Capa de 'Magali Nº 60' (Ed. Globo, 1991) |
Magali diz que até lá não vai aguentar e já vai ter morrido e, assim, vai a rua pra ver se consegue comer. Ela vai a casa da Mônica, diz que foi para tomar café e quando a mesa vazia também e Mônica diz que estão fazendo dieta da Lua e só tem chá. Magali corre até à despensa da casa da Mônica para pegar biscoito e Dona Luísa diz que está vazia e que combinou de ir com a mãe dela juntas fazer compras.
Na rua, Magali comenta que está em situação difícil. sem comida, sem mesada e já passou da hora de filar café na casa de alguém. Em seguida, ela acha uma nota de quinhentos cruzeiros perdida e vai comprar 3 sorvetes, mas o sorveteiro fala que não tem e está indo para a fábrica para abastecer o carrinho. Aí, ela pede 2 cachorros-quentes, e o vendedor diz que só se for sem pão e sem salsicha porque é cedo e ainda vai comprar.
Enquanto vai à lanchonete, ela vê uma senhora procurando dinheiro que perdeu e era tudo que tinha pra comprar comida e então Magali devolve com pena. Em seguida, vê o Dudu com sanduíche na mão. Ela pede desesperadamente para dar o sanduíche e quando vai entregar, Dudu tropeça na lama e mais uma vez ela fica sem comida e chora.
Magali vê Mônica e Denise com um bolo na mão. Desesperada de fome, come todo só com uma dentada. Denise fala que era bolo de lama e aí só resta Magali cuspir o que ainda restava na boca. Magali começa a passar mal de fome, fica rosa, roxa e verde e desmaia. Mônica e Denise carregam Magali até a casa dela e Dona Lili diz que fez as compras e deixa a filha desmaiada na cama enquanto prepara o almoço.
Depois de pronto, Magali acorda com o cheiro e nem acredita que viu comida. Ela come tudo de uma vez só e pede mais. Depois pede repetir mais 4 vezes, deixando a mãe cansada de ir e voltar da cozinha para o quarto até que Magali fica satisfeita. Dona Lili acha ótimo porque a despensa já ficou vazia de novo depois da comilança da filha. Ou seja, para sustentar a Magali, ela tem que ir no supermercado todos os dias e sempre comprando comida suficiente para um batalhão.
História legal com Magali passando sufoco sem conseguir comer desde que acordou porque a despensa de casa estava vazia. Só um chá no café-da-manhã não dava nem para o começo com a fome dela. Passou por vários imprevistos como despensa da casa da Mônica estar vazia, sorveteiro e vendedor de cachorro-quente não terem nada pra vender, Dudu escorregar com sanduíche na lama, entre outros, até conseguir comer só no almoço, só que aí toda a comida da casa para compensar o tempo que ficou sem comer.
Mostrou a verdadeira Magali obcecada por comida e capaz de tudo, com vários absurdos, para conseguir comer. Costumavam fazer histórias da Magali com dificuldade de conseguir comida, sendo que na maioria das vezes era pretexto para ela ir na casa dos amigos filar boia. Dessa vez, colocaram outras situações que podiam acontecer.
Foi divertido ver a Magali indo na casa da Mônica na cara-de-pau para tentar tomar café-da-manhã e a falta de educação de ir na despensa pegar biscoito antes da Dona Luísa permitir, se dar mal em nem os vendedores terem o que vender os carrinhos e sanduíche do Dudu cair na lama, Magali desmaiar de fome, precisando as amigas levarem para casa dela, além dos absurdos de comer bolo de lama e a comilança sem parar no final. Tudo muito engraçado.
Ainda bem que ela não conseguiu comprar sorvete e cachorro-quente senão a senhora com o filho iam ficar sem comida, foi bom pra mostrar e refletir que existem gente pobre com fome no mundo, mas sem deixar piegas. Considerando que a revista custou 300 Cruzeiros, a mulher não conseguiria praticamente nada no mercado. Como a inflação era alta, todos os dias subiam os preços, aí pelo visto não deu para corrigir valores em relação a quando foi roteirizada e também a tempo de fechar o gibi ir às bancas.
Incorreta por ter esse absurdos da fome da Magali que não mais mostradas dessa forma, já chega a ser raro mostrá-la comendo alguma coisa e muito menos com exagero e absurdos como comer bolo de lama, por exemplo. Os traços excelentes assim, gostava muito. A Denise aparecia em cada história com um visual diferente e então dessa vez apareceu loira com chiquinhas, bem estilo como a Xuxa. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.
História supimpa! Se tomasse o chá da família da Mônica não ficaria em jejum por boa parte da manhã.
ResponderExcluirAo atender Magali a soleira da porta some, e é uma soleirazinha bem alta, não é à toa que tem autonomia, é destacável e pelo jeito foi cedida a contragosto dela pelo Bidu, cansou de ser pisada e preferiu voltar para o núcleo de onde as coisas são conscientes e não precisam de bocas para falarem, fez certo, suportar o peso da Mônica... Já a lama com a pedra não estarem visíveis ao introduzir Dudu, há justificativa de que estão abaixo da linha do quadro, e emergem devido a um sutil movimento de foco, dá para considerar de que não se trata de erro.
Muito boa. Para Magali chá não sacia, ela podia tomar a garrafa toda e ia querer mais, fora ela querer mais alguma coisa mais sólida pra mastigar. Não sei se tratavam as pedras no bairro como a mesma Dona pedra do Bidu. Não foi localizada a lama antes do Dudu cair de propósito pra imaginar que finalmente a Magali ia comer naquela hora até acontecer o imprevisto.
ExcluirConcordo! Pedra e lama são parceiras engajadas em esticar o jejum da esfomeada, e não surgirem concomitante à entrada de Dudu em cena não é erro, é mesmo para dar um ar de "até que enfim", "finalmente", "agora vai".
ExcluirQuanto à soleira, não tem escapatória, o chão da casa da Mônica fica ao rés do gramado, distração mesmo!
Seria muito batuta uma história das antigas com os pais mandando a real dizendo à ela: "É, Magali! Mais fácil sustentar burro a pão de ló...", conheço uma do tipo, porém, não contém esta pérola de frase popular.
A soleira foi deslize mesmo. O pais podiam dar mais em cima dela com certeza.
ExcluirA capa pac man super bonita com a Magali. Os primeiros gibis da Globo Dela eram os melhores. .A fome era sobre humana parecia que ela ia morrer se não comece...lembro de uma que não é sobre comida mas um espelho que come a vaidade dela. .muito legal
ResponderExcluirMuito boa essa capa, uma das mais criativas dela. Era fora de normal a fome da Magali, com certeza ela pensava que ia morrer se não comesse por um instante.
Excluirolá, vc saberia informar que história é essa? https://i.imgur.com/O9rEnjK.jpg
ResponderExcluirDesculpe a intromissão, X! Fiquei curioso e averiguei. Bugu apoiado sobre quatro patas é característico dos 1970, também gostaria de saber qual história é essa, os conteúdos dos balões parecem originais, não aparentam algum tipo de alteração, na verdade, "transar" vai além do sentido sexual, Bugu provavelmente está usando gíria da época.
ExcluirNão conheço ou não lembro dessa. É dos anos 1970, mas não sei qual edição. E está parecendo que é alteração de texto, podia ser "você vai gostar de falar com eles" ou algo do tipo. Por mais liberais que eram na época, acho que não iam colocar algo assim de cunho sexual em revista infantil
ExcluirSinceridade, pessoal, considerando a idade da HQ não me surpreende nem um pouco o que Bugu diz nesse quadro. Pode ser sórdida alteração? Pode! Avento possibilidade de não ser, verbo transar é muito amplo, com a intelectofobia ficou popularmente restrito ao conceito de ato sexual. Na década de 1970 e anteriores popularmente falava-se:
ExcluirEle não transa (curte) jazz.
Estão transando (negociando) um cargo melhor para você.
Transando (traficando) drogas.
Transando (trocando) figurinhas.
Transar (movimentar, fluir) dinheiro.
Verbo era superpopular em outros sentidos.
Zózimo, olhando por esse lado tem possibilidade. Como é quadrinho solto, aí só pode pensar bobeira e olhando a história toda teria contexto completamente diferente. Só lendo a história pra confirmar, mas a chance da palavra ter interpretação de ato sexual é mínima, as outras, sim, dão.
ExcluirE existe,no RJ,uma empresa de ônibus chamada Transa,fundada nos anos 1970.Primeiro ela se estabeleceu na Baixada Fluminense,na época de transição da fusão da Guanabara;depois foi extinta e refundada em Três Rios,onde até hoje se encontra.
ExcluirEm décadas passadas,pode ser que o povo não estranhasse seu nome,mas hoje,com mentes mais poluídas e limitadas que antes,quem é de fora deve estranhar,se bem que o atual logotipo dela,a fonte das letras dele não deixa muito na cara o nome,que deve passar despercebido para quem vê seus veículos passando,como numa linha que vai a um lugar na divisa com MG e passa na BR 040.
Veja que na década de 1980 se falava muito isso em relação à moda, vestuário, calçados, comportamento, sempre voltado à juventude, talvez você se lembre, exemplos:
ExcluirCores transadas, galera transada, roupa transada, super transado(a) ou supertransado(a), se referindo ao que é descolado, desencanado, maneiro, da hora.
Atualmente não sei, a MTV foi durante muito tempo uma emissora transada. Tina foi criada com esse objetivo, personagem transada, referência de moda jovem, nos velhos tempos o núcleo dela cumpre muito bem esse papel, não acompanho nada atual da TM clássica, pode ser que dentro do que a censura permite o núcleo ainda exerça função de transado. Enfim, palavras, termos, conjugações, o verbo é repleto.
Embora o recorte de Bugu e Bidu tenha objetivo de conotação sexual, tentando polemizar ou simplesmente viés cômico, acho muito válido, é bom que de quando em quando façam algo do tipo com TM, Lulu&Bolinha, Disney, Chaves&Chapolin, etc, o mesmo com a categoria de DC, Vertigo, Marvel, etc, inevitavelmente viram objetos de pesquisas, curto também as alterações, mas prefiro zoações com materiais inalterados.
Não deve ter tido alteração na cena do Bidu com Bugu, provavelmente transar ali seja no sentido de negociar e longe de ser ato sexual. O que é certo que é uma palavra proibida nos gibis seja qual sentido eles quiserem.
ExcluirAcho que o termo "transado" ou "transadinho" é dito numa fala no gibi especial "Os Doze trabalhos da Mônica",de 1991,numa cena da dentuça com a amazonas,lideradas pela Tina.O objeto da transação é um cinto da Mônica,que parece uma corda.
ExcluirEssa edição é um clássico, lembro que foi divulgada em comercial de TV, nunca tive, conheço parcialmente o conteúdo, contatos superficiais que tive inicialmente foram através de sebos. A HQ encontra-se no YouTube, confesso que nunca tive interesse em lê-la completamente. Acho que é o primeiro gibi da MSP em formato americano ou que se aproxima disso, edições graúdas da TM que chegaram antes dessa são almanacões com republicações. Sem dúvida é de certa forma uma trama didática, abordando uma grande mitologia da (A)antiguidade através de uma paródia "transada".
ExcluirJulio Cesar, só vendo aqui esse especial, acho que falou, sim. Se bem que transado como adjetivo sai menos poluído do que transar como verbo.
ExcluirZózimo, "Os Doze trabalhos da Mônica" foi legal, curti bastante essa. Durante a história tem várias coisas incorretas do jeito que gostavam. E de fato foi a primeira revista em formato americano com inédita até então. Mostrei um pouco sobre essa edição aqui:
Excluirhttps://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2013/06/os-doze-trabalhos-da-monica.html
Bem observado, Marcos! Essa faceta da expressão relacionada à moda jovem e comportamento da juventude de fato não exerce função verbal, como adjetivo soa sem conotação, sem duplo sentido.
ExcluirJá conheço sua postagem a respeito da memorável "Herculônica" ou "Monércules", muito legal!
Julio Cesar está com boa memória. A amazona Ceres diz que o cinto que foi da Mônica ficou "supertransadinho" em (Tina) Hipólita.
Por isso o quadrinho solto do Bugu fica mais polêmico do que se fosse quadrinho solto dessa fala da Tina. que ia ser bem normal. Ainda acho que com Bugu o sentido que ele quis dizer é negociar.
ExcluirTambém acho, ainda mais sendo proferido por Bugu que sempre almeja o lugar do cãozinho azul ou dividir de igual para igual os holofotes com ele, é o que dá mesmo para supor.
ExcluirEsse quadrinho é da HQ do Bidu "Tô contigo e não abro" de Mônica n.99 de julho de 1978, pg.3. Não teve alteração, na época era uma gíria pra conversar, curtir, fazer qualquer coisa, etc.
Excluir"Suspeitei desde o princípio!"
ExcluirValeu, Resiak74, você é o cara!
De certa maneira os 1970 eram bem mais prafrentex que atualmente.
Acabei dando uma certa sorte nessa rsrsrs. Mas tenho um quadrinho avulso que gostaria de descobrir a HQ de origem. Qualquer hora lanço aqui, nao tem nada de polêmico, é o Cascao e o Cebolinha com um livro de hipnose, a única pista que tenho é de ser de 1983 para trás.
ExcluirLegal resiak74, eu nunca ia saber essa já que não tenho a Mônica 99 e nem republicação dessa história. Na época era gíria mesmo e normal, só fica estranho hoje como quadrinho solto. Depois mostra essa do Cebolinha, quem sabe alguém saiba.
ExcluirGente, conheço "Plano hipnótico", não sei à qual edição pertence, é HQ do Cebolinha que está com um livro roxo e tem as participações de Cascão, Mônica, Zé Luís, Titi e Franjinha, traços remetem à primeira metade da década de 1980.
ExcluirHá uma da Mônica que está mais para HQ do Cebolinha ou da turma, chama-se "Hipnose I", hipnoses se dão através de relógio de bolso, também não sei de qual edição é, tenho quase certeza de que já tive o gibi com essa HQ que só pode ser da Editora Globo.
"Plano Hipnótico" é de Cebolinha 136 de 1984. Muito legal essa história. Mas pra saber a real história dentre dessas só vendo a imagem pra confirmar.
ExcluirColoquei o quadrinho aqui https://imgur.com/a/J4TKnCE
ExcluirResiak74, não sei qual a edição, tem cara de anos 1970, por volta de 1978, 1979.
ExcluirPosso até conhecer a história, através da imagem não faço ideia, e só pode ser mesmo do final da década de 1970, pelas expressões parece que Cebolinha duvida da capacidade hipnótica de Cascão que é quem está com o livro, impressão meramente superficial, o quadrinho pode representar algo completamente diferente do que a princípio suponho.
ExcluirValeu, pessoal! Vou focar primeiro no Cebolinha desses anos, o duro é que as revistas da Abril estao bem caras na internet e muitos sebos que vendiam revistas fecharam.
ExcluirSim, essas revistas da Abril na internet costumam ser uns 15, 20 Reais, bem caros mesmo, tem que ter muita sorte.
ExcluirTenho ou tive esse número da Magali,dessa capa extremamente criativa da "pac-girl",e lembro muito bem dessa HQ de abertura.Cofesso que quando bati o olho no primeiro quadro(quadrão),sem ler o título,pensei se tratar de "O Planeta Tit-Bit Split",de abertura de outro número e de roteiro extremamente criativo.Ah,os anos 90!
ResponderExcluirCriativa demais essa capa e muito boa essa história. Quanto a história "O Planeta Tit-Bit Split" é perto dessa, só que já era 1992. Muito boa essa também e de fato começa com ela acordando na cama nas 2.
ExcluirEsta história é mais uma prova de que, para sustentar a Magali, é preciso ser milionário. Já conhecia essa capa, genial a comparação da Magali ao "come come", famoso Pac Man dos jogos de vídeo game. Ótima sacada, uma briga forte pra saber qual devora mais coisas. Poderia ter uma versão desse jogo com a Magali.
ResponderExcluirCom certeza, os pais são muito ricos pra sustentá-la. Capa foi legal demais, perderam a chance de fazer um jogo de come come com a Magali, na época até tinha videogame e minigame recém lançados, davam pra ter um da Magali assim.
ExcluirMagali no início dos anos 90 era minha época preferida dela bem absurdas e divertidas as histórias..hoje as crianças tão bem mais comuns ainda que sejam atualizadas usem gírias atuais o absurdo faz muita falta
ResponderExcluirOs absurdos principalmente em relação as características dos personagens eram muito bons, pena que tiraram.
ExcluirAcho que eles t medo de ser visto cono mau exemplo monica brigona , cascao sujo..problemas do que e destinado a criancas..
ExcluirÉ exatamente isso, não querem dar mau exemplo, por isso tiraram várias coisas
Excluiradoro a magali!
ResponderExcluirEu também. Ela é muito divertida.
ExcluirEssa foi a segunda edição da magali com o logotipo desproporcional
ResponderExcluirExato, a primeira foi a N° 39 e já tinham colocado logotipo assim nos 3 primeiros almanaques dela. Pelo menos era só de vez em quando assim até aquele momento.
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