No Dia dos Namorados, mostro uma história em que o Quinzinho acha que a Magali namora com ele só por interesse por ele ser filho do padeiro. Com 8 páginas, foi história de abertura de 'Magali Nº 49' (Ed. Globo, 1991).
Capa de 'Magali nº 49' (Ed. Globo, 1991) |
Escrita por Rosana Munhoz, Magali chega na padaria do Quinzinho e comenta que pão e coisa fofa, Quinzinho pensa que estava falando dele, mas depois de ela dizer que pode dar mordidinha, ele vê que estava falando do pão da vitrine e que ela estava comendo. Magali fala para ele não ficar assim e lhe pede um beijinho. Quinzinho faz biquinho para ela beijá-lo na boca, mas ela falava era do beijinho de coco da padaria.
Quinzinho fala para Magali que acha que só gosta dele porque é filho do padeiro e ela responde que nem que se fosse filho do quitandeiro, do doceiro ou de um dono de restaurante, ia gostar dele do mesmo jeito e vai embora para casa almoçar e Quinzinho resolve tirar a prova.
Depois do almoço, Quinzinho vai à casa da Magali e quer contar que aconteceu uma coisa grave, que o pai fechou a padaria, não estava dando lucro e vai abrir uma loja de ferramentas no lugar. Magali diz que não se pode comer martelos ou pregos, Quinzinho pergunta se vai continuar gostando dele e Magali confirma que sim.
Quinzinho vai embora, não sente firmeza e fica escondido atrás da árvore em frente à casa e vê Magali saindo de casa com bolsa, a segue e vê conversando com o filho do quitandeiro, achando que está jogando charme, e fica triste que não gosta dele. Depois, Magali conversa com o filho do doceiro e do filho do dono do restaurante e Quinzinho acha uma decepção.
Magali vê o Quinzinho, que fala que a viu com os filhos dos estabelecimentos e agora sabe que ela só fingia que gostava dele por causa dos pãezinhos, broas e docinhos e foi só dizer que o pai mudou de ramo que ela foi procurar logo três. Magali se irrita que é isso que pensa dela e terminam o namoro. Quando chega na padaria, Quinzinho vê os filhos dos estabelecimentos e tenta expulsá-los, dizendo que já terminou tudo com a Magali.
Os meninos contam que como o pai do Quinzinho vai fechar a padaria, Magali queria que um deles convidasse o Quinzinho para ser ajudante, trabalhando em um dos estabelecimentos deles. Quinzinho fica envergonhado e vai atrás da Magali pedir perdão. Magali fala que agora é tarde, está tudo acabado entre eles. Quinzinho implora se não tem um jeito de ela perdoá-lo e no final mostra a Magali comendo os doces da padaria como forma de perdão e eles voltam a namorar.
História legal em que o Quinzinho pensa que a Magali namora com ele só por interesse por ele ser filho do padeiro e arma um plano para tirar a prova, inventando que a padaria faliu e o pai vai mudar de ramo, criar uma loja de ferramentas. Fica o mistério de Magali sair escondida e conversar com filhos de estabelecimentos do bairro, mas é revelado que era só pedido para os meninos chamarem o Quinzinho para ser ajudantes deles para não ficar sem atender fregueses.
Mostrou desconfiança se Magali gosta do Quinzinho por interesse ou não, se o namoro é por interesse do pai ter uma padaria e se caso ele fosse filho do dono de uma loja sem ser de ramo alimentício, Magali nunca teria lhe dado confiança. Nessa, mostrou que ela se preocupou com o Quinzinho de ficar sem atender os fregueses, mas não necessariamente se tem paixão por ele e no final continuou a dúvida se a Magali voltou para ele só por causa da padaria e poder comer tudo que quiser.
A desconfiança do Quinzinho deve ter aumentado quando Magali disse que ficaria com ele nem que fosse filho do quitandeiro, do doceiro, no caso, ela teria dizer que não fosse filho de dono de estabelecimento alimentício. Namoro entre eles nunca foi sincero e sempre tiveram boas tiradas por causa disso. Depois, ainda colocaram o pai do Quinzinho, Seu Quinzão, implicando com o namoro deles porque Magali comia as coisas da padaria sem pagar, dando prejuízo para ele e isso incrementou ainda mais as histórias dela assim.
Foi engraçado ver a desconfiança do Quinzinho, segui-la, diálogos entre os dois como trocadilho inicial de pão e beijinho, com Quinzinho pensando que ela estava falando dele, Magali achar que coisa grave é queimar fornada de pãezinhos, Quinzinho chamar Magali de seu quindim, bombom e docinho de coco, a cara da Magali ao descobrir que o Seu Quinzão ia montar uma loja de ferramentas, ela sair na rua de bolsa. Foi bom que dessa vez os meninos dos estabelecimentos com etnias diferentes, teve um negro e um oriental, bem raro na época mostrar isso em uma mesma história. Os três apareceram só nessa história, como de costume com personagens secundários.
Traços ficaram excelentes, muito bonitos e encantadores, personagens bem fofos assim, pena que não foram muito usados esses traços nas histórias e a gente não saber quem desenhou, mas como a história foi escrita pela Rosana, pode ter sido desenhada por ela, já que muitas vezes costumava roteirizar e desenhar suas próprias histórias.
Essa hq saiu no almanacão turma da mônica n°10 da editora globo! ;)
ResponderExcluirVerdade, foi republicada nesse Almanacão. Geralmente histórias de abertura mais curtas eram republicadas no miolo.
ExcluirBoa noite. Não vou comprar Mônica Nº 57 só por causa dessa história com homenagem ao Ziraldo e crossover com personagens dele. Abraço.
ResponderExcluirNão entendo pra que entrar aqui se não gosta da Mônica. Aqui não é pra ter outros assuntos, aí não dá pra bater papo sobre essas coisas. Sinto muito, não vai dar, melhor você ver outro blog e de preferência que seja sobre esses assuntos.
ResponderExcluirOk. Marcos, por gentileza, é verdade, que, entre os meses de Novembro/Dezembro do ano de 2024, terão os Relançamentos dos Almanaques:
ResponderExcluirMônica; Cebolinha; Cascão; Magali, e, Chico Bento Edições #20 (Edições #105-Segunda Temporada);
Turma da Mônica Edição #20 (Primeira Temporada);
Tina Edição #05 (Edição #33-Segunda Temporada);
Super Almanaque da Turma da Mônica Edição #15 (Primeira Temporada);
Almanacão da Turma da Mônica Edição #20 (Edição #42-Segunda Temporada);
Os dois Almanaques: Histórias Curtas Turma da Mônica, e, Histórias Sem Palavras Turma da Mônica Edições #11,
E,
As duas Edições da Revista Mônica Especial de Natal: Edição #17 (Primeira Temporada-Relançamento), e, Edição #18 (Primeira Temporada), nas Bancas de Revistas, e, Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.
Terão relançamentos dessas edições. Abraços.
ResponderExcluirQuase sempre que vejo Quinzinho dos velhos tempos lembro de 'Vai Trabalhar, Vagabundo!'*, pois se existe um personagem exemplar na Turma da Mônica, o filho do padeiro é o número um no quesito responsabilidade, daí, imaginemos ele aprontando com a Mônica ou jogando bafo ou bolinhas de gude com os garotos do bairro, o que vem à mente? Este responsável mauricinho nos faz perceber o quanto a criançada do Limoeiro é um bando de desocupados, salvo, ao menos em parte, Zé Luís e Franjinha, pois esses ainda estudam além da obrigatoriedade, são afeitos ao conhecimento, ou seja, suas mentes outrossim têm um quê de oficinas do (D)diabo, entretanto, são espaços apertados, dos quais o (P)pé (R)rachado fica pouco à vontade para agir.
ResponderExcluir*Filme nacional da década de 1970.
O Quinzinho era o mais responsável por trabalhar e estudar, aí nem sobrava tempo pra provocar a Mônica, porém tiveram histórias com ele interagindo com a turma sem ser na padaria, aí seriam suas horas de folga. Com isso, nunca apanhou da Mônica, bom pra ele. Outros responsáveis porque iam para a escola foram o Zé Luís, Franjinha, Titi e Jeremias, mas como não trabalhavam, aí dava tempo pra aprontar com a Mônica. O Franjinha que era um caso a parte porque não trabalhava em si, mas ficava boa parte fazendo experiências no seu laboratório e ia para a escola e ainda sobrava tempo pra passear com o Bidu, brincar com a turma e aprontar com a Mônica.
ExcluirComparando com os nerds do núcleo, Jeremias e Titi estão mais para a malandragem, estudam só por obrigação, em suas cacholas o (C)coisa (R)ruim fica melhor acomodado, porque as oficinas desses dois... são aaamplas...
ExcluirAssim como Capitão Feio já foi tio do Cascão, às vezes penso que uma das motivações para criar o Louco seria como tio do Teveluisão e a ideia foi descartada sem passar pelo direito ao abandono de parentesco como foi o caso envolvendo o vilão e o guri porcalhão, porque o comportamento desse personagem de expressão facial robótica é de cunho psiquiátrico. Vantagem é que Satanás não consegue êxito em um cérebro pinel como o dele, ou pelo menos acho que não, porque imagino que se tentar alguma artimanha a partir da mente do Tevê o risco do feitiço se virar contra o feiticeiro é alto e a entidade trevosa poderia terminar alienada com olhar estático remetendo a um fascínio enclausurante.
Também acho que os dois estudam por obrigação e se preocupam mais em tramar as coisas. Embora seja loucura o Teveluisão agir daquela forma de vidrado em TV, mas acho que nunca chegaram a pensar e cogitar em Louco ter parentesco com Teveluisão. Loucura foi só coincidência mesmo.
ExcluirTiti, por exemplo, não é confiável, Aninha que o diga...
ExcluirTeveluisão é uma estranha figura. Não sei quanto às tiras dos 60's, nos gibis antigos ele não rendeu, conta com poucas aparições em HQs publicadas nas três últimas décadas do século XX. Fora suas aparições oriundas da década em que foi criado e mesmo que em HQs antigas ele conte com trinta* aparições, ainda é pouco, pois maioria são participações dichavadas, com pouquíssimo e/ou nenhum destaque.
*Número hipotético, não tenho noção de quantas aparições Teveluisão possui a partir de 1970 até 1999.
Titi é nada confiável, sem dúvida. O Teveluisão teve bastante presenças nas tiras dos anos 1960, sumiu nos anos 1970 e voltou nos anos 1980, só que aí com aparições esporádicas. Teve um destaque maior nos primeiros anos após quando criaram o seu irmão Bloguinho no final de 2004 e Teveluisão até hoje ainda aparece de vez em quando nos gibis e com certo destaque quando aparece, então, não considero tão esquecido quanto outros personagens.
ExcluirAinda que consideravelmente apagado a partir de Mônica e Cebolinha como titulares, Teveluisão teve sorte de não ingressar no esquecimento profundo, foi se mantendo com aparições sem relevância até virar o século. Além de "S.O.S. Teveluizão" (creio que dos velhos tempos essa seja única HQ voltada para ele), lembro de mais duas em que participa com relevância. Uma é tentando molhar o Cascão por meio de arapuca instalada em aparelho de TV (deveras antiga) e a outra é "Hum... que cheirinho!" de 1983, em que junto de outros garotos evita(m) se aproximar do sujão por conta do mau cheiro, não chega ser partipação de destaque, não obstante, vale enfatizar que Teveluisão atua em pé de igualdade com Jeremias, Titi e Zé Luís.
ExcluirQual é a grafia correta, afinal? Em "S.O.S. Teveluizão" o nome encontra-se com Z.
As aparições do Teveluisão por boa parte dos anos 1980 eram sem ligação à paranoia dele com televisão, agia normal como as outras crianças, geralmente eram só participações rápidas sem envolver a sua característica, só no final dos anos 1980 que voltaram com a sua personalidade antiga. Em "S.O.S. Teveluizão", a grafia saiu errada, um descuido do letrista, quem sabe associou quem tinha nome Luiz com "Z". O correto é "Teveluisão" com "S".
ExcluirNão somente no título, está com última letra do alfabeto todas vezes que foi mencionado nessa HQ. Quiçá explicação seja mesma de Os Souza, que mudaram para Os Sousa.
ExcluirCerto seria "Pão, pão, beijo, beijo!" ser creditada ao Quinzinho, pois roteiro é pautado na desconfiança que passa ter com a namorada, ele é o protagonista. De certo modo, ela divide protagonismo, não de forma igualitária, vide único quadro que Quinzinho não aparece é o terceiro da terceira página (pág.5) e, mesmo assim, está "logo ali" - é quem toca campainha - e Magali não aparece em mais de quinze, ainda que alguns esteja apenas fora da lente e não ausente de cena, como em três das duas primeiras páginas, entretanto, isto não é motivo para não entrarem no somatório e mesmo estes ajudam reforçar o ponto de que é o filho do padeiro que desenrola a trama.
Sim, lembro que foi na história toda, ainda assim foi só nessa história a grafia dele com "Z", pois as outras após foram com "S", diferente de Os Souza que passaram a ser escritos por "Os Sousa" de forma fixa nas publicações da Panini e da L&PM. O Quinzinho teve um grande destaque de protagonista nesta história, acredito que deixaram só Magali por ser a dona da revista, mas poderiam colocar "Magali e Quinzinho em:", aí ficaria mais justo.
ExcluirLevando em conta que várias edições de Magali abrem com histórias do Mingau, poderia ser creditada somente ao Quinzinho para dar uma variada, como naquela edição de Chico Bento em que HQ de abertura é com Rosinha transformada em perua e foi devidamente creditada somente a ela.
ExcluirOutra que na questão de protagonismo é comparável a "Pão, pão, beijo, beijo!" é o "O cheirinho invisível"*, creditada ao Cascão, mas quem essencialmente movimenta a trama são Cebolinha e Franjinha.
*Abertura de Cascão nº9, 1982.
Iria dar variada, embora histórias do mingau na abertura, muitas vezes tem créditos como Magali e Mingau, mas tiveram as suas só como Mingau mesmo. E tiveram várias em que o personagem não teve destaque, mas no título tinha referência ao personagem principal.
ExcluirSim, são muitas creditadas assim, sem fazer jus aos verdadeiros protagonistas.
ExcluirAinda que focada em Franjinha e Cebolinha, faz sentido creditar ao Cascão, pois além de abrir edição dele, é seu cheiro que motiva as ações dos dois, no entanto, "A turma em" outrossim seria apropriado(a).
Há um errinho no último quadro da segunda página (pág.4), ainda que relativamente insignificante não seria justo identificar e não indicar como um autêntico dedo-de-seta, meio que gerou um chiste, porque trata-se da seta ou do rabicho do balão superior conectada(o) como uma gambiarra, como se tivesse colada(o) nele em vez de parecer uma extensão original do mesmo.
Nessa em específico creditaram ao Cascão pelo foca no cheiro dele na história. Não tinha reparado na seta no quadrinho, devem ter fechado o balão antes e incluíram a seta depois pra consertar.
ExcluirOk. Muito obrigado, então, Marcos.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFoi uma boa novela, sim, naquele tempo as novelas da Globo tinham conteúdo, valiam a pena de ver.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirUfa, desde que comecei a trabalhar de verdade, tenho estado muito ocupada para qualquer lazer ou internet. Ainda preciso comprar minha clínica e tudo, ain (alguém aí sentiu minha falta?)
ExcluirBom, a história em si, bem legal. É um tema repetitivo, uma daquelas histórias em que questionamos se Magali gosta de Quinzinho genuinamente ou não. Já li várias dessas e sempre torci para se provar que ela gosta de fato dele. Não é um dos meus casais favoritos, mas eles tem cenas bem fofas juntos. Nessa, terminou em aberto, ficou mais a dúvida. E a Magali não se ajuda "nem que você fosse filho do doceiro, quinta-feira ou algum dono de restaurante", ou seja só coisa gostosas. Se bem que de todos esses pretendentes nessa história, ela escolheu logo ele, então deve ter algo a mais. Quinzinho é um cara muito inseguro, sempre foi, mas as vezes me perguntava também o que ele via na Magali, por que ele gostava tanto dela também? Ele sempre falava que ela era tão "doce", mas nada além disso.
Eu gosto mais das histórias com o pai dele, ele sempre tentando impedir namoro dele, eram ótimos roteiros (uma das minhas histórias favoritas de todos os tempos é "Sócia da Padaria"). Ou histórias com Mingau grudento, ou Dudu pentelho, sempre com ciúmes. Ele e Magali, por si só, fica meio sem emoção. Sinto falta de histórias com mais interações dele com os outros da turma, o círculo dele parece muito limitado. Ele mal interage com a própria Mônica, e ela é a melhor amiga de sua namorada.
Enfim, boa história. Acho que já teve melhores com esse tema, mas essa foi bem divertida. Nota 8.
Oops, postei no lugar errado.
ExcluirCorinne, de fato as interpretações dos atores novos ficam muito a desejar e junta as histórias fracas e batidas, aí desanima essas novelas, eu nem assisto. Só as antigas mesmo se for pra ver.
ExcluirIsabella, sem problema ter postado aqui. Notei que você andava sumida. É repetitivo, mas nessa foi uma das primeiras nesse estilo e acho engraçado quando tinha histórias assim de desconfiança de namoro entre eles. Nessa frase deu ideia que não namora só por ser filho do padeiro, namoraria também se fosse de outro ramo alimentício, mas não namoraria se fosse filho de vendedor de roupas, de ferramentas ou qualquer emprego sem relação a comida. Foi engraçado. O Quinzinho deve achar Magali bonita e meiga, por isso resolveu namorá-la, mas também não é muito sincero amor por parte dele. Histórias com Quinzinho são mais normais e foram poucas interações com a turma e sem ser na padaria, com o pai dele, Mingau e Dudu são mais engraçadas.
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