Em setembro de 1992, há exatos 30 anos, foi lançada a história "O elemento 'X'" em que a sujeira do Cascão serviu para ajudar a despoluir um rio. Com 9 páginas, foi história de encerramento de 'Cascão Nº 147' (Ed. Globo, 1992).
Capa de 'Cascão Nº 147' (Ed. Globo, 1992) |
Começa com narrador contando que com os esforços para se preservar o meio ambiente, Cascão sofre um bocado, já que todos implicam com a sujeira dele. Cascão vê os outros reclamando do mal cheiro, sendo chamado de imundo, que o ar está irrespirável, que é um agente poluidor e sujinho. Outros o mandam até sair da praça por está poluindo o ambiente.
Cascão reclama que a praça é pública e sai para bem longe para ninguém persegui-lo, ficando perto do rio. Um homem aparece mandando não pular no rio. Cascão fala que jamais faria isso, pois não suporta água e fica feliz por se preocupar com ele e o homem diz que está se preocupando é com o rio, se pulasse ou colocasse pelo menos o dedo, o rio nunca mas seria o mesmo e o expulsa, o chamando de antiecológico.
Cascão comenta que daqui a pouco não poderá mais sair de casa, que tratam como se fosse criminoso e que fora o cheirinho, não incomoda ninguém, há um monte de gente cortando árvores, queimando florestas, caçando animais e depois o antiecológico é ele. O rio que o homem queria proteger já estava todo poluído, nem ele teria medo de entrar nele porque é pura sujeira e nem deve ter peixes.
Nessa hora, Cascão ouve a conversa de dois cientistas, Jurandir e Juarez, que falam que não tem peixes no rio, a água tem alto teor de produtos químicos e o rio está morto. Cascão pergunta como o rio pode morrer, eles se assustam que ele é imundo e acham que ele caiu no rio. Cascão fala que ele é assim mesmo e pergunta sobre o rio morrer.
Doutor Jurandir conta que o rio tem recebido muitos dejetos químicos que envenenaram a água, mataram os peixes e teor de oxigênio na água é quase zero e, assim, rio esta morto porque a água não pode ser mais recuperada, é só um curso de água estragada. Complementa ainda que poderiam reverter se isolassem o elemento "X", composto químico jogado no rio, que anulasse a poluição, um grama de super detergente que deixaria o rio limpo e cristalizado. O elemento "X" só pode ser encontrado em local que nunca tivesse contato com água, que nunca pegou nem uma chuva.
Cascão se manifesta, falando que ele tem quase 7 anos e nunca tomou banho, deixando os cientistas animados. Eles o levam para o laboratório e descobrem que a crosta de poeira do Cascão é rica em elemento "X", vão poder salvar vários rios, como se encontrassem a pedra filosofal. Assim, eles desenvolvem o antídoto para o rio e com uma pílula o rio poluído fica limpo. Cascão se espanta que nunca pensou que seria responsável por tanta limpeza e fez tudo pelos peixes.
Com isso, Cascão fica famoso, é manchete de todos os jornais impressos e de televisão e revistas, conhecido como o herói ecológico, que elemento "X" foi isolado no menino excêntrico. O narrador comenta que finalmente o Cascão deixou de ser perseguido por ser antiecológico e ele fala que mais ou menos, sendo perseguido pelas crianças que queriam autógrafo dele por conta dos verdes apoiarem o Cascão, que reclama que tinha mais paz antes.
Uma boa história em que o Cascão era hostilizado, visto por todos como uma calamidade pública e antiecológico por ser sujinho, mas graças a sua sujeira, os cientistas conseguiram fazer um antídoto pra limpar os rios e Cascão passou a ser herói e aclamado por todos aqueles ecológicos que criticavam.
Foi engraçado vê-lo sendo xingado pelos ecologistas até de agente poluidor, o homem preocupado em poluir mais o rio se ele caísse na água, a fórmula dos cientistas extraída da sujeira do Cascão que só com uma pílula fez limpar o rio completamente e o Cascão não gostar da fama de ser perseguido para autógrafos, preferindo quando eles o criticavam. A interação com narrador-observador conversando com os personagens também eram sempre divertidas.
Mesmo que teve um lado educativo e alertar sobre os problemas ambientais, mas pelo menos não ficou piegas e foi divertida. Na época estava acontecendo a "Eco-92", encontro de governantes do mundo todo no Rio de Janeiro para discutir soluções para os problemas ambientais, aí as revistas da MSP passaram a ter mais histórias ecológicas. Tinham mais histórias assim nas revistas do Chico Bento, porém, as vezes tinham também com outros personagens, como essa do Cascão. Não foi a toa que o Chico depois teve importante prêmio "HQ MIX" como melhor revista de 1992 (apesar de eu preferir as de 1993 dele), tudo por conta da onda ecológica que estava em alta.
Apesar desse lado ecológico, é incorreta hoje na questão de Cascão ser hostilizado a ponto de quase não poder mais sair na rua, pois mesmo ele ser sujo não gostar de água, também não pode mais ser crucificado por causa disso, além de certa apologia a favor de sujeira por parte dele e também absurdos assim de rio ser limpo só com uma fórmula também evitam hoje.
A idade do Cascão hoje em dia foi mudada, com 7 anos completos para poder ir a escola. Os cientistas apareceram só nessa história, como de costume para personagens secundários. Curiosamente, o "Jornal Extra" citado na história, ainda não existia na época, ficou uma espécie de profecia do Mauricio, até no estilo do logotipo, já que o "Jornal Extra" do Rio de Janeiro foi criado em 1998, sendo o nome foi escolhido pelos cariocas um pouco antes de ser lançado. Já a reviste "Zóie" foi uma paródia da revista "Veja".
Os traços ficaram bons e já começando a ter um estilo característico de anos 1990 e eram ainda mais usados assim em histórias de miolo. A colorização também já bem diferente, destaque em setembro na cor laranja quase aparecendo amarelo e o preto com uma impressão não totalmente definida. Sobre a capa da revista foi bem criativa e bem sensata o Cascão não aparecer, já que em dia de chuva, ele não sai de casa nem para aparecer na capa da própria revista. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.
Tenho um almanaque da Panini com essa historinha. Não sabia que ela tinha sido escrita na época da Eco-92. Muito bom aprender o contexto histórico dela.
ResponderExcluirPois é, todo um contexto histórico, eles sempre eram antenados com o que estava acontecendo, na moda, aí por isso um número maior de histórias ecológicas naquele ano, principalmente com Chico. Melhor que não eram histórias didáticas, no máximo informativas.
ExcluirTive esse número e lembro muito bem dessa HQ.
ResponderExcluirE até comentei sobre essas capas do Cascão com piadas de chuva,uma mais criativa que outra,e essa,em minha visão,tendo superado todas as outras anteriores do tema "Cascão x chuva".
Bem doido mesmo uma partícula do tal "elemento X" limpar o rio de uma vez como mágica,mesmo se sabendo que as fontes de sua poluição não foram eliminadas.
Sobre o Extra,não seria de se estranhar que tal nome vencesse um referendo,já que,nos tempos dos jornaleiros ambulantes,estes gritavam "Extra" ou vinha essa palavra nas primeiras páginas dos jornais.E é curiosa a tamanha diferença de pronúncia do termo,"êchtra" entre cariocas,e "éztra" entre paulistanos,tipo "rolê" e "rolé".
As capas do Cascão com piadas de chuva eram muito boas, essa é fantástica. Os absurdos nas histórias assim eram legais, apenas aconteceu a limpeza do rio com a pílula dos cientistas e pronto, normal de histórias em quadrinhos. Justamente por isso de jornaleiros sempre falarem "Extra! Extra!", termo conhecido até em "Chaves", aí o nome do jornal foi o preferido pra ser escolhido. A intenção na história ter colocado Extra no nome do jornal que o Cascão apareceu foi essa aí. E a pronúncia varia de cada região, cariocas falam mais com chiado, normal.
ExcluirE é atribuído ao "Extra" a extinção de outro jornal barato,que se chamava "A Notícia"(outro nome "criativo"),jornal esse mais que politicamente incorreto dos anos 90,que exibia mulheres nuas ou cadáveres nas capas.
ExcluirE era da capital fluminense,não era da Baixada não!Ele acabou muitos anos antes deste mundo em que vivemos,e caso não fechasse as portas,creio eu que não resistiria hoje,mesmo se deixasse de postar imagens fortes.
"A notícia" era bem pesado, a exemplo de "O Povo". Vantagem que eram jornais baratos. Hoje o "Meia Hora" se encaixa nesses mais baratos e populares.
ExcluirO povo se torcesse sais sangue......meia hora hora tinha a garota da hora que usava a roupa de um time com closes nas nádegas...ainda é assim ou é incorreto hj? Nem reparo mais em jornal. E um meio de comunicação jurássico hoje embora ainda importante ...alias sinal dos tempos.e impossível quase ver alguém lendo jornais e revistas em ônibus..a Internet matou isso
ExcluirMiguel, seria incorreto por trazer sensualidade e poder parar em mãos de crianças. Não sei se ainda tem essa coluna de Garota da Hora no Meia Hora por não comprar mais jornais, se tiver, seria alguma preservação do incorreto. Jornais estão com venda baixa por causa da internet, mais fácil ler as notícias pelo celular ou tablet ou computador. Tendência daqui uns anos ter só jornais on line, ainda tem por causa dos mais velhos.
Excluir"(...)é incorreta hoje na questão de Cascão ser linchado a ponto de quase não poder mais sair na rua,(...)"
ResponderExcluir"Uma boa história em que o Cascão era linchado,(...)"
Acho que nestes pequeninos trechos cabem a palavra "moralmente", "moralmente linchado", não acha? Ou substituir "linchado" por "execrado".
Não é para acrescentar palavra ou trocá-la (só se considerar conveniente), é só uma observação, é que a expressão livre ou desacompanhada dá impressão de ser linchamento físico, é mais pelos deficientes visuais que possam se interessar pelo seu blogue.
Dá volta por cima sem sacudir a tão apreciada poeira. Nas três primeiras páginas Cascão é hostilizado pela comunidade, saindo de persona non grata para capa da Zóie.
Ele não foi agredido fisicamente, mas por palavras e bem odiado, aí coloquei linchado por isso, pra mim dá na mesma. Mas mudei pra hostilizado então. E o mundo dá voltas, um dia Cascão criticado, outro dia herói dos ecologistas, mesmo continuado sujinho e não gostando de água.
ExcluirO verbo hostilizar é ainda mais adequado para empregar como definição de desaprovação da comunidade e dos "ecochatos" em relação a determinados hábitos do Cascão. Utilizei o termo na segunda parte do meu comentário e esqueci de sugeri-lo na primeira parte, é mais ameno e de fácil compreensão do que execrar e linchar moralmente.
ExcluirQuando se fala em "capa de revista" automaticamente associa-se com glamour, celebridades, prestígio, personalidades renomadas e "talicoisa" (coisa e tal), está claro que Cascão foi prestigiado como revelação pró-ecologia ou pró-ambiental, seja lá qual melhor definição, porém, sendo Zóie paródia de Veja, não necessariamente significa que ser capa do título fictício é sempre positivo, dado que expor mazelas e cutucar feridas são especialidades do principal título da Editora Abril.
Saindo da capa da revista ficcional e indo para capa da revistinha real, a gag é formidável, me remete a canais de TV fora do ar ou não sintonizados, e estações de rádio nessas duas condições também associo com esta imagem, e na clássica condição cega de ouvinte, pois o conceito de imagem para o público de rádio não existia, hoje em dia é que podemos "assistir rádio" graças à internet.
Engraçado é que na ilustração não há o que apreciar ou depreciar em relação a traços.
É, Cascão napareceu na capa da sua revista, mas apareceu na capa da revista Zoie", o que compensou de alguma forma. A capa da revista dele foi criativa demais, mesmo que teve desenhos só da chuva, da nuvem e gramado, ainda assim foram bem desenhados também.
ExcluirSim, estão bem desenhados, até porque não haveria como ser o oposto levando em consideração a época da edição, e mesmo quando os traços dos personagens nas HQs já estão majoritariamente ruins ainda conseguiram produzir ilustrações atrativas para maior parte das capas, o que nesta não há são elementos que conectam a ilustração aos leitores no quesito traços, pois não há em que se firmar para uma observação minuciosa, e tanto para aprovar como para o oposto, tipo, por exemplo, uma arte de capa que me soa visualmente apagada é a de Cascão nº125 (Ed.Globo), e, comparando as duas piadas, prefiro esta cujo o elemento ausência do titular em um cenário chuvoso é a grande sacada, no entanto, a outra gag também acho engraçada.
ExcluirO que nada tem a ver com arte mal feita, mal desenhada, muito pelo contrário, o desenho contido na capa do nº125 está longe de parecer mal feito, mal desenhado ou coisa assim, é apenas uma arte que o visual não me desperta apreciação.
Eu gosto da capa do Cascão 125 da Globo, de fato uma arte mais diferente, pelo menos a gag é legal.
ExcluirSim, verdade, boa piada, bem desenhada e contém traços do tipo que permite análise.
ExcluirImagino que com você também role isso com determinadas ilustrações de capas, as "menos preferidas" - não é necessário mencioná-las como resposta deste segundo parágrafo.
Marcos, você tem Cascão nº90 de 1986?
Pergunto porque tive, só lembro da história de abertura. No Guia dos Quadrinhos consta "O punk" como uma das de miolo, gostaria de saber se é a mesma republicada em Almanaque do Cascão nº43 de 1998, a do almanaque está no plural e não contém o clássico "em", "Cascão e os punks", imagino que quem inseriu dados do gibi no GQ possa ter errado, sabe informar se é a mesma?
Sempre tem algumas capas menos preferidas, mas que não são ruins por completo, principalmente por traços. Exemplos são mais em quantidade as do Chico Bento, que eram boas, mas muitas menos engraçadas que as dos outros personagens. Ainda assim, todas são infinitamente melhores que as da Panini . Até as capas do início dos anos 2000 eram boas, ainda tinham a mesma pegada das dos anos 1990 e são melhores que as da Panini com certeza.
ExcluirEu tenho Cascão Nº 90 da Abril. Essa história republicada no Almanaque do Cascão Nº 43 de 1998 foi a de Cascão Nº 100 da Abril, os títulos que são parecidos das edições Nº 90 e Nº 100, mas são histórias diferentes. Não teve muito erro digitação da Nº 100 no "Guia dos Quadrinhos", só omissão, em vez de colocar "Cascão e os punks", colocaram só "Os punks". Já o título da Nº 90 é "O punk" mesmo. Tenho as 3 edições mencionadas.
Imaginava que fosse de edição da Abril, mas não do primeiro nº100, com aquela ilustração de capa muito maneira dando entender que Cascão está em sala de aula, gibi esse que lembro bem quando estava nas bancas de jornais, quando publicado eu já colecionava revistinhas da Turma da Mônica, o número não fez parte da minha coleção, rolou nem ao menos folheá-lo.
ExcluirIsso, do N° 100. Pena que você não teve esse, além das histórias boas, apesar de nenhuma comemorativa de N°100, ainda teve brinde de jogo de memória assim como foi do Chico Bento 100. Se tivesse, com certeza ia lembrar da história dos punks foi história de miolo.
ExcluirTive nenhum nº100 da TM pela Editora Abril.
ExcluirTodas vezes que vi (deve ter sido umas quatro) o centésimo gibi do Cascão nas bancas, não atinei para o número, dois motivos: arte de capa sem alusão e não toquei em um exemplar para ler o discreto anúncio a respeito do expressivo número.
Gostaria de ver o jogo de memória que vieram nessas edições.
Já a do nº90, não lembro de "O punk", e é outro gibi formidável, ilustração de capa com metalinguagem e muita acão na HQ de abertura - vilões.
É, a capa da 100 também não foi comemorativa, só um número 100 com mais destaque, merecia ser melhor, tanto capa e história comemorativas. O brinde que foi o diferencial. Eu já vi o jogo na Internet, era uma cartela em cartolina encartada com imagens dos personagens pra cortar e formar as peças. Metade saiu em Cascão, outra metade em Chico. Muito difícil hoje encontrar os gibis com o jogo, quando aparece, cobram caro demais.
ExcluirA N° 90 foi boa também, a história dos super herói com Cascão precisando derrotar os vilões sozinho no lugar dos heróis é sensacional, traços, então, nem se fala.
Deixa ver se entendi bem, segundo o que diz, assim como a capa, história de abertura do nº100 de Cascão pela Abril também não é comemorativa? Caso não for, é melhor, sabe por quê? Não fica inviável para republicar - republicar no passado, claro, pois mesmo não conhecendo a trama é muito provável que não sirva para republicação atual por conta da caretice generalizada.
ExcluirNão teve história comemorativa de N°100 naquela edição, nem em Chico 100, foram gibis normais em histórias, só tiveram os brindes de jogo de memória como diferenciais. Das N°100 da Abril, a única com histórias comemorativas foi a do Cebolinha, aí nesse quesito, as N° 100 da Globo foram melhores. As histórias do Cascão e Chico foram republicadas em almanaques da Globo, hoje não colocariam por não republicarem as da Abril por serem mais antigas e mais incorretas.
ExcluirHistórias cujos temas são números expressivos de suas respectivas edições (100, 200, 500, etc), acabam sendo desvantajosas, pois não servem para republicações, inevitavelmente tornam-se raras, e essa forma de raridade não agrega, não é positiva. Deveria haver um título cuja função fosse resgatar histórias assim, tramas que são aprisionadas em suas próprias edições originais, aprisionadas ao passado, restritas a determinados eventos datados, tipo, passam-se os eventos, passam-se as modas e as tramas, de certa maneira, são descartadas, não servem para serem lembradas no futuro por meio de reedições, forma de raridade desprezível, claro que não para os leitores que, logicamente, consideram positivo possuir HQs únicas, mas são desprezadas pela fonte, por quem as produziu.
ExcluirSim, histórias comemorativas assim de números redondos dificilmente são republicadas. Teriam chance se almanaques chegassem ao N° 100, mas em 2 oportunidades que quase chegaram na Globo e na Panini, eles reiniciaram numeração. Agora vai ser muito difícil, quase impossível ver almanaques passarem do N°100. Outra possibilidade seria se criassem um Almanaque Temático só com histórias comemorativas, o que é bem difícil. A vantagem é que não reiniciaram numeração do Almanaque Temático, ai se chegar ao N°100, poderia essa possibilidade. E ainda assim, vai demorar muito pra isso, visto que está no N° 60 e são só 4 Temáticos por ano. Até lá inventam de reiniciar numeração do jeito que são.
ExcluirA única dessas que foi republicada foi a Mônica 100 de 1995 no Almanaque dela N°100 de 2004. Fora essa, uma da Dona Morte de Cascão 100 da Globo com ela querendo matar o velho que estava completando 100 anos, no final o velho diz para o Cascão que agora é chegar ao 101, 102, 103... com clara referência à revista dele. Aí no Um Tema um Só 37, quem lia, poderia nem entender porque o velho ir pra história do Cascão e falar isso pra ele.
Sim, o que você diz é o mesmo que eu disse, veja, ou melhor, leia:
ExcluirMARCOS: "Outra possibilidade seria se criassem um almanaque temático só com histórias comemorativas,(...)"
ZÓZIMO: "Deveria haver um título cuja função fosse resgatar histórias assim, tramas que são aprisionadas em suas próprias edições originais, aprisionadas ao passado, restritas a determinados eventos datados,(...)"
O que comenta sobre a HQ da Dona Morte com personagem centenário, fazendo clara relação com a edição da qual pertence (Cascão nº100 1990), me faz pensar que esse título temático deveria conter legendas referentes às histórias, e seriam em páginas consecutivamente anteriores a cada HQ republicada, seria funcional para situar os leitores e as tramas fazerem sentido fora de seus gibis originais. Exemplo: republicada, a história de abertura de Mônica nº131 pela Editora Abril teria que ter anterior à primeira página uma introdução contendo imagens das capas do gibi original e do álbum pelo qual é divulgado através dessa HQ, além de um breve texto, ou seja, dez histórias republicadas, dez páginas introdutórias, consecutividade dessas páginas, linkando-as diretamente com as tramas seria o ideal, pois para economia de papel ou de espaço juntassem as introduções e fossem dispostas em formatos reduzidos nas primeiras páginas não surtiriam o efeito da objetividade, pelo menos não de maneira clara e plena, teriam de ser tipo cordões umbilicais, com cada HQ sequenciando sua respectiva introdução para os leitores não se perderem indo e vindo, folheando em direção aos índices das edições e voltando para as histórias que estão interessados.
Só sei que o que contém neste comentário não passa de mera utopia de um veterano leitor, eterno entusiasta da Turma da Mônica orgânica, companheira de infância e adolescência do tempo em que as coisas estavam dentro de uma ordem natural.
No caso, essa do Cascão com o velho ficou um pouco sem sentido para novos leitores até então, não iriam entender direito Cascão ali porque podia ser qualquer pessoa, talvez entenderiam se visse o código com referência à história original que estava lá, mas criança não ia perceber código, eu mesmo não iria reparar. Seria excelente almanaque com essas histórias especiais e incluindo introdução e informações antes das histórias, mas se eles não fazem isso nem nos livros especiais, quanto mais um gibi de bancas, fica só no sonho mesmo. No máximo republicariam só as histórias.
ExcluirOlá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, é verdade que no mês de Dezembro do ano de 2022, terão as duas Edições da Revista Mônica Especial de Natal: a Primeira (Edição #15-Primeira Temporada/Relançamento) e a Segunda (Edição #16-Primeira Temporada), ou não?. Por gentileza, uma pergunta: é verdade que no mês de Dezembro do ano de 2022, terão os Relançamentos dos Almanaques Bimestrais da Turminha Edição #08 ou não?. Por gentileza, você pode informar-me quais serão as Periodicidades das Revistas Novas:
ResponderExcluirAlmanaque da Tina;
Almanaque Histórias Curtas Turma da Mônica;
Almanaque Histórias Sem Palavras;
Saiba Mais! Com a Turma da Mônica
E
As Grandes Paródias da Turma da Mônica, se a Revista Saiba Mais! Com a Turma da Mônica é Mensal ou não e as Revistas nas quais eu mencionei-as, se elas são Bimestrais ou não. Eu aguardo respostas. Abraços.
Deve ter relançamento do Almanaque de Natal 15 e almanaques 8 em dezembro. Periodicidades: almanaques Histórias Curtas, Sem Palavras e Tina, bimestrais; Saiba Mais e Paródias da Turma, mensais. Abraços
ExcluirOk. Muito obrigado, então, Marcos.
ExcluirDe nada
ExcluirOk.
ExcluirManeira essa história legal citar o jornal extra sou aqui do RJ e lembro bem da escolha do nome do novo jornal que é uma versão Maia baratinho do Globo...se bem que atualmente já não é mais tão barato.. a épica da editora Globo rendeu ótimas histórias com o cascao ...anos 90 auge...o que acha das revistas de 2002 que estão fazendo 20 anos? Seria legal um comentário
ResponderExcluirFoi citado o jornal Extra, mas não existia ainda, foi um jornal fictício do fato de jornaleiros ambulantes falarem "Extra! Extra!" pra anunciarem que estão vendendo ou mídia falar isso por ter uma uma notícia impressionante. Em "Chaves", ele chegou a falar isso no seriado. Agora se o jornal existisse na época, aí provavelmente eles iam parodiar nome ou então colocar um de São Paulo já que eles são de lá. Mas o que gostei mesmo na historinha que até o logotipo ficou praticamente igual ao jornal "Extra" verdadeiro, deu impressão de previsão da MSP.
ExcluirSobre as edições de 2002 já tinham politicamente correto, mas até que ainda tinham melhor conteúdo do que as de hoje. Não gostava das histórias mudas grandes e intermináveis uma atrás da outra, principalmente nas quinzenais. Mais da metade das revistas com histórias mudas.
Tive algumas da Magali realmente historia de abertura mudas..os gibis quinzenais tavam com essa prática.. mais Mônica e cebolinha ainda tinham boas histórias....até na épica da panini eu tive um gibi do cebolinha que aparecia o diabo..o politicamente correto não era levado tão a ferro a gogo
ExcluirA Internet fez as pessoas ficarem procurando defeitos em produtos infantis..essa paranoia do que pode soar errado para crianças e um saco...
ExcluirVerdade, Miguel, após a era da Internet influenciou muito no politicamente correto, infelizmente.
ExcluirAlgo similar se deu naquela história onde o Cebolinha chama a Mônica pra ajudar num plano para lavar o Cascão antes do verão, pois o calor intensifica e muito o cheiro dele.
ResponderExcluirSim, muito boa essa. Adorava quando eles faziam planos contra o Cascão.
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