segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

A Turma do Penadinho: HQ "Neste ano..."

Em janeiro de 1992, há exatos 30 anos, foi lançada a história "Neste ano..." com previsões de esotéricos do que ia acontecer no ano com surpresa da Dona Morte no final. Com 2 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 130' (Ed. Globo, 1992).

Capa de 'Cascão Nº 130' (Ed. Globo, 1992)

É mostrado vários esotéricos falando sobre as previsões do ano que de iniciava. Só previsões de mortes, guerras, catástrofes. No final vimos que as previsões faladas por eles  foram consultas da Dona Morte, que ficou muito animada que teria um ano bem movimentado no cemitério.

É legal essa. Em época de fim e início de cada ano aparecem vários videntes, tarólogos, numerólogos, etc, para dar previsão no ano, maioria falam de tragédias, muitos erram, mas até que alguns acertam, aí roteirista criou essa historinha retratando isso só que com humor negro. Todas as previsões de tragédias, catástrofes e mortes são sofrimentos para as pessoas e naturalmente notícias ruins e que seria um ano desastroso, mas para Dona Morte foram notícias maravilhosas e ter ano movimentado porque vai matar muita gente no ano.

Humor negro nas histórias da Turma do Penadinho costumavam sair mais em tirinhas de jornais por terem público de todas as idades, mas mesmo assim de vez em quando saiam nos gibis também mesmo sendo só pra crianças. Hoje em hipótese nenhuma seria publicada em gibis.

Foi do estilo de histórias com Penadinho e sua turma aparecer só no final, como fator determinante para piada, e algumas nem apareciam os personagens principais, mas que tem tema de morte, fantasmas e cemitério. Os traços ficaram bem caprichados também.

Essa história de Ano Novo saiu em janeiro em vez de dezembro, as vezes acontecia. Poderia até ter saído na edição do Cascão N° 129', a última de 1991, mas como eles falaram "neste ano", aí é mais coerente sair em janeiro, se fosse "ano que vem", aí sairia em dezembro.

Foi uma das últimas histórias de Ano- Novo nos gibis da MSP. Foram poucas, mas de vez em quando tinham e eram bem criativas. Hoje não tem mais histórias de Réveillon, só mostram histórias de Natal. A última história de Réveillon em sequência regular na fase clássica foi "Ano-Novo?! Bahh!", de Cascão N° 285' - De. Globo, 1997. Muito bom relembrar essa história há exatos 30.anos.

A seguir a história completa:


UM FELIZ ANO NOVO A TODOS!!!

43 comentários:

  1. Caramba, Marcos! Começou "bem" o ano, hein?! Espero que esta singela trama não seja um mau presságio, pois todos os anos infelizmente são abarrotados de acontecimentos ruins, nosso nível moral enquanto espécie ainda não nos permite plena harmonia, quiçá mais uns três mil anos para que possamos atingir o tão almejado equilíbrio, quem sabe...
    Às vezes esqueço da capacidade metamórfica de Dona Morte, o que explica mão e braço não estarem brancos e ausência da manga durante a leitura, recuar mangas compridas para facilitar o processo até pode ser conveniente, mas é metamorfose mesmo, o que inclui mudança de roupa.

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    1. Verdade. Já comecei com uma história rara. Não acho que dê mal presságio, apenas uma história em quadrinhos. Claro que coisas boas seriam melhor, mas bom ver essas críticas dos quadrinhos antigos. A Dona Morte é representada por um esqueleto sem roupa, aí naturalmente braços dela seriam finos.

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    2. Braços finos tudo bem, o que aponto é para a cor da pele na consulta com a esotérica que lê mãos, não está branca como farinha de trigo ou açúcar refinado, certamente se deve à capacidade de metamorfose que possui e mais a manga comprida preta ocultada são no intuito de deixar a revelação de quem está se consultando com vários esotéricos e até um matemático para os dois quadros finais, surpresa mesmo seria não exibir "A Turma do Penadinho em", logicamente mantendo ondulações dos quadros que são característica inseparável das HQs deste núcleo.

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    3. Ah sim. Ou foi erro do colorista ou então a Dona Morte fez um disfarce para não saberem que era ela porque se soubessem que era a Morte podiam sair correndo. Eu fico na segunda opção que ela se disfarçou pra se consultar.

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    4. Na verdade é "A Turma do Penadinho em:", ":", ao digitar anteriormente esqueci os dois pontos.
      Marcos, sabe dizer à qual edição pertence a trama de Zé Vampir que satiriza o bizarro imponente vampiro de "Drácula de Bram Stoker"?

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    5. Se for a que eu estou pensando, essa história do Zé Vampiro que você diz deve ser a de Mônica N° 86 de 1994. Bem legal essa.

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    6. Pesquisei e é mesmo da edição que diz. História maravilhosa, baita comédia, arte magnífica, o que ressalto é a quadrinização, não apresenta a clássica ondulação, linhas retas ou quase retas.

      Já parou para pensar por que Zé Vampir não deveria residir no mesmo espaço de seus amigos assombrações? Caixões e vampiros têm tudo a ver, caixões e cemitérios, nem se fala, têm tudo a ver mesmo, cemitérios são lugares onde se acomodam mortos, vampiros são mortos-vivos, embora repousem em caixões que ficam em suas quase sempre decrépitas residências, castelos soturnos em geral, certamente dá para relacioná-los com cemitérios, porém, esses locais lúgubres, funestos são abarrotados de algo que os repele, percebe a incongruência em Zé Vampir morar no mesmo terreno onde moram Penadinho, Cranicola, etc?

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    7. É muito legal mesmo essa. Zé Vampir mora no cemitério junto com Penadinho e outros fantasmas e monstros pra ter essa variedade de figuras de seres interagindo. O certo mesmo devia ser só fantasmas morarem no cemitério. Os outros moram lá como absurdos de quadrinhos então e está valendo assim mesmo.

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    8. Não, Marcos, exceto Zé Vampir, os outros que não são fantasmas morarem em cemitério configurando um entre tantos outros absurdos que os quadrinhos proporcionam está dentro da normalidade, aponto para residência do núcleo única e exclusivamente em relação ao vampirinho, um cemitério cristão, Cristianismo é representado por qual símbolo? Cruz, certo? Em cemitérios cristãos elas ou eles (crucifixos) se encontram aos borbotões, compreende o motivo pelo qual Zé Vampir deveria evitar esse tipo de ambiente? Incoerência que está no mesmo patamar de Cascão andar sempre descalço já que não são apenas guarda-chuvas que nos auxiliam em momentos chuvosos, descalços molhamos os pés, dois detalhes importantíssimos que Mauricio não atinou para com esses dois sensacionais personagens.

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    9. Aí fica o absurdo de vampiro não virar cinza ao verem as cruzes nós túmulos do cemitério. Não deveria acontecer, mas como são histórias em quadrinhos, aí pode tudo. Sem considerar os absurdos, somente fantasmas e esqueletos que dariam pra morar no cemitério.

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    10. Faz vista grossa para elas, única explicação, Zé Vampir mora com o inimigo, o símbolo cristão causa asco à espécie vampiresca, significa que embora não se enfatize, o mito criado por Bram Stoker é de alguma forma um (A)anticristo. Zé Vampir deveria residir em cemitério islâmico ou judaico, talvez budista, até mesmo hinduísta. Pelo menos maioria das histórias em que atua são noturnas, embora hajam umas em que zanza por cenários alvorecidos.

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    11. Lembrado que já tiveram histórias do Zé Vampir morando em castelo com ideia que só ia no cemitério visitar seus amigos. Nunca teve padronização, vai de cada roteirista.

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    12. Tem razão, não somente Zé Vampir, todos personagens de Mauricio de Sousa dos velhos tempos ficam de certa forma "soltos", foi positiva a falta de padrão, não ter dado clareza em determinadas questões permitiu ampla variação, proporcionando uma gama criativa muito maior do que se implementassem certos padrões de modo claro, rigoroso, optaram por flexibilização, foi melhor assim. Até tentaram padronizar o aspecto externo da casa da família da Mônica, não foi levado adiante, caso vingasse, não vejo como um padrão limitante, acho até seria positivo.

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    13. "...acho até QUE seria positivo.", eita distração...

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    14. Eu também não vejo ruim a falta de padronização nos gibis da Turma da Mônica, até acho bom pra não ficar a mesmice, ter variações melhores de acordo com roteiro. Foi bom assim.

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  2. Marcos, eu juro que eu não esperava que você fosse falar dessa história no blog. Já tinha conhecido ela através das redes sociais na internet (YouTube, Instagram, essas coisas...), sabe como é, mas foi bom ter feito essa postagem pra iniciar o ano. Parabéns!

    Essa história é legal sim, mas infelizmente, muitas dessas previsões mencionadas podem acabar se tornando realidade. Eu não sou muito perito nesse assunto, mas já vi diversas previsões tão desagradáveis assim sendo realizadas, apesar de que nem sempre é assim, creio eu.

    De qualquer forma, vamos torcer e rezar pra que 2022 seja um ano bem melhor do que os outros e que o mundo possa voltar ás suas raízes e mudar para a melhor muito em breve, isso se todos nós fazermos nossas partes pra contribuir a saúde global.

    Também espero que eu possa voltar a fazer meus comentários pelo blog. Eu andei muito sumido ultimamente, mas pelo menos, consegui ter um ano perfeito na faculdade (eu consegui passar nos dois semestres, pra ficar bem claro) e já estou de férias, assim será mais fácil de dar minhas caras aqui e conversar com você.

    Portanto, fica aqui meus votos de um excelente 2022 pra você e que seu blog continue fazendo mais e mais sucesso. Uma boa noite e até a próxima, Marcos, força e fé sempre!!!

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    1. Ah, sim, ia me esquecendo! Essa história da postagem foi republicada sim. De acordo o Guia dos Quadrinhos, ocorreu em duas edições especiais de Natal da Mônica: o nº 3 da Globo, de 1997, e o nº 8 da Panini, de 2014, com ênfase nessa última republicação, já que eu tenho um certo receio de que pode ter acontecido alguma daquelas mudanças absurdas pra atender ao politicamente correto, que já estava predominando muito naquela época, como pode ser visto nessa postagem aqui: https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2014/05/mudancas-em-classicos-do-cinema-n-43-e.html

      Mesmo assim, se puder atualizar essa informação na postagem, vai ser o maior prazer. Agora sim, um grande abraço, Marcos, e de nada pela minha ajuda!

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    2. Daniel, tomara que essas previsões não aconteçam. Sempre bom pensar positivo, foi só uma piada de história. Agora nas férias dá pra comentar mais, deve ficar mais difícil depois cadê março com a faculdade.

      Agradeço pela informação das edições que essa foi republicadas. Na Globo até normal ter sido, é de estranhar ter sido na Panini.Tomara que não tenha sido alterada, mas acho que nem dão pra mudar alguma coisa pra amenizar alguma coisa. Alterei o texto. Um feliz 2022 pra você, muitas realizações e tudo de bom. Abraço

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    3. Tenho somente dois especiais de Natal no que diz respeito à TM clássica, um deles é o mencionado por Daniel Cabral, "Neste ano..." encontra-se nas páginas 40 e 41, o outro é o nº2 de 2008, comparando as duas edições constatei que a da Panini contém apenas uma HQ "global" que é "A terra do eterno Natal" de Magali nº143 de 1994 (trama visualmente empobrecida, feinha mesmo, paradoxo, considerando o ano), tenho dúvida com uma de três páginas intitulada "A pequena árvore de Natal" em que o independente Cebolinha provavelmente ainda na condição de filho único, ou seja, claramente aparentando ter dois ou três anos a menos frequenta shopping desacompanhado dos pais e de qualquer outro responsável por ele, tem um arzinho de platinada, mesmo assim deduzo ser da Abril. A de 1997 possui apenas três ou quatro histórias pertencentes ao período Abril.

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    4. Zózimo, "A pequena árvore de Natal" é da Editora Abril. Especiais de natal com quase todas com histórias da Editora Abril são o Nº 2 da Globo de 1996 e o Nº 2 da Editora Panini de 2008. Tenho esse da Panini também, muito bom. O Nº 3 de 1997 tem misturas de Abril e Globo, sendo maioria Globo, até pra compensar a edição anterior de 1996 praticamente ser de histórias de Abril, só com umas 2 de 1987.

      Até que gosto de "A terra do eterno Natal", tem melhores, mas até que não foi ruim pra mim. Acho que colocaram essa naquele de 2008 pra ter uma história solo de Natal da Magali. Só é cansativa hoje porque já foi republicada nesses especiais inúmeras vezes.

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    5. O roteiro não é de se jogar fora, sem dúvida, a arte infelizmente não me agrada, não a considero à altura da aventura que Magali atravessa com sucesso, meio que vejo como um desperdício de roteiro, visual é um quesito que prezo às pampas, muitas HQs devoro com os olhos, muitas mesmo, já inúmeras outras evito olhar, e dessas, boa parte não leio, gosto dos visuais das tramas com (M)matemática aplicada, com (G)geometria aplicada, aí sim me deleito, e te digo que muitos excelentes desenhistas de quadrinhos nem dominam Exatas, se relacionando harmonicamente com essas ciências ao executarem suas tarefas profissionais por meio de seus talentos artísticos primorosos.

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    6. Existem traços melhores, apesar de eu não achar tão ruim. Era um estilo que saía vás vezes nos anos 1990. Também levo muito bem conta os desenhos, o visual ao ver nas bancas. Pode até ter roteiro bom, mas se não gosto dos traços não me motiva comprar.

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    7. Imagino que seja do(a) mesmo(a) que desenhou "Anjinho encapetado" e "Ghost de Cebolinha", clássicos cujos visuais também não aprecio, portanto, a diferença é que "A terra do eterno Natal" parece que mal dispõe de arte-final, é impressão que me passa. Fico imaginando essa trama com traços do Sidão lá pelos idos de 1985, ficaria chique, o roteiro merecia uma arte desse gabarito.

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    8. Traços daquele jeito começaram a ter em 1993, até que não achava ruim, mas claro se colocassem outros traços mais clássicos nessas aí ficaria melhor.

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    9. Parte das HQs da TM publicadas na década de 1990 possui excelentes traços, visuais realmente de primeira, e parte não, já não digo o mesmo em relação aos 1980 em que mais de 90% do que conheço me agrada bastante visualmente.

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    10. Zózimo, é porque tinham novos desenhistas lá, fora eles também terem desejo de ter traços característicos para a década. Ainda assim mantinham ainda alguns estilos dos anos 1980 por boa parte e alguns novos também eram caprichados.

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  3. Obrigado Fabiano. Excelente ano pra você também e sucesso no seu Blog e seu canal do YouTube. Abraço

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  4. Apesar da história ter sido escrita a muito tempo atrás, gosto de imaginar que a Dona Morte fez essas consultas na passagem de 2019 pra 2020(o começo da pandemia). Combinaria.

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    1. É exatamente isto que destaquei na postagem de 31/12/2021, trazer para atualidade, valeu pelo comentário, prezado(a) desconhecido(a)!

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    2. Unknown, é verdade, se encaixou bem com 2020, mesmo sendo feita bem antes. São as chamadas "Profecias do Maurício", que previa nas histórias o que ia acontecer as coisas antes de acontecer anos depois.

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  5. Além de politicamente incorreta pela menção a tragédias na verdade é bem correta porque mostra variedades de superstições ou crenças religiosas quase uma aula de religião em quadrinhos..culturamente bela e diversa mas hoje alguém ia reclamar

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    1. É bom que mostra várias crenças, uma tolerância religiosa, isso é bem visto, porém religião eles não abordam mais pra não terem implicância e o que mais pesa são as tragédias e a Dona Morte achar uma maravilha.

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  6. Acho maneiro quamdo mostram a dona morte como una caveira e não como fantasma..fica naya assustadora apesar de simpática

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    1. Também acho a Dona Morte como caveira é melhor. Também gosto quando tem sombras no rosto com mistério sem definir a sua verdadeira forma.

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    2. Os gibis antigos semlre começam com o cara de caveira..eu gosto dela porque o humor e maus adulto ..podiam produzir uma série animada com ela ao estilo scooby doo com humor e terror de leve seria legal...msp me contrata kkk

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    3. kkkk. Ideia é boa, quem sabe alguém lá vendo seu comentário não façam. Eu ia gostar.

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  7. O sujeito do terceiro quadro da segunda página até pode ser numerólogo, mas é um tanto engomado, parece nada com esotérico, tem uma baita pinta de tecnocrata, só pode ser matemático como mencionei acima, e de todos que prestam consultas é o único que com quadrinho solto fora de contexto não dá para se ter a mínima ideia do que se trata, completamente diferente dos demais com quadros soltos.

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    1. Talvez ele seja um economista, pra ver previsões monetárias, mas também não descarta ser numerólogo, não ficou clara essa parte.

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    2. Isso que eu pensei, parecia um economista prevendo que a economia também não será boa.

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    3. Gabriel, também penso assim, se encaixa mais pela roupa.

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    4. Se tem algo que Dona Morte não é, é zero à esquerda, não a associa com o número de forma ofensiva como se fosse alguém insignificante, mas sugere que lhe pode ser favorável em tom de pergunta, como quem diz: "Serve?", e sem perder a elegância, típica figura das Avenidas Paulistas da vida.

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    5. Hoje em dia esses caras são da Faria Lima... Paulista tá mais plural

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    6. Sim, Gabriel Previato, por isto pluralizei, "Avenidas Paulistas da vida", Faria Lima é uma delas, e a própria Avenida Paulista mesmo não é mais o grande celeiro de burocratas e tecnocratas como outrora, está mais plural, compreendo, mas ainda é um tanto icônica para relacionar com figuras como o economista ou matemático que Dona Morte paga pela consulta, não sei como fez para arranjar dinheiro, deduzo que em todas as consultas teve que meter a mão no bolso.

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