Em agosto de 1992, há exatos 30 anos, foi lançada a história "Gato com 3 cores" em que o Mingau teve pelos respingados com tinta e todos pensavam que ele era uma gata. Foi publicada em 'Gibizinho do Mingau Nº 21' (Ed. Globo, 1992).
Capa de 'Gibizinho do Mingau Nº 21' (Ed. Globo, 1992) |
Mingau caminha na rua quando um homem que estava pintando fachada no alto de uma escada e deixa cair 2 latas de tinta, fica aliviado que não acertou ninguém, mas, na verdade, respingos de tintas caem no Mingau, que reclama que parece uma fantasia de Carnaval e se conforma que um dia a tinta sai.
No caminho, Mingau encontra 3 gatos no beco e um deles, o Tião Mandíbula, começa a paquerá-lo, primeiro cumprimentando e depois chamando de fofura. Mingau pergunta se está o estranhando e Tião manda lhe dá um beijinho. Mingau o arranha e os outros gatos falam que tem que fazer isso mesmo, não dar moleza para o Tião e chamam Mingau de boneca. Falam, ainda, que Tião não sabem tratar uma dama, lhe oferecendo sardinha e rato fresco.
Mingau interrompe, falando que estão doidos, que ele é macho. Tião fala que sabem que ele é uma gata, pelo charme, pelo modo de andar e, principalmente, por ter três cores, branco, laranja e amarelo, indicando que é uma fêmea. Mingau dá gargalhada, fala que aquela não é a cor natural dele, pingaram tinta nele e revela que é o Mingau da rua de baixo. Os gatos ficam surpresos que estavam paquerando o Mingau, que até achou engraçado, mas os gatos ficam furiosos e atacam o Mingau, brigando feio e o deixa todo estropiado.
Uma mulher vê o Mingau naquele estado, fica com pena, e resolve levá-lo para casa dela tomar leite e, pensando que era uma gata, queria também que cruzasse com o gato Igor dela. Mingau sai arisco do colo dela e em seguida vê gatinhos abandonados o chamando de 'mamãe" por causa das 3 cores dele e foge.
Mingau nota que se meteu em confusão só por causa da tinta e vai para casa, tomar atitude drástica. Mingau entra na banheira onde Magali estava tomando banho para tirar a tinta. Depois, Magali deu banho nele e usou o secador, falando que nunca pensou que um dia ia vê-lo tomar banho espontaneamente.
História legal em que o Mingau passa sufoco com todos pensando que ele era uma gata por ter caído tinta nele. Gatos ficam paquerando, mulher quer levá-lo para cruzar com o gato dela e gatinhos pensam que era a mãe deles. Mingau não queria tomar banho para sair tinta, mas precisou ceder e se deu mal no final apanhando da gata por pensar que por ter uma cor era macho.
Se ele tivesse se molhado antes para tirar a tinta, nada disso teria acontecido, mas gatos não gostam de banho, aí sofreu. Foi divertido ver os gatos paquerando o Mingau, dando cantadas e ele sem saber e também a hora da revelação que era o Mingau, além de fugir da mulher para não cruzar com outro gato, entrando na banheira da Magali e apanhar da gata no final.
História gira em curiosidade de gato com 3 cores ser fêmea, uma coisa que nem sabia. Acabou sendo informativa e divertida ao mesmo tempo. Dá para informar, sem deixar piegas. Era bom também o Mingau na rua, com a sua turma de gatos e Magali só participando, sem ser foco principal, eram as melhores histórias dele. Tanto que nessa, ela apareceu só em 2 páginas ou 4 quadrinhos, mais precisamente. Atualmente, colocam Mingau como gato caseiro contracenando só com a Magali em casa mostrando costumes dos gatos, fica muito batido isso. Isso mais frequente a partir dos gibis de 1998 em diante. Os gatos que apareceram, foram só nessa história, ele nunca teve uma turma fixa, mesmo quando contracenava com outros gatos.
Os traços ficaram excelentes, deixando Mingau bem fofinho, adorava traços dele assim. Teve um erro da mulher aparecer com lábios no primeiro quadrinho em que apareceu e nos outros não. Incorreta hoje em dia por haver namoro, paqueras, gatos brigarem com Mingau por eles terem paquerado um macho, machos, Mingau apanhar e aparecer com olhos roxos e surrado e final triste para o Mingau. E também a palavra "azar" dita pelo pintor seria censurada já que hoje essa palavra é proibida nos gibis.
História teve 18 páginas no formato "Gibizinho", se saísse em gibi normal, teria menos páginas, com estilo de história de miolo convencional. A capa girou no tema da história de abertura, porém fazendo piadinha em cima do tema da história já que o Mingau não usou um guarda-chuva para se livrar da tinta. Se fizesse isso, não ia se sujar, mas também não teria história. Mais detalhes do título "Gibizinho" pode ver AQUI e AQUI. Muito bom relembrar essa história marcante há exato 30 anos.
Grande, Mingau! Faz parte da última leva de personagens realmente interessantes criados pela MSP para integrar o que conhecemos como Turma da Mônica (clássica), os que vieram depois são muito aquém dos que surgiram em 1989. Só para efeito de comparação, prefiro o Tio Pepo do que a Denise, o Nimbus, a Marina e a Milena, criançada de condomínio fechado é duro de aguentar.
ResponderExcluirMingau arrebentava, era muito legal. Desses aí, a Milena consegue ser a pior, toda perfeitinha, sem defeitos, um saco. Pior que a nova geração a adoram, são só elogios. Personagem criada para os novos tempos, apenas isso.
ExcluirMilena, personagem artificial, e quem a curte não sabe que não tem vontade própria, desconhece o que é manipulação pela via lúdica. Crianças são inocentes, não têm senso crítico, o problema são adultos que sustentam personagens inorgânicos pautados em moralismo, puritanismo.
ExcluirO último personagem criado com pegada iluminada é o pai do Quinzinho, e se estou certo, a estreia dele se dá depois de 1989, em que gibi ocorre a primeira aparição do português, Marcos?
Verdade, Milena é artificial demais. Nova geração que digo são por volta de 20 anos, de acordo com comentários deles na Internet, em vídeos, esses que sempre a elogiam. O pai do Quinzinho apareceu primeiro em 1991, Magali N° 48, então não foi de imediato na estreia do filho em 1989, ainda assim na mesma época. Ele era legal, sim.
ExcluirCrianças tudo bem, até porque Milena tem visual atrativo, agora, marmanjos e marmanjas com vinte anos nas costas curtindo essa personagem, aí é overdose de Tik Tok que certamente é responsável por essa anomalia, única explicação.
ExcluirVolta, Zé Munheca!! Aí também não, exagerei... Falando nisto, que personagem desprovido de carisma é o tal de Zé Munheca, deixou saudade não, bom, pelo menos acho que não.
Overdose de Tik Tok sem dúvida kkkk. E eu achava o Zé Munheca normal, nem ruim nem bom, pelo menos tinha coisas incorretas no período da Ed. Abril. Ele chegou a voltar na Ed. Panini, sendo que descaracterizado e bem mais ameno, hoje está sumido novamente.
ExcluirZé Munheca lembra um pouco alguns personagens de Chico Anysio, não fede e nem cheira para meu gosto, mas prefiro ele do que, por exemplo, a queridinha das novas gerações, a tal da Denise, que ofusca até a Mônica, devido a manda-chuva ter se tornado inexpressiva.
ExcluirVoltando para Tio Pepo, na comparação que fiz acima, prefiro-o como um senhor normal, aparentemente aposentado, é o que deveria ter sido mantido, essa papagaiada que arrumaram com ele e esposa de serem bruxos ou magos é boba e apelativa, fora as crianças, claro, entendo perfeitamente se gostarem e acho legítimo, respeito, não critico inocentes que são vítimas do sistema, mas, entre marmanjos, só quem consegue curtir algo assim são fãs da Milena com vinte anos nas "carcundas". Não consigo distinguir Tio Pepo místico de Nimbus, Marina, Monicão, Denise e Milena, o coroa assim é tão superficial quanto eles, e na comparação do comentário anterior, o mencionei exatamente por ser um personagem de pouquíssima expressão originalmente.
Na verdade o Tio Pepo não é bruxo, é só a Tia Nena quem foi incorporada isso. Parece que nem ele sabe que a esposa é bruxa, só Magali que sabe. Acho bobeira também, era bem melhor ser apenas doceira do bairro ou ter estabelecimentos culinários, já estava muito bom. Como bruxa não cola, mas como novas gerações gostaram, aí eles atendem. Tio Pepo é raro aparecer, só uma vez ou outra, fazendo figuração ou como marceneiro consertador de brinquedos, mas que essa personalidade eles procuram usar agora mais com o Cascão. Sem dúvida, Tio Pepo é melhor que Milena, Marina, Denise e outros citados.
ExcluirCurioso não saber que a esposa mexe os pauzinhos, se Tia Nena fosse infiel... Você conhece muito mais a TM clássica a partir da Panini Comics do que eu, muito mais mesmo, sei que não é por gosto, é por dever de seu ofício* de utilidade pública, para se manter atualizado, mas tive um gibi da Magali por essa editora, achei fraco, acabei vendendo para um sebo, não lembro número, tenho certeza que é da primeira série, e na trama de abertura Tio Pepo faz parte de uma ceita de magos, Nena também, então, reformularam e deixaram somente ela como feiticeira.
Excluir*Ofício prazeroso = lazer, hobby.
Sei alguma coisa da Panini pelo que leio na internet, mas é bem pouco em relação a Abril e Globo. Até porque não compro gibis novos, só edições especiais. Não conhecia essa história com o Tio Pepo como mago, então já foi informação errada de que ele não sabia que a Tia Nena é bruxa. Podem até ter mudado que ele seja mago também, mas que ele sabe da esposa, isso não podem mudar. Ou seja, errei, prova que não sei grandes coisas da Panini.
ExcluirTambém errei, só que na grafia, o correto é "seita".
ExcluirSei que TM clássica dos 00's para cá não lhe é nem um pouco atrativa, é que, sendo blogueiro, tem que se manter mais ou menos atualizado.
Na HQ da Magali em que aparecem os tios como magos, Tia Nena se transforma ou é transformada em criança, ficando com mesma idade da sobrinha. História longa, maior parte se passa nos Andes, são as informações de que me lembro, talvez você conheça.
Pois é, não são atrativas, principalmente as da Panini. Acho que sei qual é pela capa, mas nunca ter lido essa. As da Panini maioria são longas e cansativas, bem normal.
ExcluirE essa não é diferente, a frase final de seu comentário me faz lembrar de mais uma informação: trama dividida em três ou quatro partes, cansativa mesmo.
ExcluirÉ como eles costumam fazer. Muita enrolação, não dá.
Excluir"Embromation" está por fora.
ExcluirEsta do Mingau é didática sem frescura, combinação ideal.
Conhece a HQ "A prima Aninha"? É do Chico Bento, tem vibe (vaibe) "abrilesca" (Ed.Abril), disponível no canal Gibis do Chico. Remete-me ao aconchego da infância, maneira, visceral, confesso que não a conhecia ou pelo menos acho que não, nem tudo que revejo depois de muito tempo minha mente resgata, isto é, há o que hiberna e o que expira em minha memória, além das genuínas - lembranças que nunca se apagam.
Pode ser de abertura, parece mais de encerramento ou miolo. Sabe dizer qual é a edição original dela, Marcos?
Isso, encheção de linguiça não dá. Essa do Mingau ficou na medida, didático só a informação das gatas de 3 cores, de resto só diversão. Uma história com prima do Chico bento da Abril que conheço é uma que ele se apaixona por ela, foi história de miolo de 1983 e parece que a prima não tinha nome. Agora não sei se trata dessa mesma história citada por você, acredito que não porque você disse que ela se chamava Aninha.
ExcluirEssa de 1983 talvez eu conheça, só vendo para saber. "A prima Aninha" está disponível no canal Gibis do Chico, quando puder dê uma olhada, você deve conhecer, parece ser de edição da Abril.
ExcluirVi o vídeo da Prima Aninha, marcou como código que é de Chico Bento 85 de 1985. Não tenho essa edição e nunca foi republicada, por isso não a conhecia, foi inédita pra mim. É legal. Parece que é história de miolo.
ExcluirVocê é bom em decifrar códigos, agora sei a qual gibi pertence, valeu, Marcos!
ExcluirSerá mesmo que nunca foi republicada? HQs republicadas do núcleo de Vila Abobrinha estão contidas também em almanaques do quarteto do Bairro do Limoeiro, em Coleção Um Tema Só e Almanacões de Férias, sem contar as republicações da atual parceria, existem almanaques pela Panini Comics com HQs do período Abril.
Valeu! Não lembro dessa ser republicações, só se foi em almanaques do Chico de 1997 ou 1998 que tinham mais frequência de histórias de 1985 dele e eu não esteja lembrando, apesar de eu tê-los aqui. Depois de 1999 só republicaram histórias da própria Globo e em almanaques da Panini que republicaram da Abril acho difícil terem republicado essa, também não vi.
ExcluirGente, que história interessante! Pesquisei no Google e realmente só gatos fêmeas podem ter três cores, porque a cor da pelagem é definida pelos cromossomos sexuais.
ResponderExcluirSuper divertida também, lembra aqueles desenhos antigos com a gatinha que era manchada de tinta e acabava sendo perseguida pelo Pepe Le Pew
Pois é, foi uma informação certa que a gente aprendeu lendo gibis, eu também nunca imaginava isso de gata de 3 cores. Acontece por genética como você falou. Quem sabe roteirista se inspirou no desenho pra criar essa história do Mingau.
ExcluirTenho esse gibizinho. Também foi onde aprendi sobre gatos tricolores serem sempre fêmeas.
ResponderExcluirLegal que você tem esse gibizinho. Com certeza a gente aprendeu isso lendo o gibi.
ExcluirEu tive esse gibizinho e foi com ele que descobri isso.
ResponderExcluirPassei a ver todos os gatos rajados em preto,amarelo e branco e sempre ia conferir-e confirmar-que eram fêmeas.
Pois é, a gente descobriu com esse gibizinho, só que eu não conferia se realmente era verdade olhando os gatos na rua.
ExcluirMuito divertido, apesar do formato diferente, eles eram bons. os traços seguiam esse estilo, na maioria. No caso, estilo de traços que estavam em cada época.
ResponderExcluirPreferiram criar um só do Mingau pelas histórias terem presença maior dele. A Magali apareceu mais só na última história.
ResponderExcluirEu tenho um gato com 3 cores, e é fêmea
ResponderExcluirLegal, confirmando a informação da história de gata de 3 cores.
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