quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Almanaque da Tina N° 1 - Editora Panini - 2022

A MSP teve novo lançamento em agosto de 2022, a nova série do Almanaque da Tina. Comprei essa edição e nessa postagem eu comento sobre ela.

Tina já teve séries de almanaques nas Editoras Globo e Panini. Na Globo como parte da coleção "Almanaque da Turma do", revezando numerações com Turmas da Tina, do Penadinho e do Astronauta entre 2004 a 2006. Na Panini, a partir de 2007,esses títulos foram independentes, com cada secundário tendo sua própria numeração corrente. O 'Almanaque Turma da Tina' da Panini durou até "Nº 28", de agosto de 2020, e foi cancelado quando os almanaques principais tiveram a numeração reiniciada e novo design em 2021, e no lugar veio 'Almanaque da Turma da Mônica'  juntando histórias de todos os secundários em um só.

Capas de 'Almanaque Turma da Tina Nº 1' (Ed. Globo, 2004 e Ed. Panini, 2007)

Até que agora, em agosto de 2022, resolveram relançar esse título da Tina, mesmo ainda circulando o  "Almanaque da Turma da Mônica", que deve ser que este não esteja vendendo como esperado e um almanaque só da Tina vendia mais. Foi até surpresa porque não teve divulgação no site da Panini em lugar de destaque e algum tempo de antecedência como com outros títulos

Com isso, as principais mudanças nessa nova série foram que agora se chama 'Almanaque da Tina' em vez de 'Almanaque da Turma da Tina' e seguiu o design atual desde que reiniciaram numeração em 2021, tirando a moldura colorida grande, deixando uma moldura mais discreta, valorizando mais a ilustração da capa e sem personagem ao lado do logotipo, ficando expandido como nas antigas. Também não mostram mais preço, códigos de barras, QR Code nas capas, ficando tudo isso nas contracapas. Formato canoa com grampos sem ser lombada quadrada, já que agora nenhum almanaque tem mais lombada quadrada para diminuir custos deles. E continuam sem mostrar a fonte de quais edições as histórias originais saíram.

Agora tem 84 páginas contra 76 páginas na série anterior, mas ainda com menos páginas que os almanaques principais que têm 100 páginas cada um. Por ter 84 páginas, esse da Tina não tem passatempos como os outros almanaques que tem 8 páginas de passatempos, fazendo ficar mais barato que os almanaques principais, que custam R$ 11,90 e esse da Tina custa R$ 9,90. Não teve divulgação se periodicidade vai ser bimestral ou semestral, mas acredito que seja bimestral.

Contracapa da edição

Falando então sobre essa edição, a distribuição chegou aqui dia 15 de agosto, foram 9 histórias no total. Capa com cotidiano dos personagens fazer um bolo e tirar fotos para redes sociais e abre com um frontispício bem simples, só uma ilustração da Tina, que foi copiada a imagem dela do frontispício do "Almanaque Nº 1' de 2007, só tirando a imagem da Pipa no Parque da Mônica e mudando texto, agora bem breve só com a sinopse da história de abertura. Não custava criar uma ilustração nova para esse frontispício com pelo menos alguma imagem representando a história de abertura.

Comparação do Frontispício dos Almanaques "Nº 1" de 2007 e de 2022

No conteúdo do almanaque, eles simplesmente republicaram histórias que foram republicadas na primeira série dos almanaques da Turma da Tina "Nº 1" e "Nº 2" de 2007. Deram preferência as histórias do "Nº 1" de 2007 fora de ordem do que foram publicadas antes. Das 13 histórias, 8 foram do "Nº 1" de 2007, colocando todas desse, menos as histórias "Pipa vai ao Parque" (Parque da Mônica Nº 71, de 1998) e "Em forma", e no lugar dessas, colocaram 5 histórias do Almanaque "Nº 2", de 2007, por esse almanaque de 2022 ter 84 páginas contra 76 páginas do de 2007, para preencher as 8 páginas a mais,  e, com isso, nenhuma história que nunca foi republicada até hoje nele. 

Os almanaques no geral andam com repeteco de histórias, re-republicando histórias de outros almanaques da Panini, os da Tina da primeira série já tinham bastante repeteco antes de ser cancelado, colocando as mesmas, porém esse ficou estranho com basicamente uma reedição quase fiel do "Nº 1" de 2007 só que com outra capa. e tiraram algumas histórias do "Nº 1" de 2007, colocando algumas do "Nº 2" de 2007. 

São histórias originais de gibis da Editora Globo entre 1988 a 2001. História de abertura foi "Paixão antiga" em que a Tina reencontra o seu antigo namorado Jaime e ela pensa que ele tinha namorada nova ao sair do carro com uma garota. Nessa, inclusive, mantiveram a ordem, foi a história de abertura do Almanaque "Nº 1" de 2007.

Trecho da HQ "Paixão antiga"

Como destaques da edição, na história "Dia especial", Pipa fica ansiosa em o Zecão chegar na casa dela para comemorarem os 6 anos de namoro. Em  "Perguntas inocentes", Pipa e Zecão se incomodam com perguntas dos outros de quando vão casar, quando vão ter filhos, etc. Uma ótima crítica para pessoas que gostam de se importar com a vidas dos outros sem cuidar da própria vida.

Trecho da HQ "Perguntas inocentes"

Em "Descombinando", Pipa e Zecão estranham roupa um do outro para irem a uma festa, ela com roupa elegante e ele com roupa jovem. Em "Preciso estudar", Rolo sai para uma balada, mesmo precisando estudar para o vestibular para poder conversar com a sua paquera Wendy, mas as coisas não acontece como ele esperava. 

Em "Namorado tão protetor", Tina lida com um namorado ciumento e que a protege o tempo todo. Para ter noção de repeteco de histórias, essa foi re-republicada ultimamente no 'Almanaque Turma da Mônica Nº 5', de dezembro de 2021, e agora republicada de novo, apenas 8 meses depois. E já é a 4ª republicação dessa na Editora Panini desde 2007.

Trecho da HQ "Namorado tão protetor"

Já em "Que memória", Rolo se impressiona com a memória de um velho que viu em uma feira hippie. Em "Papo careta", Tina lida com um cara que joga uma cantada enquanto caminhava com a sua cachorra. E termina com a história "Tem que malhar!" em que o Rolo entra em uma academia de ginástica para poder paquerar uma garota que viu na rua no caminho da academia.

Trecho da HQ "Tem que malhar!"

Sobre as terríveis alterações que tem em todos os almanaques atuais, encontrei algumas. Na história da Tina que sofre com espinhas, simplesmente alteraram o título, A original se chamava "Credo! Tô Feia" e agora mudaram para "AAAh uma espinha!". Pelo visto, palavra "Credo!" é proibida nos gibis, algo em torno de religião, e resolveram mudar. Só que ideia do título original era o mistério inicial porque a Tina se achava feia e com a mudança já revelaram o mistério.

Mudança no título da HQ "Credo! Tô Feia!"

Em "Amigos que vendem tudo", em que amigos da Tina vendem coisas para ela, teve alteração na parte do amigo dela vendendo bichos de verdade da original de 'Mônica Nº 33' (Ed. Globo, 1989), mudando para bichos de pelúcia e nos desenhos dos bichos. Tiraram o papagaio e colocaram um coelhinho de pelúcia e um cachorro com rodas de brinquedo no lugar de um papagaio e cachorro de verdade, respectivamente. Venda de animais é ilegal e aí quiseram mudar. Então mudaram os desenhos dos bichos de verdade em todas as vezes que apareceram na última página, além desse trecho mudado.

Comparação da HQ "Amigos que vendem tudo" (1989/ 2022)

Inclusive em 2007, já haviam alterado  essa história, colocando bichos de brinquedo com passarinho de brinquedo na gaiola, mas como passarinho em gaiola também dá ideia errada, mesmo sendo de brinquedo, aí alteraram novamente agora em 2022. Aí segue a comparação das 3 versões 1989, 2007 e 2022:

Comparação da HQ "Amigos que vendem tudo" (1989/ 2007/ 2022)

Em "Dize-me o seu signo, que direi quem tu és", ('Mônica Nº 21' - Ed. Globo, 1988), em que a Pipa termina namoro com Zecão por causa do signo não ser compatível com o dela e ainda Pipa cisma com o signo dos seus amigos, teve alteração na parte que a Pipa reclama que o Zecão é "bandido", mudando para "pilantra". Palavra bandido é proibida hoje nos gibis, mesmo em sentido figurado como foi nessa é proibido. Podem pensar até que as crianças achariam que o Zecão era assaltante e não pilantra como era a ideia e colocaram o sentido real.

Comparação da HQ "Dize-me o seu signo que direi quem tu és" (1988/ 2022)

Pipa chamou Zecão de bandido mais 2 vezes nessa história e mudaram em todas as vezes, na segunda vez mudaram "aquele bandido" para "aquele lá".  

Comparação da HQ "Dize-me o seu signo que direi quem tu és" (1988/ 2022)

Em 2007, já haviam mudado "bandido" para "safado". Como chamar alguém de safado também é  proibido nos gibis de hoje, mudaram mais uma vez a cena. Prova mais um caso que tinham coisas que aceitavam nos primeiros anos da Panini e nos últimos anos não aceitam mais. Aí, segue a comparação das 3 versões 1988, 2007 e 2022:

Comparação da HQ "Dize-me o seu signo que direi quem tu és" (1989/ 2007/ 2022)

Pior foi no último quadrinho, que quando ela o chamou de bandido de novo e outros xingamentos, apagaram todo o balão da fala de baixo. Pode ser que para não ficar um excesso de xingamentos e ofensas para ele, pois o mais natural, se mudassem, que colocariam pilantra no lugar de bandido. Essa cena também foi mudada  no Almanaque "Nº 1" de 2007 da mesma forma. 

Comparação da HQ "Dize-me o seu signo que direi quem tu és" (1988/ 2022)

Em "Dia de briga" ('Mônica Nº 31' - Ed. Globo, 1989), em que Pipa desmancha noivado com o Zecão por ele ter se atrasado para o encontro para jogar partida de bilhar com o Rolo, mudaram a parte que o Zecão ficou com uma neguinha, colocando "ficamos por lá" no lugar. Pelo visto mudaram "neguinha" por fazer racismo com negras, menosprezar, ofensa chamar negra de "neguinha". Só que com a alteração, tira o sentido real de que a Pipa terminou noivado por traição em 1989 e agora deu sentido de ter terminado só por ter se atrasado para o encontro.

Comparação da HQ "Dia de briga" (1989/ 2022)

No expediente final não teve tirinha, nem re-republicando a tirinha do "Nº 1" de 2007. Foi apenas uma ilustração da Tina igual a do frontispício. Não custava colocar uma tirinha, tão tradicional nessa página final ou então que colocassem uma outra ilustração diferente. E também não mostra a numeração real do almanaque contando todas as editoras junto com a numeração atual como fizeram nas revistas atuais, coisa que acontece também com os outros almanaques.

Créditos finais da edição sem tirinha

Como podem ver, esse novo 'Almanaque da Tina Nº 1' ficou praticamente uma reedição do "Nº 1" de 2007 com outra capa, ficou como uma preguiça de pesquisar histórias para republicações, feito às pressas. As histórias são boas, mas repetindo as mesmas toda hora, como se existissem só essas, fica cansativo. O politicamente correto, que não permite certas histórias incorretas e traumatizantes, também influencia no repeteco de histórias, ficando restritas a só algumas permitidas e alterando de forma tosca e deprimente as coisas incorretas para dar um número maior de opções a serem republicadas. Se essas não fossem republicadas desde 2007, até poderia aceitar, já que as novas gerações não conheceriam, as crianças daquela época já são adultas, mas o problema é que já foram republicadas várias outras vezes depois de 2007, vivem republicando sempre essas de tempos em tempos. E podiam colocar uma tirinha no final, sem sentido não ter. Comprei por ser edição "Nº 1", tendência é manterem esse estilo nas próximas edições. Ainda dá pra encontrar nas bancas agora em setembro de 2022, a quem se interessar, fica a dica.

51 comentários:

  1. "Dia de briga" tenho republicada em Almanacão de Férias nº20 de 1996. Brigam feio mesmo.

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    1. Pois é, brigam feio mesmo fazem as pazes depois, mas se dão mal no final. Muito engraçada. Legal saber que você tem esse Almanacão, tenho esse também, pensava que você tinha se desfeito de todos que tinha.

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    2. Dizem que em briga de marido e mulher não se mete a colher, nada é dito em relação a desentendimentos entre namorados, daí, subentende-se que não pega mal "colherar" Pipa e Zecão.

      É que esse número, Marcos, é o único do título que adquiri usado, não faz parte da época em que eu era assíduo colecionador de revistinhas (e revistões) da TM, nesses tempos, de todos os gibis que comprei em sebos, não havia sequer um Almanacão de Férias entre eles por conta de passatempos preenchidos e coloridos. Comprei nº20 em 2012 (ou 2013), não lembro quanto custou, sei que achei barato, e os passatempos... "daquele jeito" (preenchidos).

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    3. De qualquer forma, o Rolo não quis se meter na briga, deu jeito de se mandar e deixar o casal brigando sozinhos. E foi uma aquisição boa, até por ser barato e ter histórias legais da Globo e algumas da Abril. Muito difícil encontrar Almanacão com passatempos sem serem preenchidos em sebos, mas as histórias estando intactas e de qualidade já vale a pena

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    4. Todas HQs desse número são muito boas, mas, com o exemplar em estado físico mediano, o que me motivou a compra, além do preço baixo, foi a história do Cascão malandrão, aquela em que tenta engrupir quatro meninas para filar picolés e acaba se enrascando, sendo outra no lugar dessa, dependendo de qual fosse, considerando o estado do gibi, mesmo com preço acessível talvez eu não comprasse.

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    5. Essa do Cascão é muito engraçada, é da Abril ainda, vale a pena ler, sem dúvida.

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    6. Vale a pena ter posse de determinadas histórias, essa do Cascão bom de lábia está entre as que considero "top do top", tanto traços quanto roteiro, e o personagem nos 80's é muito marcante, extremamente autêntico.

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    7. Traços são excelentes, sempre eram mais autênticos nisso. Roteiro bem legal também, gostava do Cascão paquerador já que a Cascuda não era namorada oficial, apesar de ter aparecido namorando algumas vezes antes dessa história.

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    8. Como namorados, Cascão e Maria Cascuda até que aparecem bastante antes dessa história.
      Antigamente, mesmo não sendo oficial, sempre foi a principal namoradinha dele por já na época ser amplamente conhecida devido a ser membro efetivo(a) do núcleo ao qual Cascão faz parte.

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    9. Pode-se dizer que a Cascuda foi quem mais namorou o Cascão naquela época, tiveram bastante histórias com eles como namorados, só não era a oficial porque apareciam outras namoradas dele ou então dando em cima de outras meninas. Eles não tinham uma cronologia.

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  2. Em "Amigos que vendem tudo" o cidadão do quadrinho do meio, comparando a primeira publicação com republicações, caramba... Os gibis da TM clássica a partir de determinada altura da década de 2000 vêm fazendo mais mal do que bem às crianças que os leem, tanto HQs republicadas quanto inéditas de até então e mais ainda as atuais, nem dá para dizer feliz os guris que têm acesso a eles e ainda não foram alfabetizados, porque sacaneiam também as imagens originais que julgam inapropriadas por meio de republicações, e as inéditas de lá para cá são visualmente policiadas.
    Não sou "sinuqueiro", nem "bilheiro" ou "bilhardeiro", suponho que "ficar pela neguinha" seja gíria desse meio, imagino que tenha relação com a bola maior, a que não adentra caçapas, a encaçapadora bola preta.

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    1. Infelizmente gibis andam fracos, tanto os inéditos quanto as republicações. mesmo sendo histórias antigas, mas mudando tudo que se encontra para não ter coisas incorretas do passado, perdem a graça, tiram todo o sentido. Crianças pequenas não vão ligar, mas depois que passam a ter mais entendimento, enjoam logo de ler e colecionar.

      Não sei se o que o Zecão falou tem a ver com jogo de bilhar, pode até ser um trocadilho dele, disfarçando que ele ficou olhando as mulheres bonitas no local, até pela cara que ele fez na hora que falou. Como tem ideia de traição e chamando "neguinha" em vão, achando que está ofendendo as negras, aí mudaram. Bobagens.

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    2. Acho que está mais para gíria do meio da jogatina, sabe por quê? Zecão conhece bem o gênio da Pipa, será que daria um mole do tipo? Já chega atrasado ao encontro sem demonstrar preocupação, dois fatores que contribuem para azedar o humor dela, e ainda diria que "ficaram pela neguinha" como sendo esta não uma gíria de jogador e sim uma mulher negra, que provavelmente seria fisicamente atraente para os dois, aí não seria uma justificativa da parte dele, seria claramente uma afronta, uma provocação, cutucar onça com palito de dentes, não acha?

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    3. Pode ser isso e quem sabe a Pipa por não conhecer as gírias da jogatina, aí interpretou que ficou com neguinha. Fato é que ela ficou mais braba ainda quando ele falou isso. Se bem que o Zecão as vezes gostava de provocá-la, fazer brincadeiras e ela acreditar pelo seu gênio difícil.

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    4. Verdade, Zecão dos velhos tempos, em se tratando da namorada, às vezes gosta(va) de brincar com fogo.
      Só para desencargo de consciência, reproduzo aqui o que encontrei em afontedeinformacao.com:

      DEVIDO À COR PRETA DA BOLA 8, ELA FICOU POPULARMENTE CONHECIDA COMO "NEGUINHA", E POR SER A BOLA DECISIVA E DE DESEMPATE É QUE SURGIU A EXPRESSÃO "TIRAR A NEGA OU NEGUINHA". ESTA EXPRESSÃO SE EXPANDIU E FOI PARA OUTROS ESPORTES COMO O TÊNIS DE MESA OU ATÉ MESMO NO PAR OU ÍMPAR, CARA OU COROA E ETC.

      E a bola maior ou mais pesada (ou as duas características juntas na bendita "empurradora oficial"*) é a branca, me equivoquei dizendo inicialmente que esse papel é da "neguinha", é que a bola preta é deveras emblemática, meu engano veio do status que a "boloito" ostenta.
      *Grosso modo, todas as bolas são empurradoras, todas as cores podem encaçapar direta e indiretamente, mas há a encaçapadora oficial, a que fica única e exclusivamente por conta disso.

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    5. Vendo isso, pode então intenção do Zecão falar da gíria do jogo e a Pipa interpretar que era mulher negra. Aí por causa dessa dupla interpretação e também envolver piada com negras, aí resolveram alterar essa parte neste Almanaque novo.

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    6. Hoje em dia, "tirar a nega" em HQs da TM clássica, "ficar pela neguinha", claramente denotando de que se trata(m) de gíria(s) relacionada(s) com sinuca, não dão colher de chá, fazem questão de interpretar como injúria racial mesmo tendo absoluta certeza de que tem nada disso. Mimimis são parte da nova ordem social.

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    7. Isso aí, tem muito mimimi hoje em dia, implicam com qualquer bobagem. O medo de interpretarem injúria racial onde não tem fizeram mudar a história, sem dúvida.

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    8. Só completando o raciocínio sobre a gíria "nega " usado na sinuca e em outros esportes, utilizam a gíria hoje com a ideia de desempate. Tipo assim: "vamos jogar a "nega"? Usam esse termo quando o jogo está empatado e querem jogar mais uma para definir um vencedor. Não creio que na história da Pipa tenha tido dupla interpretação, no sentido de traição não, ficou claro a ideia da gíria usada no jogo. Pelo menos, pra mim, que conheço a gíria. Ter tirado a gíria na republicação certamente foi por algum receio de alguém implicar e falar que seria racismo. Muito bla bla bla, viu....,

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    9. Ricardo, então a ideia foi de que ele se atrasou por ter várias rodadas de desempate. Sem dúvida foi ridícula a mudança com medo de pessoal interpretar racismo, nada a ver. Cada vez pior a neura desse povo que implica com tudo.

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    10. Eu acho que é isso mesmo, esse negócio de "ficar pela neguinha" acho que é quando só sobra a bola 8 na mesa (porque a 8 tem que ficar por último, e ganha quem a encaçapar). Nunca ouvi pessoalmente, mas deduzo. E depois não faria sentido se fosse se tratando de uma mulher mesmo, o Zecão dizer isso na cara da Pipa, independente de ele estar inventando ou não.

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    11. Andrey, isso devia ser antigamente. Até pq a última bola da sinuca agora é a bola 1, que é amarela. Acho que por isso, a ideia de "jogar a nega" é utilizada como desempate hoje em dia.

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    12. Na verdade a expressão "FICAR PELA NEGUINHA" é um jargão do universo da sinuca ou bilhar. Diz-se quando dois jogadores acabam empatando em uma partida. A bola preta é,então, usada como critério de desempate.Também se usa o termo "Ficar pela redonda". Obviamente, a expressão foi retirada da republicação pelo simples fato de que nem todo mundo está acostumado com os meandros do jogo de bilhar, além de muitos, erroneamente, poderem pensar que se trata de uma expressão racista.

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  3. Eu gostei da história "Perguntas Inocentes". Já li ela num alamanaque. Realmente, se duas pessoas que vivem em união estável querem se casar, ter filhos(ou não), etc, é escolha deles.

    Mas eles resolveram literalmente passando uma borracha na história e ignorando a primeira pergunta que os amigos fizeram, se iam casar.

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    1. Essa é legal, sim, boa crítica, tem gente que se mete na vida dos outros, querendo dar palpites, cada um que cuide da sua. Por ser história em quadrinhos eles tiveram oportunidade de passar a borracha e fingir que nada aconteceu, coisa que infelizmente na vida real não dá. É original de Mônica 62 de 1992.

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  4. O balão dos xingamentos da Pipa não foi totalmente apagado. Sobrou um pedaço do contorno. Kkkkkkk

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    1. kkkk. Agora que reparei, até pensava que era um desenho de detalhe do balcão. Ficou um contorno horizontal e um formato de seta indicando o balão da fala dela. Mancada deles.

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  5. Disponha, Fabiano. De fato andam com preguiça de procurarem histórias que nunca foram republicadas, colocam histórias que já foram republicadas na Panini várias vezes. Só que esse chamou atenção ser quase tudo do outro Nº 1 da Panini. Eu também não compro almanaques, tenho nenhum da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico da Panini até hoje, nem as Nº 1 das 2 séries, além de caros e alterando tudo nas histórias ,aí pra mim não vale.

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  6. É a primeira vez que vejo uma história com título alterado e revista sem tirinha na editora panini .

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    1. Sem tirinha foi a primeira vez, foi bem estranho. Já títulos alterados já vi pelo menos 2 vezes, uma foi história "A ilha da baixaria", de Mônica 72 de 1992, mudando pra "A ilha misteriosa" fazendo, então, referência ao desenho animado do filme VHS "Vídeo Gibi 4". A outra foi a história "Las Cucarachas", de Cascão 303 de 1998, mudando para "Aí, que medo!". Devem ter outras alterações de títulos que a gente não sabe.

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  7. Eu vi essa edição no instagram , pensei que fosse montagem , mas quando descobri que era real e que você tinha feito esse post sobre o almanaque da tina , fiquei sem vontade de entrar aqui .

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    1. Tem histórias que são mais fáceis de identificar que alteraram. Estão rápidos então divulgando gibis recém lançados. Depois eles têm páginas excluídas e reclamam. Podiam pelo menos esperarem passar alguns meses.

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  8. Infelizmente. Eu também ficaria só se fissem doados. Se eles ainda tivessem algum diferencial como desfile de tirinhas como tinham na Editora Abril aí já iam melhorar. Do jeito que estão, dispenso, melhor conseguir as revistas originais.

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  9. Marcos, o que você acha da coleção Graphics MSP? Bateu a curiosidade depois que vi a foto da contracapa fazendo anúncio do livro do Anjinho.

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  10. Olá Marcos! Não sabia que o Almanaque da Tina tinha voltado. O problema é que este Almanaque deve ser voltado apenas para novos leitores. Qual leitor antigo vai querer comprar uma revista com republicaçoes das republicaçoes? Já conhecemos essas histórias e esse Almanaque é simplesmente "mais do mesmo".

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    1. Ricardo, com todo o devido respeito, nem de graça quero um exemplar de uma edição como esta, tão policiada, manipulada, oficialmente adulterada, não há funcionalidade para quem teve infância e adolescência nos 80's, 90's e curtiu intensamente HQs da MSP durante essas décadas livres artisticamente - sem policiamento cultural.

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    2. Pois é, Ricardo, dá pra encontrar nas bancas, eles não colocaram em lugar de destaque no site da Panini, aí poucos sabiam antes de chegar nas bancas. De fato só é ideal para novos leitores, ficar vendo sempre as mesmas histórias não dá e ainda alteradas a favor do politicamente correto desanima mais. Pelo menos que deixassem aa histórias iguais como saíram originalmente.

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    3. Concordo com vcs. Além das histórias serem repetidas, as alterações são esdrúxulas e muitas vezes, tiram até o sentido da piada ou da cena. Assim, desanima mesmo.

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    4. Ricardo, uma alteração pior que outra, muitas sem sentido de ter mudado, paranoia demais. Seria mais fácil não republicar, por isso evito comprar almanaques da Panini, melhor ter as originais. Fico imaginando esse povo que reclama do incorreto se resolve comprar uma revista antiga em sebo, fica assustado vendo como era.

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    5. De "Credo! Tô feia!" para "Ahhh! Uma espinha!" exemplifica com precisão o que você diz, Marcos. Existe algum problema em de vez em quando nos acharmos feios? Será que isto é apenas ruim, nada mais? Não há uma funcionalidade, um aprendizado? No imagético (fútil ao extremo) universo do Instagram é inadmissível algo assim.
      Na infância não fui poupado de inúmeras frustrações e dou graças a Deus por não ter sido criado em redoma.
      Infelizmente boa parte da sociedade brasileira atual é composta por adultos bananas (infantilizados), e muitos dos que comungam dessa distorcida visão da realidade são mães e pais, e é aí que está o grande problema, pois a potenciação do retardamento mental coletivo torna-se inevitável.

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    6. Zózimo, pra ver como anda a situação de implicarem com as coisas. Acho que além de poupar que existem pessoas feias, de se deprimir por achar feio, tem também a palavra credo, que deve ter influenciado na alteração, ser uma palavra proibida.

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    7. Bem observado! Credo é nome de oração e também significa crença religiosa, sinônimo de religião. Por conta de evitar possíveis interpretações equivocadas, como, por exemplo, não querer se indispor com bancada evangélica, visto que os gibis da TM clássica estão cada vez mais institucionalizados, a palavra enquanto interjeição foi censurada, e exatamente nesta condição que o termo é deveras popular.

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    8. Isso aí, eles têm medo de interpretação errada, duplo sentido, mesmo a gente sabequecse trata de interjeição, tem aqueles que vão levar para o lado religioso. Quem diria até "Credo!" ser proibido em gibis infantis. Cada bobeira.

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  11. O que acha dos gibis de 2002 qir estão fazendo vinte anos
    .já estavam com esse medo de coisas incorretas?

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    1. Já tinham coisas incorretas que não estavam publicando em 2002, mas hoje está pior porque coisas que ainda aceitavam em 2002 não aceitam mais hoje. Cada ano piora, sempre tem algo novo que começam a implicar.

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  12. No expediente de cada revista, ao final, sempre consta a periodicidade da publicação, lá você pode conferir se é mensal ou bimestral

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    1. Deveria ser, mas no expediente não informou isso, apenas que é uma publicação da Panini sem dizer periodicidade. Acredito que vai ser bimestral esse Almanaque da Tina.

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    2. Estranho não dizer. Mesmo quando é uma edição one-shot, sai que é uma edição especial de alguma publicação regular da editora...
      Valeu por responder!

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    3. Pois é, achei estranho também. Quando divulgarem capa da N° 2 vamos confirmar qual será a periodicidade.

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