sexta-feira, 6 de maio de 2022

Cebolinha: HQ "Ensopado de cebola"

Em homenagem ao "Dia das Mães", mostro uma história em que o Cebolinha desobedeceu a sua mãe indo à rua com chuva forte para comprar material de pipa e se deu muito mal. Com 7 páginas, foi história de abertura de 'Cebolinha Nº 45' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Cebolinha Nº 45' (Ed. Globo, 1990)

Em um dia chuvoso, Cebolinha está brincando de montar castelo com a irmã Maria Cebolinha e depois ela derruba tudo. Cebolinha fica com raiva e reclama com a mãe que não dá para brincar com a Mariazinha. Dona Cebola fala que é para ter calma, ela só tem 2 aninhos e além do mais, não tem o que fazer em casa com chuva e sem energia elétrica e pergunta por que ele não vai ler um livro. Cebolinha conta que já leu tudo que tinha que ler em casa.

Cebolinha pergunta para mãe se ela deixa fazer uma pipa para empinar no dia seguinte quando o Sol sair. Dona Cebola até deixa, mas avisa que não tem material em casa como papel de seda e varetas. Cebolinha fala que pode comprar e antes da mãe falar que com a chuva que estava não pode ir, ele agradece e vai para a rua levando guarda-chuva e uma jaqueta capa de chuva.

Já na rua, Cebolinha comenta para si mesmo que foi mais rápido que o "não " da mãe, só assim arruma uma coisa interessante para fazer porque brincar com a Mariazinha é dose. Ele chega na papelaria do Seu Miguel, pede varetas e papel de seda. Seu Miguel manda tirar a capa de chuva porque estava molhando os cartões e revistas. 

Na saída, Cebolinha percebe que a chuva estava engrossando e lembra que esqueceu da capa na papelaria. Ficou com preguiça de voltar, apesar da distância pequena, e fala que amanhã volta e pega. A rua enche de água, Cebolinha comenta como vai voltar para casa, mas logo lembra que ele não é o Cascão para ter medo de água e entra na enchente mesmo. Ele perde uma banda do sapato levado na enxurrada para o buraco do esgoto, o guarda-chuva quebra e o papel de seda molha e estraga.

Cebolinha joga fora o papel de seda e a outra banda do sapato e anda pela chuva chorando, reclamando de droga de vida. Chega em casa ensopado, Dona Cebola se espanta com o estado do filho  e pergunta como foi sair para rua com a chuva daquele jeito. Cebolinha fala que a culpa não foi dele, Dona Cebola não quer saber de desculpas, dá puxão na orelha dele e manda direto para o banho.

No dia seguinte, o Sol volta a brilhar, Cebolinha está com um grau e meio de febre e a mãe manda ficar "de molho" por dois dias e que isso lhe sirva de lição. Cebolinha fica inconformado ficar dois dias de cama doente sem poder empinar pipa na rua e se pergunta o que vai fazer para distrair. Mariazinha aparece e o jeito é ele ficar brincando de montar castelo com a irmã, reconhecendo que ele mereceu.

História muito legal, curtinha essa e bem divertida. Cebolinha inventou de fazer pipa e resolveu comprar o material na rua em dia chuvoso só para não brincar com a Mariazinha e acabou perdendo o que comprou e ficando com gripe e febre por ter pegado a chuva forte e o jeito foi ficar em casa sem empinar pipa na rua e brincando com a Mariazinha. Foi desobedecer mãe e se deu muito mal, bem-feito, se tivesse ficado em casa com a irmã queria, nada tinha acontecido, em vez de brincar com a irmã por um dia, precisou ficar dois dias forçado.

Muito engraçado ver Cebolinha irritado com a Mariazinha, tentando ser mais esperto que a mãe, a virada com ele sofrendo perdendo sapato, o guarda-chuva papel de seda da pia, chorando na rua pelo que aconteceu, o puxão de orelha da Dona Cebola e ele se dar mal no final doente e brincando com a Mariazinha em vez de soltar pipa na rua, tudo que ele não queria. Foi praticamente um monólogo do Cebolinha, a maior parte conversando com ele mesmo e fazendo graça sozinho. Eram ótimas essas histórias com monólogo dos personagens, falando sozinhos que nem malucos, Cascão era expert nisso, mas com os outros personagens também ficavam divertidas.

Tem pessoas que ficam com pena do Cebolinha, mas eu não, ele que procurou e teve o castigo que mereceu, da pior forma possível. Intenção foi mostrar desobediência dos filhos aos pais, o que acontece quando não obedece. Antigamente, eles gostavam de ensinar as coisas para as crianças com histórias com os personagens se dando mal e elas verem que se fizerem o que ele fez, vai se dar mal. Hoje não fazem mais histórias assim porque traumatiza, querem ensinar as coisas de forma didática. Eu achava melhor quando aprendiam através dos erros, nessa história a criança aprende que se desobedecer mãe vai se dar mal e saindo na chuva pega gripe. Na época da comunidade do Orkut, teve postagem com um cara que ficou muito traumatizado quando leu essa história, foi bem criticado. Mauricio de Sousa, que era membro da comunidade, vendo comentários assim acata e deixa de publicar histórias assim com personagens sofrendo. 

Outra coisa impublicável é a Dona Cebola puxar orelha do Cebolinha, coisa inaceitável para a educação atual, pais não podem bater nem puxar orelha dos filhos. Também essa personalidade do Cebolinha não querer brincar com a Mariazinha, implicar com a mãe também não pode e fora palavra "Droga!" também proibida e sendo bem repetida nessa história. Traços excelentes que davam gosto de ver e nunca deveriam ter mudado, com direito a curva nos olhos do Cebolinha e Dona Cebola sem fundo branco demonstrando intensidade, quando estava bem brabo ou bastante esperteza na visão dele. 

FELIZ DIA DAS MÃES!!!

48 comentários:

  1. Boa tarde, Marcos, é o Daniel falando. Como eu já comentei na sua 1000ª postagem no finalzinho do ano passado, minhas aulas voltaram a ser presenciais nesse ano de 2022, e como eu ainda estou no 1º semestre, eu ainda vou fazer alguns comentários de vez em quando pelo seu blog, mas não quer dizer que eu esteja te abandonando, nem nada. Eu estou sempre de olho com o que você vem postando ultimamente, incluindo aquele crossover da Turma da Mônica com o Garfield, que não tá sendo tão ruim assim. É só minha vida que vem sendo um pouco turbulenta, se você me entende, mas eu ainda vou comentar bastante, pode confiar em mim.

    Então, já dado o meu recado, vamos comentar sobre a história acima: essa foi mais uma das HQs que eu conheci através da internet, muito antes de você ter postado aqui no blog. E olha, essa é a Turma da Mônica raiz que nós, fãs da velha guarda, tanto gostamos e idolatramos. Eram tempos em que muitas cenas incorretas e impublicáveis podiam ser soltas livremente, sem nenhum limite, e quando os roteiristas se inspiravam bastante em clássicos desenhos animados de comédia (Looney Tunes, Tom e Jerry, Droopy, Pica-Pau, Hanna-Barbera, etc...) pra fazerem histórias com um humor mais pastelão, o que sempre acontecia bastante nos tempos da Ed. Abril.

    E concordo que o Cebolinha teve o que merecia por ter desobedecido sua mãe pra sair em plena chuva lá fora. Eu mesmo, quando era criança, já fiz muita coisa errada desse tipo, eu era praticamente um cover do Dennis, o Pimentinha. Só que eu acho que nunca devo ter passado o mesmo perrengue que o Cebolinha enfrentou nessa história. Já tive muitos contratempos quando andava na chuva, mas nunca fiz questão de jogar fora os sapatos e outras coisas, enquanto reclamava da droga de vida. Então, posso dizer que me identifico parcialmente com ele.

    Mas sabe o que é bem engraçado? Quando eu vi o título dessa história pela 1ª vez no site Revista da Mônica do Paulo Back, eu achava que o enredo seria bem diferente: eu imaginava que a Dona Cebola iria fazer uma sopa de cebola e o Cebolinha, ao ouvir isso, teve um mal-entendido achando que sua mãe iria usá-lo como um ingrediente pra fazer a sopa, meio que se fosse uma espécie de canibalismo (se me permite dizer). Foi quase parecido com o que o Mingau achou que a Magali iria usá-lo pra fazer mingau de comer na história Mingau com Chuva (Turma da Mônica Especial Coca-Cola - edição da Magali - Ed. Globo, 1990). Mas foi ótimo saber que o enredo verdadeiro não era bem esse, e sim o Cebolinha andando na chuva e se dando mal.

    Sim, eu sei, pode parecer uma história bem maluca a minha, mas era do tempo em que eu ainda não tinha acesso aos blogs (incluindo o seu, que ainda não era inventado) e ainda não sabia dos downloads das revistas da turma pela internet afora. Foi só mesmo quando começou a moda das histórias antigas serem postadas pelas redes sociais, incluindo YouTube e Instagram, aí que eu pude ver essa história da postagem com maiores e melhores detalhes. O Cebolinha pode ter levado a pior, mas lembre-se que eram outros tempos. Tempos bem, bem loucos, mas, ainda assim, sensacionais.

    E assim, termina o meu comentário, espero que você tenha gostado dele. Se quiser discutir mais um pouco comigo, pode sempre mandar sua resposta que eu ficarei no aguardo por ela. Assim que der, eu apareço de novo no blog. Só não vai ser todo dia, por conta da faculdade, mas quando alguma postagem me interessar, eu apareço lá pra comentar. E já dou aqui meu desejo adiantado de um bom dia das mães pra você nesse domingo que chega. Espero que corra tudo muito bem por aí.

    Uma boa tarde, Marcos, abraços pra você e até a próxima vez!!!

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    1. Boa tarde! Sem problema, Daniel. Faculdade é muito corrido mesmo, lendo as postagens já é alguma coisa, quando der, você comenta. Essas revistas do Garfield não estão ruins mesmo para o padrão atual. Nessa história o Cebolinha teve o castigo que mereceu, não custava ficar em casa e fazia a pipa no dia seguinte pela manhã. Naquele tempo podia tudo, era bem melhor.

      Legal isso de você pensar de que a Dona Cebola ia preparar uma sopa de cebola com o filho, as vezes olhando só o título engana, mas vimos que ensopado foi de tanta chuva que o Cebolinha pegou. Na história do Mingau, pelo menos ainda teve esse trocadilho durante a história. Sem acesso realmente a gente imagina várias coisas só olhando o título.

      Obrigado! Desejo também um Feliz Dia das Mães aí. Abraço e até a próxima.

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  2. É, gente, desobediência infantil para com pais e mestres é sempre algo problemático, mas se o moleque não fosse rápido o suficiente para evitar a oficialização da desobediência, não teríamos esta comédia dramática, e não é fácil unir segmentos artísticos opostos por excelência, Cebolinha é bom nisto, quando crescer pode se tornar diretor teatral ou cinematográfico, pois que escola da vida ele passa nesta trama.
    Verdadeiro mérito é do(a) roteirista.

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    1. Sim, se Cebolinha obedecesse, não teria história. Foi bem ruim e dramático pra ele e bom pra diversão da gente. Quis ser mais esperto que a mãe, se deu mal.

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    2. Chuva e guarda-chuva me fazem lembrar de uma HQ que nada tem de drama, uma em que o guarda-chuva do Cebolinha abriga mais quatro garotos, comédia nonsense que foca na displicência dos cinco que, em tão preocupados em não se molharem, caminham às cegas, acabam caindo num rio e o acessório serve como bote ou canoa, até que, sem querer, um deles aciona o botão e automaticamente o guarda-chuva se fecha comprimindo a molecada, permanece(m) boiando até parar(em) numa das margens, Mônica com uma expressão de "Oba! Achei!" tira o inflado objeto da água, ao verificar se está funcionando termina como salva-vidas. Conhece essa, Marcos?

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    3. Não conheço ou não lembro dessa, pode ser dos anos 70 ou início dos 80 e que não foi republicada. Parece ser boa, esses absurdos sempre eram divertidos.

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    4. Creio que conheça, não está é se recordando através da minha descrição, como seu HD cerebral está lotado de HQs da TM antiga, não há como lembrar de tudo que conhece por meio de descrições, método que às vezes funciona.
      Original de Cebolinha nº166 de 1986, de miolo, intitulada "O guarda-chuva", se não tiver esse gibi, deve tê-la em algum almanaque.
      Trama hilária, seria ainda melhor se quem encontrasse o solidário guarda-chuva superlotado fosse o Louco, Mônica parece não sentir o peso por conta de ser forçuda, com ele, não sentiria o peso da garotada por ser poderosamente doido, e ao abri-lo, se deparando com cinco guris despencando do acessório e se estabacando no gramado ao redor dele, embasbacado com tamanho absurdo encerraria com a seguinte frase: "Que loucura é esta?!".

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    5. Aí sim, mostrando a edição eu lembrei. Conheço essa história e tenho o gibi original, de fato bem absurda, muito engraçada. Não tem referência ao Louco, aconteceu misteriosamente e pronto, assim que era bom.

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    6. O Louco seria um contraponto, entende? A frase que ele diria no último quadrinho seria traduzível para "Isto não é obra minha! Como é que pode?", frases que ficariam subentendidas através da que estaria impressa na HQ, e também daria a entender que, até então, Louco pensara que detinha o monopólio da loucura no lúdico universo de Mauricio.
      "Rerroteirizando" final da história, viagem reflexiva de minha cachola, resultado do tal ócio criativo, é que acho um barato quando Louco se surpreende com anormalidades.

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    7. Entendi. O Louco pode imaginar isso das loucuras não ter partido dele.

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    8. O se dar mal em alguns casos é um ensinamento a desobediência ....se são crianças perfeitas que obedecem os pais em tudo nem sairiam de casa sozinhos e arrumari confusão....e fala sério mesmo se ferrando se estrepar faz parte de viver

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    9. Tem razão, Miguel! Não consigo compreender o motivo pelo qual nossa sociedade está tão retrógrada, pois boa parte são de cidadãos nascidos nos 1970, 80 e 90, tiveram infâncias e adolescências livres de caretices e, curiosamente, grande parte dos nascidos nessas décadas são os responsáveis, são os grandes promotores ou patrocinadores do retardamento que vem nos assolando. Estamos presenciando um fenômeno social inédito em relação aos parentes das crianças de hoje, os avós delas são bem menos quadrados que os pais, e tal anomalia não se restringe ao Brasil.
      Assim como em 1968 o (M)mundo presenciou uma baita revolução cultural promovida pelos jovens de várias nações democráticas que estavam sedentos pelo rompimento com a caretice imposta há décadas, estamos cursando agora o caminho completamente inverso, é assustador!

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    10. Verdade, não dá pra entender essas coisas, os próprios que tinham vida daquele jeito, impedem os filhos agora. Bizarro. E a história justamente foi isso, de aprender com o erro, se dar mal pra poder aprender e não fazer de novo. Hoje querem que aprendam só fazendo coisas certas.

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  3. Marcos uma pergunta porque a Turma da Mônica não teve alguns núcleos aleatórios de personagens de teste pra ver se dava certo como teve em outras turmas de personagens famosos exemplos Turma do Pica Pau Turma do Pernalonga e Turma do Mickey onde tinham inúmeros personagens aleatórios além dos personagens principais que apareciam de vez em quando em alguns desenhos da aquela época mas muitos sumiram com o tempo e porque na Turma da Mônica não foi assim porque a msp não criou alguns núcleos aleatórios de personagens pra ver se dava certo como foi na Turma do Pica Pau Turma do Pernalonga e Turma do Mickey

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    1. Tiveram alguns que hoje são considerados personagens esquecidos como Rubão e Mariazinha, Tio Glunc, Zé Fuinha e Zé Furão, etc

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  4. Esse gibi é muito legal! Engraçado a naturalidade dos personagens nessa época, que traziam suas falhas e consequências dos seus atos para as histórias, sem haver nenhuma patrulha por parte dos leitores para julgar o que deveria ser roteirizado. Por mais que houvesse essa liberdade para criar, havia certo bom senso nos roteiros, que mesmo quando exageravam um pouco, era visto com normalidade, já que o processo criativo muitas vezes precisava dessa pegada "com um tempero a mais ". Claro que hoje vivemos outra realidade, mas dá muita saudade desses nossos tempos de criança e vale muito a pena lembrar de tudo isso. A Turma da Mônica fez parte de tudo isso e sempre terá um lugar certo em nossos corações! Grande postagem, Marcos!

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    1. Neste comentário você sintetiza com exímia precisão o passado e o presente da Turma da Mônica e concomitantemente os nossos passado e presente em relação a estes personagens brasileiros outrora magníficos, nós, os leitores nascidos no século XX, os que presenciaram o apogeu da MSP-TM, agradeço por tecê-lo, Ricardo!

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    2. Valeu, Ricardo! De fato a gente via tudo com naturalidade, era o que acontecia na nossa época e ninguém ligava e tudo era a favor da arte. Hoje implicam com qualquer coisa, fica tudo chato e consequentemente afeta na qualidade das histórias em quadrinhos. Infelizmente tendência é piorar em cada época.

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  5. Na cena em que o Cebolinha perde o sapato, eu quase imaginei o Pennywise chamando ele para descer naquele bueiro.... alguempoderia fazer uma montagem por cima daquele quadrinho e colocar o Cebolinha com uma capa de chuva amarela e trocar o sapato por um barquinho de jornal!
    Piadas à parte, história muito boa!

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    1. Não seria ruim se acontecesse rsrs. Muito legal essa história, sim.

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  6. Quanto ao tópico no Orkut, bem, como diria o Flash Reverso: "Fui eu, Marcos!"

    Eu que falei na história Coelhinho Perigoso, que quando eu era criança, tinha medo. Mas hoje não me importo mais e nem apóio o politicamente correto, quero deixar claro.

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    1. Mais especificamente, eu criei o tópico, mas não fui eu que falei da história "Ensopado de Cebola", foi outro que falou.

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    2. Até pensei que era quem criou o tópico lá desta história rsrs. Eu lembro desse tópico da história "Coelhinho Perigoso", ainda bem que não apoia mais o politicamente correto, mudou tudo na qualidade das histórias, infelizmente. Cada ano que passa piora.

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  7. Sempre davam um jeito de mostrar o Bidu na capa,mesmo o cão do Cebolinha sendo outro.
    Bidu é o verdadeiro entrão,não o Bugu.

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    1. Pois é, principalmente quando as capas eram mais uma ilustração bonita, sem piadinhas, apesar de algumas de piadinhas também colocarem o Bidu. Bem mais aparecido que o Bugu, sem dúvida.

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    2. É porque Bidu é o xodó do Mauricio de Sousa, personagem que inaugura a Turma da Mônica, representa muito para o cartunista.
      Nas capas dos gibis clássicos da Mônica Bidu também tem ampla presença. Não conseguiu desbancar Chovinista e Mingau, verdade mesmo é que o cachorro azul decora melhor com Mônica e Cebolinha do que com Cascão e Magali, arquitetos e designers são quem dizem isto. Tipo Jotalhão, só que no caso do elefante, harmoniza somente com a Mônica. Bidu também harmoniza com o quarteto linha de frente, e claro, com Franjinha, que também é outro bastante fotogênico. Cão fecha formando três duplas e um quinteto. Personagem de peso, não nas balanças, lógico, meio diferente de Jotalhão, que é nos dois sentidos.

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    3. Verdade, por ser xodó do Maurício e primeiro personagem criado, aí Bidu aparecia muito nas capas. Também por ser cachorro mais conhecido e dar mais harmonia, os outros bichos não ia cair bem em uma capa assim, quem sabe o Mingau daria também.

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    4. Mingau é bastante expressivo, é do tipo complementar, isto é, decorativo, fotogênico, no entanto, está sob jurisdição da Magali, assim como Sansão está para Mônica, e o coelhinho é tão harmonicamente decorativo quanto Bidu, a diferença dos dois em relação ao cachorro azul, é que, embora seja bicho de estimação do Franjinha, Bidu possui status único, é um personagem de raiz independente dentre os pets da TM, não há outro que ostente tal atributo.

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    5. Sim, apesar do Bidu estar ligado ao Franjinha, tem esse status único que combina com outros personagens. Mingau estaria mais ligado a Magali, até tiveram capas dela desse tipo com o Mingau em vez do Bidu. Mas ainda assim colocando Mingau em certas com Mônica e Cebolinha desse tipo ficariam bonitas também, mesmo ele não combinando com os dois.

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    6. Bom, nas capas de Mônica acredito que Mingau harmonizaria bem, não sei nas de Cebolinha, acho que o gato angorá combina mais com meninas.
      Falando em xodó, Mauricio tem mais três: Horácio, Cebolinha e é claro, Mônica.

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    7. Zózimo, concordo que o Mingau combinaria mais com as meninas. O Horácio é o maior xodó do Mauricio, acho que só não o colocava nas capas porque era da Pré-História, aí preferia no lugar o Jotalhão de secundário, até também por causa do extrato de tomate da Cica, e o Bidu a maioria por pertencer à Turma da Mônica. Outro xodó do Mauricio que incluo é o Chico Bento.

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    8. Em gags, acredito que Mingau e Cebolinha combinem, já em artes dignas de molduras, isto é, que priorizam o viés decorativo, como é o caso desta capa, não creio numa química positiva entre eles.
      Será que Chico ocupa no coração do cartunista o mesmo "elitizado" espaço desses quatro? Pode ser, histórias do núcleo rural claramente demonstram o lado mais desprendido, despojado, mais simples do criador, é onde muito provavelmente afrouxava as gravatas e, relaxaaava...

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    9. Acho que sim porque o Chico representa como foi a infância do Mauricio, tanto que fez várias histórias dele e as últimas dos anos 1980 que o Mauricio escreveu para os gibis foram do Chico. Acho que a última que o Mauricio roteirizou foi "Parece Outro" de Chico 67 de 1985 e não sei se ele fez histórias para outros personagens no período 1982 a 1985 sem ser Chico e Horácio nos jornais.

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    10. Interessante, não sabia que Mauricio havia roteirizado tantas HQs do Chico Bento da época da Editora Abril.
      Uma correção: "Parece outro!" é do nº65.

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    11. Isso, Chico Bento 65, digitei errado. Não duvido que a N° 67 seja do Mauricio também, estilo sério, com religião, tem cara de ser dele, mas não tenho certeza. Várias histórias dos primeiros números do Chico foram escritas pelo Maurício como "Chico 7 anos" (#2), "Chuva na roça"(#10), "Sete quedas" (#11), verdadeiros clássicos.

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    12. Sim, correto, de longa data sei que esses três clássicos são de autoria dele.
      Acho que sei qual se refere, começa com Chico e uma idosa negra benzedeira. Rosinha parece hipnotizada ou possuída por algum espírito, roteiro formidável com um ar sério, tenso. Arrisco dizer que a arte é do Sidão, e pelo estilo, provável que tenha sido escrito(a) por Mauricio de Sousa também.

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    13. Sim, a do N° 67 foi essa, se chama "O rezador", bem tensa mesmo, e já postei aqui no Blog. Não valeu quem fez arte dessa. Se foi escrita pelo Mauricio, tudo leva a crer que sim, aí esta seria a última história escrita por ele exclusiva para os gibis já que as do Horácio eram republicações de tablóides de jornais.

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    14. Então não há HQs dos 90's exclusivas para gibis roteirizadas por ele? Não imaginava que tivesse largado parcialmente a função quando eu ainda não era alfabetizado.
      Aqui é bom, vale mesmo a audiência que tem, você sempre nos traz informações que consideramos relevantes sobre Turma da Mônica/MSP dos tempos dourados.

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  8. Marcos porque não fazem tantos desenhos da turma como fazem gibis vendo que desenhos até hoje só uns duzentos e pouco e gibis já perdi as contas sem falar que nem todo ano fazem desenhos da turma exemplo em um ano é lançado em média 8 desenhos que é pouco e Marcos cite algumas histórias que mereciam ter virado desenho e até hoje não viraram

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    1. É porque o forte da MSP são os quadrinhos. Desenhos são mais feitos pra temporadas em TV ou para DVDs específicos e dão mais trabalhos pra eles, cada frame é um desenho diferente.

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  9. Eu queria saber como alguém ficou traumatizado com uma história inocente dessas, na minha infancia nos anos 90-2000 eram histórias como essa que me faziam esquecer medos e traumas da vida.
    Alias, quando eu era criança, falando de entretenimento, eu assistia tudo na tv, desde desenhos a filmes de terror, novelas com meus pais, tudo, mas apesar de dar medo, filme de terror nunca me deixou um trauma, mas eu ficava traumatizado mesmo apenas com alguns jornais policiais, já que eu sabia distinguir bem o que era ficção e o que é realidade, e eu sabia que esses jornais tinham a verdade nua e crua, esses jornais ainda existem hoje livres na tv, na epoca tinha o 'aqui agora', depois veio o 'cidade alerta' e por aí vai, tinha o 'linha direta' também que me deixou alguns traumas, mas esse não era no horario de criança, mas eu lembro bem que uma vez vi um caso de um crime em um desses jornais que passava durante a tarde e fiquei uma semana tendo pesadelos, são bem pesados as matérias desse tipo de conteudo. E turma da monica sempre me ajudou a esquecer tanto o que eu via nesse tipo de coisa quanto os problemas da vida mesmo, inclusive histórias como essa pois eu tenho esse gibi com essa história desde a infancia.

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    1. Também não dá pra entender trauma com história assim. Talvez não gostam de personagens sofrendo, aí se põe no lugar deles na vida real e ficam traumatizados. Tem que distinguir ficção de realidade, tipo, personagem cair em um buraco ou precipício se machucam e depois já estão de boa, tudo é típico de histórias em quadrinhos pra fugir da realidade e aí implicam. Programas assim policiais que não apropriadas pra crianças verem e isso que naturalmente traumatizaria e não histórias em quadrinhos. Legal que você tem esse gibi desde a infância, vale a pena, é muito bom do início ao fim.

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  10. Eu li essa história quando era criança e lembro que ela conseguia me deixar assustada - méritos do roteiro, desenho e cores, esse céu roxo pouco acolhedor... brrrr! -, mas era justamente por isso que eu gostava dela! Será mesmo que o cara do Orkut estava falando sério? Porque não consigo pensar em uma história da Turma da Mônica com potencial de causar um trauma... enfim, ótima história, ótima postagem!

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    1. Assustar é uma coisa, traumatizar já acho demais. Talvez ele até queria sacanear os membros lá na comunidade do Orkut, se foi, conseguiu, causou bastante polêmica até com comentário de Mauricio. Ainda assim pelo que lembro do jeito que comentava, ele parecia sincero.

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  11. Respostas
    1. Com certeza. Quem mandou desobedecer mãe. Bem feito.

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  12. Na 6ª página , o papel de seda que o cebolinha jogou no chão está do lado direito , mas no quadrinho seguinte , o papel de seda está do lado esquerdo ! é possível que talvez o cebolinha tenha andado pro outro lado ...

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    1. Sim, ele andou e aí por isso a posição do papel de seda diferente. Não foi erro então.

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