domingo, 24 de outubro de 2021

A turma: HQ "A festa do pijama"


Dia 24 de outubro é o aniversário do Cebolinha e em homenagem eu mostro uma história em que a turminha fez uma surpresa com uma festa do pijama na casa dele. Com 15 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 131' (Ed. Globo, 1997).

Capa de 'Cebolinha Nº 131' (Ed. Globo, 1997)

Escrita por Emerson Abreu, começa com a campainha da casa do Cebolinha tocando, quando ele estava dormindo, e ao abrir a porta era a turminha com um bolo e fazer surpresa para ele. A turma entra levando também fitas-cassetes e salgadinhos.

Cascão pergunta ao Cebolinha se gostou da surpresa. Cebolinha reclama que são 11 da noite e quer saber que tipo de surpresa querem fazer e Cascão diz que é festa do pijama. Cebolinha pergunta porque na casa dele. Cascão diz que queria aproveitar o aniversário do Cebolinha, que seria no outro dia e se fizessem no mesmo dia não seria surpresa.

Cascão entrega o presente do Cebolinha, todos fizeram vaquinha para comprar e quando ele vê era prendedores de cabelo como a "Chucha" (Xuxa) usa.  Cebolinha reclama que é um presente mixuruca e quer saber por que eles compraram. Cascão diz que gastaram todo dinheiro na festa. Cebolinha pede desculpas, pois não sabia que a festa foi tão cara e Cascão diz que não era para ser, mas a Magali comeu toda a comida e eles tiveram que comprar tudo de novo.

Titi chama os dois para a festa, Cebolinha se anima porque nunca foi a uma festa do pijama. Titi coloca o som e Cebolinha avisa que é tarde e os pais dele estão dormindo. O som toca alto com a música "Dancin Days" e acorda Seu Cebola, que chega com uma vassoura na mão berrando que os inimigos estão atacando e manda todos que correr para os abrigos. Cebolinha conta que é só uma festa surpresa que a turma preparou e o barulho era só o rádio e desligam.

Cebolinha manda o pai voltar para a cama. Titi sugere colocar a fita dos "Roimundos" (Raimundos), Cebolinha reclama que estão na casa dele e então é ele quem escolhe a música e ele quer ouvir "Cantigas do Ursinho Bilu". Titi fala, então, que na próxima a festa vai ser na casa dele.

Mônica pergunta se tem refrigerante na casa do Cebolinha. Ele pergunta se não tem na geladeira e Mônica pergunta se ele só tinha uma geladeira porque a Magali comeu tudo que tinha lá. Magali dança e canta paródia de parabéns para você, que só veio pra comer e o presente esqueceu de trazer e manda cortar o bolo.

Mônica chama para brincarem de dança de cadeiras enquanto Titi cuida do som. Mônica diz que quem ganhar vai recitar um poema e Magali pede para o Titi colocar a música da dança do "Tchum" (É o Tchan). Cebolinha grita para eles ficarem em silêncio e o pai acorda de novo com vassoura na mão pensando que está sendo atacado por inimigos e precisa Cebolinha fazer o pai voltar para cama.

A turma quer agitar a festa e Cebolinha diz que já é tarde e não quer bagunça lá. Eles falam que é impossível uma festa sem bagunça, é como se fosse andar na chuva sem se molhar. Cebolinha diz para eles brincarem em silêncio. Mônica sugere ficarem lendo poesia a noite toda e Titi, fazer a brincadeira do copo. Cascão diz que isso não tem graça e Titi sugere fazer um strip-tease se eles quiserem.

A campainha toca, Cebolinha atende e eram os outros convidados: Marina, Nimbus e Do Contra. Marina e Nimbus desejam feliz aniversário ao Cebolinha e Do Contra vem de coelho desejando Feliz Páscoa e dando ovo de Páscoa para ele. Cebolinha volta para sala e vê Titi fazendo strip-tease para as meninas enquanto dançava música do "Tchum". Cebolinha acha uma pouca vergonha e manda Titi parar e vestir a roupa.

Eles resolvem então cortar o bolo, cantam parabéns ao Cebolinha, ele assopra a vela. Titi fala que completando seis aninhos já está virando homenzinho e Cebolinha comenta que acha que fez 6 anos ano passado. Mônica pergunta ao Cebolinha para quem quer dar o primeiro pedaço do bolo. Magali pensa que é para ela e Cebolinha diz que é pra pessoa mais bonita e legal que está na sala: ele próprio.

Magali comenta que o aniversariante não pode se dar o bolo. Na briga para pegar o bolo com Magali, Cebolinha acaba jogando o bolo na cara da Mônica. Ela tenta jogar bolo nele, mas ele abaixa e acaba caindo na cara da Marina. Magali reclama para pararem de jogar comida fora, mas em vão, e começa a guerra de bolo e de travesseiro, um tacando bolo e travesseiro no outro, com direito a Mônica girar o Do Contra como se fosse o Sansão por ele estar vestido de coelho.

No dia seguinte, Seu Cebola acorda e comenta com a esposa, Dona Cebola, que sonhou que eles estavam sendo invadidos por inimigos e estava começando uma guerra. Dona Cebola diz que é bobagem e quando Seu Cebola aparece na sala, vê a turma toda dormindo na sala jogados e a sala revirada com a guerra de bolo e travesseiro que teve na festa do pijama e Seu Cebola comenta que se não houve guerra, não sabe o que aconteceu.

Uma boa história com a turma fazendo uma festa do pijama para comemorar o aniversário do Cebolinha. Foi de surpresa, sem Cebolinha e nem os pais dele saberem e assim a preocupação do Cebolinha de não fazerem barulho para os pais não acordarem. Interessante nem pedirem autorização para os pais darem festa lá, absurdos de histórias em quadrinhos. 

Ficou um roteiro livre com situações típicas de uma festa de pijama, com muitas gags como estilo do Emerson em suas histórias e terminando com humor pastelão com guerra de bolo. Foi engraçado o presente ser uma xuxinha de cabelo sendo que o Cebolinha só tem 5 fios de cabelo, ficou sendo um deboche por isso, além do valor insignificante de uma xuxinha a ponto de eles fazerem vaquinha. Foi legal também a Magali comer tudo da geladeira do Cebolinha, o strip-tease do Titi, entre outros. 

O comentário do Cebolinha de ter feito 6 anos ano passado foi uma brincadeira com o mistério de todos os anos os personagens sempre fazerem mesma idade, voltarem a fazer idade que já tinha quando fazem aniversário. Sendo que essa idade seria alterada em republicações atuais porque os personagens agora tem 7 anos nas revistas. Fizeram essa mudança para colocarem histórias com eles na escola.

Tiveram nomes de artistas e bandas musicais parodiadas, era comum ter parodias com nomes de artistas famosos e até que eram criativos, dessa vez com Xuxa, Raimundos e É o Tchan. Hoje são datados e ficam em clima de anos 1990. A música "Dancin Days", apesar de ser originalmente das Frenéticas, provavelmente a intenção é que os personagens estavam ouvindo a regravação de Lulu Santos de 1996, mais recente até então. Outra coisa datada era fita-cassete, que ainda era frequente em 1997, mas hoje não existe mais. A palavra "strip-tease" ficou aportuguesado para crianças entenderem.

Impublicável hoje pelo tema de fazerem festa do pijama sem consentimento dos pais do Cebolinha, crianças acordadas 11 da noite e madrugada adentro, Magali dando prejuízo de comer tudo da geladeira do Cebolinha, Titi fazendo strip-tease na frente das meninas, citação à brincadeira do copo para invocar espíritos, desperdício de bolo enquanto tacava um no outro, nada disso pode nos gibis atuais e definitivamente sem chance.

Os traços ficaram bons, típicos da segunda metade dos anos 1990, até que eu gostava dos desenhos assim. Chama atenção dos personagens o tempo todo com língua de fora, que é uma característica das histórias do Emerson na época. As linguinhas apareciam quando o outro personagem falava uma piada infame ou uma bobeira ou deboche, assim como também personagens ficavam com cara de espanto, com corpo inclinado, braços e mãos abertos e pés para cima em situações assim e ficando claro que já estava começando a ter mudanças nas revistas. Até que gostava das linguinhas assim porque pelo menos não tinha as caretas exageradas que adotou depois nas histórias dos anos 2000. 

Nota-se também os personagens mais sarcásticos e debochados nas histórias do Emerson como não eram vistos em outras histórias de outros roteiristas, inclusive Magali sendo assim. A fala do Seu Cebola "corram para os abrigos" ainda não era fixa, depois mudaram para "fujam para as montanhas" e "fujam para as colinas", colocando esses bordões quando acham que estão em situação de perigo.

FELIZ ANIVERSÁRIO, CEBOLINHA!!!

73 comentários:

  1. Ótima história. Me amarro nessas histórias com situações de caos e confusões. Muito boa! Aliás, sendo do Emmerson, é até um milagre não aparecerem nem Denise nem Xaveco.

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    1. Sim, foi só confusão e bagunça. A Denise ainda era secundária aparecendo só de vez em quando sem personalidade definida e com cabelo diferente a cada história, seria mais difícil aparecer. O Xaveco até daria pra colocar. Ele passou a colocar Xaveco e Denise fixos em suas histórias a partir dos anos 2000.

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  2. História engraçadinha, melhor seria se a turma não apresentasse comportamento de crianças de condomínio fechado. Mandaram bem no striptease de Titi e em Do Contra substituir Sansão involuntariamente, às vezes ser diferente de todo mundo sai caro.

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    1. O strip-tease do Titi foi a cena mais incorreta de todas. Se hoje não pode nem mais mostrar crianças sem camisa quanto mais tirando roupa na frente das meninas. E o Do Contra as vezes se dava mal por querer ser diferente, nessa não foi bom pra ele se vestir de coelho de Páscoa.

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    2. Acho que sei o motivo de estarem assim, o aniversariante completa seis anos, com seis para sete são mais ousados, Titi também deve estar um ano mais novo, se tiver uns dez, está com nove nesta. Em 1997 Cebolinha ainda não era quarentão, vinte e quatro anos depois... Já passou da crise da meia-idade.
      Do Contra e os outros que chegam depois na comemoração ainda não são trintões em 2021, o aniversariante e os que chegam com o bolo têm idades para serem avós deles.

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    3. Acho que agiram assim por estarem dentro de casa o tempo todo, fora que normalmente eles agiam diferente em histórias do Emerson. Quando os personagens tinham 6 anos, o Titi tinha 9, acredito que quando mudaram pra 7 anos, o Titi passou a ter 10 anos até também pra poder pertencer a Turma do Bermudão, bem chata por sinal. Em idade real de criação, não digo que os mais velhos seriam avós do Do Contra, mas pais dele dava tranquilo, pois são cerca de 30 a 34 anos de diferença entre as criações deles.

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    4. É que precocemente é possível, veja:
      Um sujeito nascido em 1960 se torna pai em 1977, seu filho também com dezessete anos lhe dá um neto, criança nasce no ano em que Do Contra e o irmão estream nos quadrinhos. 1960-1977-1994.
      Magali é a mais nova dos cinco, mas, mediante precocidade também tem idade para ser avó dos três: 1964-1979-1994.

      Agora entendi, não havia lido sua postagem, roteiro do aclamado Emerson, sutilmente apresentam expressões, posturas que mais adiante se tornam "indispensáveis", determinados momentos o aniversariante mostra língua de forma desnecessária, explicado!

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    5. Só para constar meu erro: "...Do Contra e o irmão ESTREIAM nos...", só porque o "I" é magrinho vai passar batido? Injustiça, pode não!

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    6. Existe possibilidade remota quando a pessoa e filho tem filhos muito novos ainda adolescentes, conheço uma mulher que vai ser vó agora aos 38 anos, mas no geral na faixa dos 30 anos é ser pai. Pois é, a história é do Emerson, por isso algumas coisas sem noção e mais absurdas do que o normal e as famosas línguas de fora o tempo todo.

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    7. Tudo bem, erro corrigido aí rs.

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    8. Sem noção são as fatias do bolo que com impactos dos arremessos se transformam em mingau.

      Nos aniversários dos 80s de Mônica, Cebolinha, etc, isto é, da criançada mais nova que Franjinha e cia, há algum em que claramente se comemora sete anos? Qual é a primeira HQ que deixa isso claro? Seria da década de 1990?

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    9. Sem noção mesmo rs. Não sei se tinha personagens com 7 anos nos anos 1980. O Chico inicialmente tinha 7 anos e depois passou a ter 8 anos durante os anos 1980. Não sei a primeira história que passaram a ter 7 anos em definitivo, pode ser que foi a partir de 2004, o Chico continuou com 8 anos após essa mudança.

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    10. Historinha legal com todas Os personagens juntos..o Emerson e ótimo em histórias com confusão

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    11. Miguel, histórias com confusão é com ele mesmo.

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    12. Os pés de Marina estão como os de Mônica, Magali e Cascão, conheço poucas histórias dela e com ela, sei que usa tênis e que Franjinha é parado na dela, acho que os pés da guria não são originalmente assim.

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    13. Os pés da Marina devia ser com dedos porque ela usa tênis. Provavelmente foi erro do desenhista por estar acostumado a desenhar pés sem dedos e sapatos. Porém, não lembro de ter visto outra história com Marina descalça e se foi só essa, aí fica sendo um caso de uma personagem sem dedos, mas que usa tênis.

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    14. Sei lá, parece que os vi na forma humana, também não sei qual forma é original. Maria Cascuda muitas vezes aparece calçada, mas sempre com pés elípticos, sem dedos e sem tornozelos visíveis, aparente ausência de tornozelos é padrão visual em todos que possuem pés assim.
      Marina possui visual marcante, pena que não lhe atribuíram característica comportamental igualmente marcante, consigo imaginá-la com traços dos 1970, em todas as fases dessa década consigo visualizá-la, não consigo o mesmo com Do Contra e o irmão, talvez Nimbus se aproximasse do aspecto do tal Massaru, mas não consigo visualizar.

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    15. Se já a viu com pés com dedos, essa deve ser a forma tradicional então. Normalmente esses personagens com sapatos o normal é ter dedos e se aparecem sem em uma história seria erro de desenhista. Acho a Marina muito sem graça, poucos conflitos, só faz desenhos da turma, as melhorzinha eram com Franjinha tentando namorar com ela sem ser correspondido, coisa que nem tem mais hoje. Porém, ela tem visual muito bonito, cabelo lindo.

      Sobre esses 3 como personagens dos anos 1970 iam ficar estranhos, principalmente o Do Contra já que ele foi criado com um estilo de traços diferentes dos outros personagens de propósito pra ser diferente até nos traços. No caso teriam que criar um outro estilo diferente do que usavam nos anos 1970.

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    16. Marina tem o padrão visual dos demais, por isso consigo encaixá-la nas três ou quatro fases dos 70s, já os dois possuem traços bem diferentes e posso dizer até simplórios para o alto nível de criatividade do cartunista, parecem esquimós e bonecos Playmobil, mas compreendo a sacada em relação ao aspecto de Do Contra, a ideia foi mesmo sair do padrão, diferenciá-lo ao máximo, denotando que contraria até nos traços. Dizem que o grupo de pagode Só Pra Contrariar quis contratá-lo, os tapados foram contrariados, não perceberam que o moleque só usa camisas pretas, gosta mesmo é de rock pauleira.

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    17. Isso aí, foi diferenciá-lo, boa sacada isso.

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    18. Achei engraçado chamar um ( a ) personagem da turma da mônica de guri e guria ! kkkkkkkkkkkkkkkkk .

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    19. Matheus, foi engraçado mesmo. Guri e guria são termos gaúchos, até estranho falarem por serem paulistas.

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  3. Muito boa... tenho essa na coleção! ;)

    http://blogdoxandro.blogspot.com/

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  4. HQ bacana, com absurdos cômicos e divertidos. Achei o striptease do Titi meio "sem-noção", mas tudo bem, valeu pelo humor. Curioso que nos anos 70 e até nos 80 os personagens pareciam ser crianças de uns 10 anos pelo menos, mas mesmo assim faziam coisas hoje impossíveis, como ir no cinema sozinho, andar de ônibus, passear pela cidade, entrar nas lojas, etc.

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    1. Histórias do Emerson eram sem noção mesmo, fora juntando o incorreto característico da época. E eu gostava dessa autonomia das crianças fazendo tudo sozinhas, pagarem as contas, etc, era bem engraçado.

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    2. O que tem de engraçado em um idoso de mais de 60 anos de idade em um corpo de criança se virar sozinho? (Só os gênios vão entender esse comentário kkkkkkkk)

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    3. kkkk, considerando idade real é o que acontece rsrs,

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    4. É que Cebolinha, Mônica e a garotada do bairro não são da Disney, porém, o Limoeiro é uma versão tupiniquim da Terra do Nunca. As HQs em que entram em agências bancárias sem pais e responsáveis são minhas favoritas no quesito autonomia pueril.

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    5. Era engraçado eles entrando em banco. Já teve até Cascão depositando dinheiro no banco levando saco com grana pra lá. Essa autonomia vera muito boa, são histórias em quadrinhos e podia tudo antigamente.

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    6. Há uma em que Mônica está com um cofrinho formato de porco e a agência é assaltada, parece ser de "Fofocas mil", final dos 1970.
      Mesmo "A festa do pijama" que ainda com o despir de Titi contém um ar bem mais contido, mais voltado para as criancinhas, não há como negar a autonomia, fazem festa surpresa que se inicia às onze da noite, a mãe do Cebolinha não dá as caras durante a balbúrdia e o pai interfere sem um pingo de autoridade, facilmente ludibriado, e os pais da molecada? Também deram pernadas neles saindo escondidos ou falaram a verdade e por ser surpresa não confirmaram com os pais do aniversariante confiando plenamente nos filhos? Não chega aos pés da autonomia deles em HQs ainda mais antigas, mas, dentro das posturas mimadas típicas de crianças de condomínios fechados estão claramente independentes.

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    7. Em "A festa do pijama" não tem a pegada dos anos 1980, mas de certa forma tiveram suas autonomias de acordo com as limitações. De fato, os pais não tiveram autoridade, nem os do cebolinha nem os das outras crianças cujos pais deixaram sair de casa 11 da noite. Pelo menos teve coisas incorretas, hoje a situação tá pior.

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    8. Pior foi em uma história em que a Mônica fica brava porque o pai dela olhou pra uma mulher, e a Mônica fica xingando e humilhando ele. E ao invés de ameaçar bater nela ou colocar ela de castigo, ele fica com medo como se a Mônica tivesse autorização para bater no próprio pai

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    9. Concordo! "A festa do pijama" já claramente limitada se comparada às HQs ainda mais antigas é muito superior à TM clássica atual e até de mais ou menos dezoito anos atrás.
      Trama em que a turma zanza por madrugada afora sem consentimento dos pais é "Cadê o meu dentão?", e ainda para solucionar um mistério promovido por dois bandidos, isso sim é a Turma da Mônica visceral, a que pago pau, tem minha audiência até hoje e certamente continuará tendo, não enjoo dessa qualidade excepcional. Existem muitas outras ótimas HQs com a gurizada não autorizada pelos pais e responsáveis batendo pernas até altas horas. Nenhuma dessas incorreções das histórias da MSP do Velho Testamento serviram de maus exemplos para mim enquanto guri.

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    10. Verdade, tiveram várias histórias excelentes ambientadas de noite, seja na rua ou até mesmo em casa, mas que outros precisaram sair da sua casa de noite pra ir na do amigo. E nada disso traumatizou. Essa "Cadê o meu dentão?" é muito legal, bem lembrada.

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    11. Tb acho...gibi e algo de nostálgico..ate que outro dia vi uma mãe recusando comprar o almanacao de férias porque anda fazendo malcriado..que bom que ainda é algo na vontade dos pequenos

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    12. É, pessoal, as crianças de minha geração não conviveram com ficcional e realidade de forma conflituosa, tudo estava claro, bem delimitado, bem definido, e fluía muito bem assim, sem a menor cerimônia os pais, os responsáveis, a sociedade nos deram esse suporte da forma mais natural possível, tanto explicavam quanto repassavam instintivamente, nesse quesito tivemos qualidade de vida. As crianças de hoje também têm essa compreensão natural das coisas, só não desenvolvem plenamente tal capacidade por falta de suporte que os pais não estão dando, preferem distorcer a ordem natural das coisas, o que sem dúvida é nocivo, prejudicial, não estão preparando gradativamente a criançada para encarar os fatos, e também é extremamente irônico pois muitos desses cidadãos e cidadãs são da minha geração. Se estivessem vivos, Freud, Lacan, Jung explicariam essa aberração comportamental antinatural por parte maternal e paternal, que falta fazem...

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    13. Só diferenciar realidade e ficção que dá tudo certo. E os pais não entendem isso. Uma pena.

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  5. Bem sem-noção esse strip-tease do tarado Titi,típico dos anos 90,da Banheira do Gugu em tardes de domingo,de Os Morenos cantando de sunga ao vivo,depois de terem protagonizado a mesma banheira,e da "Dança do Strip-Tease",da Cia. do Pagode,que depois da "Boquinha da Garrafa",continuou disputando com o Tchum,digo,Tchan quem ousava mais na sensualidade nas apresentações.

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    1. Acabou Titi sendo tarado, a Aninha que não ia gostar nada de saber disso rsrs. Creio que foi inspirado na banheira do Gugu, que adoravam ter esses grupos de Axé participando, e tinha sim Dança do Striptease cheio de sensualidade e ninguém reclamava passando na TV.

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    2. Passabdo na TV à tarde!Se fosse à noite,depois das 20 horas,eu não reclamaria,e o mesmo digo para as vinhetas "Globeleza",que eu adorava.

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    3. uma mulher nua de dia num comercial ..tanemt8nha filmes malucos co o ekciraa rainha das trevas e aquele gremimhs que passava de tarde.pesadinjo

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    4. Era bem bizarro horário que passava, mas aí os pais que não aceitavam, era só não assistir, mudar de canal, não era obrigado a assistir.

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  6. Quando foi a última vez que mostrou um pai ou uma mãe batendo no personagem?

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    1. Não sei dizer a última vez, mas deve ter sido nos anos 1990, por volta de 1995. Lembro de uma da mãe do Cascão batendo nele em 1994, mas deve ter tido outras até pararem de mostrar.

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  7. Marcos, no post da história "o dia mais quente do ano" vc disse que só Deus poderia apagar os 3 sóis ou mudar a órbita do planeta. Mas vc se esqueceu de Scrat (o esquilo de a Era do Gelo), o cara que acidentalmente salvou centenas de animais de uma inundação, separou os continentes duas vezes, chegou ao núcleo da Terra sem morrer, criou o sistema solar e DESTRUIU TODA A VIDA EM MARTE (p.s: eu sei que não tem nada haver com o POST, mas eu queria fazer uma piada kkk

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    1. É, mas aí seria ficção também como naquela história. De qualquer forma valeu a piada.

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  8. Mônica 500 foi o primeiro gibi em que todas as histórias estão interligadas uma com a outra? Ou teve algum outro que já fez isso antes?

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    1. Parece que foi a primeira história assim até hoje em um mesmo gibi.

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  9. Quer saber duma história com final pra lá de imcorreto? Não me lembro muito bem, mas acho que era assim: a mãe do Cascão lavou a roupa dele e um monte de gente comentava, dizendo que o Cascão era limpo só porque a roupa dele tava limpinha. Solução? O Cascão saiu pra rua pelado só pra ninguém achar que ele era limpo! XD

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    1. Bem incorreta mesmo, não lembro dessa.

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    2. Há uma parecida, de encerramento de Cascão nº28 de 1983 chamada "Roupa lavada" em que o guri levanta da cama só de cueca e não encontra dentro do guarda-roupas seus tradicionais calção xadrez vermelho com suspensório e camisa amarela, estão secando no varal, em protesto ao que a mãe fez sai de casa vestido como saiu da cama, na verdade sai correndo, pois Lurdinha atenta para lavar a cueca também, passa raiva e vergonha fora de casa, decide voltar e se depara com a mãe chorando porque as roupas do filho lavadas com tanto carinho haviam caído em uma pequena poça localizada exatamente abaixo do varal, trama termina com ela assistindo Cascão se sentindo realizado ao vestir as roupas naquele estado.

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    3. Essa eu lembro, Zózimo, muito boa.

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  10. Galera, 27 de outubro é aniversário de Mauricio de Sousa.
    Parece que irá finalmente estrear o tal personagem LGBTQIA+, movimento identitário com muitas letras, poderiam simplificar, como está na moda complicar, tendência é aumentar ainda mais a sigla.

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    1. Sim, aniversário do Maurício. E não tô sabendo desse personagem gay, nunca tinha ouvido falar.

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    2. Já ouviu falar sim, Marcos, é um que tem o dedo de Mauro Takeda, o muso inspirador do Nimbus. Se de fato sair (do armário) mesmo tal personagem, esse filho de Mauricio de Sousa vai ser o único que inspirou duas criações. Será que fará parte da TM tradicional? Está mais para TMJ.

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    3. Vi a matéria hoje, foi por causa do filho dele, o Mauro. Não ficou claro em qual turma vai ser, mas provavelmente deve ser TMJ, que gostam de representatividade.

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  11. Essa revista já é da época que eu tinha parado de comprar gibis, comprei até Cebolinha 115, de julho de 1996. Depois disso, só voltaria a comprar algum gibi quase 20 anos depois. Acho que o Emerson ainda não era roteirista em 1996 ou antes disso, não me lembro. Definitivamente, acho o estilo dele muito bobo e exagerado. Mesmo mais moderado nessa história, já se notava gestos bruscos constantes, linguas de fora com frequência, bordões e comportamento dos personagens meio forçados. Depois disso, de 2000 em diante, deram mais liberdade pro Emerson e ele descaracterizou muita coisa nos personagens. Pelo menos, nessa história de 1997 ainda não prevalecia o politicamente correto.

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    1. O Emerson estreou na MSP em 1996, mas eram histórias normais que nem sabia que era dele. Em 1997 que começou a colocar o estilo dele de leve com línguas de fora e comportamentos dos personagens meio diferentes como viu nessa história e aí nos anos 2000 piorou porque exagerou em tudo. Se ele continuasse assim não seria ruim, seria só um pouco diferente do que de outros roteiristas. Antes só língua de fora assim do que as caretas exageradas com eles parecendo monstros.

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  12. Milagre o Emerson escrever uma historia como essa e não colocar a Denise

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    1. Na época o Emerson ainda não prestava atenção na Denise. Ela começou a aparecer nas histórias escritas por ele a partir de 1998, ainda com visual diferente a cada história. A primeira foi "A brincadeira do copo" de Magali 225 de 1998.

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  13. Você pulou a página 6 aí (que inclusive é de onde saiu aquele quadro da introdução)...

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    1. Corrigido o erro, tinha esquecido, se bem que no texto da postagem está o conteúdo da página que estava faltando.

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  14. Repare na 11ª página da história que a mônica , a marina e a magali estão na mesma pose e mesmo desenho .

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    1. Verdade, mas como eram desenhos a mão ficaram até naturais, quase imperceptíveis mesmo sendo iguais. Se fosse hoje, ia ser bem notório e feios.

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  15. O titi dançando só de cueca na frente das meninas e o cebolinha dormindo de xuxinha ! kkkkkkkkkkkkkkkkk .

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  16. Apesar do sansão estar na capa , ele não aparece na história .

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  17. A mônica dormindo com o do - contra fantasiado de coelho ! kkkkkkkkkkkkkkkkk .

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  18. Gostei do cebolinha com língua de fora no primeiro quadrinho da 12ª página , também com ele assoprando as velas no segundo quadrinho da mesma página .

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    1. Ficou legal. Língua de fora assim eu gostava também.

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