sábado, 16 de dezembro de 2023

Mônica: HQ "A grande surpresa de Natal"

Mostro uma história publicada há exatos 40 anos em que a Mônica é responsável em dazer a ceia de Natal da sua família e Cebolinha e Cascão comem tudo dando muita confusão. Com 6 páginas, foi história de miolo publicada em 'Almanaque da Mônica Nº 20' (Ed. Abril, 1983).

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 20' (Ed. Abril, 1983)

Mônica comemora que terminou os dois pratos que ela mesma fez e vai ter a ceia de Natal mais gostosa do mundo. Cebolinha e Cascão surgem na janela, dizendo que eles têm que provar as comidas para ser verdade, só provando para acreditar. Mônica imediatamente tampa os pratos e os meninos reclamam que é uma grande porcaria, que ela pode ficar com esses pratos que devem estar horríveis, nem queriam provar e estão pouco ligando para esses pratos que ela chama de comida e vão embora.

Dona Luísa chama a Mônica para arrumar a mesa para a ceia, os meninos voltam e comem toda a comida para mostrar que a Mônica não manda neles, ficam gordos demais, pesados para correr e dizem que se a Mônica aparecer estão perdidos. Mônica aparece, eles ficam com medo, mas consegue pegar os pratos sem ter visto os meninos lá.

Mônica leva os pratos para a sala para servir aos pais e conta que terão uma grande surpresa. Ao levantar as tampas, não consegue, põe muita força e nada de destampar. Ela fala para os pais que teve problema técnico e vai buscar um abridor, quando recebe uma beliscada do Cascão na bunda e grita. Ela pergunta se foi a mãe quem a beliscou, que nega, e quando vira para o outro lado, leva outro beliscão do Cebolinha.

Seu Sousa pergunta se isso faz parte da surpresa. Mônica sobe na mesa, dá chute nas tampas e descobre lá os meninos, que improvisam uma apresentação de Feliz Natal. Os pais acham linda a surpresa e só falta a ceia. Mônica avisa para mãe que agora vai pagar o cachê artístico dos meninos: surra.

História engraçada em que a Mônica queria fazer uma surpresa para os pais com a ceia de Natal preparada por ela, só que a surpresa quem tem é a Mônica de saber que os meninos comeram tudo após ela recusar que eles provassem as comidas. Os meninos foram bem ousados em esconderem dentro do prato, porque se ela visse leve demais, já desconfiaria de cara.

Foi engraçado ver os meninos abudados querendo filar comida e Mônica não deixar, eles comerem tudo, ficarem gordos de tanto comer peru e rabanada inteiros, se esconderem nos pratos, darem beliscão na bunda da Mônica. O final ficou em aberto como conseguiram outra ceia depois dos meninos terem comido tudo, eles gostavam de finais abertos para leitores imaginarem sequência depois. 

Daria para colocarem a Magali no lugar deles, mas como Mônica precisaria carregar dois pratos ao mesmo tempo e não bateria na Magali, aí foi melhor os meninos agindo como gulosos. Teve bastante movimento, perderam chance de fazer desenho animado baseada nessa história. 

Era legal a autonomia que as crianças tinham nas histórias antigas, podiam cozinhar, ir a supermercado fazer compras, ir a cinema sozinhas, ficavam divertidas. Tiveram outras histórias da Mônica como cozinheira, só que cozinhando mal. Algumas com Magali também como péssima cozinheira. Incorreta atualmente por Mônica cozinhar, mexer com fogão e ainda os pais deixarem uma criança ser responsável para fazer uma ceia de Natal sozinha e ela levar beliscões na bunda dos meninos.

Os traços ficaram muito bons, típico dos anos 1989nsagrada deles. Interessante o Cebolinha dar arroto "burp!" sem trocar "R" pelo "L", pode considerar erro já que normalmente em onomatopeias ele trocava as letras. Nunca foi republicada nesses 40 anos até hoje assim como as demais histórias desse 'Almanaque da Mônica N° 20' e as de outros almanaques com histórias inéditas da Editora Abril, então, são bem raras hoje.

34 comentários:

  1. "Daria para colocarem a Magali no lugar deles, mas como Mônica precisaria carregar dois pratos ao mesmo tempo e não bateria na Magali, aí foi melhor os meninos agindo como gulosos."
    Eu acho que é pq a Magali nem tinha protagonismo direito nessa época mas hoje em dia preferem só colocar ela como a personagem gulosa da turma.

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    1. A Magali não tinha protagonismo em relação aos outros três na época, mas já estava começando a ter histórias solo com frequência para o pessoal ir se acostumando com a personagem. Hoje nem a colocam comendo alguma coisa, poucas histórias envolvendo comida, muito menos com gula exagerada, aí nem considero como gulosa atualmente.

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  2. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, as Revistas:
    Almanaque da Turma da Mônica Edição #17 (Primeira Temporada);
    Mônica Especial de Natal Edição #17 (Primeira Temporada)
    E
    Os dois Relançamentos das duas Revistas:
    Mônica Especial de Natal Edição #16 (Primeira Temporada)
    E
    Almanaque da Turma da Mônica Edição #13 (Primeira Temporada), eles permanecerão nas Bancas de Revistas e Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, até, qual mês do ano?. Janeiro do ano de 2024, é isto?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Essas edições vão ficar nas bancas até janeiro de 2024. Abraços

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, você irá comprar as Edições #47 (Edições #217-Terceira Temporada), das Revistas da Turminha da primeira quinzena do mês de Janeiro do ano de 2024, ou não?. Por gentileza, uma pergunta: as Edições #47 (Edições #217-Terceira Temporada), das Revistas da Turminha da primeira quinzena do mês de Janeiro do ano de 2024, elas fazem parte das paródias de qualquer filme, ou, não?. Por gentileza, é verdade, que, no mês de Fevereiro do ano de 2024, as duas Revistas: Cascão e Chico Bento, elas terão umas Edições Comemorativas, falando sobre as Edições #800:
      #114: Abril;
      #467: Globo
      E
      #219, pela Editora PANINI COMICS Brasil, é isto?. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, na segunda quinzena do mês de Fevereiro do ano de 2024, as Revistas da Turminha da segunda quinzena do mês de Fevereiro do ano de 2024, elas terão as Edições Comemorativas, falando sobre as 50 Edições da Terceira Temporada das Revistas da Turminha, pela Editora PANINI COMICS Brasil, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. Não vou comprar as edições #47, só as edições #800 do Cascão e Chico correspondentes às edições #49 deles. Não sei se as #47 se referem a paródias de filmes, só sei que tem vilões em todos. E não sei se as edições #50 serão comemorativas. Abraços.

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  3. Presenças de adultos não são empecilho(s) para atitudes tremendamente ousadas como subir na mesa e meter a bica nas cúpulas dos recipientes, além da autonomia de uma criança com seis para sete anos de idade em preparar pratos surpresas, cujo objetivo é cear com os progenitores. Sem tirar nem pôr, precisão total, absurdos na medida na certa.
    Assim como inúmeras tiras de piadas e inúmeras HQs setentistas, oitentistas e noventistas, este é apenas mais um formidável roteiro que retrata fidedignamente as essências genuínas de Mônica, Cebolinha e Cascão.

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    1. "(...)total, absurdos NA MEDIDA CERTA."
      Excedi no "na".

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    2. Verdade, as crianças tinham total autonomia até na frente dos pais, que nem chamavam atenção. Era muito bom assim, cheio de absurdos, tudo de forma espontânea, sem dúvida era bem mais divertido ler.

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    3. Também fica em pé sobre a mesa antes de descobrir que o que preparou já não existe mais. Cereja do bolo é o "chute revelação"*, para executá-lo foi necessário que repetisse o audacioso feito - até mesmo desrespeitoso - de empoleirar aonde se come e se bebe.
      *Mãe da Mônica não pescou muito bem a proposta ao dizer que só falta a ceia, nem parece dona-de-casa oitentista, não reconhece sopa de cebola quando vê uma bem de perto e o mesmo em relação ao suíno mal-passado, não manjou de que iguaria se trata só porque não há maçã arreganhando-lhe a boca. Até que merece colher de chá, pois como a trama termina antes do toque final da gourmet empoleiradora de mesa, é certo que a gastrônoma irá "comê-los com angu", isto é, com a sova, provável que fiquem amalgamados, ou seja, transformados em um só prato, daí, imagino que a esposa e mãe ficará com água na boca ao deparar-se com um portentoso leitão acebolado - e, por sinal, muito bem-passado, ainda mais com cebola roxa, irresistível...

      No primeiro quadro em que aparece a segunda mesa (a primeira é de bastidor, é da labuta, já outra, não fosse pelos moleques, era para ser a do glamour e do deleite), em vez de rosa, a toalha foi pintada de branco.

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    4. Esse "chute revelação" foi ótimo. Caprichavam demais. Já que não tinham mais comida, alternativa seria, sim, sopa de cebola e leitão acebolado para comer após a surra. Ficaria muito bom.

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    5. Pena que o proprietário anterior do exemplar do Almanaque de Natal da Mônica nº20 (1983) que lhe pertence não resistiu à tentação da tesoura, não preservou integridade da capa.
      Algo que literalmente marcou gibis oitentistas da Editora Abril foi a tal da bendita Cartela Milionária.

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    6. Vai ver que ele quis participar da promoção. Eram ruins essa promoções que tinham que cortar selos para participar, estragavam as revistas. Eu comprei por ser rara, que estava barata no sebo na época e que por dentro com bom estado, mas dou preferência a estado melhor na capa.

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    7. Revistinhas raras com capas zoadas, ainda que com bons preços e conteúdos preservados, não animam muito, isto é, "dá e não dá" (ou, "dão e não dão") vontade de comprar, soa até esquizofrênico, mas é exatamente esse tipo de sensação ambígua que rola com maioria dos entusiastas de gibis antigos e, portanto, raros, quando estão diante de oportunidades assim.
      O caso do seu gibi passa longe disso, embora falte um naco, é perceptível que o restante da capa está em bom estado, e estando com conteúdo igualmente preservado e se o preço para obtê-lo foi justo, não tenho dúvida de que fez uma ótima aquisição.

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    8. Quando tá muito detonado o gibi, mesmo sendo raro eu não compro, principalmente com rasgos internos ou rabiscos. Já aconteceu várias vezes de eu não levar por estar bem ruim. Agora sendo só um detalhe na capa e que ainda possa consertar, colocar adesivo em cima de um pequeno rabisco, acho válido. E quem sabe depois eu consiga encontrar outro em melhor estado de capa, pelo menos interno está bom. Esse eu comprei por 3 Reais.

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    9. Pensando melhor, como estou sabendo o quanto foi pago, considerando que seu exemplar está como diz, ou seja, em bom estado de conservação, ainda mais sendo de edição da antológica parceria MSP-Abril, acho que o valor para obtê-lo não foi justo, foi... de graça, lhe foi "doado", sob condição de abrir mão de três pilas. Mesmo que tenha sete ou dez ou treze anos que faça parte de seu acervo, o preço para adquiri-lo foi camarada.

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    10. Tem 10 anos que tenho esse e foi quase de graça, era o preço médio de gibis em sebos e lá não fez distinção de época, de mais antigo ser mais caro ou por estado de conservação, só formato e número de páginas que mudava um pouco o preço. Hoje a média de gibis é 5 Reais cada e tem sebos que estão vendendo mais caros os mais antigos.

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  4. Oi Marcos, eu sempre sonho com "e se fosse do jeito que eu queria", por exemplo: E se a Mônica fosse uma série animada de drama e aventura e com um roteiro MUITO MELHOR que Uma Aventura no Tempo, tipo um roteiro estilo Quentin Tarantino, Aaron Sorkin, Hayao Miyazaki, Makoto Shinkai, Mamoru Hosoda, Martin Scorsese, David Fincher ou Christopher Nolan por exemplo, e fosse nominado a vários Oscars e ainda com uma trilha Sonora de alguma banda incrível Como Beatles, Rolling Stones, Ultraje a Rigor, RPM, CPM 22, Pitty, The Velvet Underground, The Doors, Pink Floyd, Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, The Byrds, Charlie Brown Jr., The Fevers, Marisa Monte, LS Jack, Queen, The Who, Bob Marley, Madonna, Celine Dion só pra dar um exemplo, e ainda com os desenhos muito melhores Como o estilo mangá de respeito, Como seria?

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    1. Pra mim seria a mesma coisa que imaginar um jogador de futebol atacante com as mesmas habilidades do Messi, Cristiano Ronaldo, Haland, Mbappé, Ronaldo Fenômeno, Eto'o, Drogba, Henry, Pelé, Garrincha, Romário, George Best, Denis Law, Ian Rush, Alan Shearer, Wayne Rooney, Michael Owen, Eric Cantona, van Basten, Ibrahimovic, Jean-Pierre Papin, Solskjaer, van Nistelrooy, Bum Kun Cha, Völler, Roger Milla, Wynton Rufer, Hugo Sánchez, Butragueño só pra dar um exemplo

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    2. Eu sempre fico imaginando canções como música de abertura como "Conto do Canto" do Quinteto Violado, My Lighthouse do Pulp, Like a River Runs do Bleachers, e dessas bandas que eu falei acima

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    3. Não seria ruim, se encaixaria também com a turma a série. Músicas com qualquer um deles seria bom também.

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  5. Permita-me comentar sobre a capa desse gibi. De uma grandeza enorme. Mônica presenteando o Menino Jesus com o seu maior tesouro: seu coelhinho Sansão. Jesus merece todo o nosso tesouro. Não o material. Mas o espiritual. Foi isso que percebi pela capa. Feliz Natal, Marcos. E a todos os leitores (as) do blog. Deus nos abençoe!!!!

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    1. Muito linda essa capa. A intenção foi essa de presentear o Menino Jesus com o Sansão, algo que ela gosta muito, bela representação do verdadeiro Natal. Feliz Natal pra você também, tudo de bom e bênçãos de Deus.

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    2. Considerando simbiose entre o coelho de pelúcia e sua dona, foi precisa sua leitura sobre mensagem contida na ilustração de capa, pois com que presenteia Menino Jesus, não é somente brinquedo que estima muito, Sansão é uma espécie de fiel escudeiro da Mônica, grande amigo inanimado.
      Isso aí, falou bonito, que Deus nos abençoe!! Feliz Natal, Roniere!

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    3. Sim, Zózimo, Sansão um grande amigo dela e só nessa circunstância para ele dar pra alguém.

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    4. Vlw, Zózimo. Feliz Natal. Gosto muito dos seus comentários. Sempre atento aos detalhes das hqs. Abraços.

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    5. Não só com HQs antigas da MSP, sou detalhista no geral. Detalhismo é inerente à minha pessoa, um vício, posso afirmar que essa característica de personalidade é minha cachaça, minha droga, ora isso é positivo, ora é negativo. Deixo claro que, por ser assim, não sou do tipo implicante, isto é, meu nível de detalhismo raramente incomoda os outros, quem mais fica incomodado com essa minha faceta quando extrapola determinados limites, sou eu mesmo.
      Fico grato por apreciar meus comentários! Falou, caro Roniere!

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  6. Boa histórinha. Padrão das histórias de Abril terem de 4 a 5 páginas, né? Acho estranho ver Mônica preparando ceia de natal e saindo tudo gostoso, maioria das histórias retrata ela como péssima cozinheira, pelo menos a que vi. E bem preguiçosos esses pais, deixam o trabalho ''mais pesado'' pra filha de 6 anos.

    Meninos são uns capetinhas mesmo, mas, bem que Mônica podia dar uma colher de chá por ser Natal, né? Época de caridade, generosidade, de perdoar desafetos. Os pais delas até ficaram felizes com a surpresa, meio que saíram ganhando.

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    1. Na Abril as histórias costumavam ser mais curtas, uma ou outra na abertura maiores. Acho que é porque a equipe era pequena e facilitaria produção com histórias curtas do que ficar mais tempo produzindo uma história longa. Normalmente a Mônica era má cozinheira, deixava cozinha bagunçada, nessa quiseram retratá-la como boa cozinheira. Os meninos não deixavam a Mônica em paz nem no Natal, no máximo, ela poderia perdoá-los por ser Natal, mas não adiantou, deu surra assim mesmo e merecido. Aí só os pais deixaram para lá.

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  7. Dessa vez a surra deve ter sido das grandes, já que a história terminou sem mostrar kkkkk
    Mas eles mereceram muito, comeram tudo e ainda deram 2 beliscões na Mônica. As vozes dos personagens nos desenhos animados são tão marcantes que nem consigo ler os quadrinhos sem ouvir as vozes deles, isso é ótimo. Sinto falta de histórias como essa virarem animações, mas a MSP está com o politicamente correto em todo lugar atualmente.

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    1. Mereceram muito a surra, dessa vez ficou na imaginação, mas com certeza foi das grandes. Essa dava uma animação tranquilo, perderam chance na fase clássica, podiam ter criado um vídeo com animações de histórias de Natal, por exemplo. Agora, sem chance nem de desenho animado e nem republicar em almanaques.

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  8. Esse almanaque marcou época e não dá pra entender como as histórias nunca tiveram republicação, uma vez que a maioria delas não tinha motivos negativos. Ainda vou pegar essa revista de volta quando entrar uma verba.

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    1. Pois é, davam pra ter republicado histórias pelo menos nos especiais de Natal da Globo. Esses almanaques com histórias inéditas ficaram esquecidos por eles, parece que não se lembraram que tinham almanaques com histórias inéditas e só vasculhavam histórias de gibis convencionais.

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