quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Cascão: HQ "Ano-Novo?! Bahh!"


Mostro uma história em que o Capitão Feio tentou estragar a festa do Ano-Novo fazendo pessoas jogarem papeis picados na rua. Com 20 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 285' (Ed. Globo, 1997).

Capa de 'Cascão Nº 285' (Ed. Globo, 1997)

Escrita por Emerson Abreu, começa com o Capitão Feio reclamando que odeia o Ano-Novo porque todo mundo fica alegre e um festival de otimismo e pieguice que não acaba mais e as pessoas ficam arrumando a casa como se na virada do ano tudo estiver bonito e perfeito vai ficar assim o ano todo. Um monstrinho de lama comenta que é pior quando as pessoas comemoram jogando monte de papel picado pela janela emporcalhando a cidade. Capitão Feio gostou de saber dessa vantagem do Ano-Novo e bola um plano para tirar proveito da bobagem de Réveillon.


Enquanto isso, Mônica está contente com a véspera de Ano-Novo, tudo fica tão bonito, as pessoas mais alegres, como se uma atmosfera tomasse conta da cidade e o ar cheira à novidade e à renovação, e complementa ao depósito de lixo quando chega o Cascão. Ele deseja Feliz Ano-Novo e Mônica diz que ele acabou com a inspiração dela. Cascão fala que ela não vai ficar de mau humor logo hoje.


Mônica deseja dar um abraço no Cascão e ele não aceita porque ano passado ela quase o quebrou no meio com abraço forte dela. Mônica promete abraçá-lo com carinho e ele saca um papel com Termo de Responsabilidade para ela assinar e comprovar que ela não abraçá-lo forte. Mônica diz que não vai assinar nada e ele pergunta se é assim que ela trata as promessas e ainda comenta que Cebolinha prometeu pagar todas as figurinhas que está devendo.

Mônica também deseja fazer uma promessa de Ano-Novo e enquanto pensa, Cebolinha aparece com as figurinhas. Cascão comenta que com promessas eles ficam ainda mais amigos, só que Cebolinha passa, mandando ele sair da frente, falando certo, deixando o Cascão no vácuo. Cascão acha que Cebolinha foi despeitado e vai atrás para tirar satisfações. Cebolinha vai em uma janela de um prédio e joga as figurinhas em cima do Cascão e da Mônica. 

Cascão pergunta porque jogou fora as figurinhas dele e Cebolinha diz porque é Ano-Novo, todo mundo joga papel na ruas, é tradição. Mônica acha uma porqueira e Cebolinha diz que é divertido olhar para a rua e ver monte de papel picado caindo, quando do nada cai um monte de papel em cima dele. Mônica e Cascão perguntam a ele se é realmente divertido, só se for para o papel e Cebolinha pergunta porque eles querem ser diferentes de todo mundo, é Ano-Novo, vida nova, tempo de confraternização, festa e tem que comemorar a nova era, enquanto todas as pessoas estão jogando papeis picados pelas janelas.

Mônica percebe Cebolinha falando "nova era" sem trocar as letras e enquanto ele fica falando que na nova era tudo vai ser permitido, vão espalhar papeis na rua e revirar latas de lixo, Mônica pega uma mangueira e joga em cima dando banho nele. Ela comenta com Cascão que Cebolinha nunca diria "nova era" e descobre que era um monstrinho de lama do Capitão Feio. Ele conta que Capitão Feio raptou algumas pessoas colocando monstrinhos de lama no lugar para jogar papeis picados nas ruas e convencer todo mundo fazer o mesmo.

O monstrinho chora, implora para Mônica não bater nele e foge. Mônica fica surpresa, achando que ia bater nele. Cascão fala que é a fama dela e Mônica se surpreende saber que as pessoas têm medo dela e, então, faz a promessa de que a partir de agora não vai mais bater em ninguém, vai ser uma pessoa diferente, vai colher flores e cantar com os passarinhos e pergunta se Cascão quer ir com ela saltitar na grama verde. Cascão faz cara de surpresa e mostra língua de fora, achando que ela estava falando bobeira. Cascão comenta que eles tem que resgatar o Cebolinha, derrotar o Capitão Feio e salvar o Ano-Novo e isso tudo em 10 páginas. Mônica colhe umas flores rapidamente, coloca laço na cabeça e eles entram no bueiro para salvar todos.

Na segunda parte da história, Capitão Feio comenta que adora o Ano-Novo. todos estão jogando quilos de papel na rua. Cebolinha fala que nunca vai dar certo, a pessoas não vão colaborar com porcaria e Capitão Feio mostra imagens das pessoas se divertindo sem perceber a imundície que estão fazendo e o que ele quer é reinar num mundo porco. 

Cascão, escondido com Mônica, fala que o plano é ela invadir lá, usar a forma dela e acabar com todos eles. Quando surgem, Cascão manda Mônica acabar com eles e em vez de bater no Capitão Feio, dá flores para ele e dizendo "faça amor, não faça guerra". Cascão chama atenção dela e Mônica diz que prometeu não bater mais em ninguém e, assim, foi fácil o Capitão Feio prendê-los, dizendo que agora ninguém vai mais o deter, as ruas vão estar tão cheias de papel picado que vai ser impossível passar por elas e vai ser o caos.

Um monstrinho alerta que espera não chover porque lixo e chuva não combinam, a água vai levar os papéis no bueiro e entupir os canos, causando enchente lá. Capitão Feio não quer governar uma cidade alagada, mas estar certo que não vai chover, quando do nada, troveja forte e a chuva inunda o esgoto. Cascão fica desesperado para sair de lá. Consegue se soltar e, junto com Mônica, salva as pessoas raptadas e fogem, enquanto Capitão Feio tenta com os monstrinhos controlar a saída do papel. A turminha sai de lá, a chuva limpa a cidade e os papeis vão entupindo o esgoto, dando mais trabalho para o Capitão Feio e monstrinhos desentupirem.

Começa a festa de Réveillon, a turma toda está reunida e Mônica comenta que depois disso  tudo ninguém mais vai querer jogar lixo nas ruas. Cascão diz que na hora do "vamos ver", ela quase estraga tudo. Mônica, então, promete que no ano que vem vai continuar a bater em todo mundo. Os meninos se queixam, que isso é coisa que se prometa e devia prometer ser mais legal com os amigos e nunca mais deixá-los na mão. Mônica promete isso e Cebolinha pergunta ao Cascão o que e ele prometeu e Cascão diz a mesma coisa que faz todos os anos de passar mais um ano sem tomar banho.

Começa os fogos de artifício e eles desejam um Feliz Ano-Novo para todo mundo e que todos os sonhos se realizem. Cascão cobra do Cebolinha as figurinhas e ele diz que o monstrinho de lama jogou tudo fora. Cascão diz que ou ele paga ou conta para a Mônica que ele está com o coelhinho dela no bolso. Mônica dá surra no Cebolinha e Cascão dá gargalhada vendo eles brigando e fala que vão ficar o ano inteiro brigando. Com a ideia de que o que eles fazem na virada do ano, vai acontecer em todo o resto do ano, Mônica e Cebolinha correm atrás do Cascão pela festa para darem banho nele com baldes d'água pra ver se ele toma banho o ano novo inteiro, terminando assim.

É uma boa história com o Capitão Feio com plano de todos jogarem papeis nas ruas no Ano-Novo para ficarem sujas e mais fácil de ele dominar o mundo. Mônica quase pôs tudo a perder com a sua promessa de não bater mai em ninguém e ficar extremamente boazinha, mas graças a chuva que fez inundar o esgoto, eles conseguiram se salvar. E ainda personagens envolvidos com promessas de Ano-Novo e uma festa de Réveillon com turma reunida e diálogo com os personagens à parte.

A história mostra mensagem a pessoas que ficam jogando papéis picados nas janelas durante o final do ano, principalmente empresas no último dia de expediente do ano. Na época era muito comum isso, inclusive, faziam matérias nos jornais da TV como se fosse coisa normal. Só que o lixo fica na rua entupindo bueiros e mais chance de ter enchentes se chover, ainda mais em chuvas de verão comuns na época do ano. 

Também tem crítica ao costume do Ano-Novo, de achar pieguice as pessoas arrumarem casa, deixar tudo bonito e nada de ruim acontecer na hora da virada do ano para que seja tudo perfeito em todo o próximo ano. Daí, a piada final de Mônica e Cebolinha querer dar banho no Cascão para que ele tome banho o ano novo inteiro.

Quem acompanhava as revistas pelo menos na primeira metade dos anos 1990 até então, deu para notar que estava diferente o estilo nessa, já estavam começando a mudar, mesmo que ainda diferenças sutis. Nas histórias do Emerson, os personagens ficam mais sarcásticos, debochados, fazendo ironias e  piadas com tudo. Voltadas ao nonsense, privilegiam mais as tiradas dos personagens do que o roteiro em si. Comum também histórias grandes e divididas em capítulos e ritmo mais acelerado.

Essas de 1997 e 1998 até que não eram ruins, apesar dos personagens começarem a ficar sarcásticos, mas ainda estavam na medida certa. Os traços eram bons, ainda não tinham caretas exageradas, no máximo mostravam personagens com cara de espanto,  com corpo inclinado, braços e mãos abertos e pés para cima (como destaquei na imagem de topo dessa postagem) quando um outro personagem falava uma piada infame ou então ficavam de língua pra fora quando achavam que o outro falou bobeira. As linguinhas de fora foram um marco na época, que até tinham questionamentos por que os personagens viviam tempo todo de língua para fora.

Um exemplo maior dessas tiradas fora de roteiro foram os diálogos entre Mônica e Cascão na 4ª página da história (página 6 da revista)  e na última página da primeira parte (página 12 da revista). Com o passar do tempo, já nos anos 2000, foram aumentando as tiradas, tendo enrolação, o chamado "encheção de linguiça", personagens cada vez mais sarcásticos, falando gírias, mais saltitantes, caretas que não condizem com a história, parecendo monstros. Tudo ficando de forma bem exagerada que mudou completamente os personagens e outros roteiristas passaram também a seguir esse estilo. Se ficassem assim como em 1997 e 1998 e só nas histórias do Emerson para diferenciar dava para aceitar mais.

Nessa história eu achei que teve uma descaracterização do monstrinho de lama achar ruim que as pessoas ficam emporcalhando cidade com papéis picados. Em outros tempos, ele ia gostar da sujeira nas ruas. Cascão também ficou descaracterizado, ele devia apoiar os papeis picados, pelo menos fazer cara alegre quando o falso Cebolinha jogava papel na rua e Cascão fazia cara que não estava gostando e de espanto o tempo todo. Mônica ficar surpresa do monstrinho e as pessoas terem medo dela porque bate nos outros e fazer promessa em bater ninguém por causa disso também achei descaracterização dela. E estava na cara que não era o Cebolinha com quem eles estavam falando, custaram a perceber isso, se percebessem desde que ele falou "sai da frente", iam diminuir metade dos seus problemas.

Uma curiosidade que dessa eles ficaram em uma área do bairro com prédios e ruas asfaltadas, ao invés de gramas e casas tradicionais. Isso ficou diferente também. A capa dessa vez com alusão à história de abertura por ser um roteiro temático de Réveillon. E essa história foi a última de Réveillon com a Turma da Mônica, depois disso só fizeram histórias de Natal com eles.

UM FELIZ ANO-NOVO A TODOS!!!

42 comentários:

  1. Vim do futuro(2021)para dizer que faltam quatro horas para virar o ano. :v

    Sim,era comum aquele mini-carnaval da tradição de jogar papel picado dos prédios,dando trabalho extra aos garis e contribuindo para,além de emporcalhar a cidade,entupir bueiros.E isso numa época em que se falava muito de ecologia.

    Feliz ano novo a todos e que 2020 tenha sido um ano de transformações boas,sendo esse perrengue um efeito colateral inevitável.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, lembro disso e até matérias nos telejornais mostrando, achando coisa tradicional, tudo bom e divertido. Problema era o trabalho para os garis no dia seguinte, isso se não chovesse antes, alagando as ruas. Ainda bem que esse costume parou. Feliz 2021! Tudo de bom!

      Excluir
    2. O esquisito dessa história, é que se eles estavam no esgoto e o papel nao estava deixando a agua escoar, era para estar inundando lá fora, nao la dentro.

      Excluir
  2. E é verdade,o falso Cebolinha estava o tempo todo falando sem trocar "R" por "L",mas Mônica só percebeu uma única palavra.Será que nem se ele a chamasse de goRducha ela perceberia?

    Lembrei de uma HQ em que Cebolinha e Cascão,disfarçados,enganam Mônica,dizendo ser "anjos de plantão".O roteirista tomou todo o cuidado para que o Cebolinha disfarçado não dissesse uma única palavra com "R",para não acabar,inevitavelmente,trocando por "L".Eles a fizeram acreditar que ela tinha virado anjo(portanto,morrido antes).

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eles custaram a perceber que não era o Cebolinha, dava pra saber porque ele falou várias palavras com R, ou seja, a famosa enrolação.

      Eu gostava quando o Cebolinha se disfarçava nos planos e tinha cuidado de não falar palavras com R senão Mônica ia descobrir. Ela era esperta e sacava na hora quando ele deslizava nas palavras e não deixava barato, dava surra logo.

      Excluir
  3. Que ótima maneira de terminar o ano ao mostrar uma história que eu já conhecia, afinal eu tenho essa exata edição do Cascão na minha coleção, e é mais um dos gibis que comprei no sebo aqui de casa há muito tempo atrás.

    Essa história até que é legal, a turma viveu uma aventura e tanto pra salvar o ano novo das garras do Capitão Feio e acho que ele teve o que merecia.

    Só que eu não devo ser dessa época em que o povo fazia essa brincadeira de ficar jogando papel picado direto dos prédios como se isso fosse uma tradição do Reveillón. Tenho certeza que os garis devem ter levado bastante trabalho pra limpar as ruas no dia seguinte só por causa dessa brincadeira de mau gosto, isso se não chovia logo na véspera, aí as ruas ficaram bem inundadas e alagadas graças a esses papeizinhos. Graças a Deus que toda essa mania doentia acabou e isso não acontece mais hoje em dia, que bom. Mas que eram tempos muito mais doidos, eram, sem a menor das dúvidas.

    Portanto, obrigado por nos compartilhar essa história, Marcos, e espero que 2021 seja um ano muito melhor para todos nós, cheio de esperanças e milagres e que só acontecem coisas muito boas. E, principalmente, espero que você continue firme e forte com seu blog e que ele continue a todo vapor que ele merece.

    Então, a gente se vê no ano novo. Boa noite e feliz 2021, Marcos, tudo de bom sempre!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É boa essa história, sim, que bom que você tem essa revista. Realmente era muito mal gosto esses papeis picados, tanto pra dar mais trabalho a garis quanto a poluir e causar enchente nas cidades. Ainda bem que não tem mais. Obrigado pelos votos de Ano Novo, felicidades e sucesso pra você nesse ano que se inicia.

      Excluir
  4. Uma história enorme com um visual caprichado, bonito. De forma bastante sutil, bastante discreta ela contém uma nuance dos até então futuros exageros narrativos, creio que para muitos leitores veteranos não seja perceptível, muito superficial mesmo, em nada a deprecia.
    Marcos, é apenas impressão minha ou o pessoal da MSP parece estar começando a querer sair da fase saltitante regada à caretas? Se não for impressão também não quer dizer que o que se pretende estabelecer será algo interessante, digo isto devido ao patrulhamento ostensivo que não aponta para um suave afrouxamento. Qual a sua avaliação, as caretas e os pula-pulas ainda têm muito fôlego? Emplacarão mais uma década?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, os traços ficaram bem bonitos e as pequenas mudanças são quase imperceptíveis, dava para levar de boa. Se mantivessem assim e só nas histórias do Emerson ninguém reclamava. Problema foi o exagero nessas características a partir dos anos 2000, aí ficou a desejar.

      Quanto a caretas, pelo menos estão diminuindo, tomara que abolem de vez, mas acredito que pelo menos nas histórias do Emerson e do Paulo Back devem continuar. Espero que não tenha mais ou então só uma ou outra em algumas partes e não o tempo todo.

      Excluir
    2. Então, vindo de você que analisa os quadrinhos da Turma da Mônica clássica de cabo a rabo, pelo jeito é o começo do fim de uma era muito aquém do ideal, o que virá é muito provável que também não agrade aos leitores veteranos, mas creio que seja algo melhor do que está.
      O plano em que vivemos funciona assim: quando se chega ao fundo do poço e não se sucumbe, não se perece, a tendência é fazer dele uma estadia, uma morada por um tempo, não há outra alternativa a curto prazo, é o preço por continuar existindo, por resistir à condição degradante, e a tendência natural é sair dele, emergindo gradativamente. Não existe fundo do poço eterno, ou nos traga, nos cessa a existência, ou resistimos residindo nele e depois nos vêm a latente necessidade de mudarmos de residência, ou seja, se é latente não é simplesmente vontade de sair, é o inexorável processo se efetivando, nunca ouvi falar em cavar o fundo dele, a única e inevitável saída é para cima.
      Podemos dizer que a MSP no setor de quadrinhos e especificamente com a TM clássica está reamadurecendo a passos de formiga, o que significa que ainda teremos muitas aberrações pela frente.

      Excluir
    3. Eles até podem melhorar traços, mas roteiros infelizmente acho um caminho sem volta, vão ficar focados nas coisas didáticas e ao politicamente correto. A turma clássica acho que não volta mais.

      Excluir
    4. Sem chances de voltar a TM clássica genuína.

      Três fatos ou simplesmente detalhes me chamaram atenção nesta HQ:

      1. Quando a água chega em grande volume, Cascão assim que foi libertado não é o primeiro a sair, fazendo média, afinal o gibi é dele.

      2. Um dos monstrinhos se queixando que os humanos emporcalham as ruas com papéis picados, como um ser constituído de sujeira deveria reprovar a tradição olhando por outro viés e não dando a entender que é pró-limpeza, ficou engraçado.

      3. Outro ou o mesmo monstrinho se mostrando mais inteligente, bem mais prudente que o soberano dos esgotos, alertando que o habitat deles corre sério risco de inundação.

      Excluir
    5. Como o gibi é do Cascão, aí tinha que dar destaque a ele em alguns momentos. Achei um pouco descaracterizado o monstrinho achar ruim de que os humanos jogam papeis na rua no Ano-Novo. Tinha que tirara fala "E o pior é" e tirar a cara de raiva dele. E creio que seja o mesmo monstrinho inteligente quando avisou do perigo dos papeis entupirem o bueiro e causar enchente, pelo menos eu considero assim.

      Excluir
    6. Deve ser o mesmo, apesar de contraditório acho válido o primeiro comentário da forma que está, o Capitão apenas ter pego o gancho é que deixou a desejar, entre uma coisa e outra faltou um belo pito (bronca), aí a cena ficaria realmente hilária, acho que o roteirista até pensou nisso, mas como a história é enorme... Enquanto as vacas do Capitão estão pastando e comendo ração ele já está com os laticínios prontos, é um monstrinho muito prosa, exceção. Marcos, o Fabiano Caldeira definiu bem estes seres antes desta história, mas há outra exceção bem mais antiga, encontra-se na HQ de abertura de Cascão 27 de 1983 onde um lamaçal bizarro adentra à casa do Cascão e logo se recompõe revelando-se um monstrinho usando chapéu e portando uma valise, bem articulado estilo burocrata, tipo contador ou tabelião, não operacional e sim administrativo, devia ser responsável pela tesouraria dos esgotos, esse sim é muito engraçado!

      Excluir
    7. Se colocasse isso ia ficar maior a história. Essa de Cascão 27 de 1983 foi uma exceção, a primeira vez que um monstrinho falou embora naquela história seria necessário.

      Excluir
    8. Depois que li constatei que não ficou muito claro: "... e comendo ração ele, 'o monstrinho' já está com os laticínios prontos, ...".
      Poderiam ter colocado o pito do Capitão Feio e reduzirem uns dois quadrinhos do monstrinho disfarçado de Cebolinha.
      Marcos, o monstrinho de 1983 é o melhor que já vi e li, consegue comover até a Dona Lurdinha que sente pena do até então falecido vilão, e que herança!

      Excluir
    9. É, o monstrinho foi um bom ator, conseguiu comover com a sua lábia.

      Excluir
    10. Se permanecesse em mais alguns quadros talvez corresse o risco de ofuscar a vultosa criatura que degladia com Cascão, essa por sua vez proveniente de acidente radioativo ocorrido em Itu.

      Excluir
  5. Foi o início do politicamente correto e aí dava essa ideia de algo novo e especial. Sendo de vez quando, tudo bem, mas o tempo todo didático como está agora perde a graça. Os monstrinhos não falavam no início, no máximo "Blub! Blub". Depois eles mudaram com eles falando já no final da Editora Abril. Acho que conforme roteiro eles precisam falar, mas se fosse só de vez em quando seria melhor.

    ResponderExcluir
  6. Boa história,eu também acho legal o dia de Ano Novo,e o Cascão nunca tomou banho.

    ResponderExcluir
  7. Tenho essa na coleção comprei logo quando saiu nas bancas na época... lia todo ano no fim do ano... não se tem muitas hqs de ano novo da turma né? ;) kkk

    Feliz Ano Novo meu amigo, saúde e muitas felicidades para 2021(blog ficou maravilhoso no clima de ano novo)! :D

    http://blogdoxandro.blogspot.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, foram poucas histórias de Ano Novo, o repertório de existentes está acabando. Ficou legal o painel do Blog. Valeu! Feliz 2021, tudo de bom!

      Excluir
  8. Acho que aí estava mais para ecologicamente correto.
    Por um lado,que bom que se acabou com a tradição do papel picado,mas por outro,muito ainda não mudou,pois ainda se joga muito lixo na rua,ainda não existe o devido tratamento de esgoto,refletindo na poluição de cursos d'água,ainda se picham muros,etc.

    ResponderExcluir
  9. Feliz 2021 a todos. Não sei se você e os demais viram, em 2021, a Coleção histórica volta.........
    Mas.....
    Republicando as já lançadas em formato de luxo... Essa foi a promessa a 5 anos atrás de que iam pensar em outro formato para as histórias clássicas. Kkkkk

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não vi isso não. Podia ser a partir da Nº 51. Deve custar mais de 40 reais, vale para quem não colecionou na época. Ainda assim mais atraente formato gibi do que formato livro.

      Excluir
    2. Com certeza, ah, lembrei de outra coisa, mais uma vez mudaram nome de história em almanaque, a original era "Las cucarachas" e agora, "ai que medo"

      Excluir
    3. Isso eu sei e lembro quando folheei nas bancas. Na verdade, essa história tinha no antigo site deles e já tinham mudado o nome no site e aí na republicação também fizeram isso. Não entendi o motivo de mudar nome de título, não vejo nada incorreto "Las cucarachas".

      Excluir
    4. Pessoal, minha teoria é que mudaram o título dessa tal história devido cucaracha ser um termo pejorativo relacionado às comunidades hispânicas das Américas, ou seja, embora esse tipo de inseto exerça importante papel no meio ambiente, baratas são consideradas seres desprezíveis, associar pessoas à elas é deveras preconceituoso, essa pecha aos hispânicos é muito mais evidente nos EUA, é praticada por estadunidenses de outras ascendências, os brasileiros que lá estão costumam pegar carona nesse estigma, lembrando que o Brasil não é nação hispânica. Hispânico deriva de Hispania que é o nome em latim para Espanha.
      Gostemos ou não nossa vertente é portuguesa, me refiro em sentido lato, não somente aos brasileiros com ascendência lusitana. Os ibéricos, ou seja, portugueses e espanhóis também sofrem preconceito dentre países europeus dos mais altos níveis. Enfim, definitivamente não somos hispânicos, ainda que boa parte dos ianques (yankees) também nos incluam na classe das (P)periplanetas (A)americanas.
      Exagero mudar o título da história.

      A volta da CHTM nesse formato é notícia boa e má ao mesmo tempo, bolsos doloridos. Independente de preços e embora possua algumas, não sou apreciador de edições de luxo.

      Excluir
    5. Zózimo, vendo por esse lado, você tem razão. Embora las Cucarachas se refere a barata, mas fica algo pejorativo à comunidade hispânica e como as revistas são exportadas, poderiam não gostar. Acho bobagem, mas como o politicamente correto abrangem também o mercado internacional, aí fazem essas coisas.

      É ruim a CHTM nesse formato porque sai caro, podia ao menos ter opções de escolha para comprar versão com capa dura ou cartonada igual às Graphic. Se bem que hoje até as capas cartonadas das Graphic andam caras, não diferencia muito o preço em relação às capas duras. Vira tudo caça níquel, caso comprar, seria a Nº 1 se encontrar promoção boa na internet (já que são livros, vão vender também em sites específicos) senão nada feito. Já tenho mesmo, vai ser ruim pra quem não tem.

      Excluir
    6. Há uma música de uma antiga banda chamada Inimigos do Rei, embora a letra seja em português se refere ao inseto no nosso idioma e em espanhol, música boba, um clássico com certeza. Foi assim que descobri como se chama o asqueroso bicho no idioma dos hermanos(?) argentinos.

      Além da rede, considera a possibilidade de se encontrar em estabelecimentos como livrarias?

      Excluir
    7. Verdade, na letra eles cantam Las Cucarachas rs. Sendo formato livro, vai dar pra encontrar em bancas, livrarias e internet em sites que vendem livros. Inclusive, mais fácil encontrar em livrarias do que nas bancas. Aqui mesmo o Cebolinha 60 Anos não chegou até hoje nas bancas daqui.

      Excluir
    8. Bom, provavelmente terá alterações nas edições de luxo da coleção histórica. Isso é um motivo pra eu não comprar.

      Excluir
    9. Cada vez mais alteram as coisas, aí com certeza na CHTM terá também. Até coisas que não mudaram na coleção original, iriam mudar agora.

      Excluir
    10. É, gente! Tem mais esse problema, além do formato de livro que consequentemente encarecerá a Coleção Histórica, ainda com o agravante das alterações, desanima! Ah, Mauricio coração de pedra!

      Excluir
    11. Aquelas alterações ridículas estragam tudo. Até nas versões originais da CHTM tinham alterações, não seria difícil nessa em forma de livro.

      Excluir
    12. Se são edições históricas, por regra deveriam ter zero de alterações, foge à lógica, um contrassenso. O certo seria se chamar "Coleção Revisada e Atualizada Turma da Mônica", "CRATM" e não CHTM.

      Excluir
    13. Realmente não deviam mudar nem uma vírgula na CHTM, mas infelizmente não é o que acontecia. O que mais mudavam era caipirês do Chico colocando o padrão atual, mas mudavam muitas outras coisas, até desenhos se fosse preciso para mascarar o incorreto original.

      Excluir
    14. As edições antigas da Turma da Mônica atualmente exercem um papel funcional, ou seja, se compreender como eram os personagens antigamente e consequentemente a compreensão de como era a sociedade brasileira nesses tempos. Alterações ferem preciosa noção, por isto que estou salientando o "H" de CHTM = Coleção Histórica(?) Turma da Mônica. A História não é complexada nem vaidosa, dispensa maquiagem, ou melhor: "maquilagem", como se dizia nos anos 1970 e 1980, exatamente de onde provêm os melhores gibis, as melhores edições de Mauricio de Sousa.

      Excluir
    15. Ficar maquiando as histórias nada a ver, nada de histórico isso. Lamentável eles mudarem.

      Excluir
    16. Pode ser também uma sigilosa parceria da MSP com Avon, Boticário ou Natura e nós não estamos captando exatamente por ser parceria camuflada, "maquiada", podiam passar "batão" (como diz Chico Bento) apenas no que diz respeito à TM clássica atual e deixarem a anciã CHTM enrugada, tipo maracujá engavetado.

      Excluir
  10. Julio Cesar, os outros problemas são difíceis de acabar, mas só não ter esses papéis picados em abundância em um só dia já foi alguma coisa.

    ResponderExcluir