sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Cascão: HQ "O náufrago"


Chegada do verão e férias, o Blog vai mostrar histórias a ver com os temas neste mês e nessa postagem compartilho uma história em que o Cascão ficou náufrago em uma ilha após ir à praia contra a sua vontade e passou grande sufoco. Com 13 páginas, foi história de abertura publicada em 'Cascão Nº 96' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Cascão Nº 96' (Ed. Globo, 1990)

A turminha está passeando no carro do Seu Cebola, que convida todos para irem à praia aproveitar o Sol. Cascão grita e diz que é péssima ideia e que ele só tinha convidado para tomar sorvete para comemorar a chegada do verão e não falou nada de praia.


Seu Cebola fala que seria uma pena desperdiçar a manhã de Sol e que os melhores passeios são os de improviso. Cascão fala para deixá-lo em casa primeiro e Seu Cebola diz que teria que dar volta e eles vão direto. Cebolinha comenta sobre roupas de banho e Seu Cebola fala que eles compram quando chegar lá. Mônica e Cebolinha comemoram e Cascão reclama que é duro ser a minoria.

Na praia, Mônica manda Cascão desamarrar o burro e Cebolinha o recomenda aproveitar o passeio. Cascão diz que não gosta do mar e  não vai dar nenhum passo naquele ponto em diante e, assim, os três vão ao mar e Cascão fica lá.  Espirra um pouco de água perto e Cascão resolve arranjar um lugar seguro. Encontra uns barcos na areia, aconchegante e sequinho,  e ele dorme até a mania de praia deles acabar. Só que enquanto dorme, a maré sobe e o mar avança mais pela praia, atingindo embarcações e, assim, o barco acaba navegando pelo mar com o Cascão dormindo lá.

Depois de um tempo, Cascão acorda, pensando que o pessoal cansou de brincar na praia e quando vê, descobre que está em alto-mar. Cascão se tenta se acalmar, achando que era só um pesadelo, fecha os olhos e quando abre bem devagarinho, confirma que é verdade. Cascão se pergunta como isso foi acontecer, que sabia que ir à praia não ia dar em coisa boa e desmaia.

O barco se movimenta até a uma ilha, Cascão acorda quando o barco tromba e ele acha que está salvo, mas vê que é só um pedacinho de terra mixuruca. Acha que é melhor que nada e fica esperando algum navio aparecer para salvá-lo. Passam horas até anoitecer e nada de alguém aparecer, Cascão lamenta, diz que está com frio e com fome e quer a mãe dele e percebe que vai ficar a vida toda lá e começa a chorar.

Um coco cai do coqueiro, resolvendo problema de fome de ele ele se agasalha com folha do coqueiro para espantar o frio. De manhã, Cascão ouve um barulho, pensa que é a mãe cutucando o pé dele e ele conta que teve pesadelo terrível de estar perdido em uma ilha e aí descobre que ainda está lá e foi um caranguejo que cutucou o pé dele. Cascão chora, mas com medo do choro fazer afundar a ilha, para e diz que tem que agitar. Troveja no céu ameaçando chuva, Cascão fica desesperado para fugir e a solução foi subir no alto do coqueiro para não se molhar.

Passam alguns dias, Cascão está com monotonia de comer coco todo dia e beber água da chuva. É o último coco do coqueiro e ele vai ter que passar a pescar e torcer por chuva e a que ponto o "Grande Cascão" chegou a descer tanto. A fome está apertando e ele vai ter que colocar mão na água para pegar um peixe e reclama que será o fim da impermeabilidade dele. Até tenta, mas não consegue.

Fica o mistério do narrador contando se Cascão finalmente vai colocar mão na água para poder comer, com ele criando coragem para isso, até que aparece um navio para resgatá-lo, salvando de ele ter que se molhar. O homem avisa que vai lançar o bote salva-vidas para tirar Cascão de lá e ele pula direto para o navio de tanta felicidade e comemora que não precisou se molhar nem um pouquinho. O homem conta ao capitão que em vez de 3 dias perdido, devia estar há anos.

No navio, Cascão bebe refrigerante e come cachorro-quente e fala com leitores se é um sonho pra não acordar. De volta para casa, é recebido com festa pelos seus pais, com Cascão contando que eles são bem melhores que o caranguejo. Mônica e Cebolinha ficam contentes com a volta, Mônica pensou que o mar o derreteu quando ele desapareceu. Seu Cebola dá ideia de comemorarem a volta do Cascão com belo sorvete e aí o Cascão prepara umas malas e guarda-chuva junto como se fosse viajar, falando do jeito que termina as comemorações do Seu Cebola, é melhor ficar prevenido. 

História muito engraçada com o Cascão ficando náufrago em uma ilha minúscula depois de entrar em um barco para fugir do ambiente da praia e do mar. Só queria descansar, mas acabou se dando muito mal, a quase ter que colocar mão na água para pegar peixe para não passar fome. Pelo menos foi salvo a tempo e sempre que sai com Seu Cebola agora fica prevenido levando várias malas junto.

Engraçado o Cascão brigar com o Seu Cebola pra não ir à praia, descobrindo que estava em alto-mar no barco, ser cutucado pelo caranguejo, subir no coqueiro para fugir da chuva e rachar de rir como ele falando que se rebaixou a colocar mão na água para comer e desejar chover.

Foi uma das histórias que ele passou mais sufoco para manter a invencibilidade de banho, como se virar subindo me coqueiro para não se molhar na chuva e dilema de se molhar ou morrer de fome, fora sofrer com frio e solidão. Era muito bom os apuros do Cascão pra não tomar banho, tudo acontecia com ele e sempre escapava.

Basicamente foi um monólogo com o Cascão, ele falando sozinho que nem um maluco, o que foi hilário. Grandes personagens conseguem fazer graça sozinhos. Sempre era divertido personagens falando sozinho história toda, sendo que com Cascão era o campeão nisso e era o melhor. Chico Bento e Magali também rendiam ótimas histórias assim de monólogo. 

Interessante a história falar de comemoração da chegada do verão e esse gibi ter sido lançado em agosto, quando estavam no inverno. Na época eles não tinham preocupação de história sair no mês exato de uma data especial, podia ter história de verão em agosto ou de inverno em janeiro, colocavam quando bem entendiam. Se seguissem a lógica, essa teria que ter sido arquivada e saído, no mínimo, nas edições do Cascão Nº 104 ou Nº 105, de janeiro de 1991.

Presença de narrador-observador contando as histórias sempre davam um charme a mais. Incorreta por mostrar sofrimento do personagem, não só de medo de banho, mas também viver isolado, com frio e fome por 3 dias.

Ficou até diferente o Seu Cebola ter levado a turma, o que ficou legal, não era comum em um gibi do Cascão, normalmente seria o pai do Cascão no lugar. Os traços excelentes e encantadores, contornos bem grossos e muito caprichados, com direito a curva nos olhos sem serem pintados de branco para demonstrar que estava com bastante raiva e sempre ficavam bem assim. A arte no título Náufrago bem criativo, até no design dos títulos eles capricharam na época.

68 comentários:

  1. Tenho essa na coleção... e viva o verão com cascao né mole não!! :D kkkk

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  2. Mãe e pai do Cascão são bem relaxados, depois do que Seu Cebola apronta, permitem que o filho novamente fique sob responsabilidade dele, tomara que o segundo sorvete bancado por ele finalmente saia de graça para o Cascão, o primeiro lhe custa uma dieta à base de coco e água de chuva. Vão confiar nos outros assim lá longe, oras! De todos os pais da turma, o do Cebolinha é o mais relapso, são muitas histórias o retratando desta maneira, até para pregar quadros em paredes se machuca, tomar conta de filhos dos outros já é esperar muito dele, pelo menos Antenor e Lurdinha são otimistas, podem contar com a tal da sorte, é que não aparece, mas no meio da parafernália que Cascão leva para se precaver de um segundo desagradável contratempo certamente há trevo de quatro folhas, ferradura, pé de coelho e figa. "Seguro morreu de velho", frase que ouvi muito na infância, entretanto, não foi por via auditiva que me foi apresentada, foi por leitura, conheci através dos gibis da Turma da Mônica, a partir daí passei a ouvi-la com frequência durante bom tempo.

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    1. Não deixa de ser irresponsabilidade dos pais do Cascão de deixar sair com o Seu Cebola depois de tudo que aconteceu. Não é a toa que agora ele está prevenido. Se Seu Cebola tivesse levado o cascão para casa quando ele pediu, nada disso tinha acontecido .Frase "Seguro morreu de velho" era muito popular, aí não era difícil ser falada nos gibis também.

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    2. Já que o Seu Cebola sem intenção acabou sendo uma pedra no sapato do descalço Cascão, sabe dizer de qual edição é "O Supercebola"? Gostaria de saber se é de abertura, história longa, pode ser de encerramento, de miolo é que não leva jeito de ser. Acho que é a HQ mais comprida que o pai do Cebolinha protagoniza.

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    3. "O Supercebola" foi história de abertura de Cebolinha Nº 38 de 1990. Foi uma história bem longa, sim, protagonizada por ele, sendo que geralmente as maiores com ele são as de abertura e com presença maior do Cebolinha.

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    4. Só para constar, esqueci de hifenizar "trevo-de-quatro-folhas", e creio que "pé-de-coelho" também possua hífens, idioma complicado o nosso. Deixar meus erros ortográficos registrados aqui é uma forma de memorizá-los para não errar novamente com palavras que já errei. Erros são aprendizados desde que nos damos conta deles.

      Grato pela informação, Marcos! Conheci "O Supercebola" há mais ou menos três anos, deduzia que tivesse sido publicada entre 1986 a 1990, sendo do último ano do período Abril imaginava que fosse de encerramento, mas supondo que tinha muito mais possibilidade de ser da Ed. Globo, dúvida sanada. Cebolinha nº38 pela platinada não me pertenceu e nem tive contato também.
      Trama que retrata Seu Cebola de um modo bem interessante, mais humanizado, estressado, desanimado, intolerante, e depois de bancar o herói, começa valorizar o que realmente importa, roteiro que não o subestima como apenas um pai e marido desatento, o heroísmo em si nem vejo tanta graça, mas a proposta da trama é muito boa.

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    5. Foi uma boa proposta daquela história, gosto bastante dela também.

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    6. Fico imaginando ausência dele passando despercebida pelos familiares enquanto atua como herói, considerando que antes de aceitar proposta estava carrancudo com eles, esposa deve ter pego no sono sem dar falta do marido na cama, ou se percebeu pensou que estava ocupado com algum afazer no barracão de ferramentas ou na garagem, engatando no sono sem fazer muita questão da companhia dele.
      Uma que não é aventura, porém, não falta humor, conta com ele e pai do Cascão como protagonistas em vaidosa disputa de Papais Noéis, pertence ao gibi do Cebolinha nº156 pela Editora Abril, começa focando em Antenor sendo que não pertence à uma edição do filho dele, detalhe até mais ou menos comum na época, mas vale ressaltar.

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    7. Sim, ficou despercebido pelos familiares, provavelmente estavam dormindo. A de Cebolinha 156 foi protagonizada pelo Seu Cebola junto com Seu Antenor sendo que não é de abertura, é boa também. Dessa época teve também Seu Cebola
      e Seu Antenor encontrando com Seu Juca, que trabalhava como motorista de ônibus. Seu Cebola teve muitas histórias solo nos gibis do Cebolinha.

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    8. Fiquei curioso, não lembro se já vi, quase certo que não conheço. Imagino que ao vê-los, os associou com os guris, deve ter dado aquela boa refletida de que talvez estivesse novamente com a cachola variando, enlouquecendo, correto? Do trio que de quando em quando o atazana, os aspectos físicos dos pais da Mônica em nada se assemelham com o da filha, Seu Juca ao vê-los e eventualmente como profissional (seja lá qual for sua profissão do momento) ter algum contato com eles logicamente desacompanhados dela e sem saber de quem são pai e mãe provavelmente não terá nenhuma sensação negativa em relação ao simpático casal, claro que depende muito também do rumo da conversa que poderiam ter.

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    9. O Seu Juca a princípio ficou desesperado pensando que os pais dos meninos eram eles que cresceram e viraram adultos de um dia para o outro. E mesmo assim fica louco pensando que os pais deles faziam arte. É bem divertida.

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    10. Em "A mente diabólica do Seu Juca-Cebola", ele varia, mas não é mais uma "variada na cuca" como de praxe, varia o comportamento em relação ao Cebolinha, não fica transtornado ao vê-lo e até lhe pede um favor, depois também vê Cascão que está entre os que depredam por engano os manequins dele, claro que fica transtornado com a destruição dos bonecos, porém, o prejuízo não desencadeia transtorno mental, termina longe da loucura como lojista, pequeno comerciante que atua no setor vestuário.
      Se tem alguém trabalhador na TM dos velhos tempos, esse alguém é Seu Juca, claro que não desmerecendo os pais do Chico Bento e da turma do Limoeiro, além de Astronauta, suas aventuras se devem à profissão que exerce, portanto, o que diferencia Seu Juca desses outros personagens trabalhadores é a experiêcia multifacetada, trabalhou em vários setores, deveria haver gibi institucional do Dia do Trabalho focado nele, seria protagonista da HQ de uma revistinha inteiramente dedicada a ele.

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    11. É, nessa história até que Sei Juca não se deu mal. Bem que podia ter tido revista institucional com Seu Juca no Dia do Trabalho, é o que mais representa, mas infelizmente não tem, perderam chance.

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    12. Ainda está em tempo, os institucionais são historicamente e naturalmente voltados para o politicamente correto, são gibis em que o recurso não extrapola os limites do razoável. Seu Juca merece, quem sabe se eu enviar uma cartinha para MSP sugerindo... Ah, não, claro! Às vezes esqueço que estamos no século XXI, quem sabe se eu enviar um e-mail... Alguém menos borra-botas que eu pode ler este comentário e tomar iniciativa, a ideia é minha, viu, gente? Além de digitalmente tímido, também evito a fadiga (dos meus dedos) pela mesma via, fiquem à vontade!

      "Mente diabólica" faz todo sentido, essa é a interpretação equivocada dos três em relação ao Seu Juca (Franjinha lança a pérola e Xaveco acha o máximo, só para constar), já "Seu Juca-Cebola" é que me soa vago, ou melhor, soa desconexo, os meninos veem Cebolinha como vítima de sequestro e Seu Juca como chefe de quadrilha, a fusão dos nomes não faz sentido sendo que na visão dos moleques ambos estão em lados opostos, em condições opostas.

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    13. Algum dia podem fazer institucional sobre trabalho com o Seu Juca, também não impede de dar sugestões a eles por e-mail ou mensagens em redes sociais. Se bem que Seu Juca não encaixa muito com lado educativo, melhor é a bagunça e ele ser perturbado pela turminha. "Mente diabólica" foi legal, de fato não fez sentido a fusão dos nomes.

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    14. O que diz, Marcos, é a chave da vasta e diversificada experiência dele no mercado de trabalho, ser frequentemente perturbado pela garotada é que promove atuação de Seu Juca em vários ofícios.
      Dos três atazanadores oficiais, Cebolinha e Mônica se destacam mais que Cascão, falo com base em todas as HQs antigas envolvendo Seu Juca que conheço, é mais a dupla do que o trio azucrinando a vida profissional dele, e dos dois, a impressão que tenho é que Cebolinha se destaca um pouco mais que Mônica.

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    15. Cebolinha se destacava mais que a Mônica, já tiveram histórias com o Cebolinha azucrinando sozinho. Já teve Mônica sozinha, mas isso bem nos primórdios antes até da reformulação dos traços dele. Já Cascão e Magali sozinhos não teve, sempre eram juntos com Mônica e cebolinha. Aliás, na Editora Abril, raramente Magali aparecia nas histórias do Seu Juca, até por não ser considerada ainda uma grande personagem.

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  3. Falou pouco e acertado, Fabiano, falou tudo! Deveriam reaprender a desenhar Turma da Mônica clássica, claramente um dos grandes motivos de Mauricio de Sousa ter obtido tamanho êxito.

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  4. O que faltou na última postagem de 2021 aqui está sobrando, percebe, caro Marcos?

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    1. Sim, página 2 repetida, já consertei o erro.

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    2. Traços muito bacanas esses do início dos anos 9o as letras grandes eram muito melhores ...que desespero do cascao foi dormir logo no barco

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    3. Eles tinham que voltar a desenhar os personagens a não....o resto até pode ser digital

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    4. Eu concordo sobre os desenhos! Aliás, essa questão de letras a mão tb, e tals, é té legal, mas entendo que seria precisosimo demais querer isso tb, mas os traços não tem jeito. Tinham que voltar ser a mão!!

      Aliás, Marcos, tem um traço da turma da Mônica que sou apaixonado! Ele começou a ser feito em meados dos anos 80 e o vi rm histórias até 2002 (talvez 2003, mas aí já não garanto). Algumas histórias com ele são "O maior mistério da Terra", aquela dos enfeites de Natal que vc postou com o Papa Capim! Tem tb uma HQ do Cascão bem sinistra de 98, onde não lembro bem o roteiro, mas só sei que no início as crianças estão contando uma história de terror, e depois o Cascão e seus pais vão para uma casa mal assombrada, aí acontecem várias coisas..aparecem uns monstros, a mãe do Cascão levita da cama, etc
      Enfim, o traço utilizado nessas HQs é em tantas outras tem um ar especial e diferenciado! É lindo demais! Vc tem alguma pista de quem fazia? Aliás, gosta dele?⁰

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    5. Obs: Agora que vi! Outro exemplo desse traço é na hq da última postagem do blog antes dessa! A hq de ano novo da Dona Morte!

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    6. Luan, sei que sua pergunta é para o prezado anfitrião, perdoe intromissão! O estilo que mencionas creio ser de Alvim Lacerda, um dos veteranos que contribuiu bastante para consagração da TM.

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    7. Zózimo, que isso! Não foi intromissão nenhuma! Obrigado pela informação! Essa cara era fera na MSP. Sempre ouvi falar dele, mas não sabia que esse era o seu traço. Como disse, até 2002/2003 ainda tem várias histórias com esse traço! Não sei ainda era nessa época ele, ou alguém com um estilo muito parecido, mas eram ótimo!!

      Esse traço junto dos traços do José Marco Nicolosi (se não me engano) eram o ls dois melhores da história da turma, na minha opinião! O do Nicolosi era aquele traço clássico do fim dos anos 70, onde os personagens estavam SUPER FOFOS (já era assim normalmente, mas as hqs dele eram ainda mais), super detalhados, com muito foco na movimentação, etc. Recentemente ele desenhou Cascão Porker, do clássicos do cinema, mesmo não sendo mais da MSP, se não me engano.

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    8. Traços assim eram incríveis. As letras digitais facilitam trabalhos deles, mas ainda preferia a mão, dão diferença no visual digital assim. Sobre o profissional dos traços mencionados nessas histórias, confirmando o que o Zózimo falou, foi o arte-finalista Alvin Lacerda. Uma excelente arte-final fazia a diferença.

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    9. Veja, Luan, não afirmei, pois certeza não tenho, suponho que seja de Alvim Lacerda o estilo que você destaca, e até também imagino que no início da década de 2000 possa ser outro desenhista com estilo parecido.
      "Nicolosi", bom saber, confesso que se li esse nome ou se ouvi falar não registrei na memória, mas certamente o estilo fofinho também contou com outros profissionais, pode ser que o nome que destacas tenha sido o mais atuante nesses traços.

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    10. Bom, se o caro Marcos está respaldando o que falei sobre Alvim Lacerda, aí é outra história, pois o nosso anfitrião é um exímio pesquisador de TM clássica dos velhos tempos. A princípio eu só deduzia que era o Lacerda o dono desses traços marcantes.

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    11. Esse nome ainda aparece mas histórias atuais acho. Deve ter se rendido ao digital..como as histórias são republicada em almamaques esse traxotraço ainda deve ter sido gosto depois dos anos 2000

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    12. Certamente que os veteranos que estão até hoje na MSP infelizmente se renderam ao digital, nadar contra maré é impossível, único modo de não se render é pedindo demissão. Sidão parece ser um sujeito de mente aberta, bem(-)resolvido quanto às terríveis mudanças, pelo menos é a impressão que transmite nas poucas matérias em que o vi dando as caras, no entanto, na frente das câmeras é uma coisa, natural que se queira sair bem nas fotos, vai saber o que realmente pensa a respeito.

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    13. Infelizmente se renderam ao digital, ficando um trabalho ruim até com os veteranos. Por isso não vê mais desenhos como antes mesmo sendo produzidos pelos mesmos profissionais de antes.

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    14. "Alvim" ou "Alvin"? Acho que é com "N", digitei errado.
      Marcos, quantos veteranos estão atuando na MSP? Refiro-me aos profissionais responsáveis pela edificação da Turma da Mônica em gibis, pois antes disso o forte da TM eram tiras veiculadas em jornais, pergunto sobre os feras que atuaram nos 1970 e nos 1980. Imagino que não chegam a dez, cinco talvez, só sei que Olga, Lacerda e Sidão resistem, estão lá.

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    15. Zózimo, o correto é Alvin Lacerda, como prova aqui em um post do Mauricio

      https://twitter.com/mauriciodesousa/status/1303039140909518850

      Sobre quantos profissionais estão lá ainda eu não sei, creio que sejam uns 10 contando todos setores como desenhistas, arte-finalistas, letristas, etc, mas pode ser um pouco mais. Quem ficou, adaptado ao conteúdo digital, infelizmente.

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    16. Até que tem o lado bom, se atualmente não tivesse sequer um profissional das antigas para servir de referência ao passado memorável seria bem pior. Gostaria muito de conhecer pessoalmente qualquer um desses veteranos ainda atuantes e também os não atuantes que estão vivos e gozam de boa saúde, não para ser fotografado junto a eles e dizer que os conheço, isso nada importa para mim, digo conhecê-los a ponto de trocar ideias, papear, prosear de vez em quando, pois se tratando de inúmeras curiosidades da MSP e TM antiga eles são arquivos vivos, a grande vantagem é que são relativamente desconhecidos, um reles mortal querer ter esse tipo de relacionamento com Mauricio de Sousa é utopia, pois se trata de celebridade, um cidadão constantemente assediado pelo grande público, já esses profissionais que contribuíram com o que tanto abordamos aqui passam batidos por muitos e certamente preferem o sossego dessa condição de não serem reconhecidos pelas pessoas a todo instante, embora também sejam reconhecidos por uma parcela do público que se liga no que eles representam, talvez até Rosana se estivesse viva e atuante poderia estar na mesma condição dos veteranos que ainda estão na ativa.

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    17. Seria bom papear com esses profissionais, sem dúvida. Mas alguns têm redes sociais e também há fotos deles procurando nomes deles no Google, no caso pra conhecer o rosto deles. E Rosana com certeza ainda estaria na MSP, só que as histórias não teriam o mesmo brilho de antes porque também teria que se adaptar ao politicamente correto, pode-se dizer que as histórias dela seriam menos piores do que as outras, mas igual a antes, sem chance.

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    18. Correto, Marcos! Citei suposição de Rosana viva e ativa na atual MSP para dizer que talvez não tivesse tanta projeção como é o caso dela na condição póstuma, por isso o "talvez", pois temos o exemplo de Emerson Abreu que se tornou amplamente conhecido sem carecer de partir desta para melhor, não sei se classificá-lo como celebridade é adequado ou exagero, Rosana poderia estar tão projetada quanto ele se ainda atuasse no(s) estúdio(s), ou ficaria dichavadinha entre seus colegas veteranos ainda atuantes que não dispõem de grandes projeções, todavia, são bem conhecidos pela parcela mais atenta do público que não representa maioria dele. Fica eterna dúvida de como seria em tal conjectura, amplamente ou mais ou menos conhecida do grande público. O que é certo afirmar é que sua infinita criatividade estaria tolhida pelo aplicação absurdamente excessiva do politicamente correto.

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    19. "(...)tolhida PELA aplicação(...)", mais uma distração, eita...

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    20. A Rosana tem uma história póstuma num gibi do cascao da panini..cascao Ramsés. E uma história longa que destoa das curtinhas da era Globo que ela dominava. Acho que ela se adaptaria bem com o o Paulo back Edison itaborary e Emerson...alias esse Edson e o rei da turminha atualmente..o povo veterano gosta mais dele que de Emerson

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    21. Uma coisa que mudou atualmente é que o humor vem mais dos diálogos e gags que de ações físicas como antigamente..mais antenados com os diálogos moderninhos atuais de internet etc...essa história do cascao se fosse um sonho poderia ser republicada..mao ser os um sofrimento real digamos

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    22. Zózimo, o Emerson ficou conhecido mesmo depois das redes sociais com início no Orkut e um blog que ele tinha, assim como os outros roteiristas. Antes ninguém sabia quem era eles, no máximo por nome de créditos finais nos gibis ao lado da tirinha. Então, teoricamente, se Rosana vivesse era atual também teria seus seguidores também. Já estilo de histórias, talvez seguiria o estilo do Emerson, ela gostava de fazer histórias grandes. De qualquer forma, tudo que é falado aqui são só suposições, a realidade de como seria a gente nunca vai saber.

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    23. Miguel, sempre tiveram histórias postumas dela na Editora Globo, em 1996 tiveram bastante histórias dela e teve boa frequência até final dos anos 1990 e ainda tiveram algumas nos anos 2000 como uma que a turminha vira insetos em Mônica 194 de 2002.

      Essa do Cascão Ramsés foi surpresa foi surpresa porque já tinha passado muito tempo da morte dela. Com mais de 35 páginas, pelo visto ficou arquivada por ser muito grande pra um gibi quinzenal do Cascão. Quem sabe, ela já deve ter criado histórias longas pensando que gibis quinzenais poderiam ter mais páginas, aí essas maiores saíram nos anos 2000. A da Mônica 7 de 2015 também foi história dela.

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    24. Miguel, verdade, hoje são muito diálogos e pouca ação, principalmente violência, que é proibida agora. Naturalmente diálogos a ver com a geração atual, só podia ter menos gírias, acho um excesso e que no futuro vão alterar essas histórias porque diálogos estão desatualizados e eles não querem coisas datadas nos almanaques. Bobagem, mas é a realidade deles.

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    25. Sim girias ficam velhas bem rápido acho bobagem isso de alterar o que ficou ultrapassado..os gibis são reflexo da moda do momento,como as pessoas pensaram na época..por exemplo se você pegar uma série antiga você vai ver muita homofobia,machismo talvez até racismo ..glamouricao de fumantes..era a mente da época e serve pra entender o que muitos ainda pensa
      Hoje....era engraçado ver a turminha indo salvar os amigos de bandidos armados..e ficção. O erro seria se mostrasse bandidos de forma positiva

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    26. Como os personagens quase não podem agir para não causarem traumas psicológicos nos hipersensíveis que são atualmente maioria, saída são constantes falatórios, temos que ver pelo lado positivo, ao menos as frenéticas salivações permitem que não acumulem teias nas línguas, e de quando em quando concedem aos personagens o direito de se movimentarem - lógico que devidamente monitorados - para que não criem raízes feito árvores. São estagnações assistidas, bem administradas.

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    27. Pois é, Miguel. Não deviam mudar gírias e comportamentos das publicações originais, tinham que deixar como foi. Mas querem fazer de conta que nos almanaques são histórias novas, aí adaptam tudo pra como se realmente fossem novas. Aí por isso essas histórias cheias de gírias vão ser alteradas no futuro.

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    28. Zózimo, é justamente isso de não agir pra não traumatizar. Mas também eles tem que ter cuidado com os que eles falam porque senão traumatiza da mesma forma. Então, fica bem complicado aturar esse povo.

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    29. Verdade, cercam por todos os lados, afinal, quando morrerem querem ir para o Céu, porém, com essa mentalidade, sem saberem flertam cada vez mais com o Diabo, viés "puritano" que está mesmo é comprometendo os futuros adultos, a conta virá salgada.

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  5. Verdade, ele ficou encurralado demais, se não fosse o coqueiro ele tinha molhado com chuva. Bons tempos da MSP.

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  6. Nunca mesmo, depois que encontraram a perfeição tinham que manter. Que ainda tivesse alguns novos, mas não abandonar de vez traços assim. Como hoje é tudo digital, perde vida nos desenhos.

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  7. Para nós aqui na Europa, Agosto é o meio do Verão mesmo. Então, para nós, esta história não ficou fora de época.

    Este gibi é um dos muitos que você mostra, Marcos, que eu também tinha.

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    1. É, pra quem mora na Europa ficou certo, aqui no Brasil que ficou diferente. Pena você não ter mais esse gibi, muito bom mesmo.

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    2. Mas o inverno no Brasil muitas vezes tem dias até mais quentes do que o verão europeu. Cabe no Brasil também

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    3. Sim, Gabriel, temperatura no Brasil sempre maior que na Europa. Tem invernos que são bem quentes assim como verão que tem muitos dias frios. Neste ano mesmo até agora o verão não deu cara, só dias nublados, com chuva, frio muitos dias, no máximo deu 30 graus e olhe lá. Saudade dos 40 graus.

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    4. Tenho saudade de calor não marcos..durmo mal e fico mais cansado...ninguem em casa gosta

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  8. Comecei o ano "bem",pois fiquei uns dias sumido daqui,ou melhor,meu PC ficou de molho.
    Tanto que não deu para dizer que eu tive/tenho aquele gibi do Cascão da capa dele tocando bateria improvisada de latas de lixo.

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    1. Pelo menos conseguiu resolver e o seu PC voltou a funcionar. Aquele gibi do Cascão é muito divertido, vale a pena, tomara que ainda tenha.

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  9. Pensei que no final fosse ser revelado que tudo não passou de um sonho do Cascão kkkkkkkk

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    1. Não seria ruim também, no caso sonho enquanto estava dormindo no barco e a turminha acordando pra ele voltar pra casa.

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    2. Acho que o Mauricio já falou que não gosta de histórias que tudo no final seja só um sonho. Ele disse que acha uma saída muito fácil.

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    3. Já vi isso e ai nas atuais não tem isso. Mas nas antigas tinham de vez em quando.

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    4. È bem cliche mesmo,achei bem interessante essa não ser.

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  10. A melhor parte foi "não sei não capitão, esse menino já devia estar aí há anos". Pela quantidade de sujeira, dá pra pensar mesmo kkkkk

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    1. Achei essa engraçada essa parte. Como ele não conhecia o Cascão, dava pra imaginar isso.

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  11. Outra coisa bastante incorreta é a Turminha e o Seu Cebola estarem no carro sem nem ao menos usar cinto de segurança. Também alterariam isso.

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    1. Sim, costumam mudar quando não tinha cinto de segurança no carro nas originais

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