quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Mauricio e Cascão: HQ "Ponha-se no meu lugar!"


Hoje, dia 27 de outubro, é aniversário de 86 anos do Mauricio de Sousa. Em comemoração, mostro uma história em que o Cascão fez o Mauricio virar personagem em quadrinhos para ele ver como se sente um personagem quando fica em apuros. Com 10 páginas, foi história de abertura de 'Cascão Nº 87' (Ed. Abril, 1985).

Capa de "Cascão Nº 87' (Ed. Abril, 1985)


Começa com Cascão fugindo e segurando no quadrinho após terem jogado água e sofrendo em uma enchente. No estúdio, Mauricio termina a história toda com o Cascão, diz que está exausto e resolve tirar uma soneca enquanto que nos quadrinhos, Cascão comenta que ele que sofreu vários apuros e é o Mauricio que está cansado e queria ver o que Mauricio faria no lugar dele.


Cascão tem ideia de sair dos quadrinhos e pular até o estúdio e resolve desenhar. Quando Mauricio acorda, ele está nos quadrinhos e estranha o lugar que ele está com paisagens e cores, parecendo cenário de história em quadrinhos. No estúdio, Cascão fala com Mauricio que é personagens de quadrinhos e ele o desenhista e explica que ele escapou da página, alcançou o lápis, fez uma caricatura do Mauricio e então Cascão cresceu do lado de lá.


Mauricio diz que quer voltar ao normal e Cascão fala que antes quer que o Mauricio sinta como é dura a vida de personagem em quadrinhos e mostrar as encrencas que ele e os outros roteiristas obrigam a passar. Mauricio diz que se a história não é movimentada, não tem graça e então Cascão desenha uma enchente e diz para o Mauricio se vai achar engraçado.


Mauricio se afoga na enchente  e logo aparece a Mônica furiosa com o muro rabiscado com Mônica bobona e com assinatura do Mauricio. Mônica bate nele, nunca esperando isso dele. Cebolinha pergunta como ele foi parar nos quadrinhos e Mauricio manda perguntar para o Cascão. Mônica comenta que queria encontrá-lo porque acha que foi ele quem pegou o coelhinho dela. Cascão desenha o Sansão no bolso do Mauricio e fala que foi ele quem pegou e Mônica bate no Mauricio e fala que é mau exemplo.


Cebolinha vê que o Cascão é quem está desenhando a história. Cascão gosta de ser desenhista e deixa Mauricio lá e desenha uma história do Piteco fugindo de dinossauro, uma do Astronauta com chuva de meteoros e alienígena entrando na nave, uma da Tina com namorado com ciúme do Mauricio ao lado dela e uma do Rei Leonino prendendo o Mauricio por ter entrado no reino sem autorização.


Nessa hora, aparece a menina Babi, que estava visitando o estúdio, e acha o personagem muito engraçado e nunca tinha visto um personagem tão legal. Cascão pensa que fala sobre ele e Babi conta que o Cascão fica dentro do gibi, adora as revistinhas dele, mas ele falava do outro personagem é muito divertido e manda Cascão continuar desenhando para ver o final e que adora ler gibis com os amiguinhos e se eles toparem vão desmanchar o fã clube do cascão e criar um desse novo personagem no lugar.


Cascão conta para o Mauricio que enjoou da brincadeira e quer voltar ao gibi. Mauricio pula do quadrinho para o estúdio, pega o lápis e desenha o Cascão no quadrinho e aí tudo volta ao normal: Mauricio volta a ser humano e Cascão, personagem em quadrinhos. Cascão pede desculpas ao Mauricio, apesar de estourar, correr, pular e se arrebentar, é ótimo ser personagem em quadrinhos por ser querido por vários leitores que riem com eles. Mônica aparece e bate no Cascão  para acertar as contas com ele enquanto Mauricio diz que também aprendeu uma lição, No final, Rosana comenta com os outros roteiristas que Mauricio anda esquisito e só aprova roteiros que não tenham violência para poupar os personagens.


História de metalinguagem muito legal, para soltar imaginação, com o Cascão, cansado de sofrer nos quadrinhos, fazer com que o Mauricio vire personagem em quadrinhos para sentir na pele o que eles sentem. Cascão o fez passar vários sufocos e só desistiu porque na visão da menina leitora o Mauricio estava sendo mais engraçado e mais querido que ele. Acaba Mauricio acatando de não autorizar histórias com violência dos outros roteiristas, pois lembrou o que ele passou no mundo dos quadrinhos.

Muito legal ver o Mauricio apanhando 2 vezes da Mônica, sofrendo com enchente, com dinossauros, apanhando de alienígena, namorado ciumento da Tina e ainda ser preso pelo Rei Leonino. O Cascão procurou deixá-lo em situações perigosas de vários núcleos e não só o dele para ver como todos os outros personagens se sentem e não só ele. Mauricio estava certo que tem que ter conflitos com personagens senão não tem história boa.


O lápis do Mauricio é mágico, o que fez personagens virarem vida e ele se tornar personagem em quadrinhos. Se fosse hoje, seria a cargo de Marina e seu lápis mágico. Só assim como crossover para ter presença de secundários como Tina, Piteco, Astronauta e Turma da Mata em um gibi do Cascão antigo, já que não tinham histórias de secundários desses personagens nos gibis dele, apenas do Bidu e Turma do Penadinho. Foi um caso que a Tina teve outro namorado sem ser o Jaime, porque pelo visto o roteiro pedia um namorado bem forte para bater no Mauricio.

Foi muito bom também ver a presença dos roteiristas da época e ter uma sensação de bastidores da MSP. Eram só esses roteiristas na época, no caso, Rosana Munhoz, Robson Lacerda, Rubão, Reinaldo Waismann e Lucia Nobrega. Eram poucos roteiristas e faziam histórias fantásticas.


Impublicável por Cascão ficar agindo como vilão dessa vez e não pode os personagens serem os vilões, fora  ter cena de violência de Mônica batendo, muro rabiscado (hoje colocaria cartaz). Interessante que no final ficou o Mauricio sem aprovar histórias de violência pra poupar personagens e hoje acontece isso nos gibis, não pode nem personagens nem apanharem, sendo que o motivo é para não traumatizar as crianças de verem personagens surrados e também pra não estimular briga e violência entre as crianças.


Os traços excelentes, já da forma consagrada como queriam deixar. Mauricio ficou desenhado como retratado nos anos 1980, sempre procuraram deixá-lo no visual que estava atualmente e segue assim até hoje. Imagens tirei do 'Almanaque do Cascão Nº 35' (Ed. Globo, 1996) onde foi republicada (no gibi original teve propagandas internas da Caloi). Termino mostrando a capa desse almanaque. 

FELIZ ANIVERSÁRIO, MAURICIO!!! FELICIDADES!

Capa de 'Almanaque do Cascão Nº 35' (Ed. Globo, 1996)

77 comentários:

  1. Isto sim é a Turma da Mônica visceral, roots, sem frescura, sem delongas, do jeito que o Diabo gosta, sou endiabrado, como não gostar?
    Mauricio se dá muito mal nesta, que presentão de aniversário do cartunista você nos trouxe, hein, Marcos? Bom demais!!
    Cascão é bom em falsificar assinatura de seu criador.

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    1. A verdadeira turminha, sem dúvida. Que bom que gostou. A gente que ganhava o presente com histórias assim. Com certeza até falsificar assinatura o Cascão conseguia. Um gênio.

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    2. Marcos, esqueceu de mencionar o nome de um roteirista: Nostradamus, certamente foi ele quem escreveu esta história.
      Este gibi tive quando criança, readquiri na adolescência, atualmente não tenho, por muito tempo pensei que a mulher que está no fim da fila dos roteiristas fosse homem, certamente é a tal Lúcia Nóbrega da qual se refere, não dá para ver devido ao espaço do quadro estar cheio de gente, Nostradamus está logo atrás dela.

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    3. A Lúcia Nóbrega foi confirmada que é ela por um amigo dela que trabalharam juntos na MSP. Esse Nostradamus não conheço e nem apareceu aí na cena. Acho que quem escreveu essa história foi Rosana, Rubão ou Robson. Histórias de metalinguagens eram mais comuns com Rubão e Robson, embora nada impede de outros fazerem.

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    4. Pensei que ia pescar a piada, Marcos, mas tudo bem, eu que sou um tanto nerd mesmo, você não é obrigado a saber, normal!
      Nostradamus foi astrólogo do século XVI, devia ser médium, famoso por suas profecias, dizem os estudiosos do sujeito que parte do que previu se concretizou e parte não, foi de fato muito abordado nas décadas de 1980 e 1990, não é exagero, cresci ouvindo falar nesse homem. O que ocorre no final de "Ponha-se no meu lugar!" é claramente um vaticínio, uma profecia.

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    5. Ah sim, de fato foi uma profecia, infelizmente. A que ponto chegaram. O profeta Nostradamus em questão foi o roteirista dessa história, no caso um dos 5, com mais chance de ser Rosana, Rubão ou Robson.

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    6. Rosana aparece em alguma HQ anterior à esta?

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    7. Tudo indica que não, essa deve ter sido a primeira, apesar de ter sido citada junto com outros funcionários da MSP em uma história do Rolo de 1981.

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    8. Metalinguagem envolvendo profissionais da MSP, sejam participações, meras aparições e apenas nomes citados ocorrem em maior quantidade em HQs de personagens do Bairro do Limoeiro, já vi algo do tipo com Vila Abobrinha, outros núcleos provavelmente devem ter uma ou outra assim, a que menciona do Rolo certamente é uma delas. Bidu é um nuclear de grande destaque que pertence ao Limoeiro, parece que ele e Cascão são recordistas em tramas assim, em metalinguagem de modo geral o núcleo do cãozinho possui mais tradição, especificamente com bastidores da MSP parece empatar com o sujão.

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    9. Bidu era campeão em histórias de metalinguagem, Cascão deve vir atrás mesmo. Porém, todos os núcleos tiveram suas histórias de metalinguagem, todos mesmo.

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    10. Sim, mas refiro-me especificamente as que incluem bastidores da MSP, sejam participações marcantes, meras aparições e apenas mencionando nomes de profissionais, sei lá, parece que Cascão equipara com Bidu.
      Aqui você diz que Cascão atua como vilão para seu criador, e é verdade, comentário que me lembra o oposto, em "Baile à fantasia", trama que abre Mônica nº97 de 1978 Mauricio de Sousa e mais alguns membros do(s) estúdio(s) são claramente vilões, e o cartunista malfeitor também está um balofo.

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    11. É, em "Baile a fantasia" o Maurício e a equipe foram os vilões pra turminha, as vezes tinham essas brincadeiras. Outra excelente história por sinal e traços incríveis.

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  2. Está edição entrou na minha coleção este ano...fantástica essa hq!! :D

    Feliz niver, Mestre!! ;)

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    1. Quero dizer o ALMANAQUE... kkkkkkkkk :p

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    2. Feliz aniversário! Eu também tenho só o almanaque dessa, vale a pena ter almanaques da Globo pra ler esses clássicos da Abril.

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  3. Cascão desenha bem,hein?Tem ótimos traços para uma criança de seis anos,devia ser contratado como desenhista na MSP.

    Esse dino atrás do Piteco parece o Barney.

    "Mauricio volta a ser humano e Cascão, personagem em quadrinhos."Humanos,eles sempre foram,o certo seria dizer que Maurício volta a ser "live action" e...digo...bem,deixa pra lá!

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    1. Acho que quer dizer que o dino se parece com Dino, bicho de estimação de Fred Flintstone amigo de Barney Rubble, certo, Julio Cesar?

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    2. Julio César, de fato o Cascão foi excelente desenhista, não ficou atrás dos contratados da MSP. Até que o dinossauro lembrou o Barney, apesar de não ter sido criado ainda na época. Humano que quis dizer é que ele voltou para o Mundo Real e o Cascão foi para o Mundo dos Quadrinhos.

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    3. Zózimo, ele quis dizer o dinossauro Barney roxo de seriado de TV dos anos 1990.

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    4. Esse personagem acho que não conheço, sendo dos 1990 certamente não é novidade, devo ter visto e a memória não chegou junto, não registrou. Personagem de Hanna-Barbera também é roxo ou lilás.

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    5. Escrevi "dino" como forma abreviada de dinossauro mesmo.Falei do Barney,dinossauro bonzinho,que só difere desse da HQ pela expressão facial.
      Falando no assunto pré-histórico,a cara desse dino da HQ me fez lembrar do Conversauro,um personagem que apareceu numa HQ do Bidu,e ao que parece,foi sua única aparição.

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    6. Zózimo, só procurar no Google por "Barney dinossauro" que tem fotos e informações dele.

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    7. O Conversauro já foi da época dessa história, aí já poderia ter relação. Capaz de ter sido mesmo desenhista que desenhou as 2 histórias para deixarem parecidos.

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    8. Valeu, Marcos e Julio Cesar! Pesquisei e constatei que conheço superficialmente o tal Barney e a turma dele, não sei nem se posso dizer que foi um resgate, conheço realmente pouco esses personagens.
      Já ouvi falar nesse Conversauro também, e acho que foi aqui mesmo.

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    9. Zózimo, o Barney era mais conhecido por crianças bem pequenas na época. E o Conversauro você viu o papo aqui, sim.

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    10. Compreendo, é tipo Teletubbies e o tal Xuxa Só Para Baixinhos, empreitada fora da TV em que a apresentadora obteve muito êxito enquanto ainda pertencia ao quadro da Rede Globo.
      Se Mauricio engordasse mais uns três quilos ficaria pouca coisa menor que o dinossauro que persegue Piteco, nunca aparece magro nas histórias, mas nesta parece que se superou. Se no muro em vez de "bobona" fosse "gorducha" Mauricio apanharia somente pelo coelhinho no bolso, tipo naquela tira em que Titi é o único que ao xingar Mônica de dentuça não apanha, mais engraçado é que não gosta da permissão.

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    11. Por aí já que ele era voltado pra criancinhas também. Maurício foi retratado gordo nessa, não dava pra xingar Mônica de gorda porque estaria sendo chamado também como foi naquela tirinha com o Titi.

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  4. O final dessa história preveu o futuro 😱😱😱😱😱😱😱😱😱😱😱😱

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    1. Pois é, difícil de acreditar, mas acabou concretizando, infelizmente. Personagens agora não tem mais conflitos, não apanham nem ficam de olho roxo. Perde a graça total assim.

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    2. Eu poderia ficar feliz, pois sou do tipo que sente pena do cebolinha quando apanha. Mas por outro lado, a Mônica fica descaracterizada por não querer bater em alguém por ser xingada. Eu acredito que outra razão pra tirarem os olhos todos foi para as crianças não pensarem que um coelho de pelúcia pode causar ferimentos. Mas isso descaracteriza a força da Mônica

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    3. Eles ficavam com olhos roxos por causa da força da Mônica, se ela batesse com algodão também ficariam surrados. Já vi em algum lugar que o Mauricio conversou com crianças que sentiam pena do Cebolinha e outros meninos apanhando, aí isso também deve ter pesado pra ele tomar essa decisão. Isso descaracteriza, sem dúvida.

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    4. (nossa, eu percebi que escrevi "todos" ao invés de "roxos". Maldito corretor automático)
      Pra ser sincero, uma das poucas mudanças que eu não me importei foram os gráficos digitalizados e as letras digitadas em computador. Eu não ligo se tá artificial demais, pra mim não influencia muito a história. Mas uma coisa que não aceito é que tenham feito alterações na coleção histórica. Como por exemplo o nariz do Zé lelé. Na época, eu nunca iria saber sobre a mudança do nariz do Zé se não fosse por seu blog. Mas e vc? Vc fica pistola com qualquer alteraçãozinha que fizerem ou tem alguma q vc não liga?

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    5. Já eu não gostei das letras e gráficos digitais. Nem toda alteração eu ligo como as de cores de cenário ou roupa, por exemplo, embora deviam manter. Nariz do Zé Lelé laranja deviam ter mantido, devem ter tirado pra não acharem que era palhaço, desrespeitando o personagem.

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    6. Ok. E qual história da época do politicamente correto é a sua favorita. Alguma q ainda tenha a mesma fórmula da turma da Mônica apesar dos tempos diferentes. Qual a sua favorita?

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    7. Pior que não sei dizer qual a favorita, todas têm o seu valor.

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  5. Estou procurando uma história da turma que li quando criança mas não consigo encontrar. Não tinha nenhum dos personagens principais, era só um bicho estranho bege ou cor de pele, talvez em formato de nariz, num ambiente escuro como uma caverna. Será que alguém lembra? Já agradeço.

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    1. Interessante, Juju! Pode ser um membro dos Napões, sei lá, acho que a cor da espécie transita entre bege e laranja. Nariz grande-napa-napão, caverna... Parece ser HQ do Horácio ou ambientada no núcleo dele, compartilho de sua curiosidade.

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    2. Juju, não estou lembrando dessa história, mas tudo indica que seja com os Napões, como o Zózimo falou. Se eu lembrar, aviso aqui.

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  6. História interessante! Será que é a explicação "secreta" para o início do politicamente correto nas historinhas da turma? kkkkkkk

    Se gostarem de RPG e Literatura, dêem uma olhada em meu blog:
    https://bardodanevoa.blogspot.com/

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    1. Será? Kkkkk. Quem sabe o Maurício ficou nos quadrinhos nos anos 2000 e resolveu mudar drasticamente os personagens kkkk. Infelizmente o final dessa acontece nos gibis de hoje.

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  7. Que história sensacional! Não tenho esse gibi da Editora Abril, vou tentar adquirir. O curioso é que o final da história se concretizaria no futuro, mas não para poupar personagens, mas para não sofrer pressão da turma barulhenta do politicamente correto. Vivemos outros tempos, definitivamente!

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    1. Maravilhosa. Eu também não tenho a original, só o almanaque, quem sabe um dia. Incrível que o final se concretizou, pressão foi grande para o Maurício e acabou mudando, infelizmente. O chato é a descaracterização e desanima ver gibis novos assim.

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  8. Eu acho que a Carminha frufru é uma das personagens mais injustiçados, pois ela nunca protagonizou uma história solo. O que vcs acham?

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    1. Tiveram algumas envolvendo personalidade da Carminha Frufru, mas aí sempre junta com a turminha, história solo nunca vi, até a Aninha já teve.

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    2. Conheço pouco Carminha Frufru, pode se dever ao fato de ser patricinha esnobe, meio que se coloca como superior às crianças do singelo Limoeiro por ser de origem rica. Primeira aparição também não contribui, surge como antagonista às demais concorrentes de um concurso de beleza infantil, não lembro bem, parece que não joga limpo na trama, personagem de pouco apelo, baixo carisma. Pode ser que possua alguma qualidade que desconheço.

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    3. Injustiçado mesmo foi o carismático Xaveco, nos velhos e ótimos tempos não teve sequer uma história. Depois de transformado em um bocó foi que passou a ter ampla visibilidade.

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    4. Zózimo, característica da Carminha foi ser menina rica, patricinha, metida, esnobe, antagonista da Mônica e Magali. Como não pode ter mais isso, perdeu a função, fica só na figuração. Qualidade dela nunca vi. O Xaveco ficava só como secundário, não tiveram sacada de deixá-lo mais visível nas antigas. Se bem que tem muitas histórias hoje bobas como ele frisando que é personagem secundário.

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    5. Pensei que Carminha Frufru ainda pudesse tirar certa onda, o negócio vai mal mesmo!
      Imagino que o motivo do Xaveco antigo ter caído de modo implícito nas graças dos leitores foram suas constantes aparições, meio que chegou a formar trio com Cebolinha e Cascão. Se investissem nele lá atrás, o mantendo como secundário clássico daria muito certo, certeza!

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    6. Rolou redundância em "...daria muito certo, certeza!", pequeno deslize.

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    7. Vai muito mal. Fato. Sobre Xaveco, até tinha participações marcantes como em planos infalíveis, mas ter uma personalidade própria e histórias solo com frequência não teve na fase clássica. O Emerson ajudou na construção de deixar o Xaveco com mais visibilidade a partir dos anos 2000 e ter característica própria, apesar de ser bocó assim.

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    8. Se ao menos fizessem uma história tipo flashback contando como a Carminha conheceu a turma...

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    9. Desanime não, caro(a) comentarista desconhecido(a)! Gibis antigos da Magali não são tão raros assim, podem ser encontrados com relativa facilidade em sebos virtuais e até mesmo nos físicos, absoluta certeza não tenho, parece que Frufru estreia em "Modelo e manequim", revistinha da comilona número 92 ou 93 Ed. Globo.
      Impedi-la de esnobar é avacalhação mesmo... Limbo pelo menos é digno.

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    10. Zózimo, a história de estreia com a Carminha Frufru foi a história de abertura de Magali 93 d 1993, aí eles se conheceram nessa história no concurso de modelos.

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    11. Então acertei, é uma cuja capa Magali toma "sorvete de melancia", equilibrando três fatias sobrepostas da fruta em uma casquinha. Tendo a associar primeira aparição dela ao ano anterior, até que faz sentido, nº93 é o primeiro de Magali do ano de 1993.

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    12. Sim. Mas nessa história dá a entender que elas já se conheciam antes. Eu gostaria de uma história contando como elas se conheceram.
      Ou pelo menos uma história solo pra ela. Não é tão difícil assim. É só colocar uma personalidade a mais pra não ficar na mesmice de garota rica e esnobe

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    13. Entendo e concordo, a princípio parece muito simples, e pela lógica deveria ser mesmo, mas com a frescurada que se tem atualmente, como deixar uma personagem assim interessante sem esbarrar em algum pseudoproblema? A Turma da Mônica clássica infelizmente de certa forma transformou-se em lixo devido às sociedades ocidentais terem se tornado ridiculamente escalafobéticas, para não falir a MSP teve que se ajustar a este triste e tétrico quadro.

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    14. Eu gostei dessa coincidência na revista da Magali. A n° 92 ser a última do ano 1992 e a n° 93 ser a primeira do ano 1993, sendo que fica mais marcante a n° 93.

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    15. Sobre a Carminha de fato não mostraram uma com ela se mudando para o bairro, acho que intenção inicial era pra aparecer só naquela história da Magali 93, aí depois viram que podia render outras histórias e a deixaram fixa.

      A personalidade dela é ser metida e esnobe. Como politicamente correto não permite mais histórias assim a personagem ficou sem função, aí história solo hoje seria mais difícil. Perderam oportunidade de terem feito uma solo dela nos anos 1990, agora é mais complicado.

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    16. Não custa nada sonhar um pouquinho, né? Eu mesmo estava pensando em fazer uma fanfic que mostra como a Carminha conheceu a turma

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    17. Não custa sonhar, pode até ter, mas seria algo bobo porque a personalidade dela antiga não tem mais, no máximo poderiam deixá-la no estilo da Denise.

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    18. Tempos atrás era o pop que não poupava ninguém, como é dito em "O Papa é Pop", canção de Engenheiros do Hawaii, hoje em dia é o politicamente correto que não poupa ninguém. Temos que dormir com o silêncio ensurdecedor da censura que há muito deixou de ser velada. A Turma da Mônica se tornou aquele sensacional trio de macaquinhos, um nada ouve, outro nada vê e outro nada fala, vedando os sentidos com as próprias mãos ou patas, por vontade própria ou coagidos? Gostaria muito de saber quem foi o gênio que criou magnífica simbologia, tem jeito de ser coisa de filósofo. A MSP se valeu muito dessa simbologia para compor tiras e gags para capas de gibis, totalmente demais esses macaquinhos ou miquinhos!

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    19. Verdade, lembra mesmo aqueles macaquinhos, Difícil saber quem criou essa simbologia, mas foi bem criativa. De fato, censura tá demais nos gibis, fica muito chato, por isso as crianças enjoam logo. Não troco os antigos por nada.

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    20. Revistinhas antigas de Mauricio de Sousa são o que de fato nos interessam, são o que nos movem, quem conhece filé mignon não rói ossos. O que se tem hoje é um céu de pureza, florido demais, tipo cemitério em Dia de Finados, falando nisso, Dona Morte, Penadinho e Muminho do passado têm sangue nas veias e corações batendo se comparados com Mônica, Cebolinha, Cascão, etc da atualidade que mais parecem zumbis, morreram e esqueceram de deitar de tanta pureza e ternura, duvido que Zé Vampir se interesse por esse tipo de sangue "puro" de tanta doçura, corre da cruz e do diabo da diabetes.

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    21. Kkkk. Bem assim mesmo. Coisa tá tão feia que parece que Zé Vampiro nem morde mais pescoço das pessoas. Pelo nunca mais vi quando folheio nas bancas. Tem que ficar nas antigas, sem dúvida.

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    22. Na minha opinião, deviam fazer um almanaque separado pra republicar as histórias mais incorretas sem alterações. Mesmo que fossem classificar pra maiores de 10 anos (o que é bem provável dependendo das histórias absurdas que fossem republicada), seria uma ótima forma de agradar os fãs da época do politicamente incorreto.

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    23. Seria ótimo, entretanto, praticamente impossível na atual conjuntura, mesmo contendo selos de classificação etária advertindo que edições assim seriam inapropriadas para menores de tal idade, despertaria atenção do público abaixo da classificação para tais edições e certamente comprometeriam as vendas dos gibis caretas, seria mais ou menos um contrassenso por parte da MSP, sei lá, atirar nos próprios pés, digamos assim. Se bem que sou a favor do retorno da CHTM, encerramento lamentável!

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    24. Seria uma boa, mas muito difícil isso porque como são personagens infantis, muitas crianças iam querer comprar. Se até Coleção Histórica tinha alterações e que eram mais voltada ao público mais velho, qualquer edição teria.

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    25. Sei lá. Eles poderiam deixar o almanaque muito bem embalado ou fazer um tipo de trava especial para crianças não abrirem facilmente ou fazer um frontispício ameaçador. Seria o único jeito de republicar certas histórias como "eu guardo o que é meu" ou "Magali tãao sensual" sem causar tretas.

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    26. Se os pais não permitirem ler, aí seria mais tranquilo. Infelizmente tem muitas impublicáveis ou então fazendo aquelas alterações toscas, o que acho pior ainda.

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    27. Estamos passando por restrições tão absurdas, censura antigamente andava pareada com sanidade, lógica e bom senso. Cenário de vacas esqueléticas é o que temos hoje em dia, coisas banais se transformam em problemas, nada pode, tudo ofende, traumatiza... Lucidez e ponderação se tornaram artigos de luxo.

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    28. Isso aí, tudo ofende e traumatiza hoje, isso quando não querem processo. Problematizam tudo, por isso mundo está chato.

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  9. Eu lembro de ter tido esse almanaque do final onde saiu essa história, mas sabe o que é pior? É que tendo em vista o lance do PC e de como tá hoje, esse final no estúdio parece até uma premonição.

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    1. Infelizmente acabou sendo uma premonição, pra ver como anda o estúdio hoje.

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  10. Talvez a parte do Mauricio quase sendo afogado seria incorreta hoje em dia.

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