segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Chico Bento: HQ "Meu doce portuguesinho"

Em outubro de 1994, há exatos 30 anos, era publicada a história "Meu doce portuguesinho" em que o Chico Bento fica com ciúmes e discute com um menino português pensando que estava dando em cima da Rosinha. Com 9 páginas, foi história de abertura de 'Chico Bento Nº 203' (Ed. Globo, 1994).

Capa de 'Chico Bento Nº 203' (Ed. Globo, 1994)

Chico Bento pede uma paçoca na venda do português Seu Manuel, que continua limpando o copo sem vender para o Chico e diz que estava com a cabeça nas nuvens porque tem uns parentes que vieram visitá-lo. A paçoca é vendida, depois que sai, Chico comenta que Seu Manuel fala engraçado e que vai levar a paçoca para a Rosinha e dizer que a paçoca é que nem ela: doce, pura e sincera.

Chegando lá, vê a namorada conversando com um menino e fica com ciúmes. Chico dá bom dia e fala para Rosinha que trouxe uma paçoca, que é igual a ela: doce, falsa, fingida. Rosinha lhe apresenta seu amigo português, o Victor, sobrinho do Seu Manuel, que vai cumprimentar o Chico perguntando como está e Chico dá um tapa na mão dele, dizendo que está de pé. Rosinha manda Chico ter mais modos com o Victor que veio de Portugal, Chico pergunta quando ele vai voltar e Victor responde que de hoje a oito dias, se calhar e Chico pergunta se encalhar onde.

Rosinha diz que o Victor tem um jeito meio diferente de falar e estava ensinando umas palavras para ela. Victor conta que acha o Brasil "uma terra mui, mui gira", Chico não entende e pergunta se ele acha que são pirados. Victor fala que gira é o mesmo que bestial  e Chico dá um soco no olho do Victor por achar que o português chamou todos brasileiros de bestas. 

Rosinha explica que bestial em Portugal significa sensacional, incrível, maravilhoso e pergunta se Victor está bem. Ele diz que precisa de um "penso rápido" e Chico dá gargalhada que ele precisa aprender a pensar rápido para não falar besteira e apanhar. Rosinha fala que "penso rápido" em Portugal é curativo. Chico diz para o Victor que falam tudo errado e, se quiser, o leva para escola para aprender Português. Victor diz que fala Português muito bem, vem da terra de Camões e Chico fala que o que o poeta dele faz com as mãos, ele faz com os pés.

Victor acha que Chico passou dos limites e se preparam para brigar, dizendo que vai dar uma "tareia" e Chico, uma "bifa na orelha". Rosinha impede a briga, diz que os portugueses e brasileiros têm que ser amigos, foram os portugueses que descobriram o Brasil. Chico achava melhor que podia ter deixado coberto mesmo e diz que se quiser continuar sendo namorada dele, não  é para conversar com o Victor e, assim, Rosinha termina namoro com o Chico.

Nos outros dias, Chico fica escondido atrás da Rosinha e do Victor, aonde eles iam, ele ia atrás, Vê os dois comendo pastel de Santa Clara, especialidade de Portugal, na venda do Seu Manuel e Chico se convence que perdeu a Rosinha, imagina que um dia vão abrir uma padaria juntos, cada vez que for comprar pão será um sofrimento e pior Victor levar Rosinha para Portugal como navegador português.

Chico corre atrás da Rosinha, não querendo que isso aconteça, bem na hora que a Rosinha estava se despedindo do Victor, que estava voltando para  Portugal com a família. Rosinha diz que ele estava de férias, vai sentir falta dele, não por estar interessada, só é um amigo e gosta é do Chico e dar um beijo nele. No final, Chico fala que quem foi para Portugal, perdeu o lugar.

História engraçada em que o Chico vê o menino português conversando com a Rosinha e fica com ciúmes e ainda implica e debocha do jeito de falar do Victor e pensa que era outra coisa por causa da diferença do dialeto português. Passa várias mancadas até terminar namoro com a Rosinha, passando a imaginar várias coisas do futuro entre Rosinha e Victor e Chico só volta a fazer as pazes com a Rosinha no final depois que o Victor volta para Portugal.

Chico machista não aceitava sua namorada conversando com outro que pensava que estava sendo traído. E por não entender certas palavras que o Victor falava, partiu para briga. Foram engraçados os trocadilhos com dialetos diferentes como "calhar" em Portugal, pensar que é encalhar, "gira" pensar que é pirado,  "bestial", pensar que é besta, "penso rápido", pensar rápido para não falar besteira.  Mesmo quase perdendo a Rosinha, Chico não aprendeu a lição e continuou sendo machista, achando bom que o português perdeu a Rosinha para ele. Aliás, Rosinha já estava na fase de reclamar de tudo, sem paciência com o Chico e terminar namoro por qualquer coisa.

A história mostrou contraste entre a roça e Portugal e problemas de comunicação já que aparentemente portugueses têm língua parecida com os brasileiros, mas têm palavras que são diferentes e causam estranheza e confusão, como as palavras "gira", "bestial" e tantas outras. Só não mostraram tradução nos diálogos de "calhar" (acontecer) e "tareia" (surra), mas pelo contexto dava para os leitores entenderem, menos o Chico. Também vimos palavras caipiras também difíceis de serem compreendidas como "enrabichar" e interessante que até que o Victor entendeu bem o que o Chico falava em caipirês, o Chico que não entendia o português. Chico não sabia nem quem era Camões, dizendo o que o poeta faz com as mãos, ele faz com os pés, foi demais assim como dizer bife na orelha na hora da surra. Foi bom que a gente aprende o dialeto de Portugal e seus costumes se divertindo, sem deixar tudo didático.

Destaque também o Chico comparar Rosinha como paçoca, antes e depois de ter a visto com o Victor, imaginando adulto indo comprar pão na padaria dos dois e irem para Portugal como as "Grandes Navegações" e que preferia que o Brasil continuasse coberto. Mostrou também a cultura portuguesa como os famosos pasteis de Santa Clara e no início do Chico pedir paçoca e Seu Manuel continuando a limpar o copo, uma referência no sentido de que portugueses são literais, tipo, o Chico perguntou se tinha paçoca e Manuel disse que tinha e pronto, Chico não perguntou que queria comprar uma. Aliás, Seu Manuel parece com o Seu Quinzão, pai do Quinzinho. Victor e seu tio Manuel apareceu só nessa história, como de costume com personagens secundários de intenção de aparições únicas. 

Os traços ficaram bonitos da fase consagrada dos personagens, pena as cores mais fortes e mais escuras como estavam colocando no segundo semestre de 1994. Incorreta hoje em dia por ter namoro, chacota com portugueses, brigas, Chico dar soco no Victor, aparecer dentro da lata de lixo, ser machista, ciumento e xenofóbico, sem aprender nada no final, nem pedir desculpas por ter sido tão grosseiro o tempo todo, achando bom que o Victor perdeu o lugar da Rosinha. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

24 comentários:

  1. Essa revista aí eu comprei há 30 anos atrás, como o tempo passou rápido, incrível! Esse sim é o Chico Bento raiz, meio atrapalhado, cômico e um legítimo caipira. Ainda bem que tem muita revista antiga pra relembrarmos a personalidade original dos personagens, pq hj em dia só sobrou os nomes dos personagens, além de uma aparência digitalizada (bem piorada) deles. Não reconheço mais nenhum personagem da Turma hoje em dia.

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    1. Melhor fase dos desenhos pra mim e essa da minha infância.... quadros grandes nos gibis pequenos
      ..os grandes era uma ostentação quando comprava....tipo mônica e almanaques

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    2. Hoje as crianças são proibidas de ver defeitos...acham que vão imitar os personagens....nem parece que esses pais cresceram lendo os gibis

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    3. Ricardo, passou rápido mesmo, o tempo voa. Assim que Chico Bento era legal, bem divertido. Única forma de ver as verdadeiras características dos personagens são nas antigas, não dá pra ver esses gibis no os, estão descaracterizados demais, só tem o nome agora.

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    4. Miguel, foi uma ótima fase, sem dúvida. Traços assim eram ótimos. As proibições são por isso de acharem que os filhos vão imitar personagens, que se for pra imitar que seja dando bons exemplos. Aí já entra na falta de boa educação dos filhos, os pais que tem que educar que não é pra fazer o que os personagens fazem e eles têm que distinguir o que é certo ou errado.

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  2. "_ I vai vortá quando?!"
    "_ De hoje a oito dias, se calhar!"
    E que calhada! Rosinha como anfitriã do lusitaninho por oito dias, pelo qual fica vidrada, toda derretida... Argumentista foi cruel com o caipirinha...
    Ainda bem que lembrou da penúltima e antepenúltima páginas, Marcos. A princípio pensei que fosse supressão, isto é, que fosse proposital, por se preocupar com nossa(s) integridade(s) psicológica(s) ao deduzir que poderíamos ficar traumatizados com o martírio do protagonista.

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    1. Bem cruel, deixou Chico sofrendo quase toda a história, ainda bem que ele não entendeu o significado de calhar, aí ficaria mais puto ainda. Acho que deu erro na hora de inserir as imagens e corrigi depois, bom que imagina as cenas faltantes.

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    2. Na verdade, Chico sofre nas antepenúltima e penúltima páginas, e foram estas que a princípio faltaram. Nas demais se irrita e se diverte ao mesmo tempo, exceto na primeira e primeira metade da segunda em que, até então, encontra-se de bem com a vida e, a última, em que reconcilia com Rosinha. 50% da trama é pura zoeira da parte dele e a outra metade se divide em estar de boa, sofrer e terminar apaziguado. Por isto pensei que a suposta supressão fosse empatia de sua parte para nos preservar da dor do protagonista. Mas, esquenta não, pois, frequentadores deste espaço são tudo pedra noventa, total oposto do MLP (Movimento Leite com Pêra), ou seja, "nóis suporta"!

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    3. Ele sofreu mesmo nessas páginas finais, mas com certeza a omissão não seria de poupar ver o sofrimento, já penso o contrário, tem que mostrar mesmo. Foi só coincidência de não ter carregado logo essas páginas.

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    4. Tem "qui mostrá mermo", tem que ter dó de ninguém, tem "qui iscancará"!
      No penúltimo da sétima (pág.9), pela expressão da Rosinha, parece saber que Chico está malocado na lata e daí capricha ao jogar embalagem ou guardanapo no lixo, parece que joga com gosto. O que acha, Marcos? Percebeu ou não percebeu que estava(m) sendo vigiada(os)?

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    5. Isso aí, sem dó nem piedade, doa a quem doer. Eu vi comentários na internet de pessoas de cerca de 20, 30 anos, tudo detonando essa história, reclamando que é péssima, deprimente, que o Chico agiu péssimo com o Victor e nem aprendeu a lição no final, essas coisas. Esculacharam mesmo, então essa parte que ficou sem aparecer aqui um momento até ajudou a amenizar esse pessoal do politicamente correto embora até o início acharam ruim, não só o final.

      Eu acho que a Rosinha percebeu que estava sendo vigiada, talvez o Victor não, mas a Rosinha, sim, aí por isso ela jogou o guardanapo no lixo daquele jeito com força.

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    6. " "Meu doce portuguesinho" " tem nada de deprimente, pelo contrário, é uma excelente comédia. Tem que ser muito imbecil - e muito canhoteiro - para não captar a proposta de uma trama como esta, e tem mais: posto que Rosinha dá maior bola para o guri estrangeiro, por parte do protagonista não há, por exemplo, xenofobia, o que há são ciúmes, não obstante, nessas redes sociais da vida, duvido nada da possibilidade de analisarem enviesadamente este roteiro e tentarem atribuir ao bom e velho caipirinha a pecha de xenófobo ou, mais precisamente, tachá-lo de lusófobo.

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    7. Verdade, é um humor de primeira e o povo não entende, só implica por causa dos maus exemplos. Esses classificam a atitude do Chico como xenofobia, teve isso nos comentários, não veem o lado engraçado, só crucificam as coisas erradas. O que teve de gente reclamando principalmente do final não é brincadeira, povo chato, por isso os gibis de hoje estão sem sal assim, porém pra eles estão ótimos como se encontram. Saudades quando eram gibis de humor.

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    8. Na vdd Chico não tava nem aí se o cara era de Portugal ou não ..só não entendia o que ele falava
      Aqui no Brasil mesmo tem dialetos de uma pessoa do sul ou do nordeste que alguém do sudeste não entenderia..e a riqueza do nosso idioma sendo mostrada de uma maneira divertida...outra se não tem conflitos não tem história vira cartilha educativa..e igual vilão de filme ou novela..o caras mau porque e não pra mover a história não precisa te trauma nenhum por isso

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    9. Se você passa uma lição no final qual o problema de vermos a maldade que afinal existe de vdd no mundo real... Sabe dizer se nos gibis da Disney TB tem essa preocupação em ser certinho?

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    10. Já li em algum lugar que nos quadrinhos Disney também andam pisando em ovos, não creio que no mesmo nível da MSP.

      Quem problematiza HQs da TM clássica dos velhos tempos não tem estabilidade emocional, são adolescentes e adultos afeitos à histeria.
      Acho que a única HQ antiga da MSP que tenho determinada reserva é "Programada para comer" (Magali nº10, Globo), devido ao fato do malfeitor não sofrer punição alguma sendo que aprontou muito, muito mesmo, considero como uma falha moral, falha de roteiro, todavia, gosto muito dessa história e, mesmo que não gostasse, não conseguiria problematizá-la, não tenho capacidade para isso e nem me interessa criar caso com algo assim, o que faço é não passar pano para o que considero falhas contidas nessas memoráveis tramas de que tanto gosto, só isso. É que aprecio as antigas HQs da MSP pelo viés crítico, não consigo apreciá-las pagando pau, fazendo vista grossa para um ou outro detalhe de que discordo. Por mais que eu goste, procuro ser o mais imparcial possível dentro das minhas preferências e o mais justo possível em minhas análises.

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    11. Sim, o Chico tratou o Victor assim mais porque não entendia o que ele falava e também pelo ciúmes da Rosinha. Se fosse de outro estado do Brasil ele também faria a mesma coisa ou ainda ele poderia ser o alvo por causa do caipirês. Não vejo maldade nisso e ainda ajuda a aprender palavras de outros idiomas. Também já vi que na Disney também andam envolvendo politicamente correto, mas, claro, que não na proporção como está sendo com a Turma da Mônica atual, pelo menos por enquanto. Infelizmente isso é algo global e se preocupam também nas exportações das histórias e não iam querer ficar mudando roteiros de acordo com as culturas de cada país.

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  3. Chico mega ciumento... muito errado, erradíssimo, mas é incrivelmente engraçado. Me divirto demais. Amassando paçoca na frente da namorada, chamando de falsa e fingida. Ruim para ele, que jogou dinheiro fora a toa. Coitado do cara, que veio de longe para receber tratamento assim e ainda apanhar. Gostei da amizade da Rosinha com ele, uma boa química, e a briga sobre português brasileiro e português de Portugal foi bem-bolada. Até eu pude conhecer umas palavras novas que ainda não havia visto.
    Na verdade, estou conhecendo mais essa faceta do Chico agora, normalmente vejo mais histórias com a Rosinha sendo ciumenta com ele e arrogante com outras meninas. É até legal ver que o ciúme não é uma via de mão única.

    Só acho que a Rosinha perdoou ele muito fácil, muito rápido. Ele pediu desculpas a ela, nem fez nada realmente para reconquistá-la. Nem se desculpou com o menino, que era quem ele de fato via desculpas. Sem lição para ele aqui, bem filho da mãe. Ainda assim, gostei. Nota 8.

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    1. Foi engraçado isso do Chico chamar Rosinha de falsa e fingida amassando a paçoca e seria o contrário se não visse a Rosinha com o Victor. A briga foi boa também e também aprendi palavras portuguesas que não conhecia. Às vezes era a Rosinha bancando ciumenta, outras vezes era o Chico, já vi outras vezes ele assim, mas não era um padrão, varia de cada roteiro. Dessa vez ele nem pediu perdão, continuou com a mesma mentalidade e a Rosinha aceitou de boa, bem incorreto.

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    2. Dado que se joga aos pés da Rosinha, acaba se redimindo com esta postura. Não estou passando pano, é que este detalhe merece um certo destaque. Claro que não se retratou com o português, mas é necessário compreender que ele o vê como adversário, alguém que poderia lhe tirar a namorada, visto que Rosinha demonstra interesse pelo Victor, quer conhecê-lo melhor, fez amizade com ele, serviu até de anfitriã. Esperar que lidasse com isto de maneira menos incisiva para alguém notoriamente bronco e conservador seria exigir muito do nosso matuto favorito. O Chico Bento atual talvez consiga ser equilibrado diante de tal situação, já o genuíno, não, e, sinceramente, ainda bem que não, pois o Chico das antigas é devidamente incorreto, ou seja, é incorreto na medida certa.
      Mulheres adoram ver os homens jogados aos seus pés, pelo menos a maioria é assim, daí, imagino que foi isto, Isabella, que fez Rosinha perdoá-lo sem cerimônia.

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    3. O Chico se jogar aos pés ajudou muito a Rosinha perdoá-lo. O Chico de hoje nem namora, mas se por acaso tivesse situação assim, sem dúvida seria mais controlado, teria mais respeito com o Victor e até com a Rosinha também, saberia controlar.

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    4. Rosinha é fogo, Rosinha é braba de fato... quer atenção, quer ser paparicada, quer ser valorizada, quer ser a coisa mais importante na vida do rapaz. Típica mocinha mimada e que gosta desses mimos. Chico, por sua vez, não fica tão atrás... em algumas histórias banca bem o Super Machista Opressor. Também não é inocente aqui.

      Chico e Rosinha são os dois muito inseguros de fato, mudam de posição de história em história. Por causa de toda essa insegurança e ciúme deles ás vezes quase beira a possessividade e relação tóxica. Digo QUASE. Não tem porque culpá-los, são crianças, são inocentes, não tem real noção, mas as vezes o relacionamento é um pouco sufocante. Esperamos que ambos vão amadurecer cada vez mais a relação quando ficam mais velhos, aí sim.

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    5. Verdade, os dois estavam errados e são inseguros. Não é a toa que brigavam muito, a Rosinha por qualquer coisa implicava com o Chico, que por sua vez não deixava barato. Mas faziam as pazes no final, um merece o outro.

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    6. E o desfecho fica redondo por causa do caipirês, rimando "Portugar" com "lugar". Se este roteiro fosse publicado quando o sensacional recurso ainda não era uma característica do núcleo, o desfecho ficaria, não totalmente, mas, parcialmente impreciso, a rima é o que proporciona o devido arremate.

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