo e de toda a Turma da Mônica. Já Marina se mantém pela via do apadrinhamento (está mais para amadrinhamento), pois, no conjunto da obra, não fede e nem cheira, tem nada que agrega.

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    12. Sim, Marina Takeda que comanda aprovações de histórias e tem dedo dela da personagem de seu nome ter destaque. A Maria Cebolinha merecia mais destaque que a Marina, bem mais carismática, só que hoje Mariazinha anda bem bobinha agindo realmente como uma bebê de 2 anos e suas infinitas conversas com um panda de pelúcia que cria vida quando está só na presença dela.

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  2. História muito boa, realmente engraçado e cebolinha e cascão meio burros.

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    1. Pois é, foram burros, nem imaginaram que era só a Mônica mudar de roupa que resolveria pra ela. Bem feito pra eles.

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  3. Cebolinha nº11, de 1987, está entre os que adquiri novos. Tem gibis que são inesquecíveis, este é um deles.
    Já logo no quadro de abertura Cebolinha manda um "fraco", em vez de "flaco". Dislalia falhava de vez em quando...
    Ainda bem que Mônica não sofre da '(S)síndrome de Bonga', do contrário, não precisaria chegar na adolescência para usar sutiã, e o 'plano do sutiãzinho rendado' seria colocado em prática poucos números depois desta historinha ou, quem sabe, ocorresse até antes, primeiro do que o da calcinha.

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    1. Legal que você conseguiu na banca na época, só histórias boas nessa revista. Verdade, teve erro na dislalia, pior que nunca tinha reparado nisso. Para o Cebolinha fazer um plano do sutiã rendado teria que esperar uns 5, 6 anos pra Mônica ter peito e torcer que ela teria complexo disso porque às vezes ela podia até gostar de ser peituda, adolescente tem pensamento diferente de criança, o.plano.pode dar errado antes de começar.

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    2. Curioso sapatos do Cebolinha em *cor de burro quando foge*, vide que na ilustração de capa estão marrons.
      **Amarelo não é. Em determinados quadros parece "amaranja" ou "laranrelo", uma improvável mistura de laranja e amarelo. Caramelo, bege-caramelo ou apenas um bege furtivo, o que parece é que o diacho da cor é cambiante, uma combinação, um tom pouco definido, exótico até.

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    3. Na capa seguia normal a colorização, histórias por dentro tinham cores muito claras e o marrom era uma delas, por isso o sapato do Cebolinha com esse bege caramelo. Uma outra prova é a pele do Papa-Capim em 1987 que tinha praticamente a mesma tonalidade dos personagens brancos. Já em outras épocas, ele podia ficar muito escuro, mais que o Jeremias.

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    4. Tem razão. Em determinada fase dos gibis da TM pela Editora Globo, Papa-Capim e os outros índios ficaram pálidos, lembro bem disso.
      Mudando de pau para cavaco, a pose do Cebolinha no antepenúltimo quadro da última página... er... hã... bom... vejam... tipo assim... digo, vejam bem... er... digo... é que... sabem como é... hã, b-bem... er... Caham!!... Não sei, não... Pois, sabem a Gabriela, representada por Sônia Braga? Ou Tieta, na "fase cabrita" (adolescente) da personagem, esparramada nas dunas de Mangue Seco, conseguem visualizá-las em vossas límpidas mentes? Ou Luma de Oliveira, Isadora Ribeiro, Luiza Brunet e Monique Evans quando essas estavam no(s) auge(s) de suas carreiras e, volta e meia, através de várias revistas femininas daqueles tempos, eram exibidas em estonteantes cenários praianos, em cachoeiras deslumbrantes, em lagos e lagoas paradisíacos. Portanto, nesta pose, vamos dizer, desgarrada, insinuante, ousada, liberta de certos pudores, remetendo às poses das modelos citadas e às memoráveis poses dessas figuras dos romances escritos pelo ilustre saudoso Jorge Amado, Cebolinha quase "entrega o ouro"...
      Ainda bem que, assim que se mostra "flozô", vai logo entrando na surra e tomando tenência para se recompor. Observem que no quadro de encerramento já ostenta pose de macho, do tipo frequentador de biroscas fedorentas, daquelas bem pé-de-chinelo, espalhadão no gramado, bem ao estilo cafajeste, como se fosse versão mirim de Jece Valadão.
      Perdoem novamente meu humor ácido (quem sabe até humor negro), mas, fazer vista grossa para uma pérola deste naipe apenas por se encontrar em HQ de gibi infantil e cujo objetivo seria não desagradar o atual radical regime "politicamentérrimo corretíssimo", acontece que, essa histeria doutrinária, uniformizante, passa a zilhões de quilômetros de distância do ZH3 aqui. Essa laia tem mais horror de mim, do que eu dela...

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    5. Definitivamente essa história passaria longe do povo do politicamente correto, sem dúvida até essa cara do Cebolinha iam implicar, precisando redesenhar para se adequar ao padrão atual.

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    6. Em uma quase impossível atual (ou futura) republicação de "O plano da calcinha de rendinha", acho que redesenhariam a pose de "Tieta cabrita", de "rapaz alegre" que Cebolinha exibe no antepenúltimo quadro da última página.

      Certamente você sabe de longa data que há duas HQs intituladas "Como nossos pais", de 1989 e de 1993. O segundo nº55 de Cascão é a 169ª edição do título e a dos 1990 foi publicada na 283ª do mesmo, sendo a de nº169 pela segunda editora. Será que isso foi apenas mera coincidência?

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    7. Também acho que redesenharia essa cena. As histórias do Cascão tiveram mesmo título só que são diferentes, apesar do tema do Cascão passar por situação do que Seu Antenor passou quando criança em relação ao primeiro banho. Pode ser que o mesmo título foi só coincidência.

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    8. Sim, são histórias homônimas, se é que cabe tal definição. O que perguntei sobre se foi mesmo só coincidência, caro Marcos, é o segundo nº55 ser a 169ª* edição de Cascão e a segunda "Como nossos pais" publicada no nº169*, sendo esse gibi, de 1993, o 283º do título, percebe o que pode ser, ou não, coincidência?
      **114+55=☞169☜ e 114+☞169☜=283, entendeu? E o que acha? Coincidência, ou não?

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    9. Isso de numeração com certeza pura coincidência, não iam fazer isso de caso pensado. Apenas coincidiu a segunda sair nessa numeração.

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    10. Assim como "Como nossos pais" e, ademais em Cascão, as que abrem os números 13 e 59, ambos da Editora Abril, são, digamos, "misteriosas", isto é, "O mistério do Cascão", "tramas xarás". Das duas, conheço a que foi publicada primeiro, da tatuagem feita a caneta (hidrocor, talvez). Conheço alguns trechinhos da de 1984 e, pelo reforço da arte de capa alusiva, ambiente cavernoso, titular sob efeito hipnótico, parece bem mais... misteriooooosa...

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    11. Os títulos foram iguais, mas os mistérios do Cascão foram diferentes. Na de 1984 envolve sereia. Já tiveram muitas histórias com mesmo título sendo mais as de miolo. As de abertura tiveram algumas vezes como essas aí.

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    12. Caro Marcos, fico meio sem jeito, mas, é meu dever comunicá-lo:
      Trata-se de alguns comentaristas neste tópico que você ainda não respondeu e sei que não foi de propósito, simplesmente não os viu. Estou tomando liberdade de tocar no assunto porque sou assíduo neste espaço, daí, dois ou três comentários que publiquei após os dos nobres em questão, foram respondidos. Espero que entenda, pois, última coisa que pretendo neste espaço é ser o centro das atenções no tocante a comentários, aqui é público-privado e o privado é por você ser o anfitrião desta sensacional bagaça, ou seja, se temos como comentar e debater sobre os melhores tempos, sobre as melhores épocas da Turma da Mônica nos quadrinhos dentro de um formato sem congestionamento, sem poluição, sem histeria, diferente das tais redes sociais, isto foi graças à sua iniciativa.

      Observe o(s) tênis da Mônica nos três quadros, estão ou não nos conformes?

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    13. Tudo bem, não esquenta com isso. Vi sim, teve erro, os tênis no primeiro quadro está sem a parte branca parecendo sapatos.

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    14. Desculpe aí, Marcos! Às vezes acontece de deixar no vácuo um ou outro comentarista, e sei que quando rola, não é por mal, é só distração mesmo, normal, acontece!
      É que neste caso específico me vi na obrigação de dar um toque pela razão que esclareci no comentário acima. De certa maneira, teve a ver comigo, espero que compreenda...

      Não apenas detalhes brancos ausentes, os riscos dos solados estão diferentes, linhas verticais que passam para horizontais. Penso que no quadro que revela as calças, ainda que pautado(a) pelo storyboard, desenhista a imaginou descalça, por habitualmente não usar sapatos, sandálias, etc.

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    15. Quando não respondo é porque não vi ou por ter muitos comentários em postagens passadas no mesmo dia ou por leitura rápida, mas a intenção é responder todos. Os solados também ficaram diferentes entre os quadrinhos, provavelmente distração do desenhista por esse motivo que você citou.

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  4. Tenho essa história engraçada com a calcinha da dentuça a mostra e sem mimim republicada no almanaque temático cebolinha planos infalíveis , número 32 lançada em outubro de 2014 pela Panini comics ,E GRAÇAS A DEUS 🙏 NÃO FOI ALTERADA PELOS DITADORES DA FRESCURA 😡, parece que tinha artistas da resistência anti mimimi nos estúdios MSP , enquanto faziam o almanaque 🙂

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    1. Que bom que não alteraram na Panini, já tinha costume na época. Porém, em 2014 ainda deixavam passar certas coisas, já hoje sem chance, dificilmente teria nova republicação e se tiver com alterações a perder de vista. Sim, porque até quando meninas ficavam um pouco de calcinha à mostra já mudam nos almanaques.

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  5. Poderiam fazer um almanaque do Titi um dos meus personagens favoritos

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    1. Seria bom, mas como o Titi tinha tantas histórias incorretas que iam alterar tudo. Tanto que hoje ele nem tem mais histórias solo para não descaracterizá-lo.

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  6. Bons tempos que não voltam mais, bons traços e diálogos bem feito.. Gosto muito das histórias com planos infalíveis, principalmente as que possuem mais personagens envolvidos como Franjinha, Humberto, Anjinho e etc, fica a sugestão para um próximo post, uma hq de plano infalível com outros personagens ou que o plano fosse feito pelo Zé Luís ou outro personagem.

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    1. Olá Marcos Como Seria Se Houvesse Uma História de Concurso de Beleza Na Praia Entre As Meninas E Mães da Turma Enquanto Os Meninos E Pais da Turma Assistem O Desfile

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    2. Verdade, Allan, era tudo perfeito, inclusive diálogos. Vou procurar e posto aqui histórias de planos infalíveis com presença também dos outros meninos e até feitos pelo Zé Luís, tiveram planos bons dele.

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    3. Paulo Otávio, seria um a boa história e com muita confusão.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. É, eles não tinham costume de usarem calça só em ocasiões especiais ou dias de frio, por isso fica estranho ver a Mônica de calça.

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  8. Esta foi a segunda revista do Cebolinha que comprei nova, em novembro de 1987, como esse gibi me traz excelentes recordações! E essa história de abertura, então, do plano da calcinha de redinha, pra mim, é a melhor história da Turma da Mônica, uma das mais engraçadas, sem dúvidas! Auge da criatividade e também dos traços, que estavam lindos nessa época. A única ressalva são as cores meio desbotadas nos gibis de 1987 e início de 1988, não gosto destes tons muito claros.

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    1. Essa história é muito engraçada, traços encantadores sem dúvida e o gibi é excelente do início ao fim, uma grande fase deles. As cores eram bem desbotadas nesse período, mas até que com o papel oleoso assim não ficava ruim, ficava menos desbotadas do que nos gibis com papel comum. E curioso que papel oleoso na Globo era mais frequente nos gibis do Cebolinha até o N° 51, nos outros eram só de vez em quando.

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