Mostro uma história em que o Cascão precisa guardar uma bomba que explode com contato com água e que seria o fim da humanidade, mas não seria fácil guardar como ele pensava. Com 14 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 113' (Ed. Globo, 1991).
Capa de 'Cascão Nº 113' (Ed. Globo, 1991) |
O Agente K-7 consegue levar para o seu chefe Serafim a bomba H2O que estava com o inimigo após enfrentar muitos perigos. O tapinha do chefe consegue derrubar o Agente K-7 que estava todo quebrado e fraco após a missão considerada impossível.
Mesmo com posse deles, a bomba ainda é um perigo, não é calor, precipitação e impacto que fazem ela explodir, e, sim, o menor contato com a água pode fazer com que a bomba destrua a humanidade de uma vez, por isso se chama bomba H2O e tem que ser guardada em um local absolutamente seco e sem umidade.
Seu Serafim, então, não se arrisca a deixar a bomba no cofre ou na casa por causa das goteiras e resolve deixá-la com o Cascão, a única criatura em que a água jamais tocou. Serafim avisa ao K-7 que ninguém do bairro desconfia da sua identidade de agente de espionagem e que é seguro deixar a bomba com o Cascão, demonstrando que, ao falar que vai chover, Cascão se esconde dentro do jaleco do K-7.
Seu Serafim pede o favor para o Cascão esconder a bomba, dizendo que era segredo de estado e que não pode molhar, de jeito nenhum, depois pegará de volta e lhe pagará uns sorvetes. Cascão acha que era brincadeira do Serafim, que sempre inventa mistérios e que falar para ele não molhar alguma coisa é o mesmo que falar para o elefante não molhar.
Em seguida, Cascão encontra a turma em frente a sua casa para lhe darem um presente de relógio à prova d'água e perguntam se ele não quer testá-lo. Cascão diz que nem chega perto de água e a turma fala que vai ajudar, jogando água de mangueira em cima. Cascão foge e têm armadilhas para dar banho nele em toda a parte.
Cascão consegue fugir de todas, quando é preso em uma gaiola gigante. Cascão acha uma vergonha prenderam seu próprio amigo , a que ponto chegaram e Mônica diz que ele não sabe a que ponto chegou o cheirinho dele. Cascão manda taparem o nariz e Cebolinha diz que não será necessário, mostrando o superensopador de porquinhos inventado pelo Franjinha em cima do precipício.
Cascão fala que não podem fazer isso com ele, o Seu Serafim deu um objeto para ele guardar e que não pode molhar de jeito nenhum. Cebolinha debocha que deve ser uma superbomba que explode em menor contato com a água, que eles não são trouxas e a turma se afasta para acionar a invenção do Franjinha.
Enquanto isso, os agentes voltam com o homem que ia desativar a bomba e se espantam que o cascão está prestes a tomar banho. Franjinha abaixa a alavanca, a água cai em cima da gaiola do Cascão. Os agentes se desesperam achando que o fim do mundo chegou e quando veem o Cascão sumiu da gaiola porque cavou um túnel para sair da gaiola e fugir do banho.
Cebolinha reclama que falhou de novo, os agentes acham que foi sorte dele, Cascão entrega a bomba para o homem desativá-la e Seu Serafim avisa que aquilo é uma bomba que se tivesse molhado, iria explodir o planeta. A turma fica desnorteada com a notícia, por um triz iam acabar com o mundo e desmaiam dentro das tinas.
No final, Cascão recebe os sorvetes que o Seu Serafim prometeu, pede desculpa fazê-lo guardar uma coisa perigosa e Cascão diz que nada é perigoso que água e pede um favor, que se alguém perguntar, é para falar que ele está guardando outra bomba, é que só assim poderá ter sossego de novo, por uns tempos, com a turma toda apavorada se afastando do Cascão.
História legal com várias reviravoltas em que o agente K-7 resgata uma bomba que explode todo o planeta em um menor contato com água e o agente Serafim decide deixar com o Cascão que nunca tocou em água. Só que não contavam que a turma estava planejando plano infalível para o Cascão tomar banho e quase conseguem dar o banho nele se ele não tivesse cavado túnel para sair da gaiola. No final, o mundo está salvo, Cascão se dá bem e ainda engana os amigos que ainda está com bomba para não darem mais banho nele e teria paz.
Só os agentes que sabiam que a bomba era um perigo para a humanidade, nem Cascão sabia, apenas que não podia ser molhada, mas não a gravidade que poderia acontecer se molhasse. Agentes tinham que deixar a bomba com alguém de confiança e sabiam que o Cascão era o menino certo pra isso.
Se a turma soubesse que ele estava com uma bomba dessa, adiariam o plano infalível contra o Cascão, não é à toa que desmaiaram quando souberam que o mundo podia acabar por causa deles. Cascão também não sabia que o Seu Serafim era um agente secreto de verdade, pensava que ele só gostava do assunto e ainda deixou mantido o segredo dele após ter descoberto a verdade, foi leal.
Era muito boa a astúcia do Cascão fugir do banho, fazia coisas impossíveis e em fração de segundos para escapar, conseguia pensar rápido e dava certo. Nessa o Cascão se escondeu no jaleco do agente K-7 ao falarem que ia chover, escapou da poça que estava debaixo da tábua de madeira que quebrou, da mangueira com jato d'água nele, de balde vindo por cima da árvore pelo Jeremias, driblar 10 tinas d'águas e o mais incrível conseguir abrir buraco no chão e cavar túnel até o outro lado da gaiola só com as mãos em segundos. Isso que era legal nele, a gente sabia que ele ia escapar do banho, mas ficava na expectativa da forma absurda que ele escapava, como seria a grande surpresa.
Engraçadas as falas do Cascão como para ele não molhar alguma coisa é o mesmo que falar para o elefante não molhar e mandar amigos tamparem nariz se incomodam com o mal cheiro dele. Foram engraçadas as paródias utilizadas como o nome do agente K-7 parodiar fita cassete e também o xingamento, o agente Serafim se chamar assim por paródia de "Será o fim?" (do mundo), o homem desativador da bomba vir do "Longistão", e referências à música "Pinga Ni Mim" de Sergio Reis e ao "Pedro Bó", personagem interpretado por Joe Lester no quadro do Pantaleão, personagem interpretado por Chico Anysio no programa "Chico City". O bordão "Não, Pedro Bó" virou sinônimo de resposta a alguém que faz uma pergunta idiota.
Eram comuns histórias de planos infalíveis do Cebolinha para dar banho no Cascão, sempre eram divertidas. Nunca davam certos os planos, deixando o Cebolinha e a turma com raiva. Os agentes apareceram só nessa história, como de costume com personagens secundários de aparições únicas, mas até que davam para serem fixos com a turma ajudando em outras missões de espionagens.
Além de divertir, as crianças ainda aprenderam que a fórmula química da água é H2O, muito antes de aprender Química na escola, gibi é cultura. Incorreta atualmente por personagens envolvidos com bomba que destrói o planeta, a turma como vilã de fazer planos para o Cascão tomar banho sem vontade dele e serem responsáveis por mundo acabar, Agente K-7 aparecer surrado pelos inimigos, absurdos do Cascão de fugir do banho.
Os traços ficaram muito bons, típico de histórias de abertura do início dos anos 1990. Teve erro do Cascão falar de boca fechada na página 10 do gibi. A propaganda inserida na história dessa vez só foi na página 11 do gibi na lateral direita do grupo "Ama", escola de música, muito comum nos gibis de 1991.
Para escapar da água se esquiva feito Homem-Aranha, dá gosto de ver... Agora, que agentes secretos mais irresponsáveis, porque, vejam o naipe do "jeitinho" que encontraram para evitar uma hecatombe mundial, recorreram a favor, isto é, se valeram de uma quebrada de galho dum guri pentelho com seis para sete de idade, tinham mesmo que ser brasileiros para uma gambiarra desta envergadura, e ainda foi escolhido para "(G)guardião da (H)humanidade" justo no dia em que o plano infalível da vez não teve como alvo a boa e velha Mônica e sim o jaratataca da turma, o portador do artefato de potencial cataclísmico... Vão contar com a sorte assim lá na... na... residência do K-7... digo, lá no Longistão, ora... pelotas!!
ResponderExcluirEsse o verdadeiro Cascão rápido no gatilho e capaz de todos os absurdos pra não se molhar. Davam para os agentes colocarem a bomba no cofre, não é possível que tinha goteira dentro de um cofre. Até que eles não estavam errado em deixar com o Cascão porque ele não ia mexer com água, só tiveram azar de ser bem um dia que a turma foi fazer plano infalível contra o Cascão. Felizmente deu tudo bem no final apesar de tudo. Engraçados esses nomes K-7 e Longistão.
ExcluirK-7 foi sagaz, foi o primeiro herói da trama - Cascão foi o segundo. O agente foi do cacet... digo, er... bem, ele foi... do K-7!!
ExcluirE batizar de Serafim o espião que teve a "genial" ideia de deixar a bomba sob cuidados do protagonista foi outra sacada da hora, pois o nome junto ao... "estratagema" de deixar uma parada extremamente perigosa para uma criança tomar conta coloca credibilidade do agente-chefe em cheque, ou seja, por tal irresponsável decisão: "Será o fim?"...
Primeiro eles tem que agradecer ao K-7 de recuperar a bomba e depois o Cascão por mantê-la seca até ser desativada. K-7 tem esse duplo sentido de fita cassete e o xingamento cacet..., ficou legal. E eu nem tinha percebido a intenção do Serafim ter esse nome associando com "Será o fim?" por conta do fim do mundo se a bomba explodisse. Você observou bem, faz todo o sentido e na certa foi isso de ele se chamar assim, excelente sacada de roteirista.
ExcluirE, para nós, ocidentais, nomes de países terminados em "(t)ão" sempre dão impressão de serem lonjuras absurdas, como de fato, são. Sudão, Gabão, Butão, Japão, Azerbaijão, nada disso tem proximidade geográfica com Brasil e Américas em geral, porém, penso que nomes como Uzbequistão, Turcomenistão (Turcomênia), Cazaquistão, Tajiquistão, Quirguistão (Quirguízia), Afeganistão e Paquistão - dois últimos são mais difundidos nas bandas de cá - que inspiraram roteirista a inserir Longistão. Tão longe daqui e, para o trapalhão Mussum, é tão, tão "longes" (ou "lôngis") que, invertendo ordem das palavras e juntando-as, eis a pérola.
ExcluirSerá que foi lá que nasceu aquele astro de (C)cinema, o "Silvestre Stallonge"?
Dão ideia de países longes os terminados com "ão", além do Afeganistão e Paquistão, tem o Cazaquistão que é bem falado aqui no Brasil. Um desses devem ter sido inspiração de roteirista. Capaz do "Silvestre Stallonge" ter nascido no "Longistão", pelo menos os nomes se associam.
ExcluirTerminar em "(t)ão" não foi o que deu base para o nome do país ou região fictícia(o), foi de "stão" que surgiu a inspiração. Pode não parecer, mas o 'S' influencia no, vamos dizer, sufixo, se é que cabe chamar assim, influencia na harmonia da palavra criada pelo(a) argumentista.
ExcluirTem razão. Na época da União Soviética Cazaquistão já era um nome, uma palavra bem difundida por aqui. Em extensão territorial foi a segunda maior república daquele tosco bloco canhoteiro.
História até que bem movimentada, parecendo desenho.
ResponderExcluirVerdade, foi movimentada, com muita ação, perderam oportunidade de ter feito desenho animado dessa.
ExcluirHá erro da bomba estar branca no último quadro da página 8.
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