quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Mônica: HQ "O aparelho"


Em setembro de 1991, há exatos 30 anos, era lançada a história "O aparelho" em que a Mônica sofre com Cebolinha e Cascão ao descobrirem que ela está usando aparelho dentário. Com 13 páginas foi publicada em 'Mônica Nº 57' (Ed. Globo, 1991).

Capa de 'Mônica Nº 57' (Ed. Globo, 1991)

Nela, Magali encontra a Mônica, pergunta se está tudo bem, sendo que ela responde tampando a boca com a mão. Magali pensa que Mônica está escondendo alguma comida na boca e manda tirar a mão para provar que não é. Mônica fala que não pode porque não pode e Magali fica braba.


Cebolinha e Cascão aparecem e perguntam o que está acontecendo. Magali diz que a Mônica não tira a mão da boca e os meninos perguntam para Mônica se ela não está grande para esconder os dentões, são feios, mas não adianta mais esconder, agora todos já estão acostumados. Mônica bate neles e se surpreendem que ela não tirou a mão da boca para bater.


Magali vai atrás da Mônica, se desculpa e diz que se tiver com algum problema, pode contar. Mônica a leva até ao quarto dela e conta que ontem foi ao dentista, colocou um aparelho nos dentes e, assim, tira a mão da boca. Diz que troço horrível na boca e dentista falou que os dentes estão saltados para frente. Magali diz que é para os dentes ficarem mais bonitos, muitas crianças precisam usar e até alguns leitores usam, é uma coisa muito normal e Mônica passa a se sentir melhor.


Em seguida, ouvem um barulho vindo do lado de fora, de algo caindo, mas ao vê na janela tem nada diferente. Ao saírem, vimos que era Cascão caindo da árvore enquanto ele e Cebolinha estavam bisbilhotando a conversa. Cebolinha reclama que Cascão é um tonto, mas pelo menos foi proveitoso e com o plano infalível dele, vão ficar livres da Mônica por um bom tempo.

Logo depois, com Mônica já preparada sair de casa sem mão na boca, Cebolinha telefona para casa dela de um orelhão, falando que quer fazer as pazes, comenta que a voz dela está diferente e pergunta se tem nada na frente da boca como um arame. Ele fala ainda que a Maria Joaninha, uma menina esquisita ficou pior ainda depois de colocar aparelho nos dentes, não tem coisa mais horrorosa que um aparelho e aí a Mônica desliga telefone na cara dele.

Mônica sai de casa com a mão na boca. Cebolinha  pergunta por que ela desligou o telefone tão depressa e estranha ainda com a mão na bica e mostra um rato que estava na mão dele. Mônica, com medo, tenta tirar o rato perto e tira a mão na boca. Cebolinha e Cascão veem o aparelho nela e gritam bem alto que a Mônica está com aparelho para ela passar vergonha enquanto os outros passam na rua.

Magali pergunta para os meninos o que isso tem. Eles contam que se a Mônica não se importa com a aparência, vai ser até bom porque se ela quiser assustar alguém é só dar um sorriso, problema vai ser quando crescer e ninguém vai querer namorar com ela, só se for outro dentuço com aparelho e na hora do beijo vão enganchar os aparelhos. Mônica fala que não vai usar a vida toda e eles falam que tem gente que precisa até na dentadura e tentar esconder com um véu na boca a vida toda.

Mônica sai chorando, Magali chama os meninos de monstros e vai embora também. Eles dão gargalhada, esperando que depois dessa vão ficar livres da Mônica por um bom tempo, que vai se trancar em casa e usar aparelho por 20 anos e comemoram que a rua é deles. Até que se deparam com o Tonhão Arrancatoco com uma cara braba e eles perguntam se tem algum problema. Tonhão quer tomar satisfação de que eles tirando um barato de uma menina que usa aparelhos. Como ele usava também, fala que vai ensinar a não caçoar de quem usa aparelho e bate neles. Os dois ficam surrados e sem dentes.

Cebolinha pergunta como ficou sabendo da história da Mônica e ao Magali passar, o Cascão deduz que foi ela. De qualquer forma, ficam aliviados que se livraram da Mônica porque nem vai querer sair para rua, quando eles dão de cara com a Mônica iniciando namoro com o Marco Antoninho e ouvem a conversa que ele achou uma graça o aparelho e que ele já precisou um. Mônica vê Cebolinha e Cascão e bate neles, ficando surrados de vez e sem mais dentes. 

O dentista vê o estado dos dentes deles e resolve tratar. Meses depois, Mônica está sem aparelho e com os dentes no lugar e em compensação, Cebolinha e Cascão estão com aparelhos e a Mônica comenta com a Magali como é a vida, uns tiram e outros põem, com  os meninos bem brabos estando de aparelhos.

História muito engraçada com a Mônica sofrendo bullying do Cebolinha e do Cascão por estar usando aparelho nos dentes. Ela já estava com vergonha de usar e depois do que os meninos fizeram piorou a situação. Felizmente  ela encontrou um menino que gostou de vê-la com aparelho e tirou o trauma dela e, de quebra, os meninos se deram muito mal no final apanhando e ainda precisando usar aparelhos por causa das surras que levaram. 

Foi interessante de ver primeiro o mistério de por que a Mônica estava tampando a boca, o que que ela estava escondendo. Os personagens não sabiam, mas a gente sabia que era aparelho dentário por causa do título, aí teria o mistério como a Mônica ficaria de aparelho. Depois a gente se divertiu com o bullying do Cebolinha e do Cascão, pegaram pesado falando que vai assustar os outros quando sorrir, enganchar aparelhos quando beijar outro menino de aparelho, etc (era ótimo vê-los perversos), e a reviravolta no final dos meninos apanharem 2 vezes, quando já se imaginavam donos da rua, primeiro do Tonhão Arrancatoco e depois da própria Mônica, já curada do trauma.

Era muito comum na época as pessoas serem zoadas por usarem aparelhos nos dentes, depois a visão mudou e consideraram coisa normal alguém usar aparelho. O mesmo vale para quem usava óculos, tanto que não foi a toa que fizeram a história "Mônica de óculos", de 'Mônica Nº 31' (Ed. Globo, 1989). Atualmente é impublicável por causa desse incentivo do bullying tirar a autoestima, traumatizar e até causar depressão, namoro de crianças mais no final, fora aparecer os meninos surrados ao extremo e perdendo dentes por isso, já que nas histórias atuais os personagens não podem aparecerem nem de olhos roxos, quanto mais surrados dessa maneira. Hoje a Mônica raramente bate nos meninos e quando bate não aparecem de olhos roxos.

Na época também em cada história aparecia um  menino diferente pelo qual as meninas eram apaixonadas e davam em cima, dessa vez foi o Marco Antoninho, mas tiveram também Fabinho, Marquinho, Pedrinho, etc. Quem também apareceu só nessa história foi o Tonhão Arrancatoco, mas também a cada história aparecia um menino valentão maior que os da turminha, depois deixara como fixo apenas o Tonhão da Rua de Baixo. O orelhão sai bem datado hoje, Cebolinha ia telefonar para Mônica através de um smartphone atualmente. A própria Mônica também poderia atender com um smartphone já que telefone convencional também anda em baixa hoje.

Os traços excelentes, dava gosto de ver desenhos assim, com destaque das curvas nos olhos dos personagens sem serem pintados de brancos quando estavam brabos ou emocionados demais e também a cara do Cebolinha com sorriso que estava aprontando com a Mônica. A casa da Mônica dessa vez apareceu com 2 andares, normalmente era 1 andar, mas colocavam 2 quando roteiro pedia. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

38 comentários:

  1. Tenho está edição na coleção... muito boa... quando use aparelho uma vez e relir essa hq foi ai que vi a real da importância kkk

    http://blogdoxandro.blogspot.com/

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    1. Legal que tem essa. De fato, quem usou aparelho se identificou muito com essa história. Eu nunca precisei usar.

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  2. Eu comprei esse gibi na época,ainda devo tê-lo,e lá se vão trinta anos!

    O tempo passa,o tempo voa,e hoje é até moda aparelho nos dentes,mesmo se o caboclo não precisar!Em tempos de Invisalign®,usa-se o aparelho "raiz" por modinha jovem,a exemplo dos carros "tunados" de chassi rebaixado ou motos sem escapamento barulhentos,um pior do que o outro.

    Mas o aparelho de dentes é o de menos,não atrasa a vida dos outros como o carro rebaixado,que força o motorista a reduzir drasticamente a velocidade em lombadas,mesmo as mais suaves.

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    1. Deve ter sim. Passa rápido mesmo, quem diria essa já ter 30 anos. A visão depois mudou, tinham adolescentes que até queria usar sem precisar, ter aparelhos coloridos, essas coisas. Na história até a Mônica foi nova pra usar aparelho, geralmente colocam em quem tem mais de 12 anos, mas valeu pra quem usava e poder se identificar e tirar os conflitos que tinham.

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    2. Ah,é verdade,aparelhos em crianças com idade de dente-de-leite?
      A não ser que seja aquela "TM" do "Laços".

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    3. Isso, nessa faixa as crianças estão com troca de dentes-de-leite, por isso dentistas não colocam aparelhos nelas, esperam formar a dentição definitiva completa, aí só depois dos 12 anos.

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  3. Os garotos apanham três vezes, raro Magali caguetar, foi por uma boa causa, surras como estas davam audiência. Minha geração e as adjacentes foram de crianças extremamente insensíveis, éramos constantemente expostos a entretenimentos de conteúdos violentos e não conseguiram nos traumatizar, tínhamos corações empedrados, os pediatras cardiologistas de antigamente eram garimpeiros.

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    1. Pois é, eles apanharam 3 vezes em uma mesma história, gostava de ver eles apanhando. Magali dedurou por boa causa, sem dúvida. Par aos psicólogos e psiquiatras que são bons isso de cada vez mais crianças sensíveis e traumatizadas com tudo. Já vi Mauricio comentando na internet que crianças falaram com ele que não gostavam de ver os meninos apanhando, que dava pena e se sentiam mal vendo isso e agora pra felicidade delas o Mauricio acatou nas revistas novas. E vejo até comentários de gente chamando "Mauricio do Velho Testamento" quando eles veem cenas incorretas na internet. Muito mimimi.

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    2. "Mauricio do Velho Testamento" é simplesmente formidável, que definição, então a TM clássica atual representa, ainda que equivocadamente, a (E)era (C)cristã, estão com razão, não posso contestar, inclusive, tenho que parabenizar a criançada e os adolescentes "embolhados", me surpreenderam, parabéns pela criatividade!
      Em minha infância, determinadas cenas de violência pela TM genuína às vezes me chocavam também, nada a ponto de traumatizar. Sorte que cresci em uma sociedade onde o bundamolismo existente nem sonhava, não ameaçava predominância, sou extremamente grato por não ter sido poupado da feiura da vida real através do ficcional, através do entretenimento, graças a Deus do Velho e do Novo Testamento, gratidão mesmo!

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    3. Se bem que esse termo foi criado por adultos que não toleram as cenas incorretas de antigamente, não pelas crianças. De qualquer forma, foi criativa. Para eles, é bom como andam as revistas atuais, aplaudem como estão e repudiam as revistas antigas. Pra ter uma ideia eles odeiam a Magali, o Titi, o Rolo, etc, antigos, aí pessoal do estúdio vê aqueles comentários e aí acatam e deixam as revistas insossas assim. Por isso vale mais comprarem sebos, muito melhor se quiser diversão e humor.

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    4. Sendo adultos parabenizo da mesma forma, o termo caiu como uma luva, meio que estava desconfiando, pois é bem rebuscado para sair de alguma mente de tenra idade, porém, sabemos que existem adolescentes que se destacam acima da média mesmo vivendo em bolhas, todavia, são meio raros.
      A Turma da Mônica clássica sem esses inúmeros "defeitos" do passado nem existiria como a casta de personagens quadrados da atualidade, se o radicalismo do politicamente correto morasse na mente do criador em 1959 certamente os personagens tomariam um rumo completamente distinto do que foi traçado e que culminou no que se tem atualmente. Talvez o habitat original fossem livrarias, poderiam não estar mais no mercado, ou sim, impossível saber já que as criações não se deram sob tal contexto.

      Marcos, você cita a casa ou casas da personagem variando entre um e dois andares de acordo com os roteiros, pode ser apenas impressão, mas parece que de 1982 a 84 tentaram padronizar a residência da Mônica, interna e externamente, tipo como fizeram com a do Chico Bento que pelo menos do lado externo é mantido um padrão visual, o que acha, é mera impressão?

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    5. No caso, aparentemente pessoa que falou no grupo do Facebook estava na casa dos 20 anos. Se politicamente correto existisse nos anos 1950 e 1960, a turma não vingaria, ia sumir logo, seria tempo curto de existência como foi com Turma da Fofura, por exemplo. Teve vezes nesse período de 1982 a 1984 das casas terem 2 andares, só não sei se era fixo e pra todos os personagens, pelo menos com Mônica teve mais de uma assim.

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    6. Se quem cunhou o termo tinha mesmo vinte anos na ocasião, é maior, mas, cientificamente há grupos que sustentam que a idade não pertence à fase adulta, há controvérsias de até qual idade se é de fato adolescente, corrente que afirma ser até os dezenove, outra diz ser até os vinte e um, há uma que surgiu recentemente afirmando que vai até vinte e quatro. Na prática, o que mais se vê são adolescentes trintões, próximos dos quarenta, quarentões e até acima disso, amadurecer não está agregando mais, fenômeno comportamental que enraizou em nossa cultura como filosofia de vida e contribui para a TM clássica piorar cada vez mais, pois muitos desses adultos pais caretas também apresentam comportamentos voltados para a descolada adolescência, o que é um baita paradoxo, envelhecimento ocorre em total descompasso com o amadurecimento, inevitavelmente os filhos se tornam fardos, MSP paga o pato tendo que se desdobrar para educar esses leitores "órfãos". Os personagens foram de vento em popa quando não pegava bem mofar na adolescência.

      No caso da residência da Mônica parece que tentaram padronizá-la e não foram adiante, além de dois andares refiro-me à fachada também, pode ser só impressão, mas acho que não.

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    7. Não vou saber a idade da pessoa, não era 20 anos puro, mas também não era perto dos 30, quem sabe 25 anos. Na realidade, adolescente é até 20 anos e vida adulta a partir de 21 anos. claro que idade mental varia, muitos prolongam mentalidade adolescente por vários anos, até depois dos 30. Agora essa geração com 25 anos já estão tendo filhos e aí a tendência é piorar o politicamente correto. As vezes apareciam fachada diferente da casa da Mônica, depois mudaram.

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    8. Minha impressão de que tentaram padronizar é devido às HQs "A bronca" de 1983, "Como se beija?" de 1984 e "A discórdia" que parece de 1982, as três apresentam a fachada da casa da Mônica com um murinho amarelo estilo parapeito, dando à frente da casa uma pequena varanda, pena não terem mantido.

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    9. Capaz dessas terem sido roteirizadas pelo mesma roteirista e desenhadas pelo mesmo desenhista. Não lembro se em outras histórias desse período apareceu casa normal, creio que sim. De qualquer forma, ficava bonito, podiam ter mantido.

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    10. Durante esse período certamente aparece a casa da família dela com aspecto externo básico, também não lembro.

      Do quarteto, não identifiquei erro em Magali. São três: manga direita de Mônica no terceiro quadro em que está sentada na cama, os pés do Cascão ao se depararem com o garoto grandalhão e Cebolinha pronunciando o nome do mesmo sem dislalia.

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    11. Cor da camisa da Mônica até menos imperceptível. Os outros nunca tinham percebido esses erros, com história tão boa nem repara esses detalhes. No caso esses de falta de atenção, de vez em quando aparecia Cebolinha falando certo em algum quadrinho por erro de letrista, podia ter sido fala do Cascão e ele errou o balão, quem sabe. E o Cascão de sapato do nada ficou estranho, distração do desenhista.

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    12. Quanto ao erro do Cebolinha, se trocassem os balões daria no mesmo, há no outro a palavra "problema" que também teria de passar pela dislalia, pode ser o que diz, vai que no storyboard ambos os textos estavam com Cascão. Não dá para saber se consiste em atribuição equivocada ou se não aplicou a característica de fala no texto que originalmente foi mesmo para Cebolinha, a única certeza é de que foi distração, erro.

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    13. Em ambas as situações seriam erros, mas pior mesmo é se intenção fosse fala do Cebolinha já que sabem que ele trocas as letras.

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    14. Detalhes que estão em dois quadrinhos e não considero como erros, sei que muitos leitores acham que são, é Cebolinha de boca aberta sem dizer nada ao desconfiarem de que a segunda surra se deu por conta de dedo-de-seta (ou dedo de seta, sem hífen), e retornando às presenças das meninas após o telefonema é Cascão que respira pela boca, oposto disto já vejo como erro, histórias da fase Abril, principalmente as do início e meados da década de 1970 contêm relativa frequência de balões falantes proferidos por bocas fechadas, tipo de erro que acho engraçado e vejo até certo charme.

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    15. Sim, nos anos 1970 era cheio de personagens falando com boca fechada. Até tinha as vezes nos anos 1980 e 1990, mas era em grande número nos anos 1970. Achava engraçado quando acontecia.

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    16. Nas HQs Disney as revisões, os acabamentos foram muito mais levados a sério do que nas da MSP, equipes extremamente criteriosas quanto a isso, ótica de (P)primeiro (M)mundo, certamente muitos erros devem ter passado despercebidos também, são tão humanos quanto nós, nosso complexo de vira-lata nos faz acreditar que tudo que é brasileiro é inferior ao dos gringos desenvolvidos, ledo engano, não é bem assim, em parte é verdade, em parte é mito, cultuar e depreciar com viés radical é tolice, ingenuidade. Personagens gringos falam com bocas fechadas também, erro que a Disney supera a MSP, ganha de goleada inclusive, sem exagero! Tipo de erro que nunca me incomodou.

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    17. Pode ser que na MSP não tinha uma equipe grande pra revisar, visto que até roteiristas eram poucos nas antigas, aí sempre ficava um ou outro erro. E eu também nem ligava quando tinha personagens falando com boca fechada, hoje costumam alterar em almanaques novos quando aconteceu no passado.

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    18. É a contemporânea neura de que absolutamente tudo tem que ser justificado e atualizado, não deixam passar nem as charmosas bocas fechadas falantes. Ventriloquistas são a comprovação de que é plausível falar assim. Qualquer pessoa em sã consciência fica boquiaberta ao perceber que estão abrindo à força as bocas dos personagens, atualizar o passado é de cair o queixo. Visão tão tacanha, entende que preservar o que passou de nada adianta, tem que alterar para funcionar. Desconhecer o que precede, o que antecede, o que abriu caminho, ignorar simplesmente porque não se faz mais presente não há como trilhar um bom futuro, sem referências vai se trilhando a esmo, às cegas. Privar a criançada do passado inalterado é irresponsabilidade, displicência, é também uma baita covardia com quem ainda não sabe se defender e nem vai aprender pois superproteção só gera dependência, insegurança, fraqueza emocional. Se minha infância fosse repleta apenas de elementos até então atuais certamente hoje em dia eu estaria lascado de algum modo por conta de tal cerceamento.

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    19. Concordo, nada a ver mudarem tudo e ter que ficar tudo perfeito. É normal ter erros, tira a agia da época essas alterações. Porém, ainda acho piores quando mudam a favor do politicamente correto ou querer atualizar algo pra não ter nada datado, algo específico de uma época, como estão fazendo ao mudar TV de tubo colocando TV LED no lugar, por exemplo.

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    20. Tem razão! Tipo aqueles gângsteres (gangsters) que um deles originalmente está munido de metralhadora e na alteração ameaça com uma lagosta, ali foi o cúmulo!

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    21. Aquilo já foi avacalhação. Se bem que estão fazendo direto isso, nem vale a pena comprar almanaques novos, além de caros e mudam tudo

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  4. Muito boa essa, saudade de histórias assim

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    1. Também sinto saudades de histórias assim, eram muito divertidas.

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  5. Hiatória fantástica, de que ainda hoje me lembro. Assim que você mencionou ela num post na semana passada, fiquei com esperança que saísse uma análise dela. E quando vi que tinha saído, imitei logo o Cebolinha e Cascão gritando 'A Mônica tá com aparelho nos dentes!' xD

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    1. Excelente, bem marcante. Gosto muito dessa. Quando comentei, foi coincidência, não seria intenção de ser próxima postagem, apesar que já estava programada pra esse mês pra marcar os 30 anos dela.

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  6. Essa história me lembra daquela edição da TMJ que causou revolta em alguns grupos anti feministas por causa da fala "meu corpo, minhas regras".

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    1. Eu nem sabia que teve polêmica naquela história da TMJ. Isso pra ver como povo implica com tudo hoje em dia, fica chato isso.

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  7. Essa história já foi republicada á alguns anos atrás. Não vou lembrar em que almanaque foi nem se teve alguma alteração em relação a original

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    1. Pode ter tido algumas alterações, mas devem ter mantido as surras e os meninos surrados, ainda não alteração isso.

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  8. Essa história de que quem usa aparelho nos dentes, não pode beijar, senão o aparelho vai machucar a boca do parceiro(a, ou enganchar no aparelho do parceiro(a), caso ele(a) também use aparelho nos dentes, é falsa, mentira, lorota, fake news, por que beija-se com os lábios, e não com os dentes.

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    1. Sim, é mentira. Foi só brincadeira dos meninos pra atazanar a Mônica e deixá-la mais deprimida por estar de aparelho.

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