sábado, 16 de janeiro de 2021

Piteco: HQ "As sombras da vida"


Nessa postagem mostro a clássica história "As sombras da vida" em que o Piteco encontra três senhores que apreciam a vida através das sombras que passam pela entrada da caverna deles. Um grande clássico lançado em janeiro de 1981 inspirado no Mito da Caverna de Platão e que está completando 40 anos. Com 5 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 129' (Ed. Abril, 1981). 

Capa de 'Mônica Nº 129' (Ed. Abril, 1981)

Escrita por Rubens Kyiomura (Rubão), Piteco está caçando um dinossauro e ouve vozes e aplausos quando passa em frente a uma caverna. Falam que foi linda, mas pena que passou depressa e quando passa um dinossauro falam que é feia. Piteco estranha e vai lá e vê 3 senhores  de costas para a frente da caverna vendo imagens através das sombras que aconteciam na frente da caverna. Como Piteco fica parado em frente, eles reclamam que é uma forma feia e  mandam sair fora.


Piteco pergunta o que eles estão fazendo e eles falam que estão contemplando a vida, como se tivesse outra coisa para fazer. Piteco comenta que só tem uma parede ali e surgem outras pessoas passando em frente à caverna e os senhores ficam admirando a beleza delas. Piteco fala que é só uma sombra e deviam contemplar os donos dela e eles não acreditam e falam que Piteco está enganado e a vida é aquela onde estão vendo. Piteco fica admirado que eles acham que o mundo todo está naquela parede e resolve ficar na frente da parede, falando que se querem apreciar a vida, ele é a vida de verdade.

Os senhores ficam brabos e correm atrás dele e na correria saem da caverna. O clarão faz cegar os senhores, já que não estavam acostumados com claridade e se arrependem de terem parado de contemplar a vida. Piteco diz para eles abrirem os olhos devagar e aproveitarem tudo que podem ver lá fora. Quando abrem, se surpreendem  com a beleza, acham muito lindo a vida lá fora e agradecem o Piteco de mostrar a verdade, se não fosse ele, ficariam a vida toda olhando só as sombras da vida. Se despedem do Piteco para contemplarem o mundo do lado de fora.

Há uma passagem  de tempo através dos séculos até chegar a atualidade até então e no final acontece a mesma cena com o descendente do Piteco passando em frente a uma casa e vê 3 senhores  contemplando a vida somente através do que passa na televisão, como se não tivesse outra coisa para fazer e sem saber o que passa no mundo real, além da televisão.


História filosófica sensacional baseada no Mito das Cavernas do filósofo grego Platão com comparação à atualidade com excelente mensagem de reflexão. Os senhores só conheciam a vida através das sombras projetadas na parede das pessoas e bichos que passavam em frente à caverna, pensavam que o mundo e a vida eram só aquilo e não aceitavam quando falavam a verdade para eles, e quando Piteco os levou para fora da caverna, eles finalmente descobriram que não existia vida só nas sombras e ficaram encantados com a vida real e a verdadeira beleza. E o fato se repetiu na atualidade até então com os descendentes deles fascinados com a televisão, conhecendo a vida só através da televisão e sem saber o que se passa na vida real.

Incrível que passados 40 anos, a história do Rubão continua atual, muita gente continua alienada com conteúdo de televisão ou internet e sem olhar o que está à sua volta, como se a vida se resumisse aos meios de comunicação. Enquanto os homens da Pré-História admiravam as sombras, na atualidade admiram a televisão e internet, mudam só a forma do que admiram, mas a ideia de alienação é a mesma de não aproveitarem a vida existente além da televisão e internet. E ainda pode ter outras interpretações como ser alienado de só acreditar nas coisas que lhe convém, tem que ser aquilo que acham que é a realidade do seu mundo, até alguém provar a verdade (ou nem isso), permite o que acontece no mundo só do seu jeito sem aceitar outras diferentes formas, ou outras interpretações de acordo com a visão de cada um.


Permite também os leitores imaginarem a sequência após o final, se teria o mesmo final ou não que aconteceu na Pré-História. Essa história é tão boa a ponto das pessoas pensarem e interpretarem que é muito usada por professores em conteúdos de aulas de Filosofia, não é difícil encontrá-la em sites de Filosofia e Sociologia na internet, por exemplo.

Foi legal no final os homens falarem "fantástico show da vida" quando estavam vendo televisão, referência e comparação ao "Fantástico" da Rede Globo de Televisão, que provavelmente deviam estar assistindo na hora. Gostava também de quando mostravam passagens do Piteco evoluindo através dos séculos até chegar a atualidade e comparar com a  Pré-História, geralmente uma crítica à realidade. 


Curiosamente, teve créditos de roteirista, desenhista, entre outros, coisa raríssima de ter nas revistas da MSP na época, deve ser por causa de Platão e quiseram deixar com créditos completos, sendo que só teve nomes deles sem sobrenomes, deixando roteirista só como Rubens, o arte-finalista Alvin Lacerda só como Alvin e assim vai. Porém, já foi alguma coisa, já que antes dessa nem isso. 

Parece que essa foi a primeira história a ter créditos e ainda teve uma da Turma do Pelezinho em 1981 e apenas roteirista na história "Uma estrelinha chamada Mariana", de 'Chico Bento Nº 87' (Ed. Globo, 1990). Depois disso, só colocaram créditos completos de forma fixa a partir das revistas de 2015, quando reiniciaram numeração na Editora Panini, a pedido dos leitores para conhecerem os artistas que fizeram cada história, principalmente roteiristas. Essa história chegou a ser postada no antigo portal da Turma da Mônica na internet, só que na ocasião tiraram os créditos de roteiristas, só deixando a referência a agradecimento a Platão.


Os traços muito bem desenhados, típico do início dos anos 1980. Era legal quando a clava do Piteco tinha prego, hoje tiraram isso das revistas. Foi republicada depois em 'Almanaque da Mônica Nº 4' (Ed. Globo, 1988). Termino mostrando a capa desse almanaque.

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 4' (Ed. Globo, 1988)

54 comentários:

  1. Aí está um clássico mauriciano, ou melhor, mauriciano-platônico, digno de premiação.
    A capa deste almanaque é um achado, unindo Limoeiro com Vila Abobrinha. O que me chama mais atenção é como Cascão e Cebolinha são fortes, estão suportando o peso de dez garotos e tudo por causa de uma flor.

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    1. Clássico dos clássicos, sem dúvida. E a capa desse almanaque é muito boa também, Mônica sempre forçuda, quem estava segurando os de cima também têm força considerável. Dessa vez foi só o pessoal da Vila Abobrinha de secundários, preferia que tivesse também secundários de outras turmas, mas parece que a intenção era ter só crianças na capa. Ficou boa assim mesmo.

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    2. Para quem está no térreo não faria diferença se um certo paquiderme tomateiro macarrônico substituísse um dos seis que estão no topo da pirâmide invertida, Mauricio não seria capaz de tal atrocidade com os dois do segundo andar. Reparando melhor, as "carcundas" dos dois estão dando conta de nove, pois Anjinho não faz o jogo da gravidade, só quando quer, preenche a vaga sem ser escorado e ainda compõe parte do assento da sevandija Magali.
      Se o Zé inteligente ficasse com preguiça e não fizesse o devido contrapeso, o Zé burro despencaria levando de brinde a namoradinha de seu primo que está mais preocupado com o chapéu do que com sua cara-metade sendo disputada por dois matutinhos. Ninguém é besta de disputar a Magali, Quinzinho ainda estava na cachola do criador, quiçá nem isso.

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    3. Anjinho não foi carregado por ninguém, só permitiu Magali ficar no seu braço junto com Titi. Se não tiver cuidado, Zé Lelé cai unto com a Rosinha, sim.

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    4. Esta capa é prova de que o entretenimento pode exercer funções didáticas, não há como desassociar esta imagem pitoresca da Física, em menores graus denota-se também elementos de outras disciplinas tais como Nutrição, Química, Psicologia, Artes e Literatura, estas duas últimas são interligadas, neste caso estão em condições distintas.

      O que comprova que Cascão está se lascando muito mais que Cebolinha são as posturas de cada um, enquanto o palmeirense está com a coluna ereta e braços bem esticados para cima tipo um "Y", parecendo estar em uma sessão de ioga, o corintiano está que enverga tipo um "G" ou "C", ou melhor, um "Ç" para ser mais preciso, isto se deve à má distribuição de peso na pirâmide invertida, Anjinho além de flutuar ainda está dando conta de metade do peso pluma de Magali, a outra metade chega até Cebolinha via Titi-Xaveco, escora também Chico Bento e Franjinha que por sua vez suporta metade dos pesos de Rosinha e Zé da Roça sendo que a outra metade do peso do caipira inteligente está amparada por Xaveco.
      Qualquer psicólogo minimamente observador conclui que quem está sustentando a harmonia da pirâmide humana é exatamente aquele que não harmoniza com H²O. Do lado do Cascão não há nenhum magricelo tipo ele, os cidadãos abobrinos que pesam sobre seus caraquentos ombros funcionam à base de inhame, taioba, repolho, moranga, jiló, abóbora, abobrinha então nem se fala e não esquecendo as goiabas que são a dieta-base, ou seja, é muita sustância sobre sua "seca" carcaça, ainda por cima e é aí que entra o mérito, a perninha da letra, o porque do cedilha, sustenta todo peso de seu lado que é composto por hortifruti e fast food com apenas uma perna escorada, receoso de com a outra pisar nas bananas nanicas passadas da nanica que é o pilar principal, temeroso em abalar a geniosa base podendo causar um eventual desabamento e correndo risco de ainda apanhar.
      Imagino que o motivo real da dissolução da pirâmide humana tenha se dado devido à distribuição desigual, fazendo Cascão suar mais do que deveria, ativando a jaratataca, a bromidrose axilar, o que ocorreria de modo mais brando se o peso sobre o segundo andar estivesse distribuído de maneira menos desigual, mantendo por mais tempo de pé esta pintura saltimbanca.
      Inclusive a faceta literária desta capa é que me remete a "Leviatã", livro cujo autor é o filósofo e matemático Thomas Hobbes, a palavra que batiza a obra tem origem no Velho Testamento bíblico, mais precisamente em Jó e creio que também Isaías.
      Este festival de informações, de referências está nas entrelinhas dos quatro andares da pirâmide. Impressionante como que uma capa de gibi infantil consegue ser tão repleta.

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    5. Fazendo duas correções:

      A primeira é que Franjinha não sustenta parte do peso do Zé da Roça e sim o sustenta completamente com auxílio da mão esquerda do Xaveco no pé direito do caipira, semelhante ao Franjinha faz Jeremias com o outro caipira, também o suporta integralmente, a diferença é que Zé Lelé está com os dois pés apoiados pela mão esquerda do "da boina" que também suporta um pé da Rosinha, por isto está inseguro contando tanto com o braço esquerdo de Rosinha, em situação semelhante Titi não está com medo, tendo um pé apoiado por Xaveco e confiante na mão do anjo, Magali está na maior folgança, porém, malandro mesmo encontra-se no terceiro andar, Chico deu jeito de não pegar peso.

      A segunda é que Cascão apoia sim um magrelo semelhante a ele, apoiando o pé esquerdo de Xaveco e com a nuca massageada pelo calcanhar do Franja, mais um motivo para pisar no cacho de bananas que Mônica cultiva como cabelos. Cebolinha está pegando muito peso, mas em comparação com o corintiano está em camuflada malandragem, apenas toca no sapato do Franjinha para sair bem na foto. O mártir da pirâmide é o Cascão, sem dúvida!

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    6. Com certeza foi uma capa muito criativa, caprichavam demais. Podia ter colocado antes como Capa da Semana para ter um destaque maior.

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    7. Viajo nesta capa, Marcos! Perdoe os meus extensos relatórios a respeito, o maiorzão ficou insuportável, indigerível, um tanto manicomial.
      Deu uma ótima sugestão, dê um espaço desta postagem e poste sim, pela pérola que é esta capa não me falta assunto.
      Marcos, a história republicada neste almanaque em que Mônica sofre, peleja para trocar o pneu do carro da família do Cebolinha creio, bom, ele está dentro do carro durante a história, daí imagino isso, é do mesmo gibi desta do Piteco?

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    8. Foi bem extenso mesmo. Teve história da Mônica trocando pneu de carro nesse almanaque, tinha de tudo naquela época.

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    9. Essa história da frustrada labuta para trocar os pneus também é de Mônica 129 da Abril?

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    10. Pelo que vi no Guia dos Quadrinhos, é de Mônica 127 de 1980.

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    11. Valeu, Marcos, pela informação!
      A capa de Mônica 129 da Editora Abril também é outro achado, fico imaginando o escarcéu que Mônica promoveu até desembocar na saída do (T)túnel do (T)terror também conhecido por (T)trem-(F)fantasma. Os bonecos por ela avariados e as pessoas fantasiadas por ela agredidas. Percebe-se que Cebolinha sente vergonha alheia. Ainda esquece o coelhinho na cabeça do cidadão que ali se encontra trabalhando, formidável!

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    12. Capa bem legal também, as capas no geral eram um show a parte.

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    13. De fato! "Um show à parte", boa definição!
      E voltando para a capa do almanaque para finalizar, reza a lenda que em certa ocasião de 1988 chegavam ao Brasil no mesmo voo Gianni Versace e Paco Rabanne, Paco a negócios e Versace sem compromisso algum, apenas turismo básico de elite, até aí nada de especial, até que o estilista espanhol encontra brecha em sua agenda e ambos saem dos luxuosos hotéis meia dúzia de estrelas para conhecerem melhor a Pauliceia Desvairada, saltitantes pelas ruas e avenidas paulistanas o estilista italiano resolve parar em uma singela banca de revistas, logicamente focando em títulos de moda, revistas femininas, coisa e tal, até que vê Almanaque da Mônica nº4 pela Editora Globo, se encantando pela capa, folheia e decide comprar, Rabanne pega um exemplar do mesmo gibi, analisando minuciosamente a arte da capa faz com que seu colega de alta costura desista da aquisição, motivo: o look da Rosinha. Tanto vestido quanto laço são heranças de família, durante cinco gerações não houve corvo que resistisse à estas peças da "arta custura" abobrina, preservando as hortas dos sogros do Chico por mais um ano, durante todo 1988.

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  2. Boa comparação que a histórinha faz,mesmo depois de séculos prestamos atenção a uma coisa,sendo que é melhor viver e olhar para fora.

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    1. Exatamente. É pra gente não ficar focado só no que nos cerca, é pra olhar para fora também.

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    2. E o que nos cercava, exercendo forte influência social, tanto informava quanto alienava, um baita sinônimo de progresso e para muitos críticos um ou o principal fator de desunião familiar, o conceito nos anos 1980 ainda estava no auge da digamos "demonização" foi a dúbia, a maldita e bendita televisão que não mais exerce papel central na sociedade.
      Pelo comentário de um dos homens que seriam ou são reencarnações dos anciãos pré-históricos que viviam na escuridão, dá para saber qual canal estão assistindo, "Estamos contemplando o fantástico show da vida!", Cultura, SBT (estava para nascer), Manchete (ainda não havia nascido a falecida), Record (ainda livre do (B)bispo protestante) e Bandeirantes que não são.

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    3. Pois é, só restava a Globo pra eles assistirem rsrs.

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    4. E só um adendo:

      Em janeiro de 1981, data de publicação desta HQ, havia menos de um ano em que a primeira TV brasileira deixava de existir, ninguém mais ninguém menos que a Tupi.

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    5. "TV brasileira" entende-se todas as emissoras que existem e existiram no país.
      Em junho ou julho de 1980 o Brasil assistia ao encerramento das atividades de sua primeira rede de TV, a Tupi. Agora sim!

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    6. Sem a Tupi era menos uma opção ainda de ver canais de TV

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    7. Fases memoráveis são da MTV Brasil, tanto como canal fechado quanto como TV aberta, nessa segunda condição foi quando tive bem mais acesso, voltou à condição de TV paga, muito aquém da forma original, deixou de focar em música, função para qual foi criada.

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    8. Eu nunca tive a MTV como TV aberta, a minha TV não sintonizava. Mas quando passei a ter TV por assinatura aí passei a ver, era muito bom quando tinha foco só em música. Depois que passaram a ter outros tipos de programas ainda na condição de TV aberta, inclusive de humor, aí ficou a desejar. Eram bons programas de música e os voltados a adolescentes e só.

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    9. Confesso que as comédias da MTV me seduziram. Apesar da emissora ser avacalhada por excelência, a MTV estadunidense antigamente era tão ou mais zoada que a do Brasil, ainda assim exibiam bastante conteúdos consistentes, relevantes sobre os cantores, as bandas, as músicas, iam muito além dos videoclipes. Haviam também programas idiotas. O que mais me fascinava naquela anarquia televisiva era o fato dos quatro gêneros musicais apocalípticos que são o axé, o funk carioca, o pagode e o sertanejo romântico-universitário, ou seja, "sertanojo" não passavam nem perto da MTV Brasil. Se tem uma coisa que aquela balbúrdia, aquele pardieiro de televisão antigamente nunca foi era cafona, brega, piegas, demodê, mocoronga, etc, até o ano de 2013 posso afirmar.

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    10. Problema que nos últimos anos estava prevalecendo humor, comédia e pouco foco na música, estavam descaracterizando, mas tinham uns de humor legais, davam pra colocar, mas não deixar a música em segundo plano. De fato, também adorava que esses estilos ficavam longe, era ouro nível. Tinha muito Rock, Dance, Pop e de românticos os artistas internacionais ou um algum cantor/banda roqueiro ou do Pop que tinham algumas baladas para diferenciar. Era muito bom.

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    11. De fato com a chegada de Marcelo Adnet em 2008 a comédia passou a ter prioridade em detrimento do viés musical, pode ser aí o início da derrocada da TV, ou pode ser devido aos gêneros musicais de qualidade terem saído da condição de populares e foram reduzidos a restritos nichos, um fenômeno que inicia-se gradativamente na segunda metade da década de 2000 e que foi e vai muito além de nossas fronteiras, até no Primeiro Mundo percebe-se a falência cultural quanto a esse segmento das (A)artes. Apesar de toda aquela descontração, a MTV exercia forte papel informativo no setor musical, mesmo assim muitos telespectadores não se davam conta de tal característica de utilidade pública, como possuo magnetismo para informações, para mim a MTV foi bastante funcional.

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    12. Verdade, A partir da segunda metade da década de 2000 decaiu muito a qualidade das músicas. As nacionais já estavam um lixo nos anos 2000 e estão piorando a cada ano e hoje até as internacionais estão a desejar. Aí os programas de música na TV seguem essa linha ruim caso mostrem as músicas atuais.

      Hoje tem também um canal "MTV Live HD" que ficou no lugar do "VH1 Mega Hits", só mostram clipes atuais internacionais e estão bem fracas as músicas. Eu gostava do "VH1 Mega Hits" porque mostravam também clipes antigos, tinha horários específicos pra clipes temáticos de todos os tempos e também faixa de clipes "Nós amamos os 80's" e Nós amamos os 90's". Na "VH1 HD" só mostra clipes atuais e de mais antigos dos anos 2000 misturados na programação.

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    13. Depois que a MTV voltou para canal fechado não tive mais contato, ouço dizer que está muito aquém do que foi.
      Desconheço esse canal VH1 Mega Hits que segundo você foi extinto, parece ter sido coisa boa.
      A primeira década deste século ainda conseguiu ser bastante proveitosa se tratando do cenário pop internacional, minhas objeções são quanto ao trio forçador de barra Britney Spears-Christina Aguilera-Katy Perry que culmina na dupla Lady Gaga e Beyoncé fechando com chave de estrume. Quando esse cenário passou a ser majoritariamente adolescentista é que decaiu de forma considerável, antigamente música pop, pop rock e sei lá mais o quê eram segmentos focados no público jovem, ou seja, adultos jovens e adolescentes, aí sim a coisa fluía, o mercado concatenava com a maturidade, com o bom gosto, inclusive o mercado fonográfico exigia e até provia tais predicados, qualidade puxava o bonde, atualmente é só dinheiro que conta, daí a falência.

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  3. Quando estava na escola, na sétima série, o professor de filosofia deu um xerox com essa história pra gente fazer um trabalho de análise! Eu achei muito interessante essa comparação com a televisão! Com o tempo descobri que essa história é um clássico dos quadrinhos!

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    1. Legal. Parece que essa história é de praxe, item obrigatório em aulas de Filosofia. Com certeza um clássico eterno.

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  4. Hoje a Internet ocupou muito espaço que era da TV.

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    1. Sim, não é a toa que tem os alienados na internet, se fizesse história igual substituindo no final a televisão por computador demonstrando que estão acessando internet seria a mesma coisa.

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  5. Boa... tenho o almanaque com a hq na coleção! ;)

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    1. Muito bom que você tem esse almanaque, é excelente também.

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  6. Eu mesmo usei muito essa historinha em aulas e palestras... um jeito simples e lúdico de abordar o mito da caverna de Platão e sensibilizar sobre a Matrix... ótima postagem! Mais uma vez parabenizo pelo trabalho!

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    1. É um ótimo material de aula mesmo, e ainda fácil de entender. Valeu, Renato, por ter gostado.

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    2. É, gente! "As sombras da vida" é uma HQ superdidática, coloca mesmo não apenas adultos, mas também adolescentes e a criançada acima de oito anos para exercitarem as massas encefálicas. Amo Grécia (A)antiga, o berço ocidental.

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    3. Isso aí Zózimo, ajuda as pessoas de todas as idades a pensarem, assim que era bom.

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    4. Era o tempo em que Mauricio de Sousa estava em seu mais pleno juízo.

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    5. E falando em Platão, há uma tira genial que conheci na infância e até então não entendia bulhufas, só matei a charada por volta de quinze anos de idade, é o seguinte:

      Cascão pergunta ao Cebolinha o que está lendo, "Platão!" ele responde, e Cascão: "Estudando culinária, hein?", percebe o chiste? Consiste na dislalia. Estou explicando a piada para alguém inteligente e sensível que não necessita disto, indo além da fala do último quadrinho no simples intuito de refrescar a memória caso não se recorde de imediato. Com certeza você conhece, o que pergunto é: lembra-se?

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    6. Conheço essa, é clássica. Cascão pensou que era dislalia do Cebolinha pensando que era pratão de comida, mas Cebolinha estava falando certo se referindo ao filósofo Platão. Para as crianças entenderem, teriam que saber quem era Platão, pelo menos pensarem que era um autor de livros, senão teriam que dar razão ao Cascão. Bem bolada.

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    7. Essa tira não foi desenvolvida para o público infantil, quando a vi pela primeira vez não sabia ler, normal até aí, já alfabetizado não sabia quem foi ou o que era Platão e com culinária idem.
      Isto que me fascina na TM clássica original, a sensibilidade, o alcance que havia e sempre priorizando o público infantil, medida certa!
      O que tal primorosa fase representa para nós, sendo combustível para fluir este espaço, a razão de ser deste blog, com a mais absoluta certeza o que sentimos não é amor platônico.

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    8. Provavelmente a intenção não foi para o público infantil, tanto que foi publicada em ornais, publicando também nos livros "As Melhores/ Grandes Piadas" e só depois republicaram nos gibis. Não é amor platônico.

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  7. Tenho essa revista da Mônica da Editora Abril, essas revistas de 1981 eram boas, mas não as melhores em minha opinião. Principalmente nas revistas de 1981 estava havendo muitas falhas nas cores e os traços ainda estavam em fase de transição. Pra mim, as melhores são a partir de 1983, até por volta de 1991/92, mas até 1998 são bem legais também. Depois disso, já cai bastante a qualidade. Interessante ter os créditos nessa história, poderiam ter começado a fazer isso de forma fixa naquela época, hoje teríamos informações sobre quais artistas estavam envolvidos em cada história em todas estas décadas. Acho que esses créditos presentes nas histórias valoriza e dá mais visibilidade aos artistas do estúdio, acho isso muito legal.

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    1. Eu também considero essa fase 1983 a 1991 as melhores, as mais top, e até 1998 são boas também, depois foi só decaindo ano a ano. Eu também ia gostar que se tivesse créditos desde aquela época, era bom saber sobre os artistas, pena que Mauricio nunca gostou disso. Se bem que nos anos 1980 tinham só 4 roteiristas e que depois ficaram só 3 no início da Globo, ai até que pelo menos sabíamos mais ou menos quem fazia as histórias.

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  8. Bom que conseguiu, ainda mais que eram mais caros que as quinzenais. Os almanaques ainda não tinham periodicidade definida, aí você não sabia, mas pelo menos os da Mônica estavam começando a ficar bimestrais a partir desse número 4 e os outros eram mais semestrais, mas ainda assim nada definido em 1988. Na verdade, almanaques eram considerados edições especiais, aí eles lançavam quando bem entendiam e também porque não tinham histórias suficientes pra republicação, principalmente os do Cascão e Chico Bento.

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  9. Sou mais um que conheci essa história em uma atividade na escola, muito boa. Estou estudando para ser professor e pretendo também aproveitar essa história um dia em sala! Assim as novas gerações poderão conhecê-la também. Adorava quando usavam quadrinhos ou tirinhas nas aulas.

    E esse "agradecimento ao colega Platão" é muito bom haha

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    1. Pena que na minha escola não a colocaram como atividade, mas tiveram outras boas, normalmente eram tirinhas ou tabloides que tinham nos livros. Aproveita sim essa história ou outras que der, os alunos vão gostar. Também gostei do agradecimento ao Platão.

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  10. Na Nº 2 os almanaques dela estavam mais pra trimestrais, mas as vezes podia passar desse intervalo. Algumas vezes tinham anúncios de almanaques nas revistas convencionais, aí dava pra saber quando teria um novo nas bancas, mas quando não anunciavam só como surpresa nas bancas e como não chegava almanaques aí fica mais difícil para você.

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  11. A única parte incorreta da história mesmo é o Piteco tentando caçar um dinossauro.

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  12. Sei que isso já é comum em desenhos e HQS, mas os 3 velhos passaram a vida toda sentados e vendo as sombras, sem comer, dormir ou ir ao banheiro? Haja paciência e resistência, além da falta de noção pois nem se deram conta do Piteco ser alguém com vida lhes falando.

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    1. São os absurdos de histórias em quadrinhos, sempre fica as dúvidas se fossem na vida real, mas nos quadrinhos e desenhos podem tudo, ficaram dias sem comer e dormir e banheiro numa boa.

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