domingo, 21 de maio de 2023

Nova personagem Sueli em 'Turma da Mônica Nº 31' - Panini (2023)

Nas bancas o gibi 'Turma da Mônica Nº 31', referente a primeira quinzena de maio de 2023, com a história de apresentação da nova personagem Sueli. Nessa postagem falo sobre essa personagem e esse gibi como um todo.


A Sueli é a primeira personagem surda da Turma da Mônica. Foi criada com o intuito de mais representatividade de personagens deficientes nos gibis, inclusão e acessibilidade e para ensinar Libras aos leitores. Já tinha o Humberto como mudo e que sabe a linguagem de sinais, mas ele é só mudo e ouve muito bem, já a Sueli não escuta nem fala e precisa de intérprete de Libras para entender o que os outros falam. Assim, Sueli se junta a outros personagens deficientes criados como Luca (paraplégico), Dorinha (cega), Tati (Síndrome de Down) e André (autista), além do próprio Humberto (mudo), aumentando representatividade deles nos gibis.

Sueli é mostrada como uma menina surda de 9 anos, afro-asiática, que gosta de esportes, em especial o basquete, e comunica com os outros através de linguagens de sinais. A família se muda para o bairro do Limoeiro e conhecem a Turma da Mônica. O pai Jairo Woo é descente de sul-coreano e é o novo professor de Educação Física da escola onde a turminha estuda, a mãe Natália Woo é negra e trabalha como Engenheira de Software e tem os irmãos Felipe, de 12 anos e intérprete de libras para a irmã entender o que falam, e Iago, o caçula de 5 anos. Eles sendo afro-asiáticos, também aproveita para ter mais representatividade e diversidade de negros e coreanos nos gibis.

Cartaz de apresentação da Sueli na 24ª Surdolimpíadas de Verão de 2022

Sueli apareceu primeiro na 24ª Surdolimpíadas de Verão de 2022, quando foi apresentada ao público no evento. Depois, apareceu nas ilustrações do livro infantil "Turma da Mônica Conto Clássico em Libras - O Lobo e os Sete Cabritinhos" da Editora On Line em 2022, que mostrou o clássico da Literatura contado em Libras pela Sueli. E agora resolveram colocá-la também nos gibis para contracenar com a turma e educar sobre Libras. Inclusive, a divulgação da personagem foi alta, teve até matéria no programa "Fantástico" da Rede Globo de Televisão.

Sueli no livro infantil "Turma da Mônica Conto Clássico em Libras - O Lobo e os Sete Cabritinhos" (Editora On Line)

Falando sobre esse gibi "Turma da Mônica Nº 31", chegou aqui dia 5 de maio de 2023, é quinzenal, tem 52 páginas, formato canoa, custando R$ 6,90 e com 1 página se seção de correspondências e 8 páginas de passatempos. Tem 5 histórias no total, incluindo a tirinha final e seguem com "Mauricio Apresenta" no título de cada uma. Capa com  logotipo em HD com alusão à história de abertura e continua com contracapa sendo extensão da capa no lugar de uma propaganda  e colocando preços, códigos de barras, QR Code, selos, etc, tudo na contracapa.

Capa com desenho se estendendo na contracapa

A história de abertura desse gibi, com título "Nessa turma todos têm voz", escrita por Edson Itaborahy e com 18 páginas, mostra essa apresentação da Sueli e sua família, o pai Jairo como novo professor de Educação Física da escola, dá aula de basquete para eles e depois Seu Jairo leva Mônica e Cebolinha para casa dele conhecerem o resto da sua família e durante a história eles têm que recuperar um cartão de memória que um passarinho pegou por engano. 

Achei diálogos fracos, didáticos e sem naturalidade, um conflito de irem atrás de passarinho para recuperar cartão de memória bobo, dava para caprichar mais, e um final vazio e sem piada. Tinha que acontecer coisas com a Sueli igual como as outras crianças, não só tudo um mar de rosas, ter mais piadas, fica sem graça assim. 

Trecho da HQ "Nessa turma todos têm voz"

Hoje em dia acontece nada com os deficientes e os negros nos gibis. Nas histórias antigas, acontecia de tudo com Humberto e Jeremias,  eram trolados, se davam mal, participavam dos planos infalíveis contra a Mônica, apanhavam, dessa forma eles tinham muito mais representatividade, sendo tratados iguais aos outros, mesmo eles sendo mudo e negro, respectivamente. Hoje, nem com eles acontece nada, se nem Cebolinha apanha mais, imagine Humberto e Jeremias, politicamente correto não permite. 

Chama atenção também outro detalhe que o politicamente correto impõe como diálogos do Seu Jairo avisando que pediu permissão aos pais da Mônica e do Cebolinha irem a casa dele. Nas histórias antigas, os personagens tinham autonomia de irem sozinhos aonde fossem, iam a supermercados, restaurantes, cinemas, etc, e ainda pagavam as contas sem presença dos pais, só com as mesadas que recebiam dos pais, e também iam nas casas dos amiguinhos sozinhos sem mostrá-los que tinham que pedir aos pais para irem na casas dos outros, dando mais agilidade. Agora, eles têm que fazer questão de mostrar diálogos assim para não darem mal exemplo, fica forçado e chato isso nas histórias. 

Agora eles têm preocupação das mães trabalharem em empregos diversos e não serem só donas-de-casa, para não dizer que só os pais trabalham fora como era antigamente. Aí, todas as mães têm emprego, nem que seja por home-office e nem aparecem de avental em casa. Por isso esse destaque no texto que a Natália é engenheira de Software e aproveitam também na inclusão tecnológica e digital nos gibis. Outro detalhe, na contracapa apareceu a Milena, mas ela não aparece na história, tinham que ter colocado a Magali no lugar e colocaram Milena para dar mais representatividade aos negros.

Trecho da HQ "Nessa turma todos têm voz"

Em seguida vem história "Nuvens", de 3 páginas, em que Marina quer desenhar nuvens e acha que elas estão sem formas e não estão bem desenhadas no céu. Bem bobinha essa, Marina sem graça como sempre, e detalhe que exemplifica bem os traços digitais no estilo copiar, colar, percebe-se a Marina com mesmo desenho em todos os quadrinhos, cabelo igual na mesma posição, nos três primeiros quadrinhos, inclusive, cópia total do desenho e da expressão da Marina só cortando o corpo dela e inserindo posições do braço e diminuindo proporção do desenho a partir do segundo quadrinho, e o quadro que ela pinta sempre igual também. Deprimente e tudo muito artificial assim.

Trecho da HQ "Nuvens"

Depois vem seção de cartas e passatempos, tem uma história de 1 página do Piteco em que ele tenta caçar dinossauro sem sucesso e tem uma surpresa no final. Essa achei a melhorzinha da edição, pelo menos tem tentativa de caçar, o que teoricamente seria proibido pelo politicamente correto. Provável que ainda aceitem Piteco caçar dinossauros porque os animais não existem mais e também são tentativas frustradas sem sacrificá-los. E agora até as histórias de 1 página obrigatoriamente têm que ter um título, normalmente nas antigas, essas de 1 página colocavam apenas nome do personagem como título.

Em "Sonhos", com 5 páginas, Dorinha ensina para Mônica e Magali como os cegos sonham. Mais uma história didática envolvendo deficientes e ensinando como são seus costumes, mas sem conflitos entre os personagens, só lado didático mesmo e um final vazio. Aliás, foi um gibi que privilegiaram os deficientes e o lado educativo, pois além de Sueli e Dorinha, tiveram ainda 2 propagandas em quadrinhos institucionais, a com o autista André e a da SEBRAE de como a Dona Lili, mãe da Magali, pretende abrir um negócio.

Trecho da HQ "Sonhos"

História de encerramento foi "Uma mistura de outro mundo", com 7 páginas, em que o Dudu está no supermercado com a sua mãe, Dona Cecília, e Dudu se imagina como astronauta que está em um planeta de carnes quando está na seção de açougue. Dudu não é mais aquele garoto pestinha, que perturbava os pais para não comer ou azucrinava os seus amigos com assuntos diversos, sendo um verdadeiro mala sem alça; agora são histórias com ele soltando imaginação em suas brincadeiras e de preferência longas e só junto com o Binho, irmão da Milena, que tem a mesma idade dele. 

Aí, essa história exemplifica bem a personalidade do Dudu atual, bem descaracterizado, porém o povo do politicamente correto gosta assim. E detalhe de informação em asterisco do que se trata "mistura" que a Dona Cecília fala, reforçando que o Bairro do Limoeiro fica em São Paulo, perto de fronteira com Minas Gerais. 

Trecho da HQ "Uma mistura de outro mundo"

O gibi termina com uma tirinha da Tina e nos créditos finais mostrando a numeração real da revista, N° 366, somando com a numeração da 'Revista Parque da Mônica' desde janeiro de 1993 pela Editora Globo, já que esse título herdou 'Parque da Mônica' em 2010, quando o Parque antigo fechou. E curioso que ainda não mudaram no expediente que os gibis agora são quinzenais, informam ainda que são mensais.

Expediente final mostrando também a numeração real da revista

Então, eu achei um gibi fraco, todo voltado ao politicamente correto que a nova geração de pais e educadores apoiam, uma cartilha educativa mostrando bastante representatividade de deficientes, ensinando coisas,  diálogos sem naturalidade, sem conflitos, sem ações, sem  humor, finais vazios e sem piadas, fora traços digitais horrorosos e sem vida no estilo "copiar, colar".  Não devia ser tão educativo assim. A ideia de personagens deficientes nos gibis não é ruim, mas tinham que ser tratados como as outras crianças,  acontecerem coisas com eles como apanhar, cair, terem conflitos, e não só para ensinar suas limitações.  Se acontecessem coisas com eles, se dessem mal como eram nas histórias antigas do Humberto,  aí que seria verdadeira representatividade.  Dos gibis "N° 31" comprei só esse por causa de ser especial da estreia da Sueli e sua família   os outros não comprei e então não tem resenha. Fica a dica.

53 comentários:

  1. Não queria ficar corrigindo isso, mas lá vai: a Sueli é só surda. hoje em dia, não se fala "surdo-mudo" ou "surda-muda". é porque nem todo surdo é mudo e vice-versa

    e outra: não se fala "linguagem de libras" e nem "linguagem de sinais" e sim, Libras ou Língua de Sinais. por quê? Porque "Libras" é a abreviação de LÍngua BRAsileira de Sinais. espero que entenda tudo isso que te falei

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  2. Fazem falta essas coisas que realmente são o que sustentam os gibis, tudo educativo perde a graça. Há muito tempo compro só edições especiais e olhe lá, prefiro fuçar com as antigas.

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  3. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Na semana do Natal do ano de 2022 (ano anterior), eu comprei somente as duas Edições da Revista Mônica Especial de Natal: a #15 (Primeira Temporada-Relançamento) e a #16 (Primeira Temporada), no dia 20/12/2022, e eu li as páginas das duas Edições da Revista Mônica Especial de Natal, toda, e eu não comprei o Almanaque da Turma da Mônica Edição #11 (Primeira Temporada), porque ele não chegou ainda. Por gentileza, será que você pode verificar os meus comentários acima, sim?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Se não comprou o Almanaque da Turma da Mônica 11, espera chegar o relançamento 6 meses depois do lançamento original. Abraços

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, é verdade, que está tendo o Relançamento do Livro As Melhores Tiras da Turma da Mônica, nas Bancas de Revistas e Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. Está tendo, sim, relançamento desse livro. Abraços

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  4. Tava esperando tua resenha sobre a revista kkkk. Rapaz quando comprei, assim que folheei, pensei:"como vou ler essa revista sem sentir preguiça?", rapaz vi esses desenhos horríveis do início ao fim. Podiam caprichar pelo menos na de abertura. HQ da Marina decadente. Se pelo menos os desenhosnfossem bons, até a história seria interessante. Só de olhar a expressão dos personagens em certas histórias, já causa o mesmo das expressões. História do Dudu e Binho, péssima com desenho pior ainda. Ainda é longa o que dá mais preguiça pra ler. Enfim achei esse gibi horrível demais. Já a tirinhas final, não é inédita, pois se não me engano saiu ma revista tina, e parece que saiu em uns dois ou 3 almanaques.

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    1. kkk. É porque tinha outras prioridades, postagens melhores, por isso deu pra encaixar só agora. Gibi muito ruim, sem dúvida. A da Marina além do desenho péssimo, o roteiro constrangedor, coisa pra criancinha mesmo. As histórias do Dudu com Binho são chatas também e pelo visto agora e eles vão ter companhia desse Iago, irmão mais novo da Sueli, formando uma turma de criancinhas de 5 anos para agradar os pequenos. Não sabia que a tirinha da Tina era republicação, o que é pior ainda, pois mostra que não têm criatividade pra criarem tirinhas novas com a Turma da Tina.

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    2. Foi-se o tempo em que criavam tiras da turma da Tina especialmente para os Almanaques dela. Claro que é até surpreendente que publiquem tiras da Tina na revista Turma da Mônica, mas já que resolveram fazer isso, por que não bolar uma piada nova, né?

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  5. Comparem a pagina apresentada da historinha de abertura com qualquer pagina da estreia de Nimbus e Do Contra, em 1994. Ou ate da Marina. Nada a ver em termos de falas dos personagens, que nessas historinhas antigas eram bem naturais, ou expressividade dos desenhos, que eram caricaturados e dinamicos, ao estilo cartoon, naquela que considero a melhor fase da Turma.

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    1. As paginas, pois apresentam duas. Inclusivamente, o desenho no ultimo quadrinho da segunda pagina apresentada (da mae da Sueli a falar de piratas digitais) mostra que a equipa da MSP ainda consegue fazer esse tipo de desenho ao estilo dos anos 90...o que torna ainda mais deprimente o facto de nao fazerem.

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    2. A história de estreia do Nimbus e Do Contra teve traços infinitamente superiores do que essa da Sueli. Está tudo artificial até nos diálogos, muito ruim. Eles conseguem e fazem desenhos como nos anos 90 quando querem, mas querem pressa para criar os gibis, aí recorrem ao digital bem explícito, dessa forma fica tudo como carimbo, sem vida, não dá.

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  6. E obviamente, com aqueles traços digitais horrorosos que têm nos gibis de hoje em dia.

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    1. Traços deprimentes, coisa amadora, davam pra caprichar mais, sem dúvida.

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  7. Eu já estava esperando mesmo essa resenha a um bom tempo, e preciso dizer que saiu ainda pior que eu esperava. Essa personagem Sueli, acho que já começou forçada desde a concepção. Primeiro, aquela mecha rosa no cabelo dela, por que isso? Menina de 9 anos pinta o cabelo? Isso não é ''politicamente incorreto''? Me espanta permitirem algo assim, em frente a tantas problematizações e questões de serem modelos perfeitos para crianças. E depois fazem ela mais velha aos 9 anos, mesma faixa da Aninha, por que isso também? Quando foi anunciado, pensei que teria a mesma idade de Mônica, Cebolinha e demais. Eles queriam uma menina mais velha como Aninha? Não sei bem intenção deles nesse caso. E vamos esperar que Sueli se torne a nova ''Milena arrasa-quarteirão'', vão fazer questão de promovê-la até a morte, torná-la rainha, dona da rua, tudo uma ótima representação, ótimo PC. A idéia em si não é ruim, mas a maneira como eles fazem é tão artificial e forçada que anula o propósito em si. Afasta o próprio público-alvo que querem representar.
    O que mais me cansa é que parece que os roteiristas nem se esforçam mais para tornar uma história divertida, sem tiradas, sem diálogos espirituosos. Eles poderiam fazer uma história de qualidade só com diálogos mesmo, não precisa necessariamente Mônica bater em ninguém, nada explodir nem nada, poderiam pelo menos fazer umas boas piadas, trocadilhos só para erguer essa história. Mas nem isso se permitem fazer mais. Antigamente parecia que os roteiristas tinham paixão pelo trabalho, eles se divertiam escrevendo, essa alegria transparecia no roteiro. Hoje, é tudo tão vazio, tão apático, parece que fazem só por profissionalismo e salário e nada mais. Situação de mal a pior.

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    1. Isabella, eu disse isso mesmo no meu comentario ali acima. Muitas boas historinhas da era de ouro nem tem violencia (como o classico do Chico Bento, 'Epoca de Jaboticaba', ou 'Presente de Aniversario Atrasado', a estreia do Monicao, ou aquela em que um dos dinossaurinhos do Carrossel do Horacio ganha vida), e ate mesmo da era mais moderna (estou lembrado de 'Era Uma Vez...' que ja foi criada nos anos 2000.)

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    2. Falou tudo, Isabella, é tudo forçado, artificial, dá pra ter saudades dos anos 2000, conseguiam ser infinitamente melhores que os gibis novos. Como os pais da Sueli têm cabelos pretos, naturalmente ela pinta, seria incorreto também criança pintar cabelo, aí certas coisas eles aceitam e coisas menos piores, não, vai entender. Na certa, Sueli vai ser uma nova Milena, toda certinha e ensinando mais sobre a vida dos surdos, só isso. Os roteiristas fazem histórias só por obrigação, antes eles tiram carinho em fazer e isso era transmitido nas histórias que eram tão gostosas de ler era só diversão, gibi é pra isso, pra entreter, deixa que pais e professores que eduquem as crianças.

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    3. Sim, Fabiano, não é qualquer coisa que aceitam, só histórias bobinhas e educativas desse nível e uma ou outra do Emerson mais incorreta e que mesmo assim com limitações. Na verdade, nem tem saído histórias do Emerson nos últimos meses, já faz um tempo, e Paulo Back também estava sumido um tempão, agora que estão voltando a colocar histórias dele. Quem aprova roteiro atualmente é a Marina, filha do Mauricio e pelo visto ela faz mais vista grossa.

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    4. O grande problema é que o politicamente correto é uma agenda de costumes que uma determinada parte da sociedade decide o que pode e o que não pode. Toda a arte está sofrendo com isso, o humor então, nem se fala. Danilo Gentili recentemente expôs de forma brilhante essa agenda poílitica que quer moldar as pessoas conforme o interesse do momento. Infelizmente parece ser um caminho sem volta e quem ousar ser contra, é perseguido e desmoralizado de maneira desproporcional e descabida. Reputações estão sendo destruídas. Uma patrulha autoritária e muito, mas muito barulhenta!

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    5. Seriamente, há maneiras MUITO melhores de incluir novos personagens ou mostrar representatividade, sem tornar tudo repetitivo e enjoativo- até mesmo os personagens antigos. Por exemplo, nos anos 2000 fizeram os pais do Xaveco se divorciarem, isso foi uma boa idéia para mostrar familías com pais ou mães solteiros, e rendiam algumas histórias com o Xaveco na casa do pai de forma natural. Quando criaram o André, por exemplo, eu curti a idéia porque eu mesma sou/era autista, e era legal a idéia de um personagem com a ''minha visão de mundo''. Mas foi muito mal-utilizado, ele mal aparecia e quando aparecia era só como um ''recado'' para os leitores. Na verdade, eu acho que ele poderia muito bem ter sido o melhor amigo do Dudu, não precisavam criar Binho, o André já poderia ter servido a esse propósito.

      O problema é que o Mauricío e sua equipe não sabem como utilizar esses personagens e só os reduzem as suas ''características especiais''. Eles os veem primeiro como ''negro'', ''cega'', ''autista'', ''surda''... E DEPOIS como personagens. Especialmente porque minorias não gostam de ser tratadas como minorias na vida real, que as pessoas fiquem toda hora apontando suas diferenças e dando tratamento especial por isso, isso cria muito vergonha. Eles querem ser tratados como iguais, como todos os outros ao seu redor.

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    6. E honestamente questiono a necessidade de criar uma familía completa para os personagens novos. Quando criaram a Milena, fizeram pai, mãe, irmão e irmã, provavelmente para ter um personagem negro de cada idade para todas as faixas-etárias. Com Sueli, história repete, com dois irmãos para ela. Por que ela não poderia ser filha única, familía pequena mesmo? Especialmente porque hoje em dia, o que mais tem são filhos únicos, casais evitam ter mais de um filho nos dias de hoje. A menos que haja alguma especialidade que destaque os irmãos dela, não entendo porque não poderia ser apenas Sueli por si mesma.

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    7. Sim, Ricardo, antes fosse só em gibis infantis, em todos os segmentos têm politicamente correto grande, não pode isso, não pode aquilo, infelizmente tendência é piorar a cada ano.

      Isabella, acho que colocam irmãos nesses personagens novos pra suprir os antigos que não tinham irmãos, basicamente só cebolinha tem irmã e os outros não, inclusive Dorinha e Luca não têm irmãos, Xaveco só teve a irmã Xabeu nos anos 2000 e por aí vai. E permite também ter um outro núcleo e outras formas de histórias, só que atrapalha mais que ajuda e não são bem aproveitados, só querem educar. E de fato, quem tem necessidades especiais, querem serem inclusos como pessoas comuns e não ficar toda hora mostrando que são cegos, paraplégicos, surdos, etc.

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    8. Sueli realmente será uma Milena 2.0, mas duvido que irão colocar ela em tudo quanto é material promocional.
      Nossa, Fabiano! Já ouvi falar que a Marina era casca grossa, mas não a esse ponto! Sinto muito por esse roteirista que teve seus roteiros negados.

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    9. SPFangirl, característica da Sueli é como da Milena, mas ela não ficaria no marketing promocional como a Milena, acho mais nos gibis com função como o autista André, a Dorinha e a Tati nos gibis, mostrando como são as vidas de deficientes deles.

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  8. Verdade, preço não está barato, ainda mais que os gibis têm 52 páginas, aí tira incansáveis 8 páginas de passatempos, 1 página de seção de correspondências, propagandas, capa e contracapa, ficam só 30 páginas de leitura de histórias. Terrível, caro demais. Bom te ver também.

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  9. Criançada de hoje está sendo covardemente induzida a apreciar o antinaturalismo. Sou 100% a favor de personagens inclusivos, problema é que gurias e guris como Sueli, Milena, o cadeirante entre outros estão amparados em arcabouços políticos e empresariais muito bem estruturados e são o tipo de coisa que não contribui positivamente para com as crianças, público esse que naturalmente não sabe separar o joio do trigo, não sabe se defender, as agendas por trás de figuras "inofensivas" como esta menininha são covardemente doutrinadoras, se valem da incapacidade de autodefesa inerente à condição infantil.
    O bom e velho Humberto dá de trocentos em todos os personagens da MSP fabricados pelo politicamente correto. Moleque sábio, entra mudo e sai calado, evitando indisposições com mi-mi-mis histéricos e autoritários de hoje em dia, um monge mirim.

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  10. Pois é, Zózimo, perderam toda a naturalidade. Uma criança de 6 anos que está aprendendo a ler até pode gostar de gibis assim, mas crianças a partir de 10 anos não se interessam. Tudo pra agradar professores, educadores e governo, apenas. O Humberto antigo dava de mil a zero e de fato tinha inclusão comparado a esses personagens novos que acontecem nada, porém o Humberto atual está no mesmo nível dos outros, só pra ensinar vida dos mudos.

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  11. Pois é, o problema que eu tenho com a Dorinha é que ela mais ou menos se resume à sua cegueira. Em todos os trechos de histórias que eu li, ela se resume a mostra como usa os outros sentidos. E as pessoas com deficiência são mais que suas deficiências.

    Por exemplo, o Professor Xavier dos X-Men(Sim, é outra obra, mas só tô dando exemplo), é cadeirante, mas a personalidade dele não se resume a isso. Ele é o líder da organização X-Men antes de ser cadeirante.

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    1. É, fica tudo muito repetitivo, seria melhor dar outras características a Dorinha, a cegueira ser só um detalhe e contracenar normal como qualquer outra criança, aí sim, seria inclusão. Do jeito que deixam fica didático demais. A Dorinha ainda tinha histórias assim como garota normal nas suas primeiras aparições da Globo entre 2004 a 2006, depois mudaram completamente com tudo didático.

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  12. Marcos boa tarde, tudo bem? Voltei a colecionar gibis e queria uma lista dos títulos que vale a pena ter na coleção porque você disse que os da Globo e Panini não valem. Só quero na minha coleção títulos bons se puder me ajudar serei grato.

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    1. Boa tarde. Os da Globo valem, tudo que conseguir da Abril e Globo já vale a pena ter.

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    2. Mas e os da Panini? Só os números um e edições comemorativas né?

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    3. Isso, pelo menos eu tenho só essas comemorativas.

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    4. Lenilson Gibis, eu, Marcos e veteranos em geral não dão muita bola para edições da Globo dos anos 2000, no entanto, dependendo de sua idade, revistinhas da TM clássica dessa década podem lhe agradar, vale a pena conferir.

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  13. Era de se imaginar que os novos gibis e os novos personagens seriam uma total decepção. Esse elenco cada vez mais "inchado" de Maurício de Souza já está bem cansativo, não há mais necessidade de se criar personagens em um núcleo tão vasto. Diversos personagens estão deixando de aparecer por falta de espaço. Até quando isso vai continuar? E, pelo que vemos, este é um gibi excessivamente didático, sem qualquer graça e traços no estilo copia e cola terríveis, o que mostra a falta de interesse em produzir conteúdo de qualidade, limitando-se apenas à obrigação de ter gibis durante o mês para publicar. Isso está acabando com a magia dos gibis (alías, já acabou faz tempo). No mais, o negócio realmente é garimpar sebos para encontrar gibis com histórias de verdade, principalmente dos anos 80 e 90, com certeza!

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    1. Isso, eles fazem gibis por obrigação em ter nas bancas, pela tradição, aí fazem às pressas de qualquer jeito, nunca dá certo assim. Esses personagens novos são forçados demais, perfeitos demais, não tem graça, o que piora mais ainda. Esse gibi foi totalmente didático, mas os outros não estão muito atrás, vão de mal a pior. Há muito tempo que fico só com gibis antigos nos sebos, vale muito mais a pena.

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    2. No meu tempo, a Turma da Monica consistia de:

      Monica, Cebolinha, Cascao, Magali, Reinaldinho/Ronaldinho
      Titi, Franjinha, Jeremias, Xaveco, Humberto, Quinzinho, Nimbus, Do Contra
      Cascuda, Aninha, Denise, Carminha Frufru, Marina
      Ze Luis, Teveluisao
      Dudu, Maria Cebolinha
      Bidu, Mingau, Floquinho, Chovinista, Monicao

      Tinha gente que chegasse para fazer muitas historinhas sem perder 'o fio a meada', como dizemos em Portugal. Especialmente depois de adicionarem o Nimbus, Do Contra e Marina. E havia representacao com Humberto (mudo), Jeremias (minoria), Quinzinho (gordo), Nimbus e Do Contra (nisseis), Cascao (crianca pobre), Teveluisao (nerd), etc...

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    3. Esqueci-me de incluir os pais e parentes de toda a gente. A Magali tinha a tia Nena e tio Pepo como fixos, os restantes tinham apenas os pais.

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    4. Pedro, sempre tiveram representatividades com vários personagens e já estavam bons aqueles, agora querem representar todos os tipos de deficiências e enchem de personagens, ficando vários sem funções. Quinzinho e seus pais têm também representatividade portuguesa e eles não ficavam falando isso o tempo todo nos gibis. Sobre gordos, eles que gostam de representatividade, com eles fazem o posto, todos os personagens que eram gordos estão agora bem mais magros e esbeltos, fazendo o oposto de inclusão. Personagens como Quinzinho, Tia Nena, Dona Cebola, Pipa, Nhô Lau, etc, agora aparecem bem magros nos gibis.

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    5. Pessoal, vocês estão esquecendo de um importante detalhe: para os atuais gibis da TM clássica rezarem 100% dentro da cartilha progressista tem que ser aplicada nas histórias a tal da linguagem neutra.

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  14. Marcos, a palavra "asterístico" não existe, ok, o correto é "asterisco".

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  15. Sim, claro! Humberto doutrinário é tão ruim quanto Milena e sua patotinha das agendas e pautas. Refiro-me àquele que, pelo simples desejo de se refrescar com picolé de abacaxi, acaba sem querer enveredando no programa do (V)velho (G)guerreiro, faturando um abacaxi, os premiados com essa fruta eram por não saberem cantar ou por cantarem desafinadamente, o que são a mesma coisa, Zózimo inteli... jegue.
    Partindo do princípio de que se a vida lhe dá um limão, faça uma limonada, Humberto fez isso com abacaxi, fruta que espeta as mãos, difícil de descascar, transformando-o em picolé caseiro disposto em forminha(s) de plástico, que resiliência... é muita sabedoria para alguém de tão tenra idade.

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  16. Humberto antigo era excelente, essa do abacaxi no Chacrinha foi ótima, pena que mudaram tanto.

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  17. Só eu que achei a história da Sueli mais caprichada que a da Milena? Sei lá, por mais que tenha sido um pouco didática demais pelo menos nessa história, nós vimos a turma interagindo bastante com a Sueli e a família dela, coisa que nem vimos com a Milena na primeira aparição dela.
    A MSP deu mais destaque a uma personagem secundária nova do que a "quinta" protagonista da turma? Eita!

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    1. Comparando com a história de estreia da Milena, a da Sueli foi melhor, porém as 2 histórias bem fracas, sem naturalidade nos diálogos. Nos dois casos, acho que deviam aparecer sozinhas e depois iam inserindo a família aos poucos de acordo com roteiros das histórias e não apresentando família inteira ao mesmo tempo. pelo menos com Nimbus e Do Contra foi assim.

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    2. Tem horas que eu acho que a Milena foi criada unicamente por pressão por parte de grupos sociais para ter uma menina negra fixa no elenco da Turma da Mônica, a proposta até que é boa e confesso que atualmente, até estão tentando dar mais personalidade a ela mas mesmo assim, continua perfeitinha demais pro meu gosto.
      Aliás, existe rumores na internet que a Milena e a família dela são na verdade versões recicladas de um família negra e baiana lá por volta de 2010, e eu vejo assim; como a MSP tava com um projeto feminista chamado "Donas da Rua"(aliás, acho estranho fazerem um projeto assim enquanto na turma jovem, a Mônica vivia sendo resumida a sua vida amorosa mas fazer oque), eles precisavam de uma menina negra fixa ou o projeto seria taxado de promover "feminismo branco", aí, reaproveitaram a família negra e baiana e fizeram da Milena o foco principal.

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    3. Eu tenho certeza que ela foi criada apenas por isso, muita pressão de praticamente não ter personagens negros, problema é ela não ter defeitos como qualquer personagem e acontecer nada de ruim com ela porqueachariam que estavam avacalhando com negros, aí fica sem graça. Também isso de "Donas da rua" pode ter influenciado ora ter menina negra fixa, mas acho fator que decidiu mesmo foi isso das pressões sociais.

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  18. Pessoal, só uma informação: não se diz mais pessoas deficientes ou portadores de deficiência. Há normas legais vigentes que acataram os pedidos dessas pessoas por se sentirem inferiorizadas e/ou estigmatizadas pelos termos que eram chamadas (e que ainda, muitos na sociedade, as chamam). A forma correta é: pessoas com deficiências (auditiva, visual, etc.). Os surdos preferem ser chamados assim mesmo (mas nunca surdo-mudo. Porque nem todos os surdos são mudos. Possuem o aparelho vocal, mas como não ouvem, não podem ou dificulta o desenvolvimento da fala (oralidade), Alguns poucos conseguem falar. Portanto, não são deficientes, mudos). A diferença entre surdos e pessoas com deficiência auditiva é que os segundos podem ouvir a partir de um aparelho auditivo, perderam a audição em algum grau; enquanto, os primeiros, já nasceram surdos ou perderam totalmente ainda cedo. Estes, por sua vez, como já ouviram e aprenderam a falar durante um período de suas vidas, apesar de serem surdos, ainda podem falar. Portanto, são pessoas com deficiência. Dizer que são deficientes gera a ideia de que são incapazes, inúteis. E todos nós já sabemos que muitos já provaram que são capazes de fazer muitas coisas como qualquer pessoa. Apenas possuem alguma dificuldade, assim como todos nós possuímos. Aproveitando para dizer que cadeirante é um termo também que não é aceito pela comunidade de pessoas com deficiência física. São pessoas com deficiência física. Não são deficientes físicos, não são portadores de defciência física. Ok? Valeu!

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