sábado, 4 de novembro de 2023

Um tabloide com a Turma do Penadinho

Mostro um tabloide com a Turma do Penadinho em que foi publicado originalmente em 'Cascão Nº 113' (Ed. Globo, 1991).

Um homem foi comprar flores para a namorada só que bem na hora do encontro cai uma caixa do céu que estava sendo transportada por um avião e a mulher morre. Como ele tinha comprado flores e não desperdiçar dinheiro gasto, o jeito foi levar as flores no caixão dela no cemitério do Penadinho.

Um verdadeiro humor negro que gostavam de colocar nos gibis antigos, não deu flores enquanto namorada estava viva, e deu na morte dela e nem se preocupou que ela morreu, só foi lá porque gastou dinheiro e não tinha o que fazer com as flores depois que morreu. E que azar da mulher da caixa cair em cima dela com tanto lugar pra cair. Sem dúvida sem chance isso nas histórias dos dias de hoje.

Tinham muitas histórias em que os personagens fixos da Turma do Penadinho não apareciam e eram protagonizadas por secundários, se tinha temas de morte, fantasma, cemitério, se encaixavam como "Turma do Penadinho". Nessa, até apareceu o Penadinho como figurante no último quadrinho, mas muitas vezes nem isso acontecia. Eram boas histórias assim sem os personagens principais desse núcleo. E histórias mudas eram boas assim bem objetivas, de no máximo 3 páginas, as mudas longas demais acho enroladas e grande desperdício de papel. A seguir, o tabloide completo.

25 comentários:

  1. Puxa vida, ou melhor, "puxa morte"!! Pelo menos o dinheiro investido no buquê não foi em vão. Flores são versáteis, servem para celebrar paixões e amores entre casais e são um importante símbolo empregado em celebrações às memórias dos mortos.
    Humor negro até o talo, um roteiro como este, o tabloide poderia ser do Nico Demo.

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    1. Essa era ideia dele de não perder o dinheiro que gastou nas flores, se não deu em vida, deu em morte e tudo certo pra ele. A função das flores serviu pra esses dois momentos. Nunca fariam mesmo hoje, até daria pra ser com o Nico Demo, mas como ele é criança, só se a namorada fosse criança também pra encaixar.

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    2. "Essa era ideia dele de não perder o dinheiro que gastou nas flores, se não deu em vida, deu em morte e tudo certo pra ele."
      Analisando sua frase, Marcos, Zé Munheca é outro que encaixaria como protagonista. Diferença que, provavelmente, não comprasse flores, pois para fazer um buquê poderia obtê-las de graça em algum canteiro de praça e o "tudo certo para ele" seria ter em mente que a morte da namorada não fez com que tempo e esforço empregados nisso fossem em vão. Penso que no caso do sovina, formato tabloide fosse insuficiente, duas páginas divididas em três faixas seriam o espaço apropriado para adaptar o roteiro a esse personagem.

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    3. Sim, Zé Munheca seria possível, pena que tanto ele quanto Nico Demo já estavam sumidos dos gibis. As histórias do Zé Munheca na Editora Abril até que costumavam ter 1 página também, então, acho que não mudariam o formato se fosse com ele. As dele na Panini é que tinham 2 páginas e normalmente deixavam os quadros maiores.

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    4. Penso que o roteiro não caberia em tabloide se o protagonista fosse Zé Munheca, pelo seguinte: primeiro quadro desta história evidencia ato(s) de compra e venda de um buquê de flores, isto é, não carece de mais de um quadro para algo assim ser mostrado. Zé Munheca, próprio nome diz, não gosta de gastar dinheiro, daí, a história começaria com ele se dirigindo a um jardim público (algo como uma praça), colheria um punhado de flores (mais ou menos trinta unidades), levaria para casa e lá confeccionaria o buquê. Para tal sequência, seriam necessários cinco ou seis quadros dispostos em três faixas na primeira página, o que há neste tabloide a partir do segundo quadro é (ou são) o que ficaria(m) na segunda página. Como personagem desta suposição é o sovina desprovido de carisma, a ilustração do penúltimo quadro (2ªpág.) seria ele pensando com imagens em três balões a respeito do trabalho que teve para fazer o buquê.
      Percebe, Marcos? Na intenção de evidenciar a característica principal desse personagem, acho que este roteiro, adaptado ao Zé Munheca, ficaria melhor se acomodado em duas páginas. Em tabloide até que talvez coubesse, só que ficaria meio espremido.

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    5. Entendi. Motivo principal de não ser com ele por ele ser avarento, no máximo compraria uma única flor ou pegaria alguma do chão. Disposição dos quadros também se encaixaria melhor dessa forma como você descreveu se fosse com ele, dando em 2 páginas assim.

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    6. Assim como foi feito com Penadinho, haveria como o tabloide ser do Nico Demo com ele fora do protagonismo, aparecendo somente em dois quadros. Usaria avental, mas não em substituição ao dono da floricultura, pois estaria como terceiro personagem no primeiro quadro na condição de funcionário do estabelecimento. E claro, como o agourento de sempre, estaria presente no último, evidenciaria a tranquila expressão facial do personagem principal pela tragédia não invalidar o buquê comprado para a coitada em vida, afinal, independente do núcleo ao qual a HQ foi destinada, a morte foi empecilho insuficiente para inviabilizar a trajetória do buquê, apenas muda-lhe o curso.
      Humor negro é assim mesmo, muitos detestam. Eu, por exemplo, volta e meia assisto Hermes & Renato, ou seja, como sou casca-grossa, não tenho aversão ao tipo de comédia contido neste tabloide, entretanto, não significa que sou incapaz de identificar quando o estilo humorístico extrapola limites de maneira REALMENTE EXECRÁVEL, porque, passar dos limites é parte da constituição do humor negro, daí, existe uma linha tênue entre extrapolações aceitáveis e inaceitáveis, só quem curte o segmento consegue distinguir o que de fato é intragável, pois a régua para medir este tipo de humor são os cascas-grossas portadores de sanidade mental, já para quem não aprecia humor negro, tudo neste estilo é igualmente abominável.

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    7. Com o Nico Demo, a namorada teria que ser da idade dele. Humor negro ou adoram ou odeiam, nunca é meio termo. Eu até gosto, não vejo nada de mais, até porque é ficção, muitos desses não distinguem ficção da realidade , aí não suportam.

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    8. Você não entendeu, caro Marcos, normal, acontece. Assim como Penadinho, que não é protagonista nesta HQ, o mesmo se aplicaria ao Nico Demo, com o agourento dando as caras apenas em dois quadros, no primeiro e no último, o protagonista seria o mesmo desta história, aliás, seria a mesma história, o que mudaria é o coadjuvante nuclear e o nome do guri seria o título do tabloide, assim como foi feito com o nome do fantasma.

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    9. Ah tá, entendi agora, o Nico Demo só faria figuração sendo agourento pra acontecer o acidente. Seria uma boa também.

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    10. E quanto ao humor negro, que também, dependendo, pode ser denominado como trash (humor trash), pois os termos não são exatamente sinônimos, mas, claramente convergem, ou, sei lá, quiçá são de fato mesma coisa, daí, quanto ao estilo não ser popular, é compreensível, trata-se de gosto, claro que adultos que desaprovam em gibis da TM clássica (e nos demais da categoria) interjeições como "droga", "diacho", "cruzes", "nossa", "credo", "cruz-credo", etc e, lógico, claro, óbvio que patrulheiros/militantes não gostam de humor negro e também gente assim não é parâmetro, não dá para ser levada a sério, já adultos que sabem separar as coisas e não consomem humor negro por considerarem de mau gosto, tem nada de errado, perfeitamente normal. Eu, que curto este tipo de humor, jamais ouso dizer que é algo de bom gosto, contudo, não é um segmento raso, tem profundidade, tem substância, e requer estômago forte.

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    11. Normalmente quem sabe separar as coisas não liga para humor negro, talvez um ou outro não goste, mas a maioria das piadas sim. Agora esses que abominam até essas interjeições certamente não querem saber de humor negro, passam longe também e chega ser traumatizante pra eles.

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  2. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: você irá comprar as Revistas da segunda quinzena:
    Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali; Chico Bento e Turma da Mônica Edições #44 (Edições #214-Terceira Temporada), do mês de Novembro do ano de 2023, por causa dos 80 anos do Personagem Pequeno Príncipe, ou não?. Por gentileza, você viu a Capa do Livro Mônica 60 Anos, ou não?. Por gentileza, uma pergunta: a HQ "Mudanças e Costumes!", da Revista Mônica Edição #194, publicada pela Editora Abril, no mês de Junho do ano de 1986, ela é impublicável, nos dias de hoje, ou não?. Por gentileza, você considera a HQ "Mudanças e Costumes!", incorreta, nos dias de hoje, ou não?. Por gentileza, uma pergunta: a HQ MUDANÇAS E COSTUMES, ela será publicada pelo Livro Mônica 60 Anos, na qual a Dona Luísa puxa a orelha da Mônica, ela terá uma alteração na HQ, ou não?. Por gentileza, uma pergunta: você irá comprar as Revistas da primeira quinzena:
    Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali; Chico Bento e Turma da Mônica Edições #47 (Edições #217-Terceira Temporada), do mês de Janeiro do ano de 2024, também, por causa de algum filme, ou não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Eu vi todas essas capas e não vou comprar as edições 44 e 47 da Panini. A história "Mudanças e Costumes" naturalmente é incorreta e impublicável, mas como vão republicar no livro "Mônica 60 anos", podem ter deixado passar por ser um livro especial, mas nada impede de ter alterações pra amenizar as coisas incorretas como essa parte do puxão de orelha. Duvido que eles não vão alterar pelo menos essa parte.

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, é verdade, que, no mês de Fevereiro do ano de 2024, terão os Relançamentos dos Almanaques Bimestrais:
      Magali e Chico Bento Edições #14 (Edições #99-Segunda Temporada), e, Turma da Mônica Edição #14 (Primeira Temporada), publicados, no mês de Junho do ano de 2023, nas Bancas de Revistas e Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. Terão esses relançamentos, sim. Abraços

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  3. Meu Deus, tinha umas coisas muito politicamente incorretas kkkkkk! Lembro de outra da turma do Penadinho que o cara achava que ia morrer e largou família, emprego e tudo mais pra beber e ficar no puteiro.

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    1. Já teve de tudo na MSP, coisas bem inimagináveis que tivesse, era muito bom. Teve essa, sim, e pior que ele nem morreu no final, se deu muito mal.

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  4. Tinha umas histórias do Penadinho que eram muito de mal gosto. Gosto das histórias antigas, mas as vezes os roteiristas passavam do limite no humor negro.

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    1. Pois é, tinham vezes que extrapolavam, de qualquer forma eu gostava, achava engraçado.

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  5. Pobre mulher, que morte horrível!
    Ela em vida era muito sortuda, de ter um namorado assim... que em vez de chorar sua morte e reviver lembranças, simplesmente vai ao cemitério com flores como se estivesse apenas voltando de viagem ou algo assim.

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    1. Morte horrível mesmo. Pelo menos não foi esquecida, ele poderia dar outra finalidade para as flores, nem que fosse pra dar as flores pra sua mãe, mas deu pra namorada no cemitério.

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  6. Penadinho não foi protagonista e só apareceu no último quadro para justificar seu nome.

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    1. Exato, a presença dele foi só pra justificar o crédito da história a ele, o que nem precisava porque ter cemitério e morte já indicam que é história do núcleo dele. Poderiam colocar nome só como "Turma do Penadinho".

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