sábado, 19 de dezembro de 2020

Uma história de Natal do Astronauta no planeta Coelhúpter


Compartilho uma história de Natal com o Astronauta em que coelhinhos extraterrestres pensaram que ele era o Papai Noel. Com 6 páginas, foi publicada em 'Almanaque da Mônica Nº 11' (Ed. Abril, 1981).

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 11' (Ed. Abril, 1981)

Começa o Astronauta se lamentando que era Natal e ele no espaço sozinho, com saudades da fazenda, dos pais e seu amigo Ditão e imagina que todos estão alegres, se abraçando e desejando felicidades um para os outros. Até que ele vê o planeta Coelhúpter, cheio de verde, e resolve parar lá para fazer um piquenique de Natal.


Astronauta comenta que não deve ser ruim fazer piquenique sozinho, pelo menos come mais e sai da nave com um saco grande cheio de comida. Só que ele cai em um buraco e vai cair na toca de 2 irmãos extraterrestres em forma de coelhinhos. Eles pensam que Astronauta era o Papai Noel, chegando antes de eles dormirem, o irmão Marcoelho até estranha que ele não tinha barba longa e roupa vermelha, mas a irmã fala que o que importa é o presente que vai dar para eles.

Eles ficam bem entusiasmados, loucos para contarem para os amiguinhos que o Papai Noel esteve na casa deles e Astronauta fala que não é Papai Noel e que é o Astronauta, personagem de quadrinhos. Eles perguntam se não é, por que está com um saco e se a barriga grande é cerveja. Astronauta diz que no saco só tem lanchinhos e eles vibram em ver mortadela, acha presente estranho, mas importante que lembrou deles. Eles agradecem e abraçam o Astronauta falando que ele é o cara mais gordo e mais legal do mundo.

Astronauta se irrita e grita que não é Papai Noel e os irmãos mandam para ele falar baixo porque os pais vão colocá-los de castigo se souberem que ficaram acordados esperando. Marcoelho pede para Astronauta descansar na cadeira porque ainda vai visitar outras tocas do planeta e a irmã resolve fazer um lanche para ele. Astronauta explica que não é o Papai Noel, no saco não são presentes, só ia fazer um lanche e que Papai Noel não existe.

Os coelhinhos perguntam se os pais deles mentiram para eles o tempo todo, quem dava os presentes que eles ganhavam todo ano e por que escreviam carta para ele se Papai Noel não existe. Eles sentam na cadeira e ficam chorando e Astronauta vai embora bem triste e emocionado. 

Logo depois, surge Papai Noel entrando pelo buraco da toca, os irmãos se escondem atrás da Árvore de Natal e o Papai Noel deixa os presentes de cenoura e mortadela lá e vai embora. Os coelhinhos ficam felizes, falam que Astronauta estava errado, valeu a pena ficarem acordados e a turma não vai acreditar quando contarem. No final, mostra o Astronauta, vestido de Papai Noel na nave, falando que ele existe sim, até na roupa de um astronauta.

História bem legal e emocionante com o Astronauta tendo que lidar com 2 coelhinhos do planeta Coelhúpter que achavam que ele era o Papai Noel. Astronauta foi estúpido e grosso com eles, mas ao ver as tristezas deles, acabou se redimindo e se vestiu para alegrá-los e alimentar a fantasia deles. Ele não devia ter falado que Papai Noel não existe, podia ter entrado na conversa e ter dado os lanches para eles como se fosse Papai Noel, pelo menos voltou atrás no final. Deu pena vê-los tristes na revelação que Papai Noel não existe e muito bom ver as carinhas de felicidade dos coelhos quando veem o Papai Noel. Bem criativo o nome do planeta como Coelhúper, mistura de coelho com Júpiter. E pena que não colocaram um nome para a coelhinha, apenas o irmão Marcoelho que teve.

Interessante colocarem a cultura do Natal e chegada de Papai Noel do planeta Terra no planeta Coelhúpter e comparação dos irmãos coelhos como crianças humanas, deixando o Natal universal. Com adaptação, essa história podia ser com outro personagem, mas quiseram deixar com Astronauta para ficar diferente. Inclusive já tiveram histórias assim com criança confundindo personagem como Papai Noel, sempre mostra uma bonita mensagem em histórias desse tipo.

Era normal também terem histórias mostrando que Papai Noel não existe, mas deixando no final que existia. Hoje em dia, costumam colocar sempre o Papai Noel real e por isso essa história do Astronauta seria impublicável. Citar cerveja nos gibis hoje também é proibido e não colocariam diálogo assim dos coelhinhos dizer que o Astronauta era gordo por causa de cerveja, fora o bullying com os gordos.

Traços excelentes, típicos do início dos anos 1980. Astronauta não era gordo, mas dentro do traje especial, dava a aparência de ser gordo e baixinho. Atualmente mudaram o estilo, muitas vezes ele nem aparece no traje espacial e quando aparece, adaptaram de uma forma que dá pra perceber que é alto e magro, tanto com ou sem traje espacial. Nunca foi republicada até hoje, assim como todas as histórias desse 'Almanaque da Mônica Nº 11'. Foram só histórias inéditas e sem serem republicadas até hoje.

38 comentários:

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    1. Com o traje parecia mesmo. Poderiam ter feito uma história confundindo como um ovo de Páscoa rsrs.

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  2. Astronauta foi cruel em falar para os coelhos da Páscoa que não existe Papai Noel. Fico imaginando uma história com estes traços caprichados onde Papai Noel comendo ovo de chocolate descobre que não existe Coelho da Páscoa.
    Seja para onde for, Astronauta sempre encontra falantes de português, impressionante! Depois dizem que o inglês é o idioma mais falado, só se for na Terra mesmo.
    Nada de mencionar a bela Ritinha, "saudades do Ditão" pegou bem não...

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    1. Seria interessante um argumento assim com Papai Noel descobrindo que Coelhinho da Páscoa não existe. Is extraterrestres deviam falar com sia língua de origem ,mas como é gibi infantil sempre falam em Português. quem sabe o Astronauta já ativa seu tradutor universal assim que entra nos planetas. Acabou esquecendo da Ritinha, mas também é normal também sentir saudades dos amigos da Terra.

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    2. É, Astronauta usa tecnologia de ponta, do contrário não seria astronauta, com certeza tem um tradutor simultâneo em seu traje de Kinder Ovo cuja surpresa é o próprio desbravador. Ingenuidade acreditar que portugueses colonizaram outros planetas, o negócio deles era (N)náutica e não (A)astronomia.
      Agora, uma coisa é certa, esta HQ prova que o Cristianismo cruzou a atmosfera terrestre, pois os habitantes de Coelhúpter celebram Natal e ainda por cima concomitante com os terráqueos, indicando que por lá tanto os movimentos de rotação quanto de translação são parecidíssimos com os nossos, o que indica também que o planetinha não é intergaláctico e sim de algum rincão da Via Láctea, pois crer que hajam cristãos em Andrômeda já escapa à minha compreensão.

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    3. Cristianismo atravessou o universo, outros planetas. Eles não colocavam as histórias pra explicarem com detalhes, apenas acontecia no absurdo. Na MSP esse planeta adotava a cultura de Natal e Cristianismo e pronto. Gostava assim sem deixar tudo explicado.

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    4. Mandavam muito bem com absurdos assim.
      Achei curioso os coelhos resistirem às afirmações do Astronauta de que não é Papai Noel.
      Como aparentemente o nome do planeta não está catalogado no computador da nave, foi necessário um dos coelhos mencioná-lo como se estivesse referindo-se a um bairro, pelo jeito é um pequenino corpo celeste. Se o nome do planeta fosse revelado no início da história não haveria surpresa quanto à espécie predominante que o habita.

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    5. Sim, boa sacada não ser revelado o nome do planeta no início e, sim, só quando o coelho fala. Ficou melhor.

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    6. E como era praxe nos anos 1970 e 1980, não podiam faltar as antenas, não só no universo criado por Mauricio de Sousa, era um clichê generalizado, quando apareciam extraterrestres, alienígenas, possuir antenas era quase que pré-requisito. Quando humanoides, orelhas pontudas e peles verdes também faziam parte do fenótipo pra lá de esteriotipado.

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    7. Sim, era bem comum isso, é uma visão que tinham dos extraterrestres.

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    8. Marcos, no quadrinho em que Astronauta caminha para sair da toca, ele está com o braço direito erguido apontando para frente ou está acionando algum botão em seu traje para levantar voo?

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    9. Acho que é apontando pra frente, prestes para segurar parede para escalar pra sair da toca.

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    10. Fica a dúvida, a certeza é que no início da história não está com flutuador acionado, do contrário não teria caído na toca e conhecido os roedores alienígenas cristãos, aliás, nesta HQ quem está em condição alienígena é Astronauta, um extracoelhupteriano segundo seus habitantes.

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    11. Não devia estar com flutuador acionado.

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    12. O planeta supostamente pequeno avistado do (C)cosmos deve se assemelhar a queijo suíço devido à espécie predominante viver enfurnada, ou seja, residir em furnas, em tocas.

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  3. Boa... tenho essa na coleção! ;)

    http://blogdoxandro.blogspot.com/

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  4. Esses coelhos parecem o coelhinho da Mônica, será que ele foi feito neste planeta, inspirados nos seus habitantes? kkkkkkkkk

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    1. Pareceram mesmo kkk. Quem sabe foram inspirados no Sansão rs.

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  5. Esse Almanaque de Natal era da mesma "fila" de almanaques regulares da Mônica?E com HQs inéditas?

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    1. É a mesma numeração, só que algumas edições do início dos anos 1980 tinham histórias inéditas quando eram temáticos, como Natal, Festas Juninas, Dia das Crianças, etc. É que na época eles não tinham histórias suficientes pra republicarem para formar almanaques, aí colocavam almanaques só de inéditas ou misturando inéditas com republicações.

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  6. Gostei dessa histórinha,o Astronauta alegrou a infância dos dois coelhinhos de outro planeta. As viagens do Astronauta são muito legais.

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  7. Esse almanaque é top, quem tem não se arrepende, vale a pena. Também achava estranho quando eles falavam que Papai Noel não existia, mesmo que no final mostravam o contrário. Crianças mais espertas ficam atentas e no mínimo á começa a desconfiar da existência. Sobre o bug do blog, eu fiz do mesmo jeito das outras vezes e nessa vez apareceu miniatura. Acho que colocam quando querem. Vamos ver nas próximas postagens confirma se o bug foi resolvido mesmo.

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  8. Esse negócio do Astronauta parecer um ovo quando estava com o traje espacial, era muito estranho. Sinceramente, achei excelente a técnica e redimensionamento do tamanho do personagem atual usando o traje. Ficou muito mais proporcional. Acho que este tipo de adequação é muito válida, mostra evolução de técnicas de desenho. Está de parabéns o desenhista que conseguiu esta adaptação, foi um ótimo trabalho em minha opinião. Achei curioso estes almanaques temáticos da Editora Abril serem com histórias inéditas, deve ser um almanaque muito legal.

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    1. Com a tecnologia atual, aí conseguem deixá-lo mais proporcional dentro do traje. Nesses almanaques, como ainda não tinham histórias suficientes pra republicação de um mesmo tema aí colocavam inéditas, curioso que nenhuma republicada até hoje.Esse é muito bom, uma melhor que a outra, já coloquei algumas histórias dele aqui no Blog.

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  9. Eu também faço isso de colocar uma imagem principal primeiro e salvar e só depois escrevo o texto, mas nem sempre dá certo lance de miniatura. Nessa postagem foi, mas na maioria das outras não. Odiei esse novo Blogger.

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  10. Você vai comprar o especial de Natal esse ano,Marcos?

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    1. Não porque só tem historias da Globo e eu tenho as originais.

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    2. e todas essas histórias já sairam em outros especiais,né.

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    3. Isso, aí fica muito repeteco. São histórias excelentes, mas repetem demais, sempre as mesmas. É bom pra quem tá começando a colecionar para conhecê-las.

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    4. e não é so no almanaque de natal não,eles estão repetecando também nos convencionais.até parece que falta de história.eu costumo comprar porque eu não tenho as originais,senão acho que eu também não compraria.

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    5. Pois é, as dos anos 2000 que saiam nos primeiros almanaques da Panini estão repetindo de novo na mesma Panini. Algumas mais antigas também. Falta de procurar as que não foram republicadas, se bem que tem muitas antigas que são impublicáveis, mesmo fazendo alterações.

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  11. Eu sempre tinha a impressão de que o Astronauta era mais baixo quando estava vestindo o traje espacial do que sem ele, engraçado isso.

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    1. Essa incoerência de fato ocorreu, Guilherme Clemente.
      Justificativa um pouco esfarrapada, porém aceitável seria atribuir à compressão que o traje exerce sobre ele.

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    2. Vale pelo absurdos de gibis infantis. Pelo menos ele ficava bem desenhado.

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