segunda-feira, 3 de junho de 2024

Magali Nº 55 - Panini (Magali 60 Anos)

Nas bancas, 'Magali Nº 55' da 3ª série da Editora Panini em comemoração aos 60 anos de criação da personagem. Comprei essa edição e nessa postagem faço uma resenha de como foi.

Magali foi criada em 1964 inspirada na filha do Mauricio de Sousa, a Magali Spada. Na época o Mauricio tinha cobrança para criar personagens meninas porque só tinham meninos até então, aí criou a Mônica e a Maria Cebolinha, inspiradas respectivamente nas suas filhas Mônica e Mariângela, e depois veio a Magali, com a sua primeira aparição na tirinha Nº 367 publicada no jornal "Folha de São Paulo" em 11 de janeiro de 1964.

Primeira tirinha com a Magali (11/01/1964)

Nas primeiras tiras, a Magali era apenas figurante e com aparições esporádicas, como forma de contracenar com a Mônica como uma amiga que dava conselhos para Mônica ser mais feminina ou até zombando dela sobre alguma coisa e era até comum a Magali apanhar dela, até mesmo sem merecer, já que Mônica perdoava ninguém.

A personalidade de Magali comilona e magrinha que come, come sem engordar veio apenas em 1966. Ela ficou cerca de um ano sumida das tiras de jornais do Cebolinha entre meados de 1965 a meados de 1966 e quando voltou, foi reformulada e já como comilona. Afinal, uma personagem só para ser amiga da Mônica não vingaria, precisaria ter alguma característica marcante, e, então, a Magali gulosa que conhecemos ficou presente a partir de 1966.


Nos gibis, ela fazia participações nas histórias da turma e teve algumas histórias solo envolvendo sua gula nos anos 1970, mas foi nos anos 1980 que ela passou a ser uma grande personagem principal e ter mais histórias solo nos gibis da Mônica e em alguns do Cebolinha até que ganhou sua revista própria em 1989 pela Editora Globo (403 edições) e desde 2007 pela Panini (100 + 70 + 55 edições), onde está hoje, totalizando 628 edições até agora, somando as 2 editoras.

Além da personalidade de comilona, ser capaz de tudo por comida e magrinha que engorda nunca, nas suas revistas adotaram que é meiga, melhor amiga da Mônica, interação com o Mingau  e com o Dudu e seu namoro com o Quinzinho. Atualmente, Magali anda completamente descaracterizada por causa do politicamente correto, não tem gula exagerada, praticamente não come, não regula comida dos amigos e divide o que come com eles.

Para comemorar os 60 anos da Magali, foi criada, então, essa história especial de 'Magali Nº 55', de maio de 2024, a exemplo de outros personagens que completaram 60 anos terem histórias especiais nas revistas nos seus respectivos meses de aniversário nos gibis. Teve o Cebolinha em 2020, Chico Bento em 2021 e a Mônica em 2023, só Cascão que passou seus 60 anos completamente em branco em 2021. 

Sendo que essas comemorações não tiveram mesmo nível de importância para MSP. Cebolinha teve história especial na sua revista de outubro de 2020 e várias edições comemorativas, até um livro em capa dura, já Chico Bento foi só história especial na revista dele de julho de 2021 enquanto Mônica foi mais grandioso com histórias interligadas em todas as revistas "Nº 37" do mês de agosto de 2023 e várias edições especiais, incluindo o livro "Mônica 60 Anos". Já Magali pelo visto vai ficar restrita só a essa história da revista mesmo e olhe lá. Eles sempre dão mais destaque a dupla Mônica e Cebolinha do que os outros, sobretudo Mônica, acho que todos os personagens principais tinham que ter a mesma importância, se faz edição especial pra um, teria que fazer para todos. 

Evolução da Magali

Agora falando sobre a revista 'Magali Nº 55' segue o estilo padrão que vem sendo este ano, quinzenal com 52 páginas, formato canoa, 8 páginas de passatempos e 1 página de seção de correspondências e custando RS 6,90. Tirando capas, contracapas, propagandas, passatempos e seção de correspondências, fica 35 páginas com histórias. A distribuição chegou aqui dia 29 de maio, bem tarde, as revistas estão chegando muito atrasadas ultimamente, essas "Nº 55" deviam estar nas bancas no início de maio, as "Nº 56", que deviam chegar por volta do dia 20 de maio, nada ainda e já devia chegar as de "Nº 57" agora no início de junho.

A capa foi em referência a história de abertura e o desenho se estende na contracapa, como acontece com todas as mensais desde que reiniciaram numeração nessa 3ª série da Panini, sendo que foi uma ilustração mais simples comparado com as dos outros personagens que haviam completado 60 anos desde 2020.

Tem 7 histórias no total, incluindo a tirinha final. Não tem um frontispício comentando a marca histórica da Magali, já começando com a história de abertura "Uma garotinha de 60 anos". Escrita por Edson Itaborahy e com 14 páginas, a Bruxa Viviane deseja ficar poderosa aproveitando o 60º aniversário da Magali, aí faz ela ir até à sua casa inventando que teria uma festa surpresa e chegando lá conta fatos marcantes da trajetória da Magali antes de dizer o seu plano.

É explorado que a Magali é uma bruxa como foi falado em outras histórias dos últimos anos, já que a intenção da Bruxa Viviane era Magali transferir seus poderes de bruxa para ela. Dessa vez, o gato Bóris da Bruxa Viviane apareceu transformado em coruja a história toda, sem nem voltar ao normal no final, nem saberia se tratava do gato se não comentassem. Traços bem feios e as letras também digitais ainda pioram.

Achei uma história muito curta, sem grandes conflitos, diálogos simples, os fatos não eram aprofundados, só mostrados imagens na bola de cristal, nem teve referências de histórias clássicas e personagens marcantes da trajetória dos gibis da Magali, só 14 páginas para mostrar tudo de importante de 60 anos não dava. Aí, fatos que mostraram foram sem grande relevância como,  por exemplo, dizer que a Magali participou dos filmes "A princesa e o robô" e "Uma aventura do tempo". No lugar de mostrar na bola de cristal fotos do que Magali fez de manhã,  poderia colocar referências de gibis antigos. Ou seja, dava para caprichar mais, ter mais páginas e referências, faltou pesquisar, parece que feita só para não passar a data em branco. 

Em seguida vem a história "Cinema em casa", de 6 páginas, com a Turma do Penadinho, em que o Frank quer assistir a um filme no seu celular e Penadinho tem ideia de todos assistirem ao filme na casa da Dona Morte. Nota-se que as histórias estão cada vez mais antenadas com lado tecnológico ao mostrar que Frank tem celular e que assiste filme nele, Dona Morte ter TV com "Flexflix" (NetFlix), tudo para adaptar a tecnologia atual e o interesse das novas gerações.

Depois uma história de 1 página da Magali com Marina sobre trocadilho de folhas e após os passatempos vem a história "Lanche gigante", com 5 páginas, em que a Magali ganhou convite de comer o cachorro-quente no Food Truck da Rosilda após ter se inscrito nas redes sociais dela e vai contando a novidade para os seus amigos. Traços bem estranhos e vimos que agora a Magali divide comida com os amiguinhos e não tem mais aquilo de comer tudo sozinha e os outros passarem vontade, tudo para não dar mau exemplo e mostrar lição para os leitores que devemos repartir e não ser egoísta, pena que isso descaracteriza a Magali que era capaz de tudo para ter comida, esconder o que estava comendo, armar planos para comer a comida dos outros, isso que era engraçado. O povo do politicamente correto odeia a Magali antiga e gostam dela assim como está agora. 

E essa história mostra mais uma vez personagens envolvidos com tecnologia, ao Magali dizer que acessa redes sociais na internet, segue a chef influenciadora e se inscreveu no site após ver a publicação da rede social que segue. Interessante que reclamam de tudo era incorreto nos gibis antigos, reclamam de qualquer bobagem, mas acham certo criança de 7 anos ter celular e acessar redes sociais, que deveria ter acesso a isto só depois de 13 anos. Vai entender.

Depois vem "O segredo", com 4 páginas em que a Tia Nena conta para Magali como foi sua aventura no Reino Magix para pegar um ingrediente para o bolo de caramelo. Mostra a Tia Nena como uma bruxa de fato, sem nem deixar dúvida no ar se seria ou não. Desde os anos 2000 adotaram que ela era uma bruxa, mas na época isso ficava a dúvida para os leitores, agora é uma bruxa descarada. Assim, Magali e Tia Nena são bruxas nos quadrinhos atuais.

História de encerramento foi "Mudanças", com 4 páginas em que o Bidu estranha que seus amigos estavam com visuais mudados. Agora, desde que os gibis passaram a ser quinzenais, é muito comum ter histórias de secundários encerrando os gibis sem ser história do personagem principal da revista, até porque muitos são ideia de um gibi mensal antigo desmembrado em dois. E termina com a tradicional tirinha. 

No expediente final, curioso que, além de ainda mostrar que é revista mensal (já podiam ter mudado que é quinzenal), colocou que é uma revista da Mônica e não da Magali. Pelo visto copiaram e colaram o texto da revista da Mônica.

Então, foi uma revista fraca em comemoração, dando ideia de ser feita ás pressas só para não dizer que a comemoração de 60 anos da Magali não passasse em branco até porque povo reclama se tem nada comemorativo. Pelo menos Magali não foi esquecida por completo, mas merecia algo bem melhor à altura que merece. Dava para história ter mais páginas ocupando no mínimo metade do gibi podendo até ser gibi com história única e mais referências à trajetória de seus gibis e sem ser tudo corrido, poderia o Flavio Teixeira ter sido encarregado de criar a história, assim como foram as dos outros personagens. E as demais histórias seguindo o estilo atual bem desanimador com traços digitais feios, lições de moral e os avanços tecnológicos cada vez mais frequentes. Vale para ter a edição se quiser ter algo comemorativo de 60 anos da Magali, única considerada especial pelo visto que vão criar para a data histórica. Fica a dica. As demais revistas "Nº 55" não comprei e não tem resenha. 

43 comentários:

  1. Não acho os fãs da Turma da Mônica débeis mentais, só concordo que o mundo está regredindo a cada tempo que passa, acredito que muito antes de 2505 aconteça de todos terem QI abaixo de 20, mas isso em todos os aspectos e não só pra quem lê gibis.

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  2. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, qual dia você irá fazer uma Resenha do Livro Mônica 60 Anos!, sim?. Por gentileza, é verdade, que, no mês de Outubro do ano de 2025, as Revistas da segunda quinzena da Turminha:
    Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali; Chico Bento, e, Turma da Mônica Edições #90 (Edições #260-Terceira Temporada), terão umas Edições Comemorativas, falando sobre os 90 anos do Mauricio de Sousa, e, terá um Livro Comemorativo, falando sobre os 90 anos do Mauricio de Sousa, é isto?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Não sei qual dia vai sair resenha de Mônica 60 Anos, só quando der. Devem ter edições comemorativas dos 90 anos do Mauricio em 2025. Abraços.

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, entre os meses de Novembro/Dezembro do ano de 2024, terão os Relançamentos dos Almanaques da Turminha:
      Mônica; Cebolinha, e, Cascão Edições #20 (Edições #105-Segunda Temporada);
      Magali, e, Chico Bento Edições: #19, e, #20 (Edições: #104, e, #105-Segunda Temporada);
      Turma da Mônica Edições: #19, e, #20 (Primeira Temporada);
      Tina Edição #05 (Edição #33-Segunda Temporada);
      Super Almanaque da Turma da Mônica Edição #15 (Primeira Temporada);
      Almanacão da Turma da Mônica Edição #20 (Edição #42-Segunda Temporada),
      E,
      As duas Edições da Revista Mônica Especial de Natal: Edições: #17 (Primeira Temporada-Relançamento), e, #18 (Primeira Temporada), nas Bancas de Revistas, e, Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. Terão relançamentos dessas edições. Abraços.

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  3. Ver Penadinho e seus amigos agindo como idiotas me causa ligeira frustração... Frank das antigas é meio retardado, só que divertido e carismático, duvido muito que hoje em dia o monstrão consiga produzir alguma situação engraçada e, pelo pouco que vejo, que vibe de água com açúcar parece ser o conteúdo desta edição...

    Magali é a mais "novinha" dos sete principais sexagenários: Bidu, Franjinha, Cebolinha, Chico Bento, Cascão, Mônica e ela, a aniversariante.

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    1. Muito triste se comportarem assim, não acho que consigam situações engraçadas, dentre as que vi, histórias agora estão tudo assim nesse estilo de linguajar água com açúcar, agradando em cheio o povo do politicamente correto. É, dentre os principais, a Magali foi a última a ser criada, mas ainda assim tem 60 anos também.

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    2. Vários outros como Jotalhão, Piteco, Thuga, Humberto, Horácio, Astronauta, Jeremias, etc também são sexagenários, estão com sessenta para mais.
      Nico Demo, por exemplo, creio que não chegou na idade que já se encontra Magali, acho que faltam dois ou três anos para entrar no clube dos sessentões. Falando nele, e sua, de certo modo, "antítese", quando surgiu nas tiras? Isto é, em que ano foi publicada tira com primeira aparição do Anjinho? Não lembro mais onde li que foi criado ou, pelo menos apresentado ao público, em 1964, seria verídica essa informação?

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    3. A maioria dos personagens já têm 60 anos, tiveram muitas estreias de personagens entre 1963 e 1964, aí depois foram menos quantidade. O Anjinho foi na leva de 1964 e o Nico Demo que foi depois, em 1966.

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    4. Então Anjinho outrossim é digno de postagem por parte do(s) Arquivos Turma da Mônica em comemoração aos seus sessenta anos, do contrário, ficará enciumado.
      Nem precisa responder, Marcos, pois esse não é titular, apesar de deter certa importância por ser um celeste guardião, tal homenagem não cabe nesse personagem - só mesmo se você cismasse com algo assim, o que ficaria meio vago, não faria muito sentido.

      Nos anos 1960 Mônica era brucutu por excelência, volta e meia depenava alguém. Na segunda tira deste tópico fez com que Magali ficasse semelhante ao aspecto físico do tal de Niquinho - criado por Mauricio de Sousa apenas para ser mais uma figura límbica.
      Corrija-me caso esteja equivocado. Parece que a verdadeira antítese de Nico Demo - que sessentará em 2026 - seria o Niquinho, é isso mesmo?

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    5. Adoraria ter feito postagem pra cada secundário que completou 60 anos, afinal, eles sempre foram esquecidos e nem tiveram comemoração pela MSP, só que são muitos criados ao mesmo tempo, aí ia encher de postagens semelhantes assim. Quem sabe mostrando uma história com o Anjinho e citando que completou 60 anos neste ano vale. Na verdade, só mostrei dos personagens principais que completaram 60 anos porque tiveram revistas ditas especiais, mas vê que como Cascão não teve lembrança da MSP, aí não fiz postagem aqui sobre os 60 anos dele como foi com os outros. O Niquinho foi antítese do Nico Demo, sim, apareceu pouco, ele também é de 1966.

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    6. Se Chico Bento e Magali não passaram em branco, estranho sessenta anos do Cascão não serem lembrados pela via dos quadrinhos. Ruim por ruim, os cinco titulares chegaram nesta idade descaracterizados, daí, não faz sentido só ele privado de história(s) abordando sexagésimo aniversário, ou, quem sabe, até faz, isto é, até há certa lógica, porque, uma teoria aceitável seria de que teriam hesitado em abordar determinadas referências clássicas e fundamentais do personagem em HQ(s) comemorativa(s) por conta da possibilidade de censura, afinal, em sua forma plena, Cascão está entre os personagens mais frequentemente incorretos da MSP das antigas.

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    7. Concordo, Cascão tinham muitas coisas incorretas e eles não iam querer relembrar essas coisas que querem mais esquecer que fizeram um dia. Aí, referências em especiais assim ficariam vazias e grandes clássicos envolvendo sujeira iam ficar de fora. Um exemplo disso foi o livro Cascão 50 Anos que já foi bem fraco e um de 60 Anos seria pior ainda.

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    8. Há uma HQ do Cascão, não lembro de qual edição, o que posso afirmar é que pertence ao período Globo e parece que na primeira publicação ficou escalada como encerramento. O que lembro bem nessa história é ele sonhando que está tão absurdamente imundo e se divertindo num lixão que chega um momento que seus pés grudam no chão do local e, ao forçar, o restante do corpo se separa das pernas, que permanecem grudradas, cena chocante para qualquer época, depois disso acorda, sonho virou pesadelo.
      Fico imaginando se fosse republicada, isenta de alterações, na edição de luxo dos cinquenta anos do personagem. Ficaria como um tempero extra e do tipo picante.

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    9. Lembro. Essa é da Globo em algum gibi dele de 1987 a primeiros meses de 1988, mas não lembro agora qual edição exata. Nunca republicariam hoje ou sem alterações se republicassem porque seria traumatizante para as crianças e povo do politicamente correto.

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    10. Curioso essa de traumatizar que tanto se fala atualmente... Lembro que quando eu era criança, de vez em quando, determinados atos dos personagens me chocavam e certas situações em que se encontravam também, e não apenas com TM, com vários outros de quadrinhos, de animações, de séries, de filmes e até de novelas volta e meia me deparava com cenas chocantes e que de fato mexiam comigo de algum modo, no entanto, nada, absolutamente nada disso fez com que choramingasse com meus pais, tios e avós, e eu era só mais um, a média da criançada da nossa época era assim, se comportava dessa forma em relação aos próprios medos e com outros tipos de sensações desagradáveis, guardávamos para nós, parte íamos superando aos poucos e parte não, era instintivo, uma espécie de sabedoria primitiva, sei lá, mais ou menos isso, e o que não superávamos, passavam longe de verdadeiros tormentos. Claro que existiam, quando eu era guri, crianças mimadas, histéricas, cheias de frescuras e, por sinal, haviam muitas com características melindrosas, contudo, não representavam a média da época.
      Essa cultura de hoje em dia, condomínios fechados, superproteção, uso precoce e excessivo de dispositivos eletrônicos, hiperconexão, consumismo, equivocada noção de que ser contrariado é sempre péssimo... Tudo isso, toda essa combinação de fatores antinaturais vem (ou vêm) gerando em crianças cada vez mais insegurança e histeria, a ponto de não conseguirem minimamente lidar com determinadas emoções e sensações desconfortantes que, naturalmente, são inerentes à condição infantil.

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    11. Infelizmente nessas novas gerações tudo se traumatizam, precisam de terapia com qualquer coisa que veem. Aí, a MSP evita bastante coisas, não pode nem coisas que deem pena e tristeza nas crianças. Mas o melhor seria como na nossa época, sem dúvida, superava mais esses medos cedo sem nem precisar de terapia. Fora que também a gente não se traumatizava com coisas que lia em gibis, pelo menos eu não lembro de algo que me traumatizou com as coisas incorretas que aconteciam com os personagens.

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    12. Nunca me traumatizei com determinados feitos dos personagens da TM nos gibis antigos. Gostava muito dos choques que a Mônica das fases setentista e oitentista me causava por ser, às vezes, excessivamente violenta.
      Crianças precisando de terapias porque viram isso ou aquilo em gibis destinados ao público infantil - categoria da TM clássica e outros - e ficaram com dó desse ou daquele personagem, que mordomia ridícula... Bom era antigamente, tempos em que frescuras se curavam com chineladas, palmadas e cintadas... Ademais haviam as clássicas varas de marmelo, eita... dei sorte de não ter passado por essa modalidade de reprimenda, eram aplicadas em crianças e adolescentes das zonas rurais, fui criado em apartamento, mas ouvia muito falar das tais varas para surrar.

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    13. Também ouvi falar disso, provavelmente antes dos anos 1970 que tinha. Não precisava desse exagero, mas uma palmadinha de leve não faria mal pra elas. Hoje nem isso pode na vida real e passam isso nas histórias também. Se crianças de hoje fossem educadas de separar ficção da realidade nem se traumatizariam com o que liam em gibis infantis, eu pelo menos nunca fiquei traumatizado lendo as coisas nos gibis.

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    14. Sem exagero, Marcos, arrisco dizer que até nos anos 1990 ainda era usual punir traquinagens e certas frescuragens com esse tipo de vara e outrossim com varas de bambu, e não só em regiões rurais, em bairros urbanizados periféricos isso também era mais ou menos comum.
      Hoje em dia as crianças são induzidas a serem bobinhas em plenos sete, oito, dez, doze de idade, saímos da selvageria do século XX e entramos num bundamolismo jamais visto.
      Eu, por exemplo, cursei o (P)primário em escola pública e, esse ambiente, do qual estive matriculado por quatro anos, foi assaz selvagem, ainda assim, gostei muito dessa experiência, inclusive, sinto saudades. Boa parte da criançada era escrota, era cruel, era babaca e, os adultos, ou melhor, as adultas, eram duronas, não davam moleza, raramente davam colher de chá para rebeldia pueril - quadro de funcionários composto basicamente por mulheres. Essa hostilidade foi essencial para formar minha personalidade e meu caráter, pois, a partir daí, do alto dos meus sete anos de idade a bolha que me envolvia furou e comecei perceber que a realidade era dura e tudo isso sendo observado e absorvido na maior leveza, leveza essa típica da condição infantil, e não estou me gabando, longe disso, era assim que a média da criançada da época lidava com turbulências e dores do mundo, era instintivo, era natural.
      Fico imaginando os "pequenos Budas" contemporâneos passando pelo que eu passei enquanto criança, penso que agiriam feito Seu Juca das antigas ao ter de lidar com Mônica, Cebolinha e Cascão, ou seja, surtariam...

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  4. Quando li e vi que só era um diálogo da Viviane com Magali, e a turma aparece só em um quadrinhos, pensei, que merda kkkk, eles podiam abrir uma excessão nessas especiais e fazer uma revista igual Mônica 50 anos, com mais páginas. Já que querem colocar 10 páginas de passatempos, que fizessem uma revista com mais páginas, assim as histórias sairiam melhores. Com poucas páginas a história fica limitada demais. Sobre o nome Mônica nos créditos, desde as edições 50 ou 51 é assim em quase todos os gibis, menos turma da Mônica que ainda continua turma da Mônica nos créditos. E não vai demorar pra virar um turma da Milena kkk. Enfim, história fraca.

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    1. Pois é, foi só um diálogo entre as duas e bem fraco por sinal. O gibi dava até para ter mesmo número de páginas, era só colocar mais 10 páginas na história comemorativa que dava pra desenrolar mais e preencheria o resto do gibi com histórias curtas. Tinham capacidade de ter colocado coisa melhor, se fosse o Flavio ou Paulo Back ter feito poderia ter mais conteúdo. Nos créditos, pelo visto, preguiça de mudar o texto padrão, é coisa rápida digitar o nome do titular da revista. Enfim, isso é o de menos comparado ao nível de histórias que vêm colocando.

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  5. Uau! Mônica batendo na Magali e Cebolinha apanhando da Magali! Essas tiras clássicas são uma outra realidade mesmo. Tô terminando de ler em PDF o livro do "Maurício - A história que não está no gibi", a leitura é maravilhosa, é uma verdadeira volta no tempo, a gente conhece todo o contexto histórico e dificuldades que o Maurício teve pra chegar onde chegou. O curioso é que o Cebolinha sempre foi o "protagonista" pelo menos nessa série clássica. Há quem acredite que esse é o motivo maior da ambição em ser o dono da rua.

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    1. Eram ótimas essas tiras, tinham de tudo, Mauricio era de poucas ideias, sem dúvida. Cebolinha era o protagonista, sim, tanto que as tiras tinham nome dele. A Mônica passou a ser protagonista quando ganhou o gibi. Pode ser um dos motivos de ele querer derrotá-la por causa disso. Ainda não li esse livro do Mauricio, quando der vou ler

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  6. Considero as histórias antigas do Maurício um ótimo passatempo pra crianças e adultos, mas a maioria das HQs atuais estão deixando a desejar. Não é só o politicamente correto que estraga, mas a falta de criatividade pros roteiros.

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  7. Traços repetitivos, olhos esbugalhados e personagens que são flanderizados ou idiotizados. Basta ler uma história antiga e notamos que os personagens eram bem mais pensantes do que os de hoje em dia. É como se tivessem regredido em inteligência.

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  8. Sim, João, é nítida a diferença, estão muito fracos, sem dúvida eles eram mais inteligentes e interessantes nas antigas.

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  9. Mano, essa era digital de celular pegou, li ontem o Cascão 56, e, de 6 histórias, 3 tem celular no meio. Até na história do Bidu tem celular que ele usa "instacão". E praticamente todo gibi, tem umas 3 ou mais histórias que aparece personagens usando celular, redes sociais, computadores, notebooks etc... não que não podem usar, até acho legal, mas em exagero é demais, e o que é pior, onde não tem cabimento usarem celular, estão usando, tipo histórias do Penadinho, que até gosto dos desenhos e acho que os desenhos se salvam pro padrão atual de hoje, nas histórias do Papa capim que acho um cúmulo até de morarem em casas de tijolos com fogão a gás, geladeira e tudo, e nas histórias do Bidu como a que saiu em Cascão 56, que tudo envolve rede social com cachorros fazendo selfies e montagens.

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    1. Não acho errado usarem computadores e celulares, mas teria que ter uma limitação, se histórias estão mostrando com exagero, sinal que elas podem usar à vontade e não é bem assim que devia ser. Sou só contra crianças na idade deles de 7 anos usarem redes sociais que agregam em nada na formação delas, tanto que as próprias redes costumam aconselhar só a partir de 13 anos a ter, inclusive na hora da inscrição e informarem idade, nem tem menos de 13 anos. E esse exagero nas histórias de até núcleos como Bidu e Penadinho terem celulares indica que é isso que deixam antenadas as crianças de hoje em dia, nem quando computadores se popularizaram e primórdios da internet na segunda metade dos anos 1990 não tinham tantas histórias assim com eles conectados, tinha limitações. Fora também falta de criatividade de mostrarem outros tipos de histórias quando ficam abordando só isso.

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  10. Com todo o respeito ao Edson Itaborahy, ele é o PIOR roteirista de histórias comemorativas, parece que não se interessa pela trajetória da Turma efaz as histórias especiais só por que alguém lá do estúdio mandou. É, meus amigos, não quero ser pessimista, mas acho que daqui a pouco, nem as criancinhas de 4 anos vão gostar dessas histórias ppra criança de pré escola, e já vamos poder começar a nos despedir das revistas da Turma da Mônica. é triste, mas do jeito que está, é o único caminho, não tem mais volta...

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    1. Essas histórias comemorativas não ficam bem com o Edson, podiam deixar fixo para o Flavio ou para o Paulo Back, eles fazem melhores histórias assim. Culpa também de quem encarrega para determinado roteirista fazer, pode ser também que fizeram o pedido em cima da hora e teve pouco tempo pra roteirizar, possibilidade também. E infelizmente a tendência é essa de não existirem mais gibis por crianças não se interessarem. Essas criancinhas de 4 anos gostam porque os pais mostram pra elas, mas enjoam logo e crescem sem cultura de ler e não vão comprar gibis para os filhos deles e assim acabam os gibis. Hoje mesmo é raro de ver crianças na rua segurando gibis na rua após ter comprado nas bancas, nunca mais vi. Então, caminho sem volta, sem dúvida.

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    2. Vamos começar a nos despedir dos quadrinhos infantis em geral, pois quase todos os quadrinhos infantis que existiam antigamente já não existem mais, como Luluzinha e Bolinha, Chaves e Chapolin, Gasparzinho, Turma do Arrepio, Menino maluquinho, Pica-Pau etc. A editora online até está lançando alguns gibis de desenhos da Hanna Barbera, mas a divulgação está MUITO fraca, e eu nunca vi essas revistas em bancas. Então, praticamente só sobraram para as crianças Turma da Mônica e Disney, e já viu como está a situação dos gibis Disney na Culturama? Não é nada com as histórias, pois apesar do repetco de temas, ainda as acho boas, especialmente as italianas, que sempre gostam de inovar, o problema e com a editora, a Culturama. Ano passado ela fez as crianças de tontas, colocando atividades no meio das revistas, mas essas atividades eram perguntas sobre as histórias e coisa do tipo, parecia mais lição de casa do que qualquer coisa. Já aconteceu de eles perguntarem sobre a história que estava nas páginas seguintes e até de eles perguntarem sobre a história que estava NA EDIÇÃO ANTERIOR!!!!!!!! (!!!!!!!) Graças ao bom Jesus, esse ano a Culturama tirou essas lições de casa, mas nem de longe acabaram os problemas. Ela praticamente não divulga o seu material, e quando divulga, é de forma bem mal-feita. É raro encontrar as revistas da Culturama nas bancas, e nem mesmo no principal alvo da editora, farmácias, Supermercados, e etc, dá pra encontrar as revistas. Ela está publicando nas revistas, histórias que já haviam saído em outras edições, e por mais que a Abril também fizesse republicações, vamos lembrar que ela publicou os quadrinhos por quase 70 anos, então, nem sempre tinha história suficiente pra fechar a edição, mas a Culturama está publicando os quadrinhos há somente 5 ANOS! E além disso ela tem feito algumas traduções e edições bem mal-feitas, e os gibis mensais tem 68 páginas e custam 9,90. Pega todos esses problemas, soma com as histórias chatas da Turma da Mônica atual, a falta de gibis pra crianças e os quadrinhos hoje se resumirem em mangá, super-heróis, com histórias muito complexas e não muito voltadas a crianças, e a coleções de luxo com preço inacessível (Especialmente as da Panini, tanto os capa dura da Turma quanto os da Disney, como a coleção Carl Barks). O resultado? A falta de interesse total da criança pelos quadrinhos e pela leitura em geral, e sem interesse pela leitura, fica difícil termos um futuro melhor, e vamos ficar numa situação pior do que já estamos. Pois é, se continuar do jeito que está (E no caso da Turminha, vai continuar do jeito que está e vai piorar), é só sentar e esperar o fim definitivo dos quadrinhos infantis....
      ( - Emoji de tristeza - )

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    3. A fase de ouro dos quadrinhos acabou no início dos anos 2000, ainda teve um suspiro por volta de 2008, 2009 com alguns lançamentos como Luluzinha, Bolinha, Turma do Arrepio, etc, e a MSP lançando vários títulos, mesmo que a maioria eram almanaques. Tudo isso foi cancelado até em 2014 e desde então prevalece MSP e Disney, quando lançam outros tipos de gibis divulgação não é grande e bancas nem pegam para comprar e aí os títulos novos são cancelados logo. Isso que a Disney ainda ficou sem gibis nas bancas quando terminaram com a Abril e até voltarem pela Culturama. Infelizmente a tendência é no futuro não ter mais gibis, nem MSP e Disney vão ter, ninguém vai se interessar por isso, e não vai demorar muito.

      Nem sabia dessas mudanças da Disney, principalmente em relação a Passatempos que viraram exercícios de fixação. Pela lógica tinham, então, que encerrar os gibis para poder ler as histórias todas, mal feito isso, que bom que acabaram com isso. Muito ruim sem conteúdo e aí colocam essas coisas pra preencherem as edições, sinal que as coisas não vão bem. Uma pena.

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  11. O triste é ver que não só nessa, como nas historinhas atuais, eles apenas usam PNGs já prontos para colocar nos quadrinhos. Os rostos, a boca e inclusive até a posição se repetem. E cada a vez mais a MSP está indo de Americanas...

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    1. E, diante desse quadro desanimador, me pergunto: Quando é que podemos jogar a pá de cal na turminha clássica? Sim, porque ela já está morta há tempos, e só o pessoal da MSP não percebeu... Atualmente, de Turma Da Mônica, só leio as Graphic MSP, e olhe lá!

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    2. Nicolas, verdade, há muito tempo está assim e cada vez mais usam esse recurso, só copiar e colar, isso tira a vida dos personagens.

      Dyel, se reparar, hoje estão piores do que os gibis de 10 anos atrás, quando já estavam decadentes, então, não deve demorar muito pra não termos mais gibis porque nem as criancinhas vão ter interesse. E lembrando que as Graphic MSP não são feitas pelo pessoal do estúdio, são só artistas convidados usando os personagens do Mauricio, por isso um nível melhor que dos gibis tradicionais de bancas.

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  12. Essa sua resenha, Marcos, comprova mais uma vez, que não compensa comprar gibis novos da TM. Mesmo nas revistas comemorativas, não tem nada que valha a pena, as histórias continuam "água com açúcar ", sem conflitos, personagens descaracterizados e traços ruins. Desde janeiro do ano passado não comprei mais nenhum gibi novo porque realmente não tenho mais motivação para adquiri-los, mto melhor ir aos sebos e comprar as antigas em bom estado.

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    1. Infelizmente andam ruins até com as edições ditas comemorativas, até essas ficam difíceis de lidar, só colocam um pano de fundo da comemoração e o resto segue normal. Você está perdendo nada, as novas normais já desisti há tempo e neste ano só comprei as Nº 800 do Cascão e Chico Bento, fraquíssimas também. Também acho muito mais válido comprar as antigas em sebos. E falando nisso tem aparecido muitas dessas novas em sebos ultimamente, inclusive já vi várias da nº 40 em diante, até as de fevereiro deste ano já têm em sebos, sinal que quem compra, estão se desfazendo logo, vão de mal a pior.

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  13. "A Magali era capaz de tudo para ter comida, esconder o que estava comendo, armar planos para comer a comida dos outros, isso que era engraçado. O povo do politicamente correto odeia a Magali antiga e gostam dela assim como está agora."

    O problema não é nem o povo do politicamente correto achar que ela é egoísta em relação a comida e sim, o fato é que esse ódio a Magali veio exclusivamente por causa da maneira que ela era retratada nos anos 2000, particularmente em algumas histórias escritas pelo Emerson que já admitiu no passado que não gostava da Magali e decidiu reformular a personalidade dela, fazendo dela uma Denise mirim que é falsa com a Mônica mas felizmente, hoje em dia, ela não é tão babaca nas histórias dele.

    No entanto, esse negócio de versão antiga e versão atual de personagens fictícios é algo complicado, por exemplo: O Kyle do South Park antigo era um típico valentão extremamente boca suja e desordeiro que maltratava o irmãozinho("CHUTE O BEBÊ!") mas o atual é mais moralista e inteligente, defende causas sociais e é muitas vezes carinhoso com o irmão, há gente que defende essas mudanças só que tem muitos que também preferem o Kyle antigo, e não é só porque o personagem "mudou" que os defeitos foram se perdendo já que o Kyle atual continua tendo vários defeitos como um baita de um pavio curto mesmo sendo geralmente retratado como um bom menino hoje em dia, mesma coisa com a Magali, que às vezes, continua tendo um lado egoísta e superficial, principalmente em relação a comida.

    A diferença é que os personagens amadureceram com o tempo pois certas coisas não são aceitas mais e os estúdios de HQ/animação vão se adaptando em relação aos dias de hoje, como o fato do Cartman não poder pegar mais pesado com as piadas maldosas e antissemitas que ele fazia com o Kyle ou o Cebolinha não praticando mais bullying com a aparência da Mônica e quando faz é só de vez em quando, dentre muitos exemplos, até a Disney parou de fazer muitas coisas que eles faziam antigamente, de coisas sérias como blackface e piadas com indígenas a coisas bobas e inofensivas como princesas da Disney não podendo mais ter um par romântico porque pode influenciar as meninas a só dependerem de meninos, vai entender…

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    1. Não sabia disso que passaram a odiar a Magali após reformulações do Emerson, de fato ela era bem diferente e descaracterizada nas histórias escritas por ele. É, a gente fala da Turma da Mônica, mas realmente são vários personagens que descaracterizaram nos últimos tempos, o politicamente correto é mundial, aí infelizmente eles têm que ser mudados pra atender essa nova ordem mundial, o que antes era banal e ninguém ligava, agora problematizam e precisam se adaptar para não perderem vendas. Pena que personagens ficam chatos assim, então em qualquer tipo de gibi ou animação, melhor acompanhar os antigos para ter diversão garantida.

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  14. Essa fixação recente dos estudios MSP retratarem a Magali e a Tia Nena como bruxas é algo que até hoje não entendo como o Maurício permitiu. É verdade que as histórias da Turma sempre tiveram toques de fantasia, mas era num nível que não afetava nossa percepção dos personagens do Limoeiro como seres humanos iguais a nós. Uma coisa é estragarem as histórias, mas outra bem pior é estragarem os personagens.

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    1. Concordo, nada a ver elas como bruxas, deixem as personagens normais e coloquem bruxas de verdade nas histórias. Parece que fizeram pra justificar os absurdos que tinham nas histórias, justificar gula da Magali e comer tudo de uma vez só, mas perde o sentido delas. Não gostei também.

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