sábado, 31 de agosto de 2024

Cascão e Mingau: HQ "Um gato que cai"

Em agosto de 1994, há exatos 30 anos, era publicada a história "Um gato que cai" em que o Cascão pega o Mingau para pular de uma plataforma alta para ganhar dinheiro a custa dele. Com 14 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 199' (Ed. Globo, 1994). 

Capa de 'Cascão Nº 199' (Ed. Globo, 1994)

Mingau caminha pelo telhado, encontra um gato deitado lá e eles brigam por um não ir com a cara do outro. Cascão aparece durante a briga, vê os gatos caindo do telhado e acha que aconteceu uma tragédia do Mingau ter morrido ao cair naquela altura e que a Magali vai ficar tão triste. Só que Cascão logo vê o Mingau vivo e andando normalmente e pergunta como sobreviveu caindo naquela altura, acha que é um gato mágico, tem uma ideia e vai chamar a Magali. 

Quem atende é o pai dela, avisando que saiu com a mãe. Cascão disse que ia pedir o Mingau emprestado, Seu Carlito se interessa e diz que pode levar, tem certeza que a filha vai aceitar e pode ficar com ele o tempo que quiser e depois que o Cascão vai embora, quem sabe assim se livra aquele gato cheio de pelos. Cascão pega o Mingau, mesmo contra a vontade dele e diz que eles vão ficar ricos.

Depois, Cebolinha vê Cascão construindo a plataforma de onde Mingau vai pular, Cascão explica que viu Mingau caindo de telhado altíssimo e saiu andando numa boa e agora vai cobrar ingressos para pessoal vê-lo pulando. Cebolinha pergunta se a Magali vai autorizar isso, Cascão fala que tem autorização do pai dela, só falta convencer o Mingau, dentro da jaula, que estava meio invocado.

Cebolinha fala que é uma loucura, mas quando Cascão diz que vai cobrar dez centavos de Real por ingresso, Cebolinha se anima achando que é uma loucura saudável e se torna sócio do negócio. Cascão manda pintar uma faixa escrito "Mingau, o incrível gato acrobata" enquanto ele vai vender os ingressos. Depois, Cascão volta com dinheiro de todos os ingressos vendidos e Cebolinha pintou a faixa, só que do jeito como ele fala, trocando "R" pelo "L".

Chega o público para ver o pulo do Mingau, a menina pergunta se era ali que vão obrigar um gatinho  a pular arriscando a própria vida. Cascão confirma, ela acha que um perigo, um absurdo, um pobre gatinho, mas logo para o drama e quer saber onde ela senta. Em seguida, chega o Tonhão e os Brutamontes da Rua De Cima, depois Titi e Aninha, que pergunta para o namorado que foi este programa do Mingau acobrata que ele a convidou e Titi responde que não tinha grana para o cinema.

Chega mais gente e depois Seu Carlito, bem animado, com pipoca e bandeirinhas de "Pula! Pula!", perguntando se já começou. Cascão diz que ainda não e Seu Carlito acha ótimo, não quer perder nem um pedacinho e parabeniza Cascão pela ideia genial que teve.

Depois de todo mundo ter chegado, Cascão começa o espetáculo, anuncia que o herói saltará daquela altura enorme sem rede de proteção e apresenta o Mingau, que, furioso, quer arranhar o Cascão quando o tiram da jaula. Cascão o segura, avisa que ele está nervoso e o leva até ao alto da plataforma. Cebolinha rufa os tambores e Seu Carlito comemora mandando pular logo. 

Cascão manda Mingau pular, ele fica com medo e avança em cima do Cascão. Seu Carlito reclama se o gato vai pular ou não e vai gritando "Pula! Pula!". Magali se aproxima vindo da rua com a Dona Lili e se espantam com o que veem. Cascão joga o Mingau, Magali corre, afastando todo mundo da plateia pela frente e consegue se abaixar na direção que o Mingau pulou e cai em cima dela. Magali fica feliz que o seu gatinho está bem e Mingau diz que graças a ela, economizou uma das vidas dele.

Seu Carlito e toda a plateia vaiam e reclamam que foi marmelada. Magali pergunta ao pai se ele não tem vergonha de concordar com uma coisa dessas e Seu Carlito conta que foi pelo bem da arte, soube que o Mingau tem talento. Cascão diz que ele caiu do telhado e não morreu e Magali fala que todo gato faz isso, caem de pé, só não é bom arriscar. 

O gato que caiu com o Mingau também está vivinho da silva e Tonhão quer saber se vai devolver a grana deles por bem ou prefere apanhar. Cascão devolve e lamenta porque foi uma ideia boa. Cebolinha diz que Cascão é burro, se não sabia que todo gato cai em pé e Cascão pergunta se, por acaso, ele também sabia. 

Mônica aparece, fala que não gostou o que o cebolinha fez com o gatinho da Magali. Cebolinha quer saber quem falou que a ideia foi dele e Mônica diz que nem precisa vendo aquela faixa e bate nele. No final, Cascão tem ideia de anunciarem o espetáculo "Cebolinha, o incrível menino que apanha, apanha e continua em pé", colocariam a Mônica para batê-lo em público e cobrariam ingresso.

História legal em que o Cascão vê o Mingau cair do telhado e não morrer e achar que era um gato mágico e querer ganhar dinheiro com apresentações do gato acrobata. Tem permissão do Seu Carlito, monta a plataforma, junta a plateia e bem na hora do Mingau ser jogado, Magali aparece e consegue fazer com que o gato caia em cima dela. Cascão precisa devolver o dinheiro da plateia, mas não apanha da Mônica, que pensa que foi ideia do Cebolinha e bate só nele e Cascão tem ideia de fazer espetáculo com o Cebolinha que apanha e continua de pé.

Cascão não sabia que todo gato cai de pé, mas pelo visto nem Cebolinha e nem a plateia que estava lá também, senão não pagavam ingressos para ver o Mingau pular. Todos que estavam lá foram canalhas de querer assistir o gato pular, sem ter pena dele, mas o pior de todos foi Seu Carlito de autorizar o Cascão levar o Mingau sem consentimento da Magali e ainda ser o mais animado, fazer festa para ele pular para se livrar do Mingau, parecia até a Dona Morte disfarçada. Era normal o pai da Magali ser perverso com o Mingau por causa de sua alergia a pelos, tiveram outras histórias boas dos anos 1990 com ele fazendo de tudo para se livrar do gato da filha.

Cascão, quem armou tudo, ainda se deu bem que não apanhou da Mônica nem do Tonhão e os brutamontes, deixou a culpa só para o Cebolinha, só perdeu o dinheiro, mereceria ter apanhado também até da Magali. Se Cebolinha tivesse escrito certo a faixa, não apanharia da Mônica ou pelo menos o Cascão apanhava junto. Normalmente o Cebolinha fala trocando o "R" pelo "L", mas escreve certo, mas dessa vez foi preciso para ter a piada final. Seu Carlito também não teve uma punição, pelo menos pública, mas que nada impede de em casa levar bronca da filha e da esposa e não falarem com ele por um tempo e elas não podem mais deixar Seu Carlito sozinho com Mingau em casa.

Resta saber se o Cebolinha ia topar o espetáculo com ele visto que também tinha ganância com grana, mas pela cara dele parece que não topou. Foi engraçado ver Mingau dizer para o Cascão "Sai pra lá, fedor!" e "Nem morto!" antes do Cascão pegá-lo, Cebolinha escrever faixa como ele fala, a menina com drama de "Pobre gatinho! Onde eu sento?", Titi levar Aninha pra ver gato pular porque não tinha dinheiro para cinema, a festa do Seu Carlito, como único adulto no meio das crianças e desejando que o Mingau pule logo e Mônica bater no Cebolinha só porque viu a faixa sem deixá-lo explicar. 

Foi legal também uma história do Mingau sem ser em uma revista da Magali, além de Seu Carlito e presença da Aninha também, gostava quando personagens assim que não se cruzavam muito aparecendo nas revistas do Cascão para diferenciar já que saiu da mesmice do Mingau sempre contracenar só com a Magali. O preço do ingresso foi aparentemente barato, nos primórdios do Real no Brasil, foi primeira história com referência a moeda recém-lançada. Colocaram cédulas na história porque provavelmente corrigiram o valor de última hora a ponto do gibi chegar nas bancas já que dez centavos era moeda. 

Além de se divertir, ainda aprendemos que todo gato cai em pé, mas também tem um limite de altura, se cair de um prédio alto, aí não tem jeito, vai morrer ou se machucar feio. Impublicável hoje em dia por ter maltrato a animais, Cascão querer jogar Mingau do alto, crianças quererem tirar a prova, Seu Carlito desejando morte do Mingau, Cebolinha apanhar e aparecer surrado do jeito que ficou, é proibida a palavra "louco" e também não pode expressões populares como "nem morto", "acabei de acabar", "está vivinho da silva", etc,  o que é uma pena que deixavam diálogos muito mais divertidos do que a norma culta e mostravam nosso cotidiano.

Os traços ficaram excelentes do estilo consagrado dos personagens, o Mingau ficava muito fofo desenhado assim. Pena as cores estarem em tons bem escuros nesse segundo semestre de 1994. Nunca foi republicada, se tornando rara, porque histórias do Cascão de 1994 já pegou a Editora Panini a partir de 2008 e já consideravam muito errada para os padrões do politicamente correto, inclusive muitas histórias das revistas quinzenais a partir daí nunca republicaram até hoje por isso. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos. 

44 comentários:

  1. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: você irá comprar o Livro Turma da Mônica E Marcelo Marmelo Martelo, ou, não?. Por gentileza, por que o Almanaque do Cebolinha Edição #23 (Edição #108-Segunda Temporada), e, os Quatro Livros de As Grandes Paródias da Turma da Mônica: "UM PEIXE!", nos quais, os Quatro Livros As Grandes Paródias da Turma da Mônica, eles não foram incluídos no Checklist do mês de Novembro do ano de 2024, da Turma da Mônica/MSP, no site da Loja PANINI COMICS Brasil, sim?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Boa noite. Não sei qual livro é "Turma da Mônica E Marcelo Marmelo Martelo", provavelmente não vou comprar. "Um Peixe!" também não vou comprar. Não sei se foram inclusos no site da Panini. Abraços.

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    2. Vão vender em livrarias. Edições não incluídas no site foi erro da editora, depois postam.

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    3. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  2. KKK , Esse Negócio da Mônica Bater No Cebolinha Sem Ele Nem Mesmo Se Justificar Me Lembrou A Dona Florinda , E Falando Nisso , Eu Comparei Os Personagens de Turma da Mônica Com Os de Chaves E Como Será Que Vai Ficar 💱

    Chaves = Cascão
    Quico = Xaveco
    Seu Madruga = Cebolinha
    Dona Florinda = Mônica
    Chiquinha = Magali
    Seu Barriga = Nho Lau
    Professor Girafales = Franjinha
    Bruxa do 71 = Tia Nena
    Nhonho = Fabinho Boa Pinta
    Popis = Denise
    Godines = Do Contra
    Jaiminho = Pajé
    Dona Neves = Vó Dita
    Paty = Carminha Frufu
    Seu Furtado = Capitão Feio
    Chapolin Colorado = Chico Bento
    Glória = Tina
    Louca de Escadaria = Bruxa Viviane



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    1. Verdade kkk. Dona Florinda batia no Seu Madruga sem deixá-lo se explicar, a Mônica seguiu essa ideia. Não ficou ruim essa comparação, seria legal se fizessem paródia do Chaves no estilo "Clássicos do Cinema", agora renomeado para "As Grandes Paródias da Turma da Mônica".

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  3. Kkkkkkkk, o pai da Magali é a melhor parte desta história, ele torcendo para o mingau pular, e coitado do cebolinha, mesmo sem fazer nada apanha. Excelente história. Certamente impublicável atualmente e curioso essa dupla protagonizar uma história, cascão e mingau.

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    1. Foi hilária a torcida do Seu Carito, queria se livrar do Mingau de qualquer jeito. O Cebolinha até teve culpa por ser cúmplice do Cascão, mas não mereceria apanhar sozinho, Mônica tinha que ter batido também no Cascão, foi burra de não deixar o Cebolinha se explicar. Magali também devia bater neles se não tivesse segurando o Mingau, mas no caso dela, só bateria em alguém se tratasse de comida. Também gostei muito da dupla Cascão e Mingau, diferenciou bem, principalmente por não ter saído em gibi da Magali.

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  4. HQ top de linha, tanto em roteiro, quanto no visual.
    Não digo que seja a cereja do bolo, mas, empolgação de Seu Carlito para ver o gato se estrepar, único adulto numa plateia infantil e, ainda fazendo coro, tietando contra um, digamos, "ente familiar", acrescentou muito à trama. Baixou nele a sanha da Dona Morte. Consigo entendê-lo, porque, dentre mães e pais da turma do Limoeiro, aparentemente Carlito é um dos que menos têm sossego dentro do lar, sendo Mingau, por atacar sua alergia, um dos motivos. Em termos de angústia, a mãe do Dudu parece empatar com ele.

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    1. Maravilhosa, é boa em tudo. Seu Carlito fez a diferença, foi de rachar de rir fazendo coro no meio das crianças, sem dúvida incorporou a Dona Morte, que adorava fazer essas cenas com suas vítimas. Ele não tem sossego em casa, a alergia o atrapalha muito, Dona Cecília também passa bastante perrengue com o Dudu sem comer, acho que ela sofre mais porque a causa é com o filho pestinha.

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    2. É que, de certo modo, é pressionado pelo apetite da filha, somado com que o bichano lhe causa, daí, aparentemente, o fardo dele se equipara com o da Dona Cecília. Ademais, não fica atrás o que Dona Lurdinha passa com o filho, os três carregam cruzes distintas, porém, pareadas.

      Penúltimo quadro da sexta página (pág.8), sapatos do Cebolinha estão camuflados, isto é, com mesma cor do gramado.

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    3. Ah, sim, tinha esquecido que Seu Carlito lida com o apetite da Magali. Fica empate então. Dona Lurdinha também passa grande sufoco com o Cascão, não é fácil ser mãe deles. Realmente pintaram sapatos com a mesma cor da grama, como o marrom saiu bem escuro, nem deu pra eu perceber de cara o erro.

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    4. Outros erros, mais discretos ainda, estão no antepenúltimo quadro da penúltima página, com calção do Tonhão sem listras e, no último da primeira página, cuja pata dianteira esquerda do gato de pelagem laranja, está branca.

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    5. São erros difíceis de identificar de cara, principalmente o da pata do gato laranja, só detalhista pra ver, nu cá ia vê-los.

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    6. No último quadro da décima primeira (pág.13) boa parte do Titi e pé esquerdo da Magali estão desfocados, o que vem a ser? Falha na impressão (erro de resolução, erro gráfico); ou alguma substância acidentalmente derramada, ao secar ou ser removida, embaçou; ou falha no escaneamento? Plural (algo da edição ou de determinado lote), singular (pequeno dano na página do exemplar) ou digital?

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    7. Acredito que foi erro de impressão, nem culpa de colorista dessa vez. Pode ser alguns lotes ou todos os gibis, aí só conferindo outros exemplares. Tem nada de digital na época, foi coisa manual mesmo.

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    8. Se fosse falha digital, seria de sua parte, percebe? Como ocorreu com "Caranchico ou um aniversário na vida do Chico Bento", em que reescaneou a nona página da HQ (pág.11 da edição).

      Outros errinhos com cores estão em Mingau, segunda página: no segundo quadro, a pata dianteira direita está laranjanda e o focinho, ou pequenino nariz, que deveria estar em rosa, está branco e, no terceiro quadro, pata esquerda traseira também está em laranja, erro bem dichavadinho, só focar na cauda do adversário, está junto a ela, ou do lado dela.

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    9. Não, o scan saiu certo como apareceu no gibi, foi erro de impressão do gibi mesmo. E esses erros com cores do Mingau foram bem mínimos.

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    10. Outros mínimos, só que de desenhista, ou de arte-finalista, são os bigodes do gato, foram esquecidos no penúltimo da décima primeira (13) e no primeiro da décima segunda (14).

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    11. Verdade, esqueceram do bigode do Mingau, mais perceptível na página 13.

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    12. O garoto de sapatos e camisa roxos com calção e boné verdes, aparece em sete quadros, seu nariz alterna em dois formatos: redondo, de tamanho médio e, pontudo, tipo do Piteco. A falta de padrão nasal encontra-se facilmente identificável nos segundo e quarto quadros da página em que Magali amortece impacto da queda do gato. Ao todo, aparece três vezes na forma pontuda e, na redonda, quatro.
      No quadro verticalizado com plateia exibida em visão panorâmica, o menino (do(s) nariz(es)) em questão, por outras cores na roupa e no boné, poderia ser outra pessoa e, daí, menos um erro insignificante, contudo, o que entrega se tratar do dito-cujo, é Seu Carlito, pois está ao lado dele em outros quadros.

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    13. Verdade, não tiveram padronização de narizes deles, e nesse quadro panorâmico são eles mesmo.

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    14. Você pluralizou, Marcos, mas, trata-se apenas de um personagem e, com dois erros: metamorfose nasal e outras cores no boné e roupa no quadro da plateia em exposição panorâmica.

      "(...)pagavam ingressos para ver o Mingau pular. Todos que estavam lá foram canalhas de querer assistir o gato pular, sem ter pena dele, mas o pior de todos(...)"
      Discordo da generalização, Marcos. Não podemos esquecer que o público compareceu para assistir espetáculo idealizado pelo Cascão e divulgado pelo mesmo. Seu Carlito sim, embora canalhice justificável, mas, não há como passar pano, foi canalha. A menina loira que chega dramatizando e meio se revelando como sádica ou, ao menos, um tanto fria. Cascão, por forçar o bichano a se tornar uma atração circense, visando faturar em cima do pobre e, Cebolinha, por compactuar com a crueldade ao entrar como sócio no evento. Estes quatro foram abertamente canalhas e talvez outros mais, como Tonhão e seus comparsas, personagens do tipo são tradicionalmente opressores e, quem sabe, achassem divertido se Mingau se estropiasse ou, não, vai que ficassem horrorizados, os menciono como exemplos pela fama de insensíveis e cruéis. Titi, por exemplo, será que foi canalha por se propor a assistir o salto?
      Todos testemunham o comportamento arredio, relutante, hesitante do Mingau em relação ao que lhe foi compulsoriamente proposto e Cascão, anfitrião promotor da parada, passando lábia no público, tentando transparecer que isto seria normal ou natural e, com excessão do pai da Magali, cujo objetivo foi a possibilidade de se livrar do animal, os demais pagaram para ver um salto bem executado. Canalhice de toda a plateia, acho que não é para tanto...

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    15. Sim, foi apenas um, pluralizei errado. Acho que esses citados foram mais canalhas, mas os que foram ver o espetáculo sabiam que ia ter o Mingau pulando do alto, a própria faixa criada por eles mostrava. E todos da plateia acharam marmelada quando o Mingau foi salvo pela Magali. Então, Cascão, Cebolinha, Seu Carlito, a menina e a Turma do Tonhão tiveram mais culpa de serem insensíveis, mas não dá pra passar pano para os outros, até a Aninha gritou marmelada no final.

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    16. Citei Tonhão e os que andam com ele pela possibilidade de serem canalhas perante a situação em questão, dado que, moleques desta estirpe são afeitos à crueldade, no entanto, como deixei acima, mesmo com fama negativa, típica da laia deles, concedi-lhes o benefício da dúvida, pois vai que talvez não aprovassem se o gato se lascasse, ou gostassem, vai saber, daí, fica registrada a dúvida. Já Seu Carlito e a guria loira, são canalhas incontestes, além de Cascão e Cebolinha, porém, ambos não são parte da plateia.
      Não considero a totalidade da plateia como canalha, pois seu comparecimento foi motivado pela expectativa de assistir algo que valesse a pena, maioria não se divertiu com o sofrimento do gato, entretanto, pela ânsia de um salto espetacular, a insensibilidade foi geral para com a situação da atração do evento, quem sabe isto se traduza em canalhice, pode ser... É uma discordância amigável, Marcos, entendo teu ponto de vista, mais focado no que desperta indignação.

      Outro erro dichavado com troca de cores está no primeiro quadro da décima página (pág.12), a bandeirinha na mão direita do Seu Carlito, em vez de rosa, está em marrom claro, ou bege escuro, não sei qual a definição exata destes cor e tom, mas, é por aí.

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    17. Entendi o seu ponto de vista, pelo menos plateia, na maioria, ficaram aflitos quando o Mingau estava caindo. Foi erro nessa bandeirinha, a cor em questão eu considero que é marrom claro.

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    18. O que ficaria da hora e penso que até mais engraçado do que o modo como foi deixado pelo(a) argumentista, seria se a plateia aplaudisse a belíssima defesa desferida pela Magali por acreditar que sua aparição repentina faria parte do espetáculo e, óbvio, único que vaiaria seria o pai dela e seria bem sonoro, sobressairia em meio às palmas, e como Cascão cita apenas que não há rede de proteção e não fala de outros suportes como ausentes, os aplausos não soariam contraditórios, pois o público interpretaria como um desfecho surpresa muito bem executado.

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    19. Não seria ruim essa versão, ficaria engraçada também aplaudindo a performance da Magali e mostrando que só o Seu Carlito queria que o Mingau caísse no chão a todo custo. Do jeito que ficou, todos também queriam a queda do gato.

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    20. Sim, todos queriam a queda do gato enquanto acrobata, como foi anunciado por Cascão, já Seu Carlito almejou outro tipo de queda, queria ficar definitivamente livre da alergia que tanto lhe incomoda.

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    21. Verdade, Seu Carlito queria era a morte do gato e nem disfarçou seu desejo.

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  5. Mais uma que o Cebolinha se ferrou por culpa do Cascão.

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    1. Pois é, era engraçado isso do Cebolinha se dar mal por causa do Cascão e não só em planos infalíveis.

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    2. Ah, eu ficava meio pê da vida com isso, apesar que tem história que o Cascão se ferra e o Cebolinha não, tipo a do poderoso "minja" do Cascão 178 da globo ou a do Cascão 184 que ele vira mágico.

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    3. Sim, tinham vezes que o Cascão quem se dava mal, era bom pra diferenciar e era engraçado também quando acontecia.

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    1. É, o Mingau sofria nas histórias, as vezes dava pena.

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    2. Ainda mais porque eu amo gatos.❤🐱

      Mas raposas são meus animais favoritos, são fofas e bonitas ao mesmo tempo.❤🦊

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    3. Eu também adoro gatos. Raposas são bonitas também.

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  7. Ótima história essa, nunca nem ouvi falar.

    Cascão, sério, santa ignorância, está no ditado popular e no senso comum que gatos caem de pé, pô, ele nunca ouviu isso sequer uma vez na vida? Quanta ingênuidade. E parece que nem o Cebolinha, que ainda quer pagar de sabido. Ele tendo uma idéia mirabolante para ficar rico em cima disso, não tem limites, e pior que tava funcionando... bando de desalmado, coração gelado, sem um pingo de preocupação pelo pobre gato, todo mundo pagando para vê-lo se lascar (pior foi aquela menina falsa, fazendo mó comoção pelo gato num minuto, então simplesmente esquecendo e sentando para ver sem nenhum problema, demonstração de falsidade essa aí).
    Esse Seu Carlito, esse daí realmente não tem o menor escrupúlo em relação ao gato, praticamente vendeu ele pelas costas da filha e estava exultante para ver o Mingau indo ''de arrasta para cima''... dessa vez ele se superou.
    Final bem divertido. Cebolinha se lascando, mesmo só tendo participado pela metade, Mônica tirando conclusões precipitadas, até bem típico dela. No mínimo, o Cascão pôde se desforrar das vezes em que apanhou por culpa do Cebolinha. Agora o Cascão, se não apanhou da Mônica, merecia pelo menos apanhar do Mingau, que já tava querendo arranhar ele todo. Teria sido um bom castigo o Cascão ser atacado pelo Mingau no final, o gato que foi a maior vítima dele e nessa situação.
    Na verdade, eu concordo que ambos deveriam apanhar da Magali, eu sei que eu teria dado couro se fosse eu. Quase mataram o gato dele, se ela não fosse tão da paz...
    E o Cascão, super criativo, mostra que no final não aprendeu nada. Querendo usar do Cebolinha surrado... ainda assim, admito que o moleque tem imaginação e idéias criativas. Ele talvez devia ir trabalhar num circo, com todo o talento e potencial para cerimônias...

    No mais, grande história. Foi bom ler pela primeira vez. É o epítome do politicamente correto, maus-tratos aos animais, passaria LONGE de republicações, mas pude conhecê-la graças a você. Boa escolha.

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    1. Pois é, como não foi republicada, aí não é muito conhecida, a partir desse período tem muitas do Cascão, Chico e Magali que nunca republicaram. Ficou claro que tanto o Cascão quanto o Cebolinha não sabiam que gatos caem de pé senão Cebolinha daria um toque. Ninguém teve pena do Mingau, só queriam ver o espetáculo, a parte da menina falsa foi hilária. Seu Carlito foi bem perverso, ele costumava fazer crueldades com o Mingau e essa foi mais uma, nem pensava na filha que iria ficar triste se acontecesse algo com o gatinho dela. Mônica foi burra, deu a lição só pela metade, o Mingau podia ter arranhado o Cascão, também seria legal, assim como eles apanharem da Magali. Mostrou que definitivamente o Cascão aprendeu nada, não dá pra negar que pelo menos era criativo. Essa sem chance de republicarem hoje, pelo menos aqui conhecem essas impublicáveis e raras, valeu por ter gostado.

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    2. Sério, ignorância assim é meio típica de Chico Bento na verdade, Cascão e Cebolinha devem viver nas nuvens. Eles e todo mundo naquela plateia, de verdade.

      Quer dizer, o Seu Carlito já fez maldades com o Mingau antes, como comprar um cachorrão para assustá-lo, se mudar para um apartamento que proíbe animais, dizer que ele tem vida curta como gato e vai morrer logo, etc. Aqui, eu diria que é aonde ele se superou de fato, fazer torcida pela provável morte do gato, foi além, beirou o sádismo e mau caráter de fato. Só espero que ele tenha recebido um baita desprezo da esposa e especialmente da filha por isso.

      De fato, fiquei surpresa do Mingau ter deixado o Cascão carregá-lo até que de boa, conseguiu levar o gato furioso lá para cima sem grandes problemas. Claro que se ele batesse nele ali mesmo não continuaria a história, acabaria ali mesmo, só é um tanto estranho. Ainda assim mantenho que ele devia pelo menos ter atacado e arranhado ele no final, Cascão mereceria essa punição. Seria bom depois ver uma história baseada nesse final, tipo eles tentando lucrar com as surras da Mônica. Como seria?

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    3. Verdade, todos da plateia foram alienados, se soubessem nem perderiam tempo indo lá. Seu Carlito passou do limite dessa vez, provavelmente a filha e a esposa devem ter o ignorado por um bom tempo. O Mingau parece que se interessou quando Cascão falou que iam ficar ricos, mas depois que descobriu do que se tratava mudou de ideia. Dava pra ter arranhado o Cascão, sim. No final, tinha que saber se Cebolinha toparia aceitar, aí se aceitasse, aí fica na imaginação como foi, muitas surras nele certamente.

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