sexta-feira, 1 de julho de 2022

Chico Bento: HQ "Uma festa de verdade!"

Dia primeiro de julho é aniversário do Chico Bento e em homenagem mostro uma história em que Chico não pode ir na festa na roça porque estava com enchente na cidade e o primo Zeca organiza festa surpresa causando muita confusão. Com 13 páginas, foi publicada em 'Chico Bento Nº 324' (Ed. Globo, 1999).

Capa de 'Chico Bento Nº 324' (Ed, Globo, 1999)

Escrita por Emerson  Abreu, Chico Bento está na casa do primo Zeca e com raiva que chove sem parar e não pode voltar para roça justamente no seu aniversário, que terá feijoada lá e vai ficar ausente na sua própria festa. Zeca diz que sempre chove na cidade, é uma mania deles, e que o "homem do tempo" disse que todas as rodovias estão alagadas. Chico entende que é alargada e seria melhor para passar e Zeca explica que são alagadas, cheias de água.

Como não dá para o Chico ir para a roça, Zeca fala que já cuidou de tudo. Chico pensa que ele comprou um barco e Zeca fala que organizou uma festa-surpresa e surgem os pais dele, Seu Rodrigo e Dona Nilceia, dando Parabéns e presente. Zeca fala que ele vai ter uma festa de verdade, com bexigas, palhaços, bolo e brigadeiros, já encomendou tudo e só irem ao salão de festa do "Mec Pizza", que com carro chegam em "dois palitos". Só que no caminho tem engarrafamento enorme e ficam com carro parado e Chico reclama que são 2 palitos bem grandinhos.


 Zeca comenta o lado bom das coisas, que congestionamento em dia de chuva é uma tradição da cidade, é só cair o primeiro pingo d'água que o povo tem mania de sair de carro. É um dos momentos de paz que eles têm, quando eles podem pensar na vida e refletir sobre a existência deles, mas não passariam por tudo isso sem o "kit-chuvão" para curtir a chuva: travesseiros, cobertores, comida congelada, gibis e calendário por não saberem quanto tempo vão ficar lá.

Chico interrompe e diz que é aniversário dele e se ficarem lá vão perder a festança. Seu Rodrigo fala que se filhos e sobrinho quiserem, podem andando porque não sabe quanto tempo vai durar o engarrafamento e Zeca pega o "kit-enchente" com guarda-chuva, boia, óculos, nadadeiras, para poderem sair com segurança. 

Eles chegam no "Mec Pizza", Chico fica empolgado com a festa e vê uma menina assoprando vela do bolo no lugar dele. Chico avança no pessoal, brigando, e Zeca conta que essa festa era da menina e que a festa dele começa dentro de 15 minutos. Chico se desculpa pelo deslize e depois de 15 minutos, Zeca manda o pessoal da festa da Menina irem embora e deixarem os cajuzinhos que sobraram na mesa. Chico fica empolgado que sua festa já vai começar, esperando feijoada, churrasco e pé-de-moleque e Zeca fala que não é a roça, na cidade eles só comem bolo, refrigerante e brigadeiros, uma mania da cidade.

Chico nota que não tem convidados porque ficaram presos no engarrafamento e Chico traz de volta os convidados da festa da Menina. Zeca espera começar a diversão e aparece o palhaço Bobaldo Mec Pizza. Chico pensa que é o Chupa-Cabra e começa a agredir o palhaço, querendo dar cadeiradas nele e ficam correndo pelo salão. Chico pulando em cima do Bobaldo, espancando com a cadeira e o bolo cai na cabeça do Zeca e a festa dele, um fiasco.

Em seguida, aparecem os pais do Chico, os amigos e bichos da roça. Dona Cotinha conta que vieram de carona no barco do Nhô Lau, tinham ido ao prédio e o zelador falou que eles tinham vindo para lá. Nhô Lau leva goiabas para o Chico, Seu Bento traz feijoada. No final, todos comemoram a festa do Chico, tanto Zeca quanto família do Chico, amigos e bichos da roça, além dos convidados da festa da Menina e o palhaço Bobaldo Mec Pizza, com muita dança de viola e feijoada. Zeca acha loucura e a festa deles da hora e Chico fala que uma coisa que eles entendem é se divertir, é uma mania da roça.

Uma boa história  com Chico Bento  querendo ir para sua festa de aniversário  na roça, mas não  dava para ir por causa da enchente que  estava na cidade. Seu primo Zeca organiza festa em um salão e eles têm  dificuldade  de chegar por causa do engarrafamento.  Quando chegam, Chico arruma confusão,  mas teve final feliz com seus pais e amigos irem à  cidade para fazerem a festança  lá. 

História mostrou também  diferenças de festa na cidade e na roça, festa de rico e de pobre, ou seja, enquanto  na cidade comemoram em salão de festas com bolo, doces e palhaço,  na roça é regrada a churrasco e feijoada  e são mais felizes. Também serviu para mostrar problemas de enchente e engarrafamentos  nas grandes cidades, fazendo críticas com ironia através do Zeca romantizando engarrafamento em dia de chuva no seu discurso.

Seguiu o estilo de histórias  do Emerson com personagens  eufóricos,  discursando, fazendo piadas, com língua de fora ou com cara de surpresa e em posição e mãos inclinadas quando o outro  personagem  falava bobeira ou piada infame, além  de eles mais violentos, espancando os outros sem motivo real, como deslize deles.

Até que não foi uma história grande para os padrões que o Emerson gosta, ficou na medida. Gibis quinzenais não permitiam histórias grandes demais acima de 30 páginas e não gostavam de história única. Isso deve ter influenciado bastante de cancelarem gibis quinzenais para terem histórias mais longas na abertura. 

Foi legal a figuração da família da Magali na cena do engarrafamento, provavelmente querendo ir a um restaurante ou pizzaria ou algo do tipo, pela cara da Magali, e os detalhes de um elefante de pelúcia do Jotalhão em outro carro e camelô vendendo guarda-chuva automático no meio da chuva. Se Magali tivesse visto o Chico, bem que podia ir para a festa dele. 

Engraçado também Zeca assistindo Teletubbies na TV, desenho de grande sucesso em 1999, a citação à lenda do Chupa-Cabra, que começou em 1996 e ainda estava evidente na mídia em 1999, a referência a lanchonete MC Donalds, parodiado como "Mec Pizza" e o nome do palhaço "Ronald Mc Donalds", sendo parodiado como "Bobaldo Mec Pizza".

Não chega a ser incorreta pelo tema central, mas, sim, pela grande violência nela, como Chico brigando com as outras crianças no deslize dele de pensar que tinham tomado conta da festa dele e agredir o palhaço,  espancando. Emerson gostava de cenas assim de personagens  espancando os outros e não tem mais isso nos gibis. O Zeca falando bem de engarrafamento e a citação do Chupa-Cabra também não seriam bem aceitos atualmente. 

Os traços ficaram bons, legal que  não  teve caretas exageradas características das histórias do Emerson. Nos anos 1990 ainda não tinham tais caretas, no máximo  línguas de fora com frequência maior nas situações de outro personagem falar bobeira. Ainda assim, foram poucas línguas de fora dessa vez comparando com outras histórias dele da época, mas bastante cenas com personagens com cara e posições inclinadas de surpresa. A capa desse gibi, apesar de ser tema de aniversário, foi com piadinha com bichos parabenizando o Chico, mas não com alusão à história  de abertura.  Na Globo, costumavam muito fazer piadas de aniversário no lugar para seguir o estilo que gostavam. 

FELIZ ANIVERSÁRIO,  CHICO BENTO!!!

59 comentários:

  1. Tenho esse gibi! Historinha maravilhosa, choro de rir com as insanidades que saem da cabeça do Emerson.

    Marcos, como você sabe qual roteirista escreveu as histórias? Essa aqui até dá para adivinhar, porque o Chico está mais elétrico que o normal, mas nas suas outras postagens eu não consigo nem chutar.

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    1. É engraçada essa, não gosto de quando tem enrolação e caretas excessivas nas histórias celebridades, essa teve nada disso.

      Pior que não sei identificar histórias dos roteiristas, as do Emerson são fáceis por eles agirem elétricos, os outros roteiristas são mais difíceis, algumas sei por ter visto algum depoimento deles na Internet falando que era dele ou algum detalhe especifico, porém raro.

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    2. Também adoro as insanidades do Emerson, morro de rir com as histórias dele. A campeã dele pra mim é aquela do Cascão com os ovos cozidos e as estrelas cadentes, incrível a capacidade dele de fazer uma história associando essas duas coisas kkkkk

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    3. Conheço esse gibi, Gabriel, acho que foi um dos primeiros a sair na época da Panini. A história do Emerson de que mais gostei foi uma em que a Denise organiza uma festa no sítio do Chico Bento. Tem umas piadas muito boas, fora que é sempre bom ver personagens de turmas diferentes contracenando.

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    4. Ah sim, a da "Dinizi" na roça, kkkkkk, essa foi ótima, a Rosinha perguntando quem era a "Creide" era a melhor, hahahahaha

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  2. No último quadrinho, o palhaço dançando com o porco!

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    1. Verdade kkk. Sinal que todos ficaram felizes. Tem também Zé Lelé dancando ao lado da galinha Giselda.

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  3. Tenho essa edição na coleção... comprada na banca na época... muito boa a hq de abertura... rir muito ao ler pela primeira vez!! :D kkkkk

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    1. Legal que comprou essa em banca e ainda tem. É bem hilária mesmo, gosto também dessa.

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  4. Off:
    O conteúdo do link a seguir mostrará algo bem insano.
    https://propagandasdegibi.wordpress.com/2012/05/02/balas-mirabel-1990/
    Verdade é que,em 1990,imperava a ausência de mimimi,mas também é verdade que havia exageros,falta de noção em se tratando de produtos de nicho infantil.Não havia a devida separação entre o que se veiculava entre criancinhas e marmanjos.

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    1. Tudo podia na época, até que não via nada de mais nela, como se fosse cena de filme ou desenhos que passavam . Na verdade, ela é do final de 1989 e que ainda circulava em 1990 e foi original um comercial de televisão que transformaram em quadrinhos pra publicar em gibis. Lembro perfeitamente vendo essa propaganda na TV em 1989, adorava quando passava.

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    2. Eu já era nascido na época,mas não lembro nem um pouquinho desse comercial.😁

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    3. Eu lembro, são as mesmas falas produzidas nesses quadrinhos. Cheguei a rever no YouTube, mas era vídeo de compilações de comerciais de TV dos anos 80, aí nem lembro em qual vídeo vi.

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    4. Pessoal, certamente conheço o comercial televisivo, para lembrar preciso encontrá-lo na rede. Quanto à essa publicidade das balas Mirabel em gibis, fico grato ao prezado comentarista Julio Cesar, pois há muito havia esquecido essa tosca pérola, resgatar memórias é comigo mesmo.
      Pois bem, conclusão que tiro com esse exemplo é que, embora também bastante equivocados, os adultos de antigamente tinham bem mais maturidade que os adultos da atualidade, bem mais mesmo, todavia, concordo plenamente que as mídias - rádio, TV e impressos - desses tempos volta e meia extrapolavam os limites do razoável.

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    5. Nasci em 1987, não lembro nada dessa propaganda

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    6. Gabriel, com 2 a 3 anos de idade seria difícil lembrar mesmo, eu tinha 6 anos e aí lembro. Se eu encontrar o link do YouTube eu posto aqui.

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    7. Zózimo, de fato algumas vezes extrapolavam, sim, mas que o normal aceito. Porém, hoje qualquer coisa vira mi-mi-mi, pode nada que reclamam.

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    8. Sim, claro! Prefiro muito mais as incorreções do passado, até mesmo as extrapolações do que esta paranoia absurda que não nos permite o mínimo de qualidade de vida, altamente intoxicante.

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    9. Com certeza, Zózimo, era bem melhor.

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    10. Com certeza, Zózimo, era bem melhor.

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  5. O coitado do palhaço "chupa-cabra" não se ressentiu da sova que levou do aniversariante, entra na comemoração genuinamente caipira (realizada em selva de concreto - cidade grande) como se não tivesse sofrido agressão, ou é um sujeito de bom coração que perdoa fácil o que crianças aprontam com ele, ou é extremamente profissional e não abre mão dos cachês independente das adversidades que eventualmente ocorrem com ele enquanto animador de festas infantis.
    Até Nhô Lau se deu ao "trabaio" de sair de Vila Abobrinha para prestigiar o moleque, Chico é mesmo muito querido.
    E a Magali no engarrafamento? Com expressão famélica, atordoada, tensa, bem mesmo a cara de cidadãos metropolitanos.
    Chico Bento diante de tamanha artificialidade que a cidade onde reside seu primo oferece, dentro de suas ingenuidade e ignorância, querendo ou não, acaba sendo um filósofo, pois sabe o que é bom, sabe o que realmente importa sem carecer de intelectualidade para constatar.

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    1. Eu fico que o palhaço é sujeito de bom coração que perdoa fácil. O Nhô Lau gostava do Chico apesar de ele roubar suas goiabas A cara da Magali creio que era desespero de fome por estar ali no engarrafamento esfomeada sem poder chegar ao restaurante. E para o Chico, a vida da roça é infinitamente melhor e sempre levava melhor em histórias de comparação de roça com a cidade

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    2. Avacalharam na roupa de aniversário dele, uma mistura de palhaço com Nerso da Capitinga (Capetinga), inclusive, ao partir para cima do animador de festinhas infantis, mais parece filho agredindo o próprio pai, poderiam ter colocado apenas um paletozinho e mantido as botinas (S)sete (L)léguas de E.P.I. (equipamento de proteção individual), tipo na HQ de abertura do nº129 de 1991 em que Chico Bento apronta num zoológico localizado na selva concretada onde mora o primo Zeca, ali sim a mocorongagem do vestuário do guri está "istáiou" (style), exibindo uma estilosa cafonice.

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    3. Ficou brega mesmo kkkk. O primo que deve ter arrumado a roupa. Se bem que paletó ia ficar formal e a intenção era ficar mais solto na trama.

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    4. Falando em solto... Solta o búfalo! É nessa sensacional passagem de "Chicológico" que Chico, ao ver as pessoas em polvorosa após ele libertar o animal, deduz que é por outro motivo e diz:
      "Acho qui eles repararo qui o meu palitó num combina cas carça!"
      Ou seja, associa a cultura fashion como sendo preponderante em meios urbanos a ponto das pessoas terem ojeriza, asco, repulsa, completa aversão a tudo que é demodê. Chico generaliza, às vezes se esquece que Zeca não mora em Paris ou Milão.

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    5. Pois é, essa história "Chicológico" foi sensacional, várias pérolas do Chivo como essas. Como era bom ver Chico assim.

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  6. Adorei ver a Magali e o pai e a mãe dela fazendo uma participação especial. Já li essa história. E gostei.

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    1. Ficou legal a participação da Magali. Como moram em São Paulo, tem chance de se esbarrar com o Zeca.

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    2. O Emerson já explorou isso fazendo o Zeca e a Denise sendo colegas de escola.

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    3. Sim, Gabriel. Em Chico Bento 32 de 2009. Embora meio incoerente porque mesmo que morem em SP, a Turma da Mônica mora e estuda em bairro pequeno e o Zeca, bem no centro comercial de SO. Só teria chance de encontro quando a turma for para o centro de SP.

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    4. Verdade, a turma da Mônica na verdade deve morar em Mogi das Cruzes, cidade da grande SP onde o Maurício passou a infância, enquanto que o Zeca deve morar mais no centro expandido de São Paulo mesmo.

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    5. Pois é Gabriel. Interessante que nunca falaram a cidade de São Paulo que eles moram. Sabe-se que o bairro do Limoeiro fica o estado de SP, mas nunca confirmado a cidade. Imagino uma cidade pequena, vizinha ao centro urbano de SP.

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  7. Sempre observei essa questão dos personagens ficarem mais agitados em histórias do Emerson. O grande problema são os exageros, pq aí foge da característica dos personagens. Até que nessa história houve uma certa moderação, inclusive nas expressões dos personagens, que já se viam com algumas línguas de fora, mas sem caretas excessivas e nem expressões exageradas, o que se tornaria uma marca registrada do Emerson. Até acho ele um cara talentoso, mas que precisa ser controlado. Nas histórias mais antigas como essa, havia equilíbrio entre o estilo do Emerson com as características tradicionais dos personagens, nesse caso, ainda dava uma mistura interessante. Porém, nos anos seguintes deram muita liberdade criativa a ele, que, com seus exageros e manias, descaracterizou demais os personagens. A falta desse equilíbrio fez surgir histórias patéticas, personagens em agitação constante, fazendo caretas e com expressões exageradas o tempo todo. Muitas vezes, as expressões exageravam tanto que, os personagens ficavam parecendo monstros. Nunca gostei de nada disso, considero um recurso apelativo e totalmente desnecessário. Uns amam, eu particularmente, detesto. Tem muita história desse roteirista que nem consigo ler. Como eu disse, essa história postada aí é legal pq na época havia esse equilíbrio, algo fundamental para não tirar a essência dos personagens da Turma da Mônica.

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    1. Falou tudo, Ricardo! Tem quem goste do que ele trouxe à TM clássica, eu, particularmente, acho as contribuições desse profissional nada positivas, e gostando ou não, Emerson foi marcante nas HQs da Turma da Mônica. Para mim, ele é um dos principais agentes da fase decadente dos 2000 e 2010.

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    2. Ele tem uma vibe de desenho animado nas histórias a expressão exagerada vem disso..talvez influências dos mangas japoneses tanto que o povo gosta dele na turma da Mônica jovem

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    3. Exatamente, Miguel. Os roteiros do Emerson costumam misturar expressões faciais exageradas de animes com tramas mirabolantes típicas de desenhos animados dos anos 90 e 2000. Eu gosto bastante das histórias dele, mas compreendo que é uma mudança bastante radical quando comparado com os gibis da editora Abril.

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    4. Concordo, Ricardo. Que deixasse nesse estilo aí, sem exageros. Já era um diferencial em relação a outros roteiristas, mas ainda tinha a essência. Exagera em histórias longas com enrolação e muitas caretas, ficam completamente descaracterizados, principalmente Magali, que era doce, meiga e até ela vira debochada com ele. Gosto das histórias do Emerson dos anos 1990, depois desandou.

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    5. Ele é muito vibe Denise choquei galera...aliás essa personagem desenvolveu com ele...enfim vibe mais teen mesmo

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    6. Como o Zozimo bem disse, o Emerson Abreu é uma das figuras que são responsáveis pela decadência e mudanças nem sempre positivas nos roteiros, traços e personalidade dos personagens. Ele fez coisas legais, como a criação da família do Xaveco e deu maior destaque ao personagem. Porém, com seu mirabolismo e exagero, mudou de maneira radical algo que era simples e natural. Por isso, em minha modesta opinião, o Emerson contribuiu pro bem e para o mal nas mudanças ocorridas de 2000 em diante. Como eu disse, se o Emerson tivesse sido mais podado, certamente teria feito um trabalho mais condizente com a essência de Maurício de Souza, este sim, que sempre foi referência em simplicidade, humor e criatividade.

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    7. Isso aí, Ricardo! Não há dúvida de que o cara é talentoso, no entanto, na TM clássica deu mais errado do que certo. Como afirma Miguel, teen é o negócio dele, é um adolescentista, então, que faça bom proveito da TMJ, casa 100% com ele.

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    8. Acho que a melhor roteirista da turminha da era mais marcante foi a Rosana Munhoz...ela chegou no estúdio crianca e os desenhos principalmente do Chico Bento e papa capim eram muito bonitos....e conseguiria se conectar com a geração mais nova sem ser tão cartonn network como Emerson. Como na historinha cascao Ramsés lançada depois da morte dela

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    9. Pois é, tudo que é exagerado fica ruim. Se ele mantivesse a essência dos personagens ficava bom. Era assim nas histórias dele entre 1997 a 1999. Depois ficou tudo exagerado. Na TMJ se encaixa mais, não é a toa que ele faz sucesso com o público da TMJ, principalmente com histórias de sagas de terror.

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    10. Miguel, pra mim a melhor roteirista foi a Rosana, ela arrebentava, deixava cada personagem com sua característica. Era muito bom. E quando desenhava, eram desenhos muito lindos também.

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    11. A passagem do Emerson pela TM clássica foi devastadora, e com maestria utilizou a personagem Denise como pilar de sustentação, alicerçou com essa guria de origem metamórfica, aliás, parece que foi ele quem encerrou com a metamorfose, se foi mesmo, pelo menos foi positivo ter dado fim a algo completamente sem nexo.
      Justiça seja feita, atribuir toda a danação ao Emerson seria um tanto injusto, sozinho não teria tamanha capacidade destrutiva, foi um movimento colaborativo, trabalho de equipe, e o nome dele teve maior destaque por ser um dos principais idealizadores da derrocada, soma-se a isto o politicamente correto elevado à trilhonésima potência e o recurso da digitalização visual sendo utilizado como se fosse arroz de festa, isto é, com pouco (ou nenhum) critério.

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    12. Outra história legal da Rosana lançada depois de sua morte foi a do Cascão virando o fantasma da ópera, publicada em 2005.

      E não detonem o Emerson, morro de rir das histórias dele! Foi ele que criou aquelas histórias interligadas não foi?

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    13. Zózimo, o que contribuiu mesmo com a decadência foi o politicamente correto, mas Emerson também contribuiu por causa das mudanças das características dos personagens.

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    14. Gabriel, as histórias interligadas começaram com ele, depois outros roteiristas adotaram também. Eu não conheço essa história da Risana de 2005, mas tiveram várias histórias póstumas dela ao longo dos anos desde 1997 e a gente nem sabe. Essas dos anos 2000 provavelmente estavam arquivadas e resolveram colocar quando os gibis passaram a ser mensais e eram grandes demais para gibis quinzenais.

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    15. Na verdade era do fantasma do lixão e saiu no Cascão 457 em 2006

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    16. Legal! Não sabia que essa era da Rosana. Se eu encontrar em sebos vou comprar. Acredito que a história de abertura de Magali 394 seja dela também, tem todo jeito.

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    17. Legal! Não sabia que essa era da Rosana. Se eu encontrar em sebos vou comprar. Acredito que a história de abertura de Magali 394 seja dela também, tem todo jeito.

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    18. Emerson tem lá seu valor, com toda certeza! O negócio foi a arruaça que arrumou na TM clássica. Não sei como Mauricio de Sousa consegue olhar para o que ele aprontou e encarar com naturalidade, fico encafifado. O cartunista deve ser adepto a algum tipo de meditação top de linha, só pode, é a única explicação.
      Sendo um entusiasta do adolescentismo, está no segmento certo, pode esculachar à vontade com a TMJ, ela aguenta o rojão, pois é naturalmente elástica, é adaptada ao efeito sanfona que ele adora, suporta facilmente constantes sacolejos, nem trinca.

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    19. Talvez o Mauricio queria renovar a Turma com outros estilos de histórias, aí acatou as ideias do Emerson. Pena que descaracterizou demais. Dá mais certo na TMJ mesmo.

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  8. {S} achei um sébo consegui achar 7 gibis da globo e um numéro 100 da painii atualmente estou com 3 cem da painii,2 cem da globo,o especial 2 anos da magali n/44,Cebolinha 600 n/19 3 série painii,1 gibi da abril. No caso os mais raros da minha coleção
    (Obs..os da painii não são raros mais um dia vão ser)

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    1. Legal que achou esses no sebo, com o tempo você vai ter outros raros. O que achar da Editora Abril e da Globo até metade dos anos 1990 já podem ser considerados raros hoje.

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    2. Cara, se dessa epoca sao raros, eu tenho um bau de tesouro em casa! Minha coleccao vai so ate 98/99, a maioria sao de 96 para tras...

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    3. Pedro, igual a mim. Os dos anos 1990 estão ficando raros em sebos, embora dá pra achar ainda. Os dos anos 1980 pra baixos, mais difíceis ainda de encontrar.

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    4. (s) Marcos eu tenho os gibis numero 2 do cascão [globo] e Magali numero 3[globo] quão raros ele são ?

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    5. São raras esses por serem primeiros números da Globo, sempre bem procuradas por colecionadores, principalmente do Cascão.

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