quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Mônica: HQ "A Jovem Frankestônica"

Dia 31 de outubro é comemorado o Dia de Halloween e então mostro uma história que a Mônica trocou de corpo com um Frankenstein, assustando todo mundo e dando muita confusão. Com 12 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 102' (Ed. Abril,  1978).

Capa de 'Mônica Nº 102' (Ed. Abril, 1978)

O cientista Barão Francostim deseja trazer à vida o monstro Frankenstein que criou, sem sucesso, pede perdão aos seus ancestrais, quando vê que o medidor de ondas cerebrais estava a zero e por isso não podia viver e pergunta ao seu assistente Igor se não foi comprar um cérebro para o filho dele e responde que não encontrou no supermercado.

Barão Francostim planeja procurar alguém que empreste suas ondas cerebrais para ele, pensa no Igor, mas acha que deve existir gente mais inteligente. A campainha do castelo toca, era a Mônica, Igor atende e diz para ela que o Barão a espera. Mônica se espanta com o banquete oferecido na mesa e pergunta de que Barão ele era. Diz que é Barão Francostim, ela acha que já ouviu falar desse nome, mas deixa pra lá.

Mônica quer que ele compre voto para a eleger rainha da rua, tem que vender mais dez votos para poder concorrer no concurso e só conseguiu vender dois: para o Cebolinha e para o Cascão. Barão compra os dez votos e mostra o dinheiro e como ela vendeu todos os votos, senta na cadeira para beliscar o almoço. Nessa hora, o Barão aciona o mecanismo para passar a inteligência dela para o Frankenstein, aperta o botão e depois de transferir a inteligência, ordena que seu filho levante. 

O Frankenstein não acorda e Barão reclama que a menina dentuça é burra e, assim, a Mônica no corpo do Frankenstein dá soco neles, perguntando quem é dentuça e burra, diz que só por que comprou dez votos não têm direito para xingá-la e vai embora, atravessando a parede e estranhando que ali tinha uma parede. O Barão lamenta que a personalidade da Mônica também foi transportada para o outro corpo e manda Igor buscá-la.

Mônica fica feliz que pode participar do concurso, quando se depara com uma árvore, pensando que era um arbusto. Um homem vai pegar maçãs e se assusta com o monstro na árvore e sai correndo. Mônica estranha que ele correu. Depois, vê Cebolinha e Cascão com o Sansão, Mônica surge e os meninos se assustam e desmaiam e ela estranha, achando que foi como se viram um monstro. No concurso da rainha da rua, todos saem correndo quando a veem e ela acha que ganhou o concurso por terem deixado a taça lá e tinha ninguém concorrendo com ela.

Mônica vai contar a novidade para os pais, Seu Sousa quer que a filha lhe dê um beijo nele e vendo como monstro, os dois desmaiam. Mônica acha que os pais não gostam mais dela, estranha a epidemia de desmaios, os pais acordam e fogem mostrando cruz para ela. Há várias pessoas em frente à casa com clava com fogo na mão para acabar com o monstro que viram, Igor aparece na parte de trás da casa e leva a Mônica. 

O povo segue os dois até chegarem ao castelo. O Barão conta que quer desfazer tudo, foi um erro que cometeu, não adianta criar novas criaturas, a humanidade não aprendeu a aceitar nem as que estão aí, melhor desistir de experiências que ninguém compreende, melhor criar máquina que desentorta banana  ou transformar alface em escarola. 

O povo lá fora manda o monstro sair, surge a Mônica e estranha que era só uma menina com dentões como do monstro e acham que viram uma ilusão de ótica. O Barão ainda quer vender lembrancinhas de miniaturas de Frankenstein ou banana desentortada e eles não querem saber de vendedores que querem só encher saco. No final, já na casa da Mônica, Cebolinha e Cascão comentam o que a Mônica passou, mas veem que ela ficou só quase normal porque agora é fã Nº 1 de Frankenstein, com boneco, vários pôsteres, revistas e assistir seus filmes.

Uma história de terror sensacional e de excelente qualidade em que a Mônica troca de corpo com um Frankenstein que o cientista Barão Francostim criou através de ondas cerebrais dela. Não sabia que além da troca de corpo, o Frankenstein também herdaria a personalidade da Mônica geniosa, braba e briguenta. O povo da rua se assusta com o monstro e querem acabar com ela, o Barão faz Mônica voltar ao normal por conta de humanidade não estar preparada para novas experiências.

O Barão tinha que saber que naturalmente iria ter também a personalidade da Mônica ou de quem quer que fosse fazer a transferência de cérebro para o Frankenstein criar vida. Mônica não sabia que tinha trocado de corpo com o Frankenstein e foi legal as pessoas se assustando e ela não saber por quê. Com a transferência de cérebro, o corpo da Mônica ficou imóvel e o rosto do Frankenstein não devia assumir características da Mônica como cabelo e dentes, teria que ser o rosto como o Barão criou, só a personalidade ser dela, pelo visto deixaram assim para dar graça e reforçar que o Frankenstein era a Mônica. Ainda teve o Barão aprendendo lição sobre a humanidade, mostrou mensagem para os leitores de intolerância, pessoas que abominam tudo que é diferente, serviu recado a quem tem preconceitos e não toleram nada.

Foi engraçado absurdos e tiradas como ter um castelo mal assombrado como da Transilvânia no bairro do Limoeiro, o assistente achar que um cérebro é encontrado em supermercado, o Barão não querer fazer transferência com o Igor porque não era inteligente, fazer aparecer um banquete na mesa do nada e mudar de roupa de um quadrinho par ao outro, tanto para conversar com a Mônica quanto fazer a transformação, a Mônica não se ligar que era um Frankenstein, as caras das pessoas se assustando com ela, principalmente as do Cebolinha e Cascão quando a viram, e até desmaiando e o final da Mônica virar fã de Frankenstein, ser seu grande ídolo e ter tudo dele.

O concurso de rainha da rua foi no sentido de menina mais bonita e não ser dona da rua, coisa que ela já era. Mônica vendeu ingresso para o Cebolinha e para o Cascão, na certa foi na autoridade, na ameaça que se não comprassem, iam apanhar, coisa bem no típica da Mônica dos anos 1970. Interessante ver costumes da época dos anos 1970 com pai lendo jornal e mãe fazendo tricô, coisas que depois ficaram como comportamento de avós, principalmente tricô.

A história foi inspirada no filme "O Jovem Frankenstein" de 1974, um clássico do cinema. Deu para ver que as histórias em 1978 já estavam com uma linguagem mais informal no final dos anos 1970. Curioso que a Mônica dessa vez não falou "gozado!" quando dizia "engraçado!", apesar de já ter essa palavra nos gibis desde que começaram.  Incorreta atualmente por conta de absurdos de troca de corpos, capaz de acharem que as crianças ficariam traumatizadas com a Mônica como Frankenstein e o corpo da Mônica imóvel, sem vida, povo reunido querer jogar fogo nela, Mônica bater em adultos e com calcinha à mostra quando aparecia de costas, além de ser proibida a palavra louco nas revistas atuais provavelmente para não confundir com o personagem Louco.

Os traços ficaram espetaculares, com ar legítimo de história de terror de fato. Seu Sousa não aparecia muito nos anos 1970 e quando aparecia tinha traços nesse estilo, só a partir dos anos 1980 que o pai da Mônica dos quadrinhos passou a ter traços parecidos com a caricatura do Mauricio de Sousa. Teve erro assistente Igor com jaleco branco na 3ª página da história (página 5 da revista) e Mônica sem rosto amarelo na árvore diante do catador de maçãs no último quadrinho da 7ª página da história (página 9 da revista) . Não considero erro de meninos com cores de roupa trocadas ao se assustarem ao ver a Mônica Frankenstein no quarto quadrinho da página seguinte, pode ter sido de propósito no sentido de que de tanto medo que sentiram as cores das roupas deles se inverteram, situação semelhante que acontecia com desenhos animados da época.

Foi republicada em 'Almanaque da Mônica Nº 27' (Ed. Abril, 1985) e novamente depois em 'Almanaque da Mônica Nº 9' (Ed. Globo, 1988). Muitos Almanaques de 1988 tiveram republicações de histórias de 1978 e 1979 que já haviam sido republicadas em 1985 e 1986, 2 a 3 anos antes. Foi bom para quem começou a colecionar a partir de 1987 para conhecê-las, já quem acompanhou transição entre as editoras pode não ter gostado de reler tantas histórias que tinha lido há pouco tempo. 

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 27' (Ed. Abril, 1985)
Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 9' (Ed. Globo, 1988)

32 comentários:

  1. Que desenhos mais lindos, trabalhados... algo que não se vê mais hoje em dia de jeito nenhum. A capa também é muito fofa, já com o jeito dos traços dos anos 80.

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    1. Traços fantásticos, tinham todo o zelo e capricho pra fazerem. Hoje é o contrário, capaz de se verem traços assim o pessoal ficaria com medo, que poderia traumatizar as crianças. Na capa é o traço superfofinho que deixaram os personagens sem bochechas pontiagudas em definitivo, mas depois adaptaram pra deixar menos fofinho e ficar do jeito consagrado que conhecemos.

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  2. "A jovem Frankestônica" é, com devido perdão pela redundância, totalmente excelente!!!
    Seu Sousa está a cara do Mauricio, e não me refiro à(s) aparência(s) do cartunista retratado nas HQs, o personagem está assaz parecido com o aspecto físico de seu criador na vida real, parecidíssmo com visual de como se encontrava no final dos 70's e no início dos 80's.

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    1. "PARECIDÍSSIMO", pois, "parecidíssmo", nunca ouvi falar ou, como se falava antigamente, nunca vi mais gordo...

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    2. Maravilhosa, um grande clássico setentista. Acho que o Seu Sousa assim se pareceu com o Mauricio real de agora, de pelo menos quando tinha 60 anos. É que o Mauricio na época dessa história usava barba, não acho parecido com o aspecto físico da época. Seu Sousa aparentou um homem mais velho de cerca de 50 anos.

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    3. Bem lembrado, usava barba na época. O Mauricio de Sousa atual está bem idoso, mas até que está semelhante com a aparência que tinha na década de 2000.
      Ainda no que tange gente fictícia parecida com gente de verdade, Igor é outro assim, pois está bem parecido com o cantor pernambucano Geraldo Azevedo.

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    4. Isso, se pareceu mais com Mauricio dos anos 2000, ficou tipo uma previsão de como ele ficaria mais velho. O Igor até apareceu com Geraldo Azevedo só não se sabe se foi a intenção do roteiro do desenhista.

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    5. Sobre a fala contida no segundo quadro da antepenúltima página, Seu Sousa se mostra um conversa fiada de marca maior ao dizer para Dona Luísa fugir que ele aguenta as pontas. Problema nenhum se acovardar diante da criatura que parece ter acima de quatro metros de altura, todavia, que pontas aguentou se foge amedrontado junto à esposa? Talvez disse isto por causa do crucifixo, só para demonstrar que, como homem, marido e pai, tomou alguma atitude ao sacá-lo, erguendo-o em direção ao monstro. Não obstante, pontas mesmo, aguentou foi nada.
      De todas versões de Frankenstein que já vi, em termo(s) de tamanho(s), certamente esta é a maior em altura e consequentemente a mais corpulenta, sem menor sombra de dúvida.

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    6. Fica claro que a intenção da fala do Seu Sousa é isso de ser o marido e homem da casa que tinha que proteger a esposa, um costume machista muito comum da época, mas foi só da boca pra fora, não protegeu nada e se acovardou. Também não vi um Frankenstein tão alto como esse, o Barão queria chamar atenção mesmo na sua criatura, de não passar despercebido.

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    7. Ainda que o machismo fosse comum na época, fazia parte do conjunto de regras sociais dos 1970 e logicamente não foi diferente das décadas anteriores, até que a fala em si não é propriamente machista, vejo mais como um costume masculino, porque, na média, o gênero masculino possui maior força física em comparação com o gênero oposto e proferir algo do tipo com objetivo de proteger esposas, namoradas, mães, irmãs, filhos pequenos, etc, etc é um tipo de conduta natural, natural no sentido do que representa, do que compõe a síntese ou o cerne do que é ser masculino. E como falei acima, não vejo problema em homens que se acovardam diante de seres monstruosos, pois, de corajosos e valentões, cemitérios estão abarrotados, daí, a questão é só mesmo contradição, ou o paradoxo, isto é, dizer uma coisa e se comportar de maneira oposta ao que foi dito, e é isto que Seu Sousa apresenta na passagem em questão e, claro, se ficasse calado não passaria vergonha e não daria motivo para comentarmos, entretanto, como comicidade é a base da trama, ainda bem que o pai da Mônica nos presenteou com esta brevíssima contradição.

      Detalhes físicos que no mínimo são bem curiosos na aparência da criatura são o par de dentes frontais superiores arredondados e salientes e, os cabelos, digamos, "embananados". Tais características seriam somente meras coincidências ou seriam provenientes da transferência de personalidade? Posto que o detalhe foi ressaltado pelo Barão Francostim como efeito colateral e do qual não previu como potencial possibilidade de se concretizar. Personalidade da Mônica teria moldado cabelos e dentes do monstro? Como "A jovem Frankestônica" contém absurdos típicos daquelas épocas (60's, 70's, 80's e 90's do XX), tal possibilidade deve ser considerada.

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    8. Era um costume da época o homem dizer que era o chefe da família, aí retratou como era e bom que teve a comédia do Seu Sousa ter sido covarde e passar vergonha. O Barão provavelmente criou um Frankenstein normal sem característica física da Mônica, aí após a transferência ou foi um absurdo o monstro herdar essas características ou foi um efeito da transferência também adotar isso. Porque pelo certo seria só a personalidade, não características físicas. Eu considero como absurdo, só pra frisar visualmente que a Mônica estava no corpo do Frankenstein.

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  3. Eu lembro desta história, pois essa revista de 1978 foi uma das primeiras que eu li na vida. Muito bom relembrar... saudades desses traços.

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    1. Legal que foi uma das suas primeiras revistas que teve, foi uma ótima edição. Por coincidência o Almanaque da Mônica Nº 9 de 1988 foi um dos primeiros que tive e aí essa história da Jovem Frankestônica também foi uma das primeiras que li.

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  4. Permita-me falar sobre a capa da Mônica 102 - Abril: Belos desenhos e uma gag excelente mostrando os fones de ouvido pro Jotalhão. Ele usa as caixas do alto falante. kkkk. Muito bom mesmo. Abraços, Marcos!

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    1. Eles arrebentavam nas gags das capas e desenhos eram caprichados, foi uma ótima fase deles. Abraços.

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  5. Os desenhos bem diferentes detalhados artesanais bem cara da editora abril da editora globo pra frente já tinha um estilo próximo ao atual

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    1. Até que não, caro Miguel. Desculpe a discordância, mas penso que não podemos generalizar, porque os traços das HQs da MSP do período platinado (Ed.Globo) vão da excelência à decadência. No quesito qualidade visual ou qualidade de traços essa parceria dá tranquilamente para dividirmos em quatro fases.

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    2. Esses traços eram ótimos. Os desenhos assim, digamos, que já estavam mais próximos com as das histórias de miolo dos anos 1980, não era a toa que histórias dessa fase ainda eram republicadas nos primeiros anos da Globo.

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  6. Achei o seu Souza aí parecido com o Maurício da época cabelo preto e sobrancelha grande

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    1. Pareceu o Mauricio, mas acho mais parecido com o Mauricio dos anos 2000 porque na época ele usava barba e era mais jovem do que retratado assim.

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  7. Pelo detalhamento dos desenhos cenários grandiosos lembrou-se uma história da Disney talvez tio patinhas ou Mickey....aliás nessa época é editora abril dominavam o setor de quadrinhos que hoje nem possui mais.....já na época da globo os cenários já eram mais simples

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    1. Quanto a cenários internos e externos assaz detalhados em HQs mauricianas, considero que o auge se encontra entre 1974 a 1983, no entanto, penso que vossas senhorias quiçá discordem, colocando alguns anos a mais ou alguns a menos, e o auge a que me refiro tem a ver com maior concentração no que tange riqueza de detalhes e acabamentos impecáveis, isto é, o período em que isto foi mais frequente. Claro que após esse recorte cronológico ainda é possível encontrarmos muitas HQs da MSP que perfeitamente se enquadram no quesito em questão.

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    2. Na época tinham histórias que detalhavam mais cenários, mas prevalecia os cenários simples, variava de cada desenhista e muitas vezes também eram em histórias de terror. Na Globo, só de bem de vez em quando com cenários mais detalhados, tinha uma certa frequência maior nos anos 1970 a início dos anos 1980. Pode ser que por ter uma demanda maior de produções, aí deixavam cenários simples pra agilizar. pra mim tanto faz, ambos ficavam bons já que eram desenhos feitos a mão.

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    3. Na globo mesmo em histórias mais detalhadas os personagens tínhamos ja um padrão ....sei lá realmente um ritmo industrial tanto nas crianças e principalmente adultos....em tempos antigos tinha Maia variedades de pessoas e tipos...meio que depois as mulheres mais jovens são meio a lá tina ou gordinha lembrando a mãe do cebolinha e os homens variando cabelo e roupa.. meio que já com padrão Maurício de ser

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    4. Sim Miguel,, acredito que diminuíram detalhes e padronização mais por causa de demanda por terem 6 gibis nos anos 1990 enquanto que nos anos 1970 eram de 2 a 3 gibis. Mais gibis mais histórias pra serem produzidas.

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    5. Corrigindo, nos anos 90 eram 7 títulos de gibis fixos com histórias inéditas contando os gibizinhos e contando que Cascão, Chico e Magali tinham 2 gibis por mês e em alguns meses podiam ter 3 gibis, poderiam chegar a 10 por mês enquanto que nos anos 70 eram 3 gibis fixos por mês, aí não dava pra ter desenhos mais trabalhados e detalhados nos anos 1990, tinham que fazer mais simples pra agilizar e mais detalhado só de vez em quando, e até que não achava ruim, pra crianças é melhor visualmente cenários simples.

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    6. Poderiam... bem... acho que não, Marcos. Porque, se tratando de quantidade de edições, dez foram o padrão por boa parte da década, foi (foram) a média mensal durante pelo menos cinco ou seis anos dos 1990. É que a partir de 1993 os gibizinhos se tornaram um, uma edição por mês, dado que originalmente, os da MSP eram quatro edições, mês sim e mês não, ou quatro edições bimestrais, se assim soar melhor. Contudo, por favor me corrija, pois tenho certa dúvida, é que também considero possibilidade de oito gibizinhos mensais, sendo metade da MSP, aí, nesse caso, o padrão na alternância seria quinzenal, quinzenas com TM, quinzenas sem TM - só reforçando, a melhor fase dos gibizinhos, incluindo os de personagens de outros autores, durou apenas dois anos. Agora, a partir do quarto ano da década, com unificação dos gibizinhos e lançamento de Revista Parque da Mônica e, com isso, chegando a sete títulos de conteúdos inéditos, não havia mais como ter menos de dez edições por mês, percebe?
      Se estiver se referindo apenas aos cinco títulos principais, aí, sim, de vez em quando chegavam a dez por mês, com duas edições a mais, uma de cada um de dois dos três quinzenais.

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    7. Zózimo, me referi aos 5 títulos principais mais Parque e Gibizinho. Contando com esses, contagem certa era 10 gibis por mês e em alguns meses 11 gibis quando Cascão, Chico e Magali tinham 3 gibis por mês, mas aí era um deles com 3 gibis no mês. Gibizinho quando eram fininhos, os dos outros autores sem ser MSP não considero deles, o trabalho não era deles, só o título da editora que era quinzenal. E os gibizinhos da MSP fininhos juntos tinham a mesma quantidades de páginas dos de lombada de 1993 em diante produzidas por mês, tinham trabalho maior só em criar 4 capas no mês em vez de uma só.

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    8. "Gibizinho quando eram fininhos, os dos outros autores sem ser MSP não considero deles, o trabalho não era deles,(...)"
      Também não considero, Marcos. Caso considerasse, estaria completamente equivocado. O que ressaltei ao mencionar personagens de outros autores integrando o título Gibizinho foi que não apenas os da MSP compõem a melhor fase disso.
      Caso a TM não fosse parte, não sei se gibizinhos fininhos emplacariam por dois anos, quem sabe sim, pois no tocante a vigências de títulos e/ou vigências de formatos, vinte e quatro meses são pouco tempo - não tenho certeza se no formato ou no volume fininho duraram exatamente dois anos, vai que foi um pouco menos, o que posso afirmar sobre esse período foi que ocorreu entre 1991 e 1992.

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    9. Ah, sim. Os gibizinhos da MSP e os outros eram mensais cada, aí juntando, o título gibizinho que era quinzenal. Começaram como só da MSP, agora se fossem só os dos outros autores não daria certo, bem ou mal os que vendiam mais eram os da Turma da Mônica. Durou mais precisamente fininhos entre agosto de 1991 a dezembro de 1992, ou seja, 1 e 4 meses.

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    10. Imaginava que tivesse durado pouco menos de dois anos, como um ano e onze ou dez meses, sendo então que foi menos de um ano e meio e, como na época mergulhei e nadei de braçadas nos gibizinhos da MSP, quando lembro disso dá impressão que a fase das edições fininhas durou por volta de três anos. Quando chega janeiro de 1993 e me deparo com aquele negócio meio empaçocado, um, digamos, "almanaquinho" e automaticamente me dou conta de que aquela variedade, todas aquelas emancipações haviam sido encerradas, aí, foi aquela brochada... Tínhamos titulares como Papa-Capim, Rolo, Penadinho, Turma da Mata, Anjinho, Pipa, Bidu, etc, essa diversidade foi uma sacada ímpar, tivemos até o retorno de Pelezinho num título contínuo, pois, antes disso, o que publicaram pela platinada desse núcleo foram edições esporádicas.
      Por terem um modelo de volume harmônico e com edições marcantes, os fininhos (da MSP) deveriam ter vigorado por, ao menos, uns trinta e seis meses.

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    11. Foi tão marcante e terminando na numeração 26 que dava impressão que durou mais tempo. Os com lombada a partir do Nº 27 foi menos atraente, juntaram as mesmas quantidades de páginas em um só volume, era legal cada personagem com título próprio e a expectativa de quais eram os 4 que teriam os gibizinhos no próximo número. Outro fator ruim foi o papel que era couché nos fininhos e passou a ser de jornal convencional nos com lombada. Acredito que fizeram isso pra ter menos custos e também dependendo do personagem nos fininhos, o pessoal não comprava se não gostava do personagem, se não fosse isso, continuariam fininhos até o final da série se quisessem.

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