Há 50 anos eram lançados os produtos de higiene clássicos da Mônica da "Phebo" e em homenagem mostro propagandas dessa linha de higiene que marcaram época. Dividi em 2 partes e nessa postagem reúno as propagandas da "Phebo" que circularam nos gibis dos anos 1970.
A linha de higiene da Mônica da "Phebo" foram lançados em 1973, consistia de sabonete, shampoo, talco, colônia, óleo, creme dental e escova de dente. Por muitos anos, foi só a "Phebo" que produzia os produtos de higiene deles. Curiosamente, foram os primeiros produtos comerciais da MSP feitos especialmente para crianças, sem contar bonecos das personagens. Antes, as personagens estrelavam propagandas na TV e nos gibis dos produtos alimentícios da "Cica" e o Jotalhão estampava a embalagem do extrato de tomate, mas não eram alimentos só para crianças, e, sim, para família toda.
A primeira propaganda da linha de higiene da "Phebo" em gibis saiu em 1973 e para anunciar a novidade que ninguém conhecia ainda, criaram essa propaganda em que uma criança, a Paula, viu primeiro a linha da Mônica e espalhou a notícia para todas as crianças, que correram para o supermercado para comprarem e todas adoraram. Uma boa propaganda e que ainda demonstra na prática o termo "viralizar" dos tempos atuais. E a propaganda também mostra foto com os produtos que lançaram inicialmente: shampoo, talco, sabonete, óleo, colônia e pasta de dente.
Propaganda tirada de 'Mônica Nº 43' (Ed. Abril, 1973) |
Em 1974, a revista "Recreio Nº 257" da Editora Abril deu de brinde um sabonete da Mônica quem comprava a revista. Então, fizeram essa propaganda anunciando o brinde falando que o Cascão não iria gostar, mas os leitores com certeza, iriam. E ainda teve foto da embalagem e do sabonete da Monica originais, a gente vê como era um sabonete de época e percebemos que mesmo em tamanho de amostra grátis já era bem grande. O brinde ajudou a tornar o produto conhecido por ter sido lançado pouco tempo e quem passava a conhecer, gostava e comprava nos estabelecimentos. Um bom marketing, imagino a revista que ficava perfumada, sendo embalada com o sabonete.
Propaganda tirada de 'Mônica Nº 55' (Ed. Abril, 1974) |
A revista "Recreio Nº 280" voltou a dar brinde da linha de higiene da Mônica, agora o brinde foi do creme dental e anunciaram a novidade nessa propaganda, do tipo do que aconteceria na próxima edição da revista. O Cebolinha foi até gentil com a Mônica a chamando de simpática só porque vai ganhar um brinde de creme dental dela. E mostraram foto do creme dental, que mesmo em tamanho de amostra grátis, bem grande também.
Propaganda tirada de 'Recreio Nº 279' (Ed. Abril, 1975) |
Em 1976, teve a primeira propaganda individual do creme dental da Mônica, mostrando mais detalhes dele. Com sabor tutti-frutti, o diferencial desse creme é que tinha gosto de chiclete e dava até para fazer bola enquanto escovava dente. Bem inovador. Para crianças que não gostava de escovar dente, foi um grande incentivo, sem dúvida. Tinham preocupação de tudo se tornar brincadeira para as crianças. Propaganda foi estampada com o tubo do creme dental de época e noção do tamanho da bola que podia fazer enquanto escovava os dentes. Não informou quantos gramas tinha, mas era muito grande comparado a pastas de dente atuais.
Propaganda tirada de 'Mônica Nº 69' (Ed. Abril, 1976) |
Em 1976, teve a propaganda individual do sabonete da Mônica, estampado com uma menina tomando banho com ele, ao lado do talco e shampoo da Mônica. Propaganda mostrava que era o sabonete das artistas da família, quem tomava banho com ele, era igualzinho aos banhos de espuma que víamos nos filmes de cinema, porque é puro, com perfume muito gostoso e faz bastante espuma. A criança vai fazer do banho a brincadeira mais legal do dia e a mamãe não vai reclamar porque o sabonete vai dar inveja a muita gente, deixando pele muito mais macia e natural do jeito que ela gosta. Ou seja, só vantagem quem tomava banho com esse sabonete e na foto da embalagem mostra que era sabonete bem grande e pesado, durando muito tempo.
Propaganda tirada de 'Mônica Nº 73' (Ed. Abril, 1976) |
A nova propaganda do creme dental da Mônica foi lançada em 1976 mostrando várias crianças escovando os dentes com o creme e informando que além de deixar os dentes mais fortes, limpos e brilhantes, ainda vai sentir gosto de chiclé de bola, que vai poder dizer para todo mundo que masca chiclete e escova dentes ao mesmo tempo e se experimentar o creme dental, vai ser o melhor divertimento após o almoço e o jantar.
Propaganda tirada de 'Mônica Nº 76' (Ed. Abril, 1976) |
Em 1976, tiveram os lançamentos da escova de dente da Mônica e do creme dental de sabor hortelã, que se juntaram com a linha de higiene da "Phebo" e, então, o creme dental agora com dois sabores: tutti-frutti e hortelã. Para anunciar a novidade, fizeram essa propaganda com uma historinha da mãe que comprou a escova para a filha, dizendo que tinha pontas arredondadas e não machuca a gengiva. E que ela comprou também o creme dental da Mônica de sabor hortelã. que era verdinho, gostoso, parecendo chiclete e faz até bola e pergunta para filha se vai deixá-la usar também e a filha deixa.
Propaganda tirada de 'Cebolinha Nº 46' (Ed. Abril, 1976) |
Foram lançados os sabonetes com formato dos rostos das personagens em 1977. Fizeram sabonetes da Mônica, Cebolinha, Bidu e Horácio e vinham juntos em um estojo. Antes, só tinha sabonete da Mônica em formato tradicional e tinha um desenho dela de corpo inteiro segurando uma flor no centro. Esses sabonetes com formato das personagens, provavelmente com mesma fragrância, não duraram muito tempo, foram uma espécie de edição especial limitada.
Na propaganda, mostra Mônica, Cebolinha, Bidu e Horácio tomando banho em uma banheira de espuma e informando o lançamento dos sabonetes e também o do estojo com 2 sabonetes da Mônica tradicionais, talco e shampoo e que seriam ótimas sugestões de presentes para dar de aniversário para criançada.
Propaganda tirada de 'Mônica Nº 86' (Ed. Abril, 1977) |
Em 1977, teve a propaganda anunciando sabonete, shampoo e talco da Mônica. Lembraram que o sabonete era neutro, cheiroso e não irritava a pele, o shampoo limpava, deixava os cabelos macios e não ardia os olhos e que o talco deixava o corpo perfumado o dia todo e usando os produtos, a mamãe não vai mais lembrar que a orelhinha do filho estava suja ou as mãos não estavam limpas e a criança não vai mais fazer de conta que esqueceu da hora do banho. Foi ilustrada com os produtos com pernas como se estivessem correndo para o banheiro, segurando toalha, pente e escova para esfregar o corpo. Simples e bem criativa.
Propaganda tirada de 'Mônica Nº 94' (Ed. Abril, 1978) |
Em 1978, teve a nova propaganda da escova de dente da Mônica e do creme dental. Informam que a escova era macia com pontinhas arredondadas e não machucavam as gengivas, que o creme dental a criança podia escolher entre os sabores de tutti-frutti (branco) e hortelã (verde), os dois com gosto de chiclé e quem usava os dois produtos, vivia sorrindo e com dentes bonitos. Foi estampada só com a foto do creme dental de hortelã e da escova de dente. Definitivamente, esse creme dental foi a sensação dos anos 1970, algo bem inovador para a época, anunciavam bastante esse.
Propaganda tirada de 'Mônica Nº 95' (Ed. Abril, 1978) |
Produtos Turma da Mônica Phebo são muito clássicos. Nem lembro se cheguei usar, o que lembro bem era da minha tia que na época tinha por volta de trinta anos de idade e usava Shampoo da Mônica.
ResponderExcluirEles eram tão bons que até adultos queriam usar. Cheguei a usar sabonete, shampoo e talco nos anos 1990, todos muito cheirosos, principalmente o sabonete.
ExcluirOutra coisa que lembro bem era que a figura da Mônica estampada nas embalagens destes produtos em plenos 1984, 85 e 86 ainda encontrava-se nos traços de meados dos 70's.
ExcluirPois é, bem curioso isso de ficarem muito tempo sem mudar embalagem mesmo com outros traços consagrados, já diferente dos anos 1970. Parece que eles mudaram embalagens só por volta de 1988, 1989.
ExcluirTenho curiosidade com a infância brasileira dos anos 1970, ainda é mais ou menos uma incógnita para mim. Também fico imaginando como era a parcela que curtia gibis da TM na época, tempo em que MSP possuía menos títulos, periodicidade quinzenal ainda não era uma realidade - as famosas "revistinhas fininhas", que bombaram nas duas décadas posteriores. São três grandes momentos: maio de 1970, janeiro de 1973 e agosto de 1977.
ExcluirNão só com revistas de Mauricio de Sousa e seus personagens nos jornais e gibis de outros cartunistas brasileiros e gringos, pois penso que, no geral, essa foi uma década maneiríssima para as crianças brasileiras e também para gurizada de outras culturas ocidentais, e digo isto com mínimo de romantização possível, porque romantizar não presta, só serve para gerar melancolia e nos afastar da noção de como as coisas realmente foram, com seus prós e contras, ou seja, lados positivo e negativo de períodos passados.
Eles deviam ter curtido muito a infância dos anos 1970, apesar de poucos títulos da MSP, mas deviam ficar ansiosos pra chegar nas bancas, fora que tinham vários títulos diferentes de gibis nas bancas que podiam escolher a vontade e grande concorrência pra MSP.
ExcluirSobre a clássica imagem da personagem estampada nas embalagens destes produtos, para ser mais exato, os traços são do início dos anos 1970 e não de meados como falei anteriormente. Traços típicos do meio da década são dos personagens que estão em cima da caixa de creme dental e, não sei se é erro, há um traço abaixo da gola da Mônica, parece que o vestido é de gola larga e por baixo há uma camisa, acho que a ideia era deixá-la com vestido mais incrementado e o erro seria aplicar somente uma cor, dichavando o detalhe que parece sugerir um contraste por parte do desenhista, algo como o que supostamente estaria por baixo não ser pintado de vermelho.
ExcluirSim, traços do início dos anos 1970, incrível como mantiveram embalagens assim por muito tempo, foram últimos vestígios dos primórdios que podiam serem vistos pelo público em geral. Acho que intenção do vestido na Mônica naquela propaganda seria o vermelho tradicional, o erro foi desenharem uma gola diferente.
ExcluirOutrossim são do início da década os traços da arte em que Mônica está na companhia do Cascão, já os traços da turma na banheira transitam entre início e meados.
ExcluirA da banheira é de 1977 e já tinha outros traços em relação a com o Cascão de 1974, mais voltados para o início da década. De qualquer forma embalagens dos produtos foram as mesmas em ambas as fases.
ExcluirPena que eu não tava viva nessa época, parece que era muito bom mesmo. Já cheguei a ver uma propaganda dessas pela internet, ou em alguns gibis antigos que tenho. Fiquei especialmente interessada no shampoo.
ResponderExcluirPelo menos nos anos 1990 ainda estavam muito bons, pena que depois tiraram de circulação. Os produtos ficam registrados através das propagandas, muitos gibis tinham alguma delas. O shampoo era muito cheiroso, você iria gostar.
ExcluirMarcos Como Eu Gostaria Que Terminasse A Era Globo :
ResponderExcluirMônica : 306 Edições ( 1987 - 2011 )
Cebolinha : 306 Edições ( 1987 - 2011 )
Pelezinho : 306 Edições ( 1987 - 2011 )
Cascão : 527 Edições ( 1987 - 2011 )
Chico Bento : 527 Edições ( 1987 - 2011 )
Magali : 463 Edições ( 1989 - 2011 )
Parque da Mônica : 228 Edições ( 1993 - 2011 )
Ronaldinho Gaúcho : 75 Edições ( 2005 - 2011 )
Almanaque da Mônica : 147 Edições ( 1987 - 2011 )
Almanaque do Cebolinha : 126 Edições ( 1987 - 2011 )
Almanaque do Cascão : 126 Edições ( 1987 - 2011 )
Almanaque do Chico Bento: 126 Edições ( 1987 - 2011 )
Almanaque da Magali : 87 Edições ( 1990 - 2011 )
Revistas da Tina Penadinho Astronauta E Outros : 47 Edições ( 2004 - 2011 )
Coleção Um Tema Só : 83 Edições ( 1992 - 2011 )
Especial de Natal : 17 Edições ( 1995 - 2011 )
Seria legal assim.
ExcluirEu não era nascido na década de 1970,mas na de 80 não era muito diferente,lembro da linha de banho da TM via Phebo.
ResponderExcluirEu também não era nascido, acredito que eram iguais ainda desde que lançados, até porque embalagens ficaram iguais por boa parte dos anos 1980. Até anos 1990 só tinha alinha Phebo deles, então tendência é serem iguais.
ExcluirOlá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, é verdade, que, no mês de Fevereiro do ano de 2024, as duas Revistas:
ResponderExcluirCascão e Chico Bento, elas irão completar as 800 Edições (114, pela Editora Abril; 467, pela Editora Globo, e, 219, pela Editora PANINI COMICS Brasil), e, as duas Revistas: Cascão e Chico Bento, elas terão as 800 Edições Comemorativas, pela Editora PANINI COMICS Brasil, no mês de Fevereiro do ano de 2024, ou não?. Eu aguardo respostas. Abraços.
Eles vão completar 800 edições em fevereiro de 2024, mas não sei se terão edições comemorativas. Abraços.
ExcluirOk. Marcos, por gentileza, é verdade, que no mês de Dezembro do ano de 2023, terão os Relançamentos dos Almanaques Bimestrais da Turminha: Mônica; Cebolinha e Cascão Edições #14 (Edições #99-Segunda Temporada), publicados no mês de Maio do ano de 2023, nas Bancas de Revistas e Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.
ExcluirVão ter esses relançamentos. Abraços.
ExcluirOk. Muito obrigado, então, Marcos.
ExcluirSou fã de propagandas antigas nos gibis. Não vivenciei a década de 70, mas estou muito contente de ter visto essas propagandas em seu blog. A que achei mais bonita, visualmente falando, foi a que anunciou o estojo (Mônica nº 86). Excelente post, Marcos. Excelente post!!
ResponderExcluirLegal que gostou, Ranieri. Eu também não peguei essa época, mas gosto de ver propagandas antigas. Já sobre uso dos produtos, usei os dos anos 1990, eram bons e cheirosos, suponho que ainda eram a mesma qualidade dos anos 1970, não costumavam mudar os produtos naquela época. Concordo que no fator visual, a de Mônica Nº 86 é a mais bonita e agradável ver os personagens tomando banho de espuma.
ExcluirComo já suspeitava, este comentário comprova que o prezado Roniere não teve infância nos anos 1970.
ExcluirComo comentei em algum outro tópico, seria interessante que neste espaço houvesse pelo menos um comentarista, do tipo frequente, que conheceu in loco os 70's.
Zózimo, confirmou mesmo. Comentarista frequente que presenciou a infância 70's não tem, só um ou outro aleatório.
ExcluirEu sou de 1971, o primeiro livro que consegui ler fora da escola foi uma coletânea de tirinhas do Cebolinha em 1977. Nessa época, e até 1986, comprava regularmente 'Mônica' e 'Cebolinha' e os álbuns de figurinhas da TM. Filmes da TM só tive acesso através de fitas VHS no final dos anos 80 (tipo 'Mônica e a Sereia do Rio').
ExcluirDos produtos citados no post, lembro vagamente de ter usado o creme dental da Mônica.
Legal, Fabio. Esses livros de tirinhas eram muito bons, os filmes vi todos em VHS também e álbuns de figurinhas da turma foram poucos que tive. Esse creme dental foi o primeiro a ser extinto, não existia mais nos 1980, devia ser bom. Já os outros produtos cheguei pelo menos a ver nos mercados e cheguei a usar sabonete, shampoo e talco. Não via necessidade usar óleo e colônia, ainda mais em crianças.
ExcluirVou aproveitar este post para falar da experiencia de ser crianca e leitor da Turma (e outras revistinhas brasileiras) durante os anos 80 e 90. Com as propagandas em particular, e tambem com as referencias culturais nas historinhas, eu ficava a imaginar o que seria morar no Brasil, e ter acesso a todos aqueles brinquedos e comidas que surgiam nas revistinhas - Teddy Ruxpin (que penso que nunca houve em Portugal), Estrelinha Magica, Toddynho, consolas da Tec Toy, bonecos dancantes da Turma da Monica, jogo Mexe Remexe, chiclete Bolin Bola, entre muitos outros.
ResponderExcluirOs produtos anunciados só eram comercializados no Brasil, aí quem morava fora não tinha privilégio de tê-los ou pelo menos olhar nas lojas. Um ou outro até podiam exportar, mas a grande maioria só Brasil mesmo. O seu comentário tirou uma dúvida minha que tinha de gibis da Turma vendidos em Portugal se tinham as mesmas propagandas dos gibis do Brasil ou se mudavam com as propagandas do país. Bem curioso saber que eram as mesmas.
ExcluirTambém tinha a mesma dúvida e o Pedro Benoliel respondeu sem que perguntássemos.
ExcluirO positivo de não substituírem publicidades e propagandas brasileiras pelas do país destinatário foi que, considerando as épocas em que essas edições foram publicadas em Portugal, tempos em que não estávamos hiperconectados, deixaram os leitores portugueses, ainda que de modo superficial, um pouquinho mais por dentro de elementos da cultura pop brasileira de outrora, cultura essa em que havia uma expressiva parcela de elementos estrangeiros, como bem citou o Pedro a respeito de Teddy Ruxpin.
Zózimo, vantagem de manter propagandas brasileiras é que eles conhecem os produtos daqui, como você falou, era a única forma de conhecer por não ter internet na época, mas desvantagem é ficarem com vontade de ter ou consumir aqueles produtos anunciados e que não vendiam lá e também não podiam nem comprar online.
ExcluirAinda tivemos alguns produtos da Turma aqui em Portugal. O chocolate era vendido aqui, era óptimo! Havia também algumas t-shirts (camisetas) e cheguei a ter a colecção completa das figurinhas de vinil, com Mõnica, Cebolinha, Cascão, Magali, Chico Bento, Bidu e Anjinho. Não me lembro de mais nenhum produto com licença Turma da Mônica, mas concerteza havia mais. Lembro-me de ter o Dominó da Turma, com peças em espuma, mas esse veio de brinde num Almanacão, creio.
ExcluirTambém tínhamos produtos da Bauducco e Garoto, Hoje em dia, temos lojas brasileiras em que se podem comprar muitos dos produtos alimentícios que também existem no Brasil, e os próprios supermercados vendem coisas como tapioca da Globo, farinha de mandioca, etc. Os brinquedos e doces é que continuam a não atravessar o Oceano.
ExcluirQuanto às propagandas, as revistinhas não passavam por uma casa editorial portuguesa (ao contrário das da Disney, que vinham através da Abril portuguesa) e portanto não havia maneira de mudar os anúncios. Só se fosse feito do vosso lado, e creio que sairia muito caro.
Mas sim, como diz o Zózimo, fiquei 'por dentro' de muita da cultura pop brasileiro por ler as revistinhas, que sempre aludiam a personalidades como Xuxa, Gugu, Sílvio Santos e Chacrinha, bem como a frutas e animais típicos do Brasil.
De realçar que houve outras revistas brasileiras que chegaram a Portugal entre os anos 80 e 2000. Por exemplo, tivemos a Super Interessante (que depois teve edição portuguesa), Super Game Power, Cover Guitarra/Cover Baixo, Rock Brigade, Roadie Crew, entre outras. Eu adorava, gostava mais que das portuguesas sobre os mesmos assuntos, porque adoro o linguajar e fraseado brasileiros. Chegavam muitas da Espanha, também, por sermos 'vizinhos'.
Pedro, normal ter uns produtos da Turma especialmente para cada país, aí podiam ter aproveitado pra inserirem propagandas desses produtos nos gibis daí substituindo algumas brasileiras que seriam irrelevantes para vocês. Pena que não tinham uma editora portuguesa para editarem essas propagandas, como a língua é a mesma e não precisavam alterar balões dos textos das histórias, aí não teriam essa preocupação de mudar as propagandas, pelo menos conheciam a cultura brasileira e o importante mesmo eram as histórias. Eram boas também a diferença do linguajares, gírias.
ExcluirConsiderando os inúmeros dialetos do Brasil e de Portugal, como as edições da MSP chegavam aí, digamos, "cruas", isto é, com diálogos não adaptados ao modo português de se expressar, imagino que determinadas expressões deviam dar umas bugadas nos raciocínios dos leitores.
ExcluirVerdade, Zózimo, certas expressões e palavras podiam ser difíceis de portugueses entenderem. Hoje em dia fazem diálogos de modo que não tenha dupla interpretação pra outros países.
ExcluirZózimo, nós sempre tivemos muita influência brasileira através das novelas, etc. Então, muita da minha geração (millennial), da anterior (Geração X) e da seguinte (Geração Z) conhece as gírias da sua época e até muitas vezes fala meio que em 'brazuquês'.
ResponderExcluirVerdade, Pedro, havia esquecido das benditas novelas, tipo de produto artístico que contribuiu muito para projetar a cultura brasileira no exterior, inclusive, não sei se foi Sinhá Moça ou Escrava Isaura que fez um baita sucesso na Rússia ainda sob o regime soviético, a palavra "fazenda" foi incorporada ao idioma russo por conta de uma dessas duas obras. Agradeça à Rede Globo, emissora essa que historicamente funciona como uma faca de dois gumes para os brasileiros.
ExcluirNão sei se em Portugal existem dialetos que dificultam a comunicação interna, tipo, uma expressão, seja ela qual for, muito comum, por exemplo, na Beira Alta e que quando utilizada no Algarve, poucos compreendem o significado, deixo claro que este exemplo é meramente aleatório, isto é, escolhi essas províncias* do nada, assim como poderia ter mencionado quaisquer outras duas para exemplificar.
*Parece que províncias aí são o mesmo que chamamos por aqui de estados. Fique à vontade para me corrigir.
Aqui é bastante comum dialetos brasileiros não serem amplamente compreendidos dentro do próprio Brasil.
Sei lá, acho que faço parte do final da geração X, já consultei pelo menos umas cinco fontes e não há um consenso, algumas consideram o ano em que nasci como início da Y.