sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

HQ "Um presente pro Bidu"

Compartilho uma história em que o Bidu ficou triste por não receber um presente de Natal e chama atenção do Franjinha para ganhar. Com 4 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 152' (Ed. Abril, 1982).

Capa de 'Mônica Nº 152' (Ed. Abril, 1982)

Franjinha fica feliz que é dia de Natal e vê os presentes na Árvore de Natal junto com o Bidu. Tinha para o pai, para a mãe e pra ele, que ganhou um carrinho e fica doido para mostrar para turma. Bidu confere os presentes, não encontra um para ele e fica triste.

Franjinha vê Bidu chorando na rua e pergunta o que há com ele. Bidu aponta para o carrinho e Franjinha pergunta se quer o carrinho dele. Bidu nega, segura o Franjinha pelo braço e aponta para o menino com bola. Franjinha pensa que o menino bateu nele. Bidu aponta para um cachorro que ganhou um osso e Franjnha descobre que ele queria um presente.

Em casa, Franjinha não encontra o presente do Bidu porque o pai se esqueceu e dá qualquer presente que estava embaixo da Árvore de Natal. Bidu fica feliz, beija o Franjinha e vai para fora para abrir o presente. Quando abre, vê que era uma par de meias, embalada em uma caixa dentro da outra, que nem pode usar.

História boa, típica de miolo, em que o Bidu só queria ganhar um presente de Natal igual a todo mundo e, como não tinha, o Franjinha entrega qualquer um para tentar agradá-lo, só que um par de meias não tinha serventia para ele. Se ainda fosse dois pares de meia, daria para as quatro patas. Bidu ficava triste que todos ganharam presentes, até o cachorro da rua ganhou um osso e, então, se sentia menosprezado, que ele não tinha importância, até deu certa pena. 

Os pais do Franjinha podia ter deixado um osso como presente já que cachorro de estimação também é considerado membro da família. Engraçado ter várias caixas dentro da outra para dar volume ao pacote grandão, mesmo quem receberia de fato o presente, provavelmente o pai do Franjinha, também teria surpresa e trabalho para tirar as caixas e ver que era um presente nada de mais para um caixa tão grande. 

A história ensina que deve desejar dar presente para o seu bichinho de estimação ou pelo menos um feliz Natal, mesmo que ele não entenda, só para ele sentir que é lembrado que nem outros membros da família. É do estilo de histórias do Bidu sendo apenas um cãozinho do Franjinha, porém ele ficou bem humanizado, sabendo do que se trata o Natal, presentes na Árvore, que ele sabe ler e não ganhou presente, além de entender o que o Franjinha falava, responder, andar de duas patas e apontar para os presentes dos outros, só faltou falar nessa. Absurdos de histórias e quadrinhos que sempre eram bons.

O que faz a história ser incorreta atualmente é que teve final triste para o Bidu e leitores sentirem pena dele. Hoje, só podem ter histórias com finais felizes e que não deem pena nem traumatizem as crianças ou deixá-las tristes lendo. E também falar que o pai do Franjinha deixou os presentes na Árvore, e não o Papai Noel, afirmando que ele não existe, também é errado, hoje procuram sempre mostrar nas histórias que Papai Noel existe para não tirar a fantasia das crianças. Os traços ficaram muito bons do estilo da arte-final do Alvin Lacerda que sempre deixavam desenhos encantadores. Foi republicada depois em 'Mônica Especial de Natal Nº 2' (Ed. Globo, 1996).

Capa de 'Mônica Especial de Natal Nº 2' (Ed. Globo, 1996).

21 comentários:

  1. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, o Kit de Verão da Turma da Mônica Volume #06, ele estará disponível, nas Bancas de Revistas, e, Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, inclusive Salvador e Bahia toda, ou, é somente, São Paulo e Rio de Janeiro, é isto?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Boa noite. Não sei dizer isso, talvez somente São Paulo e Rio, mas não sei. Abraços.

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, uma pergunta: é verdade, que os Relançamentos dos Almanaques Bimestrais:
      Mônica;
      Cebolinha;
      Cascão Edições #14 (Edições #99-Segunda Temporada)
      E
      Turma da Mônica Edições #12 e #13 (Primeira Temporada);
      O Relançamento da Revista Mônica Especial de Natal Edição #16 (Primeira Temporada);
      As duas Revistas:
      Mônica Especial de Natal Edição #17 (Primeira Temporada)
      E
      Almanaque da Turma da Mônica Edição #17 (Primeira Temporada), elas permanecerão nas Bancas de Revistas e Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, até qual mês do ano?. Janeiro ou Fevereiro do ano de 2024, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços e Feliz Natal para você; para os seus familiares e amigos também!!!.

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    3. Ficam até janeiro de 2024. Obrigado! Um Feliz Natal pra você e sua família .

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    4. Ok. Por nada, e, igualmente, amigo!!!. Amém. Ok. Muito obrigado, então, Marcos!!!.

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  2. Foi através de republicação que conheci esta história, não sei exatamente quando foi, chuto aí que já fazem uns dezoito anos. Pelo visual, pelo tipo ou estilo de traços, assim que a vi tive certeza que pertence ao período Abril, o que não fazia ideia é de que compõe Mônica nº152 de 1982.

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    1. A republicação foi nesse especial de Natal 2, que já tem 27 anos, a não ser que você conseguiu depois em sebo. Teve também republicação na Panini, parece que na edição 2 de 2008. Pelos traços de cara percebe que é da época da Abril, sem eu saber já diria que era 1982 a 1983, agora saber edição original exata, aí era difícil saber, só soube quando adquiri a Mônica 152.

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    2. Também pensava que fosse de 1983 ou no máximo publicada em Mônica ou Cebolinha de algum dos três ou quatro primeiros meses do ano seguinte. Acho que não associei "Um presente pro Bidu" com possibilidade de publicação no ano de 1982, ainda que no último mês, daí, meio que me surpreendeu saber que originalmente pertence a este número de Mônica - que certamente é supimpa do início ao fim.
      Fiquei um pouco curioso com efeito aplicado no pijama do Franjinha, será que é para passar noção de que o azul é ligeiramente* reluzente, uma cor metálica ou cintilante*, ou algo do tipo?
      **"Ligeiramente" é por se tratar de roupa de menino e cintilância, dependendo, outrossim pode ser um recurso têxtil que para harmonizar com roupas masculinas infantis tem que ser bem equilibrado, como um brilho fosco.

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    3. Entendi. E essa Mônica 152 é excelente, só história boa. O efeito do pijama do Franjinha deve ser isso de dar algo cintilante ou mostrar que é mais escuro em algumas partes.

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    4. Desconheço a HQ de abertura de Mônica nº152 (Ed.Abril), com arte de capa formidavelmente alusiva, ambas abordam o que estava em voga no universo infantojuvenil da época, ioiô foi uma febre. Pelo que recordo, parece que a moda foi mais intensa na primeira metade da década.

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    5. Ioiô era moda na época e não perderam tempo em criar história assim. Nela, a Mônica não sabia brincar de ioiô e passava vergonha e no caso a capa foi alusão ao tema da história, mas não ao que realmente aconteceu na trama. Tinham muitas capas assim de alusão à história em que faziam piada em cima do tema para dar impacto, mas não era o que acontecia de fato. A história foi curta com traços de miolo.

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    6. Você diz que essa trama de abertura possui traços típicos de HQs de miolo da época, talvez eu até conheça e no momento me parece desconhecida. Existe alguma republicação dessa história?

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    7. Existe, sim, foi republicada como história de encerramento no Almanaque da Mônica 27 da Globo, 1991. Normalmente histórias de abertura curtas eram republicadas depois no miolo.

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    8. Acho que não conheço mesmo. Vi esse almanaque em sebos, não lembro se cheguei folheá-lo, e, ainda que tenha feito, provável que não li a dita-cuja desse modo.
      Ainda que sabendo desde meus tempos como infantojuvenil que situações contidas nas capas alusivas raramente acontecem em suas respectivas histórias, cheguei pensar que nessa a Mônica dominanava técnica(s) de manuseio de ioiôs a ponto de causar inveja nos meninos, caí no velho truque de apresentação - imagem supercial.

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    9. Mesmo que você folheasse, acho que não ia ler essa lá no sebo perdendo tempo de ver outras revistas. Na história, todos têm habilidades com o ioiô assim, menos a Mônica. Até um bebê e um cachorro demonstraram que eram feras no ioiô, deixando a Mônica com inveja e triste. Muito engraçada essa. Sem dúvida você caiu no truque de apresentação da capa.

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    10. "(...)que nessa a Mônica DOMINAVA técnica(s) de(...)"
      Até que "dominanava" ficou hilário, tipo nanar como estratégia para dominar.

      Mesmo conhecendo de longa data as táticas aplicadas nos bons e velhos gibis da MSP, no caso da HQ de abertura desta edição, caí no truque da imagem supercial. Mesmo para leitor veterano, de algum modo se justifica, pois há umas poucas capas que exibem situações fiéis às histórias abordadas, um bom exemplo é o que há na capa de Cascão nº62 da Editora Abril.

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    11. "Supercial" de novo... Aleijada palavra que me persegue.

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    12. Parecem que foram poucas capas da Abril que seguiram fiéis ao roteiro da história, maioria foram ou piadas ou um impacto maior em cima do tema para chamar atenção. Às vezes a gente cai no truque e quando lê é uma coisa totalmente diferente. E acontece de ter erro de digitação, nem esquente com isso.

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  3. Traços lindos, pena que não são mais feitos assim. A história conseguiu ser inocente e engraçada ao mesmo tempo, sem apelar para caretas, nem nenhuma bobagem atual.

    Ainda lançam gibis daquela "Coleção um tema só" hoje em dia? Eu lembro que gostava muito desses, e tinha um de planos infalíveis, alguns só de Natal, um de super-heróis, e por aí vai.

    Par quem gosta de medievalismo, RPG, etc, confiram meu blog:

    www.bardodanevoa.blogspot.com

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    1. Muito bonitos esses traços, não fazem mais assim mesmo. Não sendo didática como as atuais já tá bom, hoje, com certeza o Bidu teria um final feliz sem deixar algo engraçado nela. Existem "Coleção um tema só", só que com o nome "Almanaque temático" e praticamente são os mesmos temas, fica tudo repetitível. Valeu pela indicação do blog.

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