sexta-feira, 28 de junho de 2024

Penadinho: HQ "Eu uso óculos"

Mostro uma história em que o Penadinho passou sufoco com uma mulher que tinha perdido seus óculos depois de ele se esconder da chuva na casa dela. Com 4 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 33' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Cebolinha Nº 33' (Ed. Globo, 1989)

Penadinho está na rua, quando cai uma chuva e ele se esconde na casa de uma mulher que procurava seus óculos. Ela pergunta se foi o marido Astolfo que entrou e chegou cedo do serviço. Penadinho finge que é o Astolfo, a mulher acha a voz estranha, achando que está rouco, e pergunta se ele viu os óculos dela e Penadinho diz que não, segurando os óculos.

A mulher fala que preparou o jantar, acha a mão do Penadinho gelada e prepara um chá de alho quente. Penadinho toma e pula de tão quente que estava e ainda fez chá de jiló e ela se desculpa por estar sem óculos. Depois, ela o leva para a cama, Penadinho acha que está quentinho ali e resolve ligar rádio par aouvir música, mas o rádio explode porque a tomada estava com defeito.

A mulher leva a comida e Penadinho acha horrível e ela percebe que deu a ração do cãozinho deles. Quando ela se ausenta para buscar a comida, Penadinho vai embora, prefere enfrentar a chuva e ela lamenta que toda vez que  perde os óculos, o marido cai fora. Penadinho quer ficar debaixo do toldo para se abrigar e quando chega, vê o Astolfo abrigado lá, ao seu lado.

História legal em que o Penadinho se esconde da chuva na casa de uma mulher que tinha perdido o óculos e ela pensa que era o marido. Penadinho passa sufoco por ela não enxergar direito, não aguenta ficar com ela e vai embora se abrigar debaixo do toldo. Só que tem a surpresa que o Astolfo estava lá, preferiu ficar na rua do que aturar a mulher sem óculos.

Penadinho só queria fugir da chuva e se proteger do frio que estava, mas não contava que a mulher sem óculos aprontava tanto. Ele até poderia ter entregue o óculos para a mulher, mas se ela o visse normal, ia expulsá-lo da casa. A grande surpresa foi do Astolfo ter a mesma aparência do Penadinho, só que estava vivo. Sem óculos e vendo tudo embaçado, não era a toa que ela o confundiu com o marido. Divrrtido a mulher falar tudo no diminutivo como "sentadinho", "caminha", "sopinha", etc, e ela tratou o suposto marido com muito zelo, inclusive dar sopinha na boca, porque pensava que estava resfriado com a chuva após achar que está rouco com mãos frias. Ela e o marido só apareceram nesta história como de costume com personagens secundários criados para história única.

Teve absurdos durante toda a história, pois como o Penadinho é fantasma, ele não devia ter sensações de frio, não se preocupar com chuva caindo porque ia atravessá-lo, teria que atravessar a porta para entrar e não entrar porque aproveitou que estava aberta, não dava para comer e beber, sentir que chá estava quente e  horroroso e que a raçãodo cachorroera horrível, se queimar com o rádio, etc. Tudo isso muito engraçado, se agisse um legítimo fantasma e não ligasse para chuva, não teria história, então precisaria desses absurdos para ter os conflitos. Não seria ruim também se fosse o Cascão no lugar e passar sufoco com ela só para não se molhar com a chuva.

Os traços ficaram bons, do estilo de histórias de miolo da segunda metade dos anos 1980. O título "Eu uso óculos" como referência à música dos Paralamas do Sucesso, curioso que era um título bem usado quando histórias tinham tema de óculos, ou que alguém tinha perdido óculos, já tiveram outras com esse mesmo título. Incorreta atualmente pelos sofrimentos que o Penadinho passou, principalmente em relação a comer ração de cachorro, entrar na casa dos outros sem permissão,  além da palavra "Droga!" ser proibida hoje nos gibis. Histórias da Turma do Penadinho na época normalmente eram em gibis do Cascão e curtas de até 5 páginas Por algumas vezes saíam nos gibis da Mônica e Cebolinha, quando eram mais longas, sendo que dessa vez foi uma história curta em gibi do Cebolinha, talvez para variar um pouco ou encaixaram por ter faltado 4 páginas para fechar o gibi.

9 comentários:

  1. Às vezes Penadinho se vê em situações como se fosse vivo, escapar da chuva para não molhar o lençol...
    Astolfo é uma espécie de Penadinho em carne e osso(s). Curioso ficar tranquilo ao lado de uma entidade espiritual, será que consegue vê-la(o)?
    A mulher que sem óculos é quase cega interagiu bem com Penadinho se passando por Astolfo, deve ser médium, se for, talvez nem saiba que é dotada de tal capacidade e, mesmo com severa deficiência na visão, tudo leva crer, ainda mais considerando aparência de quem está no quadro de encerramento, que ela enxergou a silhueta do fantasma e não se guiou apenas pela voz do mesmo.

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    1. Sim, às vezes acontecia o Penadinho agindo como vivo, ficava engraçado. Muitas vezes os humanos viam os fantasmas nas histórias, até se assustavam ou interagiam quando viam. Então, acredito que a mulher viu o Penadinho por ele ter se permitido ter visto, tanto que ela segurou nas mãos dele e achou que estava fria, só que a visão era embaçada e pensou que era o marido. Já o Astolfo fica a dúvida, mas acredito que ele estava distraído com seus pensamentos e não prestou atenção no Penadinho chegando, mas se ele olhar para o lado ou o Penadinho falar alguma coisa, ele veria. O final permite imaginar como seria a sequência do Astolfo contracenando com o Penadinho.

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    2. Se fosse "Sem óculos, mantenha distância!" ou "Em terra de quase cego, impostor dança!", ou apenas "O impostor" ou "O embusteiro", qualquer um destes dizem mais sobre o que consiste a trama do que "Eu uso óculos", título desprovido de criatividade.

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    3. Pelo visto parece que queriam exclusivamente homenagear a música dos Paralamas do Sucesso e foi a segunda vez que esse título foi usado, a primeira foi "Eu uso óculos... e ninguém liga!", com o Titi , de 1987. Ainda assim, esses títulos que você citou seriam melhores. Mais falta de criatividade foi outras histórias depois terem esse mesmo título.

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  2. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, a partir do mês de Janeiro do ano de 2025, as Revistas Todas da Turminha, elas irão sofrer um Reajuste, nos preços das Revistas Todas da Turminha, ou, não?. Por gentileza, você irá comprar as Edições #58 (Edições #228-Terceira Temporada), das Revistas da segunda quinzena da Turminha, do mês de Junho do ano de 2024, por causa dos Cards dos Jogos Olímpicos do ano de 2024, e, a Revista Mônica Edição #57 (Edições: #227/#673-Terceira Temporada), por causa do Crossover dos Personagens do Mauricio de Sousa, com os Personagens do Ziraldo, ou, não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Tem nada confirmado se revistas terão reajuste em janeiro de 2025. Não vou comprar Mônica Nº 57 com a homenagem ao Ziraldo nem as edições Nº 58 só por causa dos cards. Abraços.

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, na primeira quinzena do mês de Outubro do ano de 2024, a Revista Turma da Mônica, ela irá completar 400 Edições: 165, pela Editora Globo, (Antiga Revista Parque da Mônica), e, 235, pela Editora PANINI COMICS Brasil, (Atual Turma da Mônica), e, ela terá uma Edição Comemorativa, falando sobre as 400 Edições da Revista Turma da Mônica, pela Editora PANINI COMICS Brasil, ou, não?. Por gentileza, é verdade, que, na segunda quinzena do mês de Julho do ano de 2025, a Revista Mônica, ela irá completar 700 Edições: 200, pela Editora Abril; 246, pela Editora Globo, e, 254, pela Editora PANINI COMICS Brasil, e, ela terá uma Edição Comemorativa, falando sobre as 700 Edições da Revista Mônica, pela Editora PANINI COMICS Brasil, também, ou, não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. A revista Turma da Mônica chegará ao N° 400 em outubro de 2024, mas nada confirmado se será comemorativa. Mônica chega a edição N° 700 em julho de 2025 e quase certo que terá história comemorativa. Abraço.

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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