Mostro uma história que um alienígena queria viajar para o espaço com o Astronauta, mas teria que abandonar a namorada no seu planeta. Com 5 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 59' (Ed. Globo, 1991).
Capa de 'Mônica Nº 59' (Ed. Globo, 1991) |
Astronauta está avaliando um planeta que encontrou quando percebe que está sendo espionado por alguém atrás da moita. Era o alienígena Zigrid, que é fascinado por voar, fica o tempo todo olhando para o céu, tentando ver naves espaciais, até ver o Astronauta e tem sonho de viajar pelo espaço e conhecer novos planetas. Astronauta diz que quando ele era menino era assim, só que a profissão é ingrata e muito solitária.
Zigrid diz que não importa, quer voar e conhecer as estrelas de perto, sugere ser ajudante do Astronauta, ajuda a limpar a nave, faz comida e enfrenta os monstros alienígenas. Astronauta topa, Zigrid busca suas coisas e se despede dos pais, quando aparece a namorada Grila que não quer o seu amor partir. Zigrid fala que é o sonho da vida dele e surgiu a oportunidade, o corpo vai estar nas estrelas, mas o espírito vai estar lá no planeta.
Grila faz drama que quer abraço, carinho, olhar. Zigrid que não consegue resistir ao chamado das estrelas. Grila quer saber como que ela fica, Zigrid promete voltar, ela é o amor da sua vida e é para ela esperá-lo. Grila não compreende, vai chorar o resto da vida. Zigrid decide ir com o Astronauta, se prepara para partir e tem a surpresa que o Astronauta foi para o espaço sem ele e Grila fica feliz, dizendo que vai ter nova chance, para o casal. No final, Astronauta, na nave, fica deprimido, chorando e fala que se soubesse que ia perder a Ritinha, nunca teria saído da Terra.
História legal em que o alienígena Zigrid queria ser ajudante do Astronauta em suas viagens espaciais por ter sonho de conhecer o universo e ficar perto das estrelas. Astronauta até aceita, mas desiste de levá-lo quando ver a namorada do Zigrid inconformada em ficar longe do seu amor e no final Astronauta volta a ficar com dor-de-cotovelo por estar sem a sua namorada Ritinha e se viu na sua última conversa com a Ritinha, abandonando a namorada para seguir seu sonho de ser astronauta.
Zigrid era um jovem alienígena sonhador, queria o céu e as estrelas. Astronauta desistiu de levá-lo porque por ter achado Zigrid parecido com ele e achou que o amor era mais importante que sonho. Não queria que Zigrid se arrependesse depois longe da namorada, não a ter de novo quando voltasse para o seu planeta como aconteceu com ele e a namorada Ritinha, já que, um dia quando Astronauta voltou de suas intermináveis viagens espaciais, ela já estava casada com o Bonifácio.
A alienígena Grila só pensou nela, nem se preocupou com o sonho do namorado. Tirou oportunidade do Zigrid se realmente não gostasse dela. Não é porque Astronauta amava a Ritinha que necessariamente o Zigrid amava a Grila. Deu pena dele, aí ele vai ter que esperar outro viajante espacial ir para o planeta dele para ter outra oportunidade e isso pode ser nunca mais. Uma opção seria levar Zigrid e Grila juntos para o universo, mas pelo visto Astronauta não iria querer ter dois ajudantes em suas aventuras espaciais.
Teve um viés filosófico bem comum nas histórias do Astronauta, com reflexão sobre sonho, até que ponto devemos seguir sonho, se é certo abandonar tudo por causa de um sonho, se vale a pena se mudar e ficar longe de quem você gosta. Fica a discussão de quem estava certo, o que o leitor faria se tivesse no lugar do Zigrid, seguiria o sonho ou ficaria com o seu amor.
Depois da saga do Astronauta perder a Ritinha, que saiu em vários gibis entre 1989 e 1990, Ritinha passou depois a ter citações e presenças em outras histórias, muitas do tipo o que aconteceria se o Astronauta desistisse de ser astronauta. Antes da saga, a Ritinha tinha aparições ou citações muito esporádicas e depois da saga deixou o Astronauta mais humanizado e outras opções de histórias.
Ritinha parou de curtir amor platônico e deu um merecido pé em Astronauta e, Grila, impediu Zigrid de fazer parte da Turma da Mônica.
ResponderExcluirAstronauta é a figura mais solitária da TM clássica, e só consegue suportar por ser adepto da solitude, isto é, não padece de solidão, pelo contrário, adora viver sozinho, desbravando (C)cosmos eternamente desacompanhado...
O Astronauta até gosta de viver sozinho, mas às vezes se queixa de solidão. Com o Zigrid ele teria alguma companhia, a Grila impediu isso. Se desse tudo certo, passaríamos a ver o Zigrid fixo nas histórias e acho que isso não era intenção dos roteiristas, aí por isso teve esse impecilho de Astronauta voltar atrás de sua decisão.
ExcluirEm sentido lato, Zigrid é sim parte da TM, no entanto, todos os personagens com aparições únicas também são, já em sentido estrito, Grila impediu que fosse efetivado.
ExcluirHá algum grau de estranheza, no quarto quadro da segunda página, pela repentina mudança de humor de Zigrid, dá um chilique praticamente do nada e logo volta à postura simpática. Se fosse eu no lugar do Astronauta, não esperaria conclusão da história, desistiria de contratá-lo como ajudante ali mesmo, no nono, décimo ou décimo primeiro quadro da trama. Em balão todo tremulado, um sonoro "Não me importa!", levantando consideravelmente o tom de voz com alguém que nem conhece e sem motivo para tal, este detalhe é um indício de que Astronauta foi poupado de futuros possíveis transtornos.
Sim, todos os personagens criados são da MSP, mas não ficam fixos como o Zigrid. Nessa cena citada, ele não queria saber das desvantagens da profissão de Astronauta, queria seguir, mesmo que tivesse coisas ruins, haja o que houvesse, nada importava, por isso gritou para interromper o Astronauta, foi só pra continuar contando os seus planos.
ExcluirNa verdade, Astronauta desiste do chiliquento bem antes da conclusão da trama, a sábia decisão ocorre entre os três últimos quadros da penúltima página.
ExcluirCurioso também é como que um aceita o outro assim, visto que mal se conhecem. Os pais* liberam para embarcar e trabalhar na espaçonave de um estranho e Astronauta aceita como ajudante uma criatura que acabou de conhecer, alguém que não passou por algum tipo de validação em alguma instituição para exercer tal ou tais funções. Por mais que pareça histérica, Grila é a única que se comporta com a devida sensatez.
*Como provavelmente é um baita xarope, parece que os pais queriam mesmo é vê-lo pelas costas.
É, enquanto o casal conversavam, Astronauta saiu fora, foi só ouvir o início do papo que desistiu. Os pais aceitaram de boa o filho partir, ou porque sabiam que era o maior sonho dele e não queriam impedir ou queriam vê-lo pelas costas, fica na imaginação. O Astronauta deve ter aceitado o pedido do estranho por ele ser jovem e achar que estava sendo sincero e mais chance de não ser um bandido ou golpista. Se tivesse certeza se fosse, aí não aceitaria.
ExcluirOutro detalhe é que, com a inserção de Grila, foi por empatia que Astronauta não o quis como ajudante, isto é, o herói sabe bem o que é zanzar pelo (E)espaço (S)sideral e, volta e meia, sentir saudades da mulher amada, enquanto Zigrid, por ingenuidade, que deriva de inexperiência, não sabe que tipo de dor é esta.
ExcluirEm qual edição Ritinha desiste do relacionamento com Astronauta, Marcos?
Pena Mauricio não ter optado por ela exercer mesma profissão que ele...
Mais cedo ou mais tarde o Zigrid ia sentir falta da namorada e Astronauta tinha medo de que ela não quisesse mais Zigrid quando voltasse como aconteceu com ele. A história que a Ritinha desiste do Astronauta, já aparecendo casada com outro foi a de Mônica Nº 30 de 1989.
ExcluirEntão conheço a história, só não lembro, Mônica nº30 da Editora Globo fez parte da minha coleção de outrora.
ExcluirNo quinto quadro da quarta página, pés do pai do Zigrid estão verdes, poderia ser calça conjugada com meias, do tipo que calçam dedos, se não fosse pelo quinto quadro da terceira, em que também aparece de corpo inteiro. A princípio parece que dá para colocar na conta de colorista, só que não, desenhista e arte-finalista esqueceram das barras da calça. Às vezes, situações como esta são sanadas por coloristas, e sem acréscimos de traços faltantes, resolvem com as próprias ferramentas, ou seja, arte-finalizam colorindo.
Se não teve a edição, deve ter visto na internet. História legal. Esqueceram de desenhar as barras da calça do pai, ai acabaram colorindo tudo de verde, ainda mais que a grama ajudou também a colorirem assim tudo da mesma cor.
ExcluirTive esse gibi. Deve ter lido primeiro parágrafo do meu comentário de modo apressado, acontece...
ExcluirAh, sim, li rápido e entendi "só não lembro SE Mônica nº30 da Editora Globo fez parte da minha coleção de outrora". De fato acontece, faz parte.
ExcluirGostei dessa histórinha. Quanto a Grila... deixar ir quem amamos não é nada fácil. Muitas vezes o apego nos torna meio egoístas e queremos ficar com o ser amado a todo custo. Então eu meio que posso entender, de certa forma. Especialmente porque relacionamentos a longa distância dificilmente dão certo, e geralmente acabam se desfazendo, então isso é um temor e um sentimento muito comum. Egoísta, de fato, mas até compreensível.
ResponderExcluirAinda assim, essa história poderia ter terminado de forma diferente, ou passado uma mensagem diferente e melhor. No entanto, eles sempre precisam manter o Status Quo.
Acho que o que prejudicava as histórias do Astronauta (pelo menos para mim) é a falta de um elenco maior e fixo, além dele e os pais, acho que é o núcleo do Mauricío com menos personagens reais. Não tem um companheiro ou alívio cômico fixo, fica sem sal as vezes. Tem umas histórias dele que eu gosto, acho até bem pensadas, ou quando são crossovers dele com a turma também. Mas normalmente eu não sou uma entusiasta do personagem e desse núcleo.
Se ele viajasse com o Astronauta não daria certo ainda nas que era um caso que nem daria pra telefonar. Por esse ponto a Grila estava certa. Não quiseram dar final feliz por isso não teve mensagem, só uma reflexão sobre o tema proposto. O Astronauta não tinha uma turma fixa fora os pais e companhia fixa a bordo foi só o Computador. Como em cada história ele estava em um planeta diferente, aí não dava pra ter ETs fixos. De certa forma teve coerência pra não ter turma fixa.
ExcluirMarcos Imaginei Uma História Onde O Cebolinha Combina Com A Turma Toda Um Plano Infalível Onde Seus Pais Irão Zoar Suas Mães E Aí O Roteiro Começa
ResponderExcluirMônica Combina Com O Seu Souza Para Zoar A Dona Luísa
Cebolinha Combina Com O Seu Cebola Para Zoar A Dona Cebola
Cascão Combina Com O Seu Antenor Para Zoar A Dona Lurdinha
Magali Combina Com O Seu Carlito Para Zoar A Dona Lina
Xaveco Combina Com O Seu Xavier Para Zoar A Dona Xena
Denise Combina Com O Seu Denis Para Zoar A Dona Dionísia
Titi Combina Com O Seu Timóteo Para Zoar A Dona Telma
Cascuda Combina Com O Seu Cassiano Para Zoar A Dona Gabriela
Aí Começa Os Confrontos E Os Pais Começam A Zoar E Xingar Feito Os Garotos Deixando As Mães Furiosas Que Batem Em Seus Maridos Deixando Eles de Olho Roxo Com Isso Os Pais Ficam Furiosos Com Seus Filhos Por Terem Apanhando de Suas Esposas Que São As Mães Deles...
Roteiro bom, bastantes movimento e surras.
Excluir