sábado, 2 de outubro de 2021

Cebolinha: HQ "Um show de mágicas"


Compartilho uma história clássica que completa 40 anos agora em outubro, em que o Cebolinha era mágico e queria fazer um show, mas as coisas não saíram muito bem como ele esperava. Com 8 páginas, foi história de abertura de 'Cebolinha Nº 106' (Ed. Abril, 1981).

Capa de 'Cebolinha Nº 106' (Ed. Abril, 1981)

Começa com Cebolinha como mágico, fazendo vários truques e depois anuncia que vai fazer o seu assistente Cascão desaparecer. Com a capa, ele some, ficando debaixo do alçapão do palco, só que descobre-se que eles estavam apenas ensaiando sem plateia. Cebolinha vê que já estão preparados para receber o público e Cascão comenta que vai ser difícil convencer os amigos pães-duros a pagarem. 


Mônica aparece e Cebolinha diz que estava pensando nela. Mônica pensa que era mais um plano infalível e ele fala que é um proposta de ganhar um ingresso de graça se ela conseguir vender todos os outros ingressos. Mônica aceita, na condição de trocar o ingresso por uma entrada no cinema e Cebolinha topa.

Os meninos estão jogando bolinha de gude e Mônica vai lá vender as entradas do show de mágica. Zé Luís dá desculpa que não pode ir, Jeremias, que não gosta de mágicas e Xaveco, que não tem dinheiro. Mônica ameaça em dar soco neles se não comprarem e logo eles pagam, com Zé Luís falando que ela consegue convencer bem, Jeremias passa a gostar de mágica e Xaveco encontra dinheiro do nada. Com outros meninos, ela faz a mesma coisa de obrigar a comprarem com ameaça de surra com Franjinha comprando 2 entradas, pra ele e Bidu, e Humberto dando adeus ao seu dinheiro. Depois Mônica entrega o dinheiro de todas as entradas vendidas para o Cebolinha e ela vai ao cinema.


Com a plateia em frente ao palco antes do show, Zé Luís espera que o show seja bom mesmo e o Jeremias reclama que com o dinheiro gasto, podia ter comprado 2 sorvetes. Cebolinha acha uma emoção ter muita gente e começa o show. Tenta levitar um livro, mas Jeremias entrega o truque que era um fio amarrado no dedo e todos dão gargalhada. Cebolinha, então, faz mágica de tirar vários pombos da cartola. Não sai nenhum pombo e quando vai ver, Franjinha estava dando comida para eles.

Cebolinha avisa que vai apresentar o seu mais sensacional número. Xaveco debocha que é o número quatro e Jeremias que prefere o número oito. O truque era desaparecer o assistente Cascão. Jeremias fala que não vale tentar jogar água no Cascão. Cebolinha conta até 3 com a capa em suspense e quando tira, Cascão ainda estava lá e alega que a alavanca do alçapão emperrou.

A plateia dá sonora vaia, puxado pelo Jeremias, falam que são mágicos fajutos, querem dinheiro de volta e não consegue fazer ninguém desaparecer. Cebolinha diz que não vai devolver dinheiro e Cascão complementa que eles que azucrinaram com o show. Os meninos falam que eles vão devolver nem que seja na marra e ao cercarem Cebolinha e Cascão para partirem para a briga, eles desaparecem e todos ficam sem entender. Mostram 2 pontos indo para a biblioteca do bairro e lá eram Cebolinha e Cascão, que conseguiram desaparecer sem truque nenhum e ficam procurando nos livros uma forma de desfazer a mágica.

História excelente com Cebolinha querendo fazer apresentação de mágica e Cascão como assistente, mas como a plateia foi forçada a ir para não apanhar da Mônica, resolvem estragar as apresentações do Cebolinha e ser considerado mágico fajuto e conseguirem dinheiro de volta. No sufoco para não apanharem, termina Cebolinha fazendo mágica de verdade de desaparecer e ele com Cascão tentam uma forma de voltarem ao normal procurando em livros de mágicos. Na hora do desespero os personagens faziam coisas mais absurdas.

Foi divertido ver a Mônica obrigando os meninos irem ao show à força, se não pagassem, apanhavam. Na época ela era autoritária ao extremo e os outros tinham que fazer o que ela mandava. Veja bem, a Mônica mandou os outros comprarem as entradas, mas ela não queria assistir e foi ao cinema com o dinheiro de uma entrada, até ela sabia que o show não seria bom, mas os outros tinham que ir assistir mágica para ela poder ir ao cinema. Muito interesseira. A revolta dos meninos foi boa também, desvendando vários segredos de mágicos. O mais sacana de todos foi o Jeremias, quem liderou a azucrinação com o Cebolinha. 

Era legal quando qualquer personagem podia ser mágico nas histórias ou até ter um mágico adulto profissional. Desde que o Nimbus adotou característica de ser mágico, só ele que passou a ser o mágico oficial nas histórias, perdendo a graça. Tipo, se colocassem o Nimbus no lugar do Cebolinha não teria nem metade da diversão que foi, era muito melhor qualquer personagem ser mágico. As vezes era comum personagens sumirem ao longo da história quando tinham muitos reunidos, como aconteceu com figurantes e com o Bidu, que foram abordados pela Mônica, mas não apareceram depois assistindo show.

Traços muito bons da transição dos personagens pontiagudos dos anos 1970 com o que eles queria deixar consagrado ao longo dos anos 1980. Chama a atenção do Jeremias todo preto, é que quando ele foi criado em 1960 ele era preto porque não tinham recursos pra diferenciar personagens negros dos brancos nos gibis e nas tiras de jornais em preto e branco da época. Nos primeiros números da Mônica de 1970, já com gibis coloridos, ele era preto também, aí o personagem ficou sumido ao longo dos anos 1970 e quando voltou em 1981 foi do mesmo preto de antes. ficando assim até em março de 1982, quando resolveram colocar pele de cor marrom, ficando assim até hoje. Mudaram, provavelmente, porque o pessoal da época reclamou que era esculacho com os negros pintando tão preto assim, e em 1983 ainda sofreu outra mudança tirando círculo rosa em volta na boca e deixando uns lábios comuns, ficando assim até hoje. 

Impublicável hoje por mostrar Mônica autoritária obrigando outros a assistirem show que não querem na ameaça de surra, os meninos quererem estragar os truques agindo como vilões e fora que pombos são proibidos nas histórias hoje e ainda mais dando comida a eles porque são tratados como bichos sujos e o Jeremias estar pintado todo preto desse jeito iriam implicar demais. Foi republicada depois em 'Almanaque do Cebolinha Nº 5' (Ed. Globo, 1989) como história de miolo, já que geralmente histórias de abertura curtas originais eram republicadas no miolo em almanaques. Muito bom relembrar esse clássico há exatos 40 anos.

Capa de 'Almanaque do Cebolinha Nº 5' (Ed. Globo, 1989)

41 comentários:

  1. Sem o poder de persuasão da Mônica não haveria público, e a toque de caixa Cebolinha deixa de ser um mágico de araque, a necessidade faz o sapo pular.

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    1. Do jeito dela, a Mônica consegue o público para o Cebolinha. Do nada ele conseguiu virar um mágico de verdade, o que o desespero consegue fazer. Muito bom, eram ótimas histórias daquela época.

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    2. Gostaria de saber quem falou "Senhoritos, por favor!", o único que não é de jogar conversa fora é Humberto, seja quem for, tem razão, no público não há sequer um marido ou esposo, são todos distintos solteirões, e não sei onde Cebolinha vê senhoras, não sendo problema de vista, nem mediunidade e nem esquizofrenia, pode estar insinuando sobre as camisas de dois espectadores, uma rosa e o outro que por muito tempo usou vestidos amarelos alegando que eram camisões, como diz que o público é respeitável, prefiro acreditar que não faria algo assim com dois coagidos pagantes.

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    3. Não tinha menina lá, então no mínimo tinha que ter falado só senhores. Achei engraçado senhoritos por eles serem crianças solteiras. Não tem como saber quem falou isso, fica só na imaginação, aí pra mim foi o Jeremias por estar mais perto do palco e liderando as provocações com o Cebolinha. Outro com chance de ter falado seria o Zé Luís. Só descartamos completamente o Humberto por motivos óbvios.

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    4. Como está muito prosa deve ser mesmo Jeremias o autor da pérola, e tem toda razão, meninos são senhoritos por excelência, maridos crianças não existem, pelo menos não a partir do século XX.
      Boina ou boné está marrom, não lembro de ter visto em outras HQs da fase nanquim, nesta condição harmoniza melhor que o vermelho, contraste mais sutil, a ponto da maioria não perceber a mudança.

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    5. Tudo indica ser o Jeremias mesmo o autor. A boina ficou um meio termo de vermelho e marrom, talvez foi erro de colorização, mas ficou bem parecido com o tom de vermelho que colocavam.

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    6. Com o personagem nesta forma, extinta pele à base de nanquim com boina marrom caiu bem, vermelho é naturalmente vibrante e também combina com as duas cores dérmicas dele, pele marrom e boina da mesma cor é que não dá, mesmo em tons distintos não haveria contraste.
      Ainda nas cores que estão sobre cabeças, perceba que a faixa vermelha sobre o branco do brilho da cartola não conta com traços originais, eles se dão com as cores, o que desenhista faz é traçar linhas formando tipo um "T" invertido, como as laterais da aba são arrebitadas o que mais se vê são "Ls" voltados para ambos os lados, indicando onde tem brilho, onde não e onde é faixa. Cheguei à conclusão que coloristas são leitores das artes, eles que leem os desenhos e por vezes atenuam erros alheios e também os eliminam quando possível, por outro lado, possuem a involuntária capacidade de relativamente depreciar trabalhos dos colegas desenhistas quando colorem distraidamente. O que abordo sobre a cartola nada tem a ver com erros de ambas as partes ou de uma delas, muito pelo contrário, fizeram tudo certo em relação ao acabamento do que o mágico usa na cabeça, e que por um passe de mágica se ausenta no último quadrinho da antepenúltima página, não é erro se considerarmos que se trata de um acessório mágico.

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    7. Também não considero erro nesse caso e coloristas sempre procuram deixar harmonia melhor como foi com o brilho da cartola aí.

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    8. Sim, Marcos, e perceba que apenas na arte da capa é que o traço que delimita brilho e faixa é feito por desenhista ou arte-finalista e não por colorista.
      Quanto ao súbito e brevíssimo sumiço do acessório, normal que ninguém perceba, Cascão está de olhos fechados e o público focado apenas em esculhambar com o espetáculo em reciprocidade à coerção sofrida pela bilheteria, ressentimentos cegam, normal que não percebam um detalhe assim, mas, é neste quadrinho que Cebolinha dá uma palinha mostrando a que veio, sutil demonstração seguida por um terceiro fiasco e pela consagração do "gran finale". O que não faz sentido é pelejarem na biblioteca já que reaparece do nada com a cartola, esqueceu que aprendeu a desfazer feitiços.

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    9. Mas eles ficaram invisíveis na hora da briga, aí foram na biblioteca pra procurar livro que desfaça a mágica.

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    10. Sim, mas considerando o feito que está no último quadro da antepenúltima página, provavelmente é visto como erro, para mim é habilidade mágica, se consegue retornar com a cartola aos olhos dos personagens e aos olhos dos leitores, deveria repetir o processo neles e não ficarem assombrando os céticos nerds da biblioteca, percebe?

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    11. Marcos, parece que não se deu conta da ausência da cartola no último quadrinho da antepenúltima página, e minha rebuscada jocosidade quanto ao erro em vez de trazer luz à sua percepção acabou por embaralhá-la, a culpa é minha. Erro que não podemos chamar de pequeno, acho até uma baita distração, no entanto, não tira o inoxidável brilho desta trama.

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    12. De fato não desenharam cartola naquele quadrinho, aí não me liguei que vc se referia a isso, até porque depois voltou a cartola normal até a última aparição deles enquanto estavam visíveis.

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    13. Às vezes imagino que erros como este são devido às pausas, desconcentrações por interrupções, ir ao banheiro, beber água, pegar objetos em outras mesas, em outras seções ou repartições.

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  2. Boa hq... e tenho o almanaque na coleção!! ;)

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    1. Legal! Almanaque muito bom também, vale a pena ter, só clássicos.

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  3. Impublicável por isso,impublicável por aquilo...gente,como ficam as mentes dos roteiristas quando precisam criar HQs e esbarram em infinitas restrições?

    Sobre Jeremias,já falei mais de uma vez e o próprio Marcos explicou.Mas pera aí!Jeremias era pintado de nanquim,mas Pelezinho não?

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    1. Muitas limitações para os roteiristas, devem custar a elaborar as histórias novas e infelizmente maioria tudo didáticas e passando boa mensagem.

      Acho que o Jeremias era pintado de preto pra parecer como era nas tiras dos anos 1960 e início dos anos 1970. Como ele tava sumido há quase 10 anos até então, aí pintavam de preto pra lembrarem que era o mesmo personagem antigo. O Pelezinho era pintado de marrom, porém nos anos 1970 era um marrom bem escuro, quase preto, só depois clarearam o tom de marrom.

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    2. Por isso que eu ainda aprecio o Emmerson Abreu. Eu odeio as caretas exageradas, odeio os roteiros mais do mesmo e fantasiosos demais dele, porém as vezes eu paro pra pensar, e atualmente ele é o ÚNICO roteirista da MSP, que dentro do seu exagero, ainda preserva traços de personalidade antigos dos personagens, como Mônica super forçuda, Cebolinha mais atazanador etc!

      Os demais roteiristas não conseguem fazer uma história sem mudar características consolidada de personagem ou dar lição de moral (esse mês por exemplo Zum e Bum apareceram em uma hq dizendo que tinham largado o crime e agora eram vendedores).

      Enfim, reitero que odeio as caretas, expressões repetitivas das histórias deles ("Corram para as colinas", por exemplo), o exagero, as histórias sempre com o mesmo enredo, etc.. Maaas ele é a única peça do roteiro da MP que ainda preserva um pouco do que a turma era, e quase nunca com lição de moral no final. Espero que ele fique lá ainda um bom tempo.

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    3. Zum e Bum foram realocados, o crime não compensa, o que compensa são HQs em que nem sonhavam tomar tenência.

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    4. Luan, não que os personagens mantém as características nas histórias do Emerson, eles só ficam mais sarcásticos do que com outros roteiristas e assim ficam mais diferentes do que outras histórias. Se destaca mais nas gags que falam. Ainda assim as histórias dele estão sofrendo censura também, não pode ter mais violência e era o que tinha bastante nas histórias dele e não tem mais tipo Mônica batendo nos meninos, personagens apanhando agressivamente com pauladas, guarda-chuvadas, etc, além de bullying que ele gostava também de colocar em suas histórias.

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    5. Zózimo, Zum e Bum colocaram em história recente, mas sem serem considerados bandidos, coisa bem fraquinha, aí nem vale a pena voltar com personagens antigos assim.

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    6. A dupla de irmãos gêmeos pré-históricos tem como característica principal a cultura de fora-da-lei, sem isso, muito melhor o limbo do que a regeneração. Capitão Feio deve ter enveredado pelo mesmo caminho, ou não? O grande vilão da Turma da Mônica merece a dignidade límbica.

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    7. Concordo. Se não pode ter ladrões hoje que fiquem no limbo então, melhor que regenerar, perde completamente a essência. Capitão Feio tá no mesmo caminho, de histórias recentes que vi folheando nas bancas estão focadas com ele e monstrinhos de lama com reciclagem lixo que estão no esgoto, monstrinhos varrendo e tirando lixo do esgoto, bem didático mesmo, e o Capitão Feio sem planos de sujar o mundo, no máximo querer dominar o mundo, ser rei, sem intenção de sujar. Um saco assim.

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    8. Difícil imaginar Capitão Feio querendo dominar a Terra sem sujá-la, o poder que possui deriva da sujeira, do lixo. O limbo preserva a dignidade de cada personagem, descaracterizações são como apunhaladas para leitores e também para profissionais que presenciaram e contribuíram para a fase de ouro das criações de Mauricio de Sousa, mas, se não se ajusta à nova ordem, risco de falência é muito alto.

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    9. Descaracteriza demais isso. Capitão Feio sem planos pra sujar o mundo não é ele, perde toda a graça do personagem. Seria melhor ir para o limbo do esquecimento do que mudar tão radical.

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  4. Marcos,já conversamos sobre a Cica,uma antiga patrocinadora da TM,uma marca marcante,mas que fechou as portas,junto com outras marcas tradicionais.

    Pois não é que,no outro dia,vi no supermercado,o Pomodoro,e da Cica?Até comprei!Tinha falado que ainda existia o extrato de tomate Elefante,com Jotalhão e tudo,mas que não era mais da Cica,mas a Cica ressucitou-se!

    Aliás,ressucitaram a Yopa também,a Mirabel,o Tivoli Parque,o detergente ODD...tudo que era referencial de marca boa estão sendo trazidas de volta!Então nem vou me espantar se eu ver a Kolynos por aí!

    Ah,e falando nisso,sabia que o Guaraná Taí nunca acabou?Continuou existindo,só que com seu mercado reduzido,até já passou por mudanças de adaptações no rótulo.

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    1. É, Julio Cesar, escrever para a TM clássica hoje em dia certamente é um calvário, a patrulha é ostensiva, e a caretice está em outras categorias também, acredito que os mais sagazes não criam raízes na MSP.
      Também já vi recentemente alguns produtos da marca Cica, certamente a empresa continua não existindo, o nome deve pertencer à alguma gigante como Bunge, Unilever, Cargill.
      Mirabel, picolés e sorvetes Yopa, refrigerante Taí e detergente ODD são clássicos. Outro refrigerante clássico é o Guaraná Brahma, refiro-me antes da reformulação que o produto sofreu para tentar se equiparar ao Guaraná Antarctica, falo dos tempos em que as garrafas eram marrons e onduladas, haviam dois modelos e dois logos dentro do mesmo padrão, depois se tornaram verdes, formato e logo completamente diferentes da fase que realmente marcou época.

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    2. O extrato de tomate Elefante é fabricado agora pela Cargill. Muitas dessas empresas antigas foram compradas por outras, aí como eram marcas fortes conhecidas, algumas voltam a colocar os nomes antigos em destaque pra venderem mais. Kolynos virou Sorriso, aí basta eles quererem voltar com o nome antigo pra venderem mais, aí vderia questão de tempo, por isso não descarto volta do nome antigo Kolynos um dia. Já o guaraná Taí nunca vi vendendo.

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    3. Hoje é proibição de temas,amanhã será a exigência de pautas,vai vendo!

      Pouco tempo antes de sucumbir a AmBev,o guaraná Brahma estava bem ruinzinho.O Taí só vende no interiorzão,consumi um numa cidadezinha de Minas onde,até há pouco tempo,um bar ostentava uma placa antiga de informe "Beba Fanta Limão".

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    4. Lembro bem desse refrigerante, juntamente com o sabor uva eram as Fantas que eu apreciava, detestava a de laranja e curtia a concorrente Sukita. O sabor cedeu espaço para Sprite que foi um estrondoso lançamento, Fanta ficou amplamente conhecida com dois sabores, sendo laranja a cara da submarca, interessante um produto puxar o tapete de outro dentro da mesma marca, harmoniosa concorrência interna. Se tratando de guaranás, em nível nacional a Coca-Cola perdia de goleada para Antarctica e até para Brahma, Taí era o terceirão e no regionalismo certamente ocupou posições bem mais abaixo, os refrigerantes em garrafas modelo cerveja foram extremamente populares e o segmento sempre foi liderado pelo sabor guaraná.
      Outro frenesi foi a chegada de Bubbaloo. Quanto lixo alimentício culturalmente importante.

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    5. Júlio César, o Guaraná Taí ainda é fabricado aqui em Minas Gerais, mas somente em garrafas Pet de 2 litros. Os de garrafas de vidro sairam de circulação há tempos, já que a fabricante (a Cola-Cola) substituiu pelo Guaraná Kuat. Em relação ao Guaraná Brahma, concordo com o Zózimo: era muito bom, aquele da garrafa marrom, podia tanto voltar a ser produzido! Realmente, o "novo" Guaraná Brahma, lançado em 1995, era bem inferior, não tinha a menor graça.

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    6. Ironia do destino,o Taí virou "tubaína".
      Sim,vivi a época dos refris em garrafas de cerveja,como os guaranás Tobi e Pakera.

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    7. Inclusive, Julio Cesar, o termo "tubaína" como sinônimo de refrigereco deriva de uma marca de refrigerantes de peso dentro do cenário regionalista chamada Itubaína, não sei se é o nome da empresa ou se é marca de fantasia - quando CNPJ não está vinculado à palavra, pelo menos não diretamente. Pelo nome só pode ser original da cidade de Itu.
      Tobi e Pakera também são clássicos inesquecíveis, não tenho certeza, parece que Tobi pertencia à empresa que fabricava Grapette e Crush, refiro-me durante as décadas de 1990 e 2000, estando mais para abrangência nacional do que um peso-pesado regional. Creio que até Gini Cola esteve sob o mesmo guarda-chuva, sei lá, posso estar redondamente equivocado. A Gini talvez pertencesse à trupe que antigamente incluía 7up (ou 7Up, não sei se requer maiúscula), Mirinda e os diversos sabores ou combinações do Guaraná Kas, aí só pesquisando para ter certeza.

      Sim, Ricardo, mudança que também considero ter sido para pior. A Brahma "achampanhou" seu refrigerante de guaraná para tentar equipará-lo com o clássico Guaraná Champagne, o da Antarctica, mudança de sabor e de visual que não caiu nas graças do público.

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  5. Adquiri recentemente esse gibi do Cebolinha número 106 da Editora Abril em perfeito estado de conservação. O gibi é muito bom,com otimas histórias e mostra a melhora/ evolução gradativa dos traços, que ficaram ainda melhores nos anos seguintes, principalmente a partir de 1984, aproximadamente.

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    1. Esse gibi é bom sim. Já estavam começando estilo de traços com transição do que queriam ficar. Eu gostei que essas mudanças foram feita ao pouco e não de uma vez que aí teria um impacto grande e os leitores mais antigos podiam não gostar de mudança brusca.

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  6. Legal essas histórias com mágicos dos anos 70 e 80 ..qualquer loucura era válida sem explicação razoável. O personagem preto com a boc Rosa lembro do Pelezinho porém nunca foi preto assim

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    1. Tinha de tudo nas histórias da Editora Abril, eram muitos absurdos sem explicação, acontecia e pronto, essas eram mais engraçadas. O Pelezinho nunca foi totalmente preto, mas as vezes era pintado com um marrom bem escuro, bem próximo ao preto, principalmente nas primeiras edições.

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  7. Pra quem lembra do tempo em que existia o iogurte de bandeja da Turma da Mônica, como parte da propaganda, uma história de uma página foi feita, mostrando a Mônica como Mágica e num virar de capa, fez uma bandeja do iogurte sumir...somente pra aparecer na pança da Magali. Esta propaganda teve como base esta história do Cebolinha como mágico.

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    1. Eu lembro dessa propaganda, só não sei se foi baseada nesta história do Cebolinha, apesar da Mônica fazendo espetáculo de mágica com seus amigos como público.

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